As fotos de
hoje são da Rua Senador Dantas. Esta rua foi aberta em 1884 através dos
terrenos da chácara da Ajuda. Começa na Praça Mahatma Gandhi e termina na Av.
Almirante Barroso.
As fotos
coloridas foram garimpadas ou colorizadas pelo Nickolas.
Houve um
tempo em que fazia frio no Rio durante o inverno. As mulheres usavam “manteau”
e, em certa época, lá pelos anos 60, fazia sucesso a “japona”, casaco adotado
pelas Marinhas de todo mundo.
Nesta primeira foto seria as mulheres freguesas da Mesbla ou estavam saindo de um chá na Sorveteria Americana?
À direita vemos o abrigo
de bondes que viria a ser derrubado poucos anos depois desta foto, que é de
1955.
A Sorveteria Americana tinha
o endereço de Praça Mahatma Gandhi nº 14. Como ficava aberta até 1 hora da
manhã devia ter bom público oriundo dos cinemas e teatros da Cinelândia.
Nesta foto, cerca de 30 anos depois da primeira, vemos que as pessoas estão vestidas de maneira muito menos formal, mas longe ainda da famosa indumentária de chinelo de dedo, bermuda e camiseta regata que viria dominar o Centro em tempos mais recentes.
Bom Dia! na primeira foto a tampa de um triciclo de entregas que nos subúrbios era usado para entregar pães.No Centro era usado para transportar tudo, Na segunda foto a frente de um ônibus encarroçado Metropolitana,modelo ONU, já com pintura "JB" " As famosas três barrinhas" e que a Empresa me parece ser a Alpha.Nesta época a porta de saída como se vê era pela frente.
ResponderExcluirAo ver as fotos não pude deixar de lembrar que fui algumas vezes a esse estabelecimento. Em dias úteis ou fins de semana, após uma sessão de cinema, mas sempre para lanches típicos que ali eram servidos. Pizzas, chá com torradas, e até para saborear os sundaes (banana split etc.) que lembravam os famosos servidos nas Lojas Americanas de outras épocas. Mas um episódio ficou na memória. Certa vez, em plena época das festas juninas, uma turma de garotos foi lanchar nesse local e um dos moleques acendeu um "barbantinho cheiroso", também conhecido como "peidão" (Lembram?). Um colega do nosso grupo ao sentir o odor identificou o garoto e foi interpelar o moleque. A reação dos demais foi imediata e quase que a coisa descambou para as vias de fato. Acionada, a gerência expulsou os bagunceiros que ficaram na Senador Dantas Dantas, em ameça, esperando a nossa saída. Eles eram em maior número mas nossa disposição não era menor. Para decepção dos moleques simplesmente esperamos tranquilamente dentro da sorveteria até que eles desistissem e fossem embora. Coisas do tempo de adolescentes.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirPassei muito por essa esquina, mas bem após essas fotos. Não lembro desde quando, mas até 2017. Nos últimos tempos ia na livraria Cultura, infelizmente já fechada, onde antes fora um cinema.
A impressão que se tem é a de "uma outra cidade" que havia no mesmo local. Hoje em dia a Senador Dantas está quase abandonada, com a maioria das lojas fechadas, alguns camelôs, e também moradores de rua. O abrigo de bondes da Cinelândia foi demolido em 1964 quase simultaneamente com os da Lapa e o da Praça Tiradentes.
ResponderExcluirNam segunda foto, em primeiro plano, um ônibus da Alpha e ao fundo um da Madureira Candelária fazendo a curva.
ResponderExcluirAinda me lembro desses "tachões" pregados no asfalto em algumas ruas do centro. Deviam fazer a função das faixas de pedestres atuais.
ResponderExcluirHavia muitos tachões como estes pelo Centro sendo que já vi por aqui uma foto deles num cruzamento da avenida Rio Branco colorizada pelo Nickolas.
ExcluirCom certeza para delimitar a faixa para pedestres. Também usavam esse tipo de tachão para quebra-mola, mas ficavam praticamente grudados uns aos outros.
ExcluirA Japona era peça do uniforme do meu colégio - o finado Guido Fontgalland - para os dias de muito frio (no Rio, qualquer temperatura igual ou menor que 20 graus); para os dias de menos frio, o uniforme previa um "Cardigan" cinza.
ResponderExcluirA propósito, hoje seria um dia de usar a Japona.
