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quarta-feira, 8 de abril de 2020

CASTELINHO


 
Por um descuido não anotei quem publicou a primeira, talvez publicada no Facebook, mas é de autoria de Douglas Garcia e foi postada por um sobrinho dele.
A foto foi tirada num dos passeios que havia há alguns anos, feito em aviões de pequeno porte que decolavam do Aeroporto Santos Dumont. Aproveitando esse passeio, Douglas, que sempre foi um fotógrafo por hobby, fez imagens aéreas de várias partes do Rio.
Na foto acima destacamos a bela casa que havia na esquina da Rua Joaquim Nabuco com Av. Vieira Souto. Foi demolida em fins dos anos 90 e em seu lugar subiu o Hotel Fasano. A obra de construção ficou embargada durante algum tempo.
No entanto a Justiça liberou e foi construído neste terreno o luxuoso Hotel Fasano, projeto de Philippe Starck e inaugurado em 2007. Quem saiu perdendo foram os moradores do prédio do terreno atrás. A bela vista para a praia foi trocada por um paredão.
Ali onde estão estacionados os automóveis ficava a famosa "corrida de submarinos" do Castelinho.
A segunda foto, aproveitada de uma arte feita pelo Rouen, mostra a exata localização da casa, assinalada por uma flecha preta. O bar Castelinho ficava ao lado do prédio onde funcionou o Barril 1800, onde hoje funciona o Astor.
A região “Castelinho” deixou de ter significado para as novas gerações, pois desapareceram o Castelinho propriamente dito e o bar famoso que ali existia. Na Zona Sul desapareceram inúmeros outros pontos de referência como "perto da Sloper", "em frente à Sears", "ao lado do Metro", "ali onde ficava a Carreta", "na Montenegro", "no Postinho", "chope no RA", "colado na TV Rio", "sorvete como o do Morais", "noitada no Black" e tantos outros.

10 comentários:

  1. Bom dia a todos. Sim, uma cidade sem memórias memorias, é uma cidade sem raízes, onde se perde o passado e não se tem cultura.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Área só de passagem há alguns anos, fora da minha jurisdição. Quando vi o título pensei que era o do Flamengo, que também não conheço infelizmente.

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  3. A zona sul se "popularizou" em todos os sentidos. Me lembro bem do casarão da primeira foto. O Hotel Fasano "não é para o bico de muita gente" inclusive o meu, já que um "frugal café da manhã" custa a ninharia de R$ 2800,00. O Barril 1800 e o Castelinho eram pontos de referência, assim como o Gordon na Praça General Osório e mais remotamente o Chaplin na Visconde de Pirajá. Saudades da Neo York City no número 22 daquela rua, onde depois de uma noite dançante eu ia impreterivelmente até o Gordon "encarar" um Beirute ou um Diabólico. Eram tempos do governo militar, onde era possível flanar pelas ruas despreocupadamente e apreciar as delicias da noite, sem arrastões, crackudos, flanelinhas, direitos humanos, etc. Só quem viveu esse tempo pode avaliar.

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  4. Qual foi o motivo para embargar a obra do hotel?
    Não é dos mais altos e nem está grudado nos prédios vizinhos.
    Infelizmente os moradores que perderam a linda vista para a praia não poderiam reclamar, afinal eram janelas de fundos tendo um terreno particular à frente, ou seja, num local com o m² tão caro, ter um paredão como paisagem é quase 100% de possibilidade. O jeito é se conformar.

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  5. Conheci o Barril e o Castelinho em algumas idas ao Rio e na época eram verdadeiros points com muita gente bonita e descolada.Não se pode negar que em termos de segurança a situação era outra.

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  6. Tenho uma história do Castelinho muito engraçada, cujo o personagem principal faleceu recentemente. Bons tempos onde as traquinagens eram só de curtição e zoação.

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  7. Fotos de anos 60 mostram a juventude dourada em torno do Castelinho e Barril, já que ali era o ponto de parada depois de uma lenta volta de carro até o final do Arpoador, perto da estação telegrafica. Motos , carrões, gatas, panteras, e toda a fauna saudável. Um ou outro baseado, alguns choppes, muita alegria, tangas, biquínis asa delta, pranchões, cabelos compridos, parafina em ambos, e aquele sujeito que vendia brinquedos de plastico na quina da Vieira Souto, em frente a Rainha Elizabeth.Lembro-me de uma nota numa coluna , mais ou menos assim: "O restaurante xx (acho que era o Concorde/Special, na Prça General Osório) colocou um garçon exclusivo para a mesa em que se sentaram, na madrugada de sábado Tom, Vinicius, Chico Buarque e mais alguém. O rapaz trabalhou bem, eles saíram do restaurante as 10 hs do domingo". Em 1969 tina 11 anos, não enetendia bem aquele mundo, mas achava muito colorido.Meu amigo Oscar Argollo diz que ante sdo Barril funcionava um bar chamado Cheiroso, pé sujo com serragem no chão e chopp nota 10. Desce uma porção de fritas!

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  8. Desse não senti cheiro nenhum.

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  9. A Veronesse também acabou, assim como as Massas Suprema, levando os pastelzinhos prá memória... Também sinto falta do Messer e o Luculus, onde comprava 100 gramas da caríssima torta de chocolate. Na Praça do Lido perto do Le Bec Fin tinha uma portinha onde um judeu velhinho velhinho vendia algumas iguarias judaicas. Sera que não sobrou nenhuma delicatessen judaica?

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