Em ótima garimpagem do prezado José Alberto C. Maia vemos o Palácio Império Copacabana Hotel, um dos precursores dos apart-hotéis em Copacabana.
À época de sua fundação tinha o endereço de Rua Copacabana nº 115. Possuía dependências para criados, o que era uma novidade. Projeto da firma de arquitetura de Leonídio Gomes & Cia.
O salão de restaurante era magnificamente decorado. Dispunha de um vastíssimo “dancing” onde uma esplêndida orquestra deliciava a assistência elegante que ali se reunia. Nos finais de semana a elite carioca tinha no restaurante do Hotel Império um dos lugares preferidos de encontro. Eram notáveis os seus “chás” e “soirées” dançantes.
O Sr. Antonio da Costa Pinheiro era o diretor do restaurante.
O prédio foi demolido nos anos 70.
Nas vizinhanças do Hotel Imperio ficava o Edifício Atalaia, no nº 150, talvez o primeiro apart-hotel de Copacabana. Nele havia até pequenas copas nos apartamentos.
Sobre o Atalaia, Julia O´Donnell, em seu livro "A invenção de Copacabana", transcreve o seguinte anúncio: "Prédio novo em Copacabana. Prédio com dez pavimentos podendo ser utilizado como hotel ou casa de apartamentos. O pavimento térreo destina-se ao restaurante, copa, cozinha, escritório e dependências; os outros pavimentos estão divididos em quatro apartamentos cada um, com um total de onze quartos e quatro banheiros em cada pavimento. Construção de acabamento esmerado, com instalações sanitárias luxuosas, vista para o mar em todos os quartos, telefone e fogareiro em cada apartamento. O prédio fica na Rua Copacabana 150, junto ao Copacabana Palace Hotel".
Bom Dia! As janelas quase na altura do piso, eram também destinadas a hospedes? Faltam 25 dias.
ResponderExcluirNos anos 20 um hotel desse dispunha apenas de "banheiros coletivos", já que a proporção era de quatro banheiros para onze apartamentos. Depois de um "rala e rola" noturno, sair do quarto para se lavar devia ser constrangedor. Os "chás dançantes" eram eventos sociais bastante apreciados e eram nessa época animados com repertórios baseados do "Fox-trot", no Maxixe", no Tango argentino, nas baladas, e no ainda incipiente samba. Devia ser muito bom...
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirAcompanhei a discussão no grupo e farei o mesmo por aqui.
FF: sobre o tema paralelo ao post de ontem, os envolvidos menos poderosos começam a sofrer as consequências. O mais poderoso também, mas em proporção menor por causa das burocracias institucionais em relação ao cargo.
FF2: morreu aos 99 anos o Príncipe Phillip, marido da Rainha Elisabeth II. Não foi de Covid.
ResponderExcluirJá a rainha vai aos 120, fácil, fácil...
ExcluirQuando vemos um "reclame" desta época é que constatamos o quanto a língua portuguesa veio mudando em um pouco mais de cem anos.
ResponderExcluirEssa "Rua Copacabana" seria a Atlântica, ou a N Sra?
Imagino esses "Preços Modicos$"...rsrsrs
Vendo no Street View, no número 115, está hoje o edifício Embassy.
ResponderExcluirPela arquitetura me parece uma construção dos anos 60 e não 70.
Mais um típico prédio lindo com arquitetura francesa jogado abaixo sem dó nem piedade. Digo e repito: temos zero de amor ao nosso passado. Os argentinos dão show na gente neste quesito.
ResponderExcluirMauro Marcello, "nesse quesito?" Você é por demais modesto, são dezenas de quesitos...
ExcluirMauro, parece que é o atual 195, onde hoje está o Edifício Avenida Copacabana.
ResponderExcluirLuiz, vc sabe a data da inauguração do Atalaia? Pergunto, pois onde eu moro, já era considerado um apart hotel, com todas as especificações do Atalaia. O meu data de 1934. O Atalaia é anterior?
ResponderExcluirO Atalaia é anterior. Da década de 20. Segundo o Decourt uns 8/9 anos antes do Palace Imperio.
ResponderExcluirvaleu!
ExcluirAs janelinhas citadas pelo Mauro eram do porão, onde provavelmente ficava a lavanderia e/ou garagem.
ResponderExcluirRealmente também entendo que a Av. Copacabana é a mesma Av. N.S. de Copacabana, mas nunca li uma confirmação disso.
Rua Copacabana: Dec. 1165 de 31/10/1917; Dec. alt. de lim. 5865, de 14/12/1936 (pelo qual cedeu o trecho inicial para a Rua Conselheiro Sousa Ferreira); e Dec. alt. de denominação e de esp. 6488, de 26/6/1939 (pelo qual lhe foi incorporada a Rua Conselheiro Sousa Ferreira, voltando a formar uma só via pública com a denominação de Av. N.S. de Copacabana).Era a antiga Rua Copacabana. Este logradouro foi durante muitos anos servidão pública, conhecido por estrada que vai para Nossa Senhora ou estrada que vai para a Senhora de Copacabana. Foi esta "estrada" consideralvelmene melhorada pela Em presa de Construções Civis, em 1894, ano em que oficialmente reconheceu a Prefeitura como via pública da cidade. Em 1897 um pequeno trecho foi regularizado e feito seu alinhamento de 117 metros de extensão sobre 20 metros de largura. Desde distanciados tempos recebera edificações, tornando-se hoje o mais populoso logradouro do bairro. Reconhecida e denominada pelo Dec. 1165 de 31/10/1917, com o simples nome de Rua Copacabana, teve seu trecho inicial, desde a Rua Antonio Vieira até a Rua Inhangá, para constituir a Rua Conselheiro Sousa Ferreira. Em 1939 transformou-se numa rua única, a Av. N.S. de Copacabana.
ResponderExcluirInformações de Paulo Berger.
Agora sim, clareou.
ExcluirQuanto às "janelinhas" citadas pelo Mauro xará, trata-se de "porão habitável". Muitas casas no passado eram construídas com essa peculiaridade e tal dependência servia como depósito, mas muitas vezes era usada como moradia. Por volta de 1915 meu avô materno que chegou a morar em um porão habitável na antiga "Rua da Luz" no Rio Comprido, contava que devido ao fato de ficar no "rés do chão", o aposento era muito devassado. O porão habitável costumava ter grandes dimensões e o "pé direito elevado". Fico imaginando como seria em caso de enchente...
ResponderExcluirEu morei no edifício Império entre 1951 a 1956. Ficava quase esquina a praça do lido. Não me lembro de ter restaurante e me lembro que havia 1 banheiro no apartamento.
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