O Guido Fontgalland ficava na rua Leopoldo Miguez ao lado da igreja de São Paulo Apóstolo. Era da Ordem dos Barnabitas que também dirigiam o colégio Zacharias. Conheci o Padre Maffei que foi diretor de ambos os colégios e era gente boa.
ResponderExcluirO Guido de Fontgalland, onde meu neto estudou, apesar de uma excelente instalação física e bem administrado, não resistiu à inadimplência (oficializada...) e aos colégios-empresa, e acabou por ser vendido ao grupo Pensi.
ResponderExcluirLembro desses sinais de trânsito de dois tempos em Botafogo nos anos 80. Quando acendiam as duas lâmpadas era o amarelo.
ResponderExcluirVemos um Rio ainda com pujança, antes da maldade da ditadura com a fusão, aí depois só derrota. Redemoinho que não saímos até hoje.
Esse era caminho para a Mesbla. Quando criança, acompanhando minha mãe, meu pai na Cidade só em raros sábados, eu ficava só olhando os cartazes dos filmes no Cine Odeon e outros e sempre queria ver o álbum de fotos que ficava mudando as páginas sozinho num estúdio de fotografias, localizado ali entre o cinema e a entrada do Hotel Serrador.
ResponderExcluirPaulo, o nome do estúdio de fotografia era Foto Preuss (Edf. Odeon) que apesar do nome pertencia a dois irmãos portugueses. Eram meus vizinhos e moravam no Edf. Anivea, Av. Pres. Wilson, 228, prédio residencial posteriormente vendido e reformado. Tornou-se a sede da instituição de previdência da Vale do Rio Doce. Um dos irmãos, Artur, tinha uma oficina de máquinas fotográficas na Senador Dantas e o outro, Saul, além do estúdio, fotografava eventos (casamentos etc.). Saul era uma figura folclórica da região pelas histórias e "causos" provocados pelas suas bebedeiras antológicas com seus parceiros de boemia. Alguns desses "causos" contei em outros sites da Grande Rede.
ExcluirValeu Docastelo, é sempre interessante saber histórias e casos da nossa cidade.
ExcluirBom dia a todos. E como a cidade mudou, sempre para pior. A medida que o assistencialismo avança a miséria aumenta. Se o dinheiro gasto pelo governo com esses programas de bolsa "troca de nome a cada governo", fosse aplicado em projetos para que pessoas pudessem empreender e gerar renda através do seu próprio trabalho, já teríamos retirado mais de 70% dessas pessoas e famílias da pobreza, eliminado todo o desvio dessa verba ocorrido ao longo dos anos, talvez não tivéssemos eleito a grande maioria dos políticos corruptos que se beneficiaram desta verba. Mas para quem não acredita, pergunto, já viram alguém sair da miséria pedindo ou recebendo esmola? Esmola só serve para deixar quem a recebe mal acostumado e sempre querendo mais. Deixo uma história sobre o assunto.
ResponderExcluir" Um sujeito dava todo dia R$ 5,00 reais a um pedinte de rua, depois de algum tempo, passou a lhe dar R$ 2,00, passado mais um tempo novamente passou a lhe dar somente R$ 1,00. O pedinte que vinha observando a redução da sua esmola ao longo do tempo, um belo dia interpelou o cidadão que lhe ajudava e lhe falou. -Observei que você reduziu o valor da esmola que me dá diariamente ao longo do tempo, porque razão isso aconteceu. O cidadão contrariado mesmo a contra gosto resolveu lhe responder. Quando eu era solteiro eu lhe dava R$ 5,00, depois me casei passei a lhe dar R$ 2,00 agora nasceu meu filho passei a lhe dar só R$ 1,00. O pedinte após escutar os motivos, vira-se para ele e diz; "Quer dizer então que você está sustentando a sua família com o dinheiro da minha esmola!"
Esse "assistencialismo perene" parece ser uma estratégia de parte do poder público para obter seus dividendos políticos e ideológicos. Seria o óbvio que simultaneamente ao auxílio fossem fornecidos meios para o beneficiário voltar ao mercado de trabalho e seguir em frente. Uma legião de párias pode se transformar em uma grande massa de manobra.
ExcluirLino, não há soluções simples para problemas complexos. Às vezes o assistencialismo é necessário quando a situação é de pobreza extrema. Estes programas que você tanto critica têm contrapartidas interessantes e que não são do conhecimento público. Quem recebe Bolsa Família assume o compromisso de garantir acompanhamento nutricional e vacinação para as crianças de até sete anos de idade. Além disso, as gestantes precisam fazer o exame pré-natal e o acompanhamento da sua saúde e do bebê. Na Educação, todas as crianças e adolescentes entre seis e 15 anos devem estar devidamente matriculados e com frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária total. Isto tudo é um incentivo para melhorar a situação dessas famílias.
ResponderExcluirMas o que vige atualmente nas elites é uma total falta de empatia com os mais necessitados. Não há interesse que tenham Educação para serem mais facilmente manipulados. Não há interesse na Saúde pois os da elite têm planos particulares caríssimos como o que você relatou aqui outro dia.
Exemplo maior da falta de empatia foi dado pelos senadores bolsonaristas que não compareceram na sessão em que os parentes das vítimas do Covid se pronunciaram.
Se considerarmos que a renda familiar na classe E é de pouco mais de mil reais vemos o caos em que estamos.
Dados deste ano dão conta que os extremamente pobres são aqueles que vivem com menos de R$ 162 mensais, ou US$ 1,90 por dia. Em 2019, os brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza somavam 51,9 milhões. Isto significa que, em 2021, o Brasil terá 9,1 milhões de pobres a mais do que antes da chegada do coronavírus ao país.
Não é fácil, não.
Alvaro acho que você acredita em Papai Noel também. Se fosse verdade, que estas contrapartidas fossem realmente cumpridas, mas sabe-se que isso na verdade é só pano de fundo para respaldar esse gasto junto a sociedade que paga a conta. E a cada ano teremos mais necessitados e necessidade do governo aumentar essa esmola, sem contar como vemos noticiar, centenas de pessoas recebendo este benefício sem a menor necessidade, inclusive políticos. Governo deve se preocupar em dar condições para o mercado gerar emprego e renda, ao invés de dar esmola para encobrir a sua incompetência em realizar o que deve ser feito para o mercado gerar riqueza através das empresas. Veja o retrospecto disso desde o governo FHC, o valor só aumentou e o número de beneficiados também só aumentou, vi ser denunciado de receber o benefício até mãe de artista Global. Uma coisa que todo brasileiro deveria aprender, é que você nunca muda a sua condição de vida, se não for através de seu próprio esforço.
ExcluirEsse tipo de iniciativa é louvável mas não diminui a miséria. Caso todas essas contrapartidas sejam efetivadas, essas famílias continuarão vivendo de esmolas sem uma "real atividade produtiva" (leia-se trabalho e qualificação profissional) e o problema só crescerá em progressão geométrica. "Empatia é a palavra de efeito", mas nesse contexto da nada serve.
ExcluirFalar contra o assistencialismo tendo dinheiro é mole.
ExcluirVc dão nojo. Todos os países que admiramos ajudam os mais pobres. Moro no Canadá e exitem vários programas de ajuda. Que existem pessoas que abusam deles, lógico, sempre existirá. Mas para a grande maioria faz diferença.
Agora uma pergunta eramos melhores antes disso. Brasil era lindo é maravilhoso. Não lembro.
Vcs são do time que reclamaram quando doméstica ganhou todos os direitos trabalhistas. Um absurdo afinal estão aí para serem exploradas. Sorte que sai dessa imundice com pessoas que pensam assim.
Durante minha permanência no Guido (1965 a 1968, cursando o antigo ginásio) o Padre Parreira era o diretor; excelente colégio, turmas pequenas, ótimos professores (todos leigos, com exceção de Religião).
ResponderExcluirInfelizmente, ao contrário do Zacharias, não tinha o hoje chamado segundo grau, na época "Clássico/Científico".
Meus (poucos) grandes amigos, que conservo até hoje, são colegas de turma do Guido. Morávamos todos em Copacabana, ida e volta ao colégio a pé, uma farra só.
Uma pena este tipo de colégio pequeno não existir mais.
Quando eu estudava em escola pública, no primário, nos anos 60, todos os alunos usavam japona no frio. Eu adorava.
ResponderExcluirComo sempre sorrateiramente o suposto "emigrante canadense" não consegue disfarçar o seu viés ideológico no comentário das 22:56. Com um português "deplorável", um discurso detestável, e suspeito de ser artificial para ocultar sua verdadeira identidade, a origem de seu I.P é tão autêntica quanto uma nota de R$ 3.00 e faz lembrar uma peça teatral dos anos 70: "Greta Garbo quem diria, terminou no Irajá", e esse "Canadá" é tão distante quanto Nilópolis...
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