A Praia do Flamengo quase sempre foi passagem para mim, indo do centro para Botafogo ou Gávea. Ficava admirando os prédios da orla, mesmo afastados pelo aterro. Como também ia às vezes no Palácio do Catete, via a parte do jardim.
Tem comentarista querendo acreditar mais em instituto obscuro do que em outros de mais renome. Mas uma coisa é certa. Muita água ainda vai rolar por baixo da ponte. E as redes "antissociais" terão grande importância. Só fiscalizar as fake news que o grupo do ódio com certeza irá disseminar.
A foto 2 e a foto 3 são de 1962/63, pois mostram o suporte e o cabeamento dos Trolley-buses que começaram a operar nessas datas, bem como a velha mureta e as pista de rolamento antigas, sendo que a foto 3 aparenta que os bondes ainda estavam em operação. Não custa lembrar que as últimas linhas de bonde na região circularam até 21 de Maio de 1963. O homem de costas que aparece na última foto corrobora o que foi amplamente discutido ontem. A região da foto atualmente apresenta uma certa degradação, sendo que o "perfil de seus frequentadores deixa muito a desejar": além de moradores de rua e crackudos, a presença de travestis e assemelhados bem como a de assaltantes, mostra que o atual Parque planejado por Lota de Macedo Soares, o "Lotão", fugiu à sua destinação original.
Bom dia a todos. A orla antiga era bonita, porém a orla do Aterro é muito mais bonita na minha opinião. O grande problema urbano no RJ e tb no Brasil, se chama falta de manutenção dos locais públicos, a falta de uma estrutura de atendimento as necessidades do turista e por fim a falta de segurança pública. Em Países que sabem explorar o turismo, toda a área do Aterro e hoje com a interligação desta área até a Praça Mauá, com certeza haveria uma estrutura comercial com centenas ou milhares de estabelecimentos comerciais trabalhando somente em função do turismo, gerando porque não milhares ou milhão de empregos diretos e indiretos. Não adianta ter uma cidade com belezas naturais se não sabe explorar comercialmente esta beleza que Deus proporcionou. O dinheiro que será jogado fora e/ou boa parte dele roubado, do fundo partidário e do esmola Brasil, com certeza tiraria toda a população da linha de pobreza do RJ que geraria renda para o Estado e o País.
Esse skyline da última foto é uma das visões mais bonitas do Rio. Até o final dos anos 1990, quando a Mesbla ainda estava aberta no Passeio, aquela primeira curva do Aterro, vindo da Praia de Botafogo, nos permitia visualizar esse skyline até o antigo prédio da Esso (onde hoje, se não me engano, está o IBMEC). Era uma longa faixa de prédios belíssimos, de variadas linhas arquitetônicas, e muitos tinham luminosos no alto da empena. Lembro de um luminoso muito bacana da marca japonesa Minolta, concorrente da Xerox. Já há algum tempo não passo por ali, não sei mais como está, mas que era uma das visões mais belas do Rio, isso era.
Apesar de praticamente mencionado nos comentários sobre os frequentadores, devo dizer que desço da montanha umas 3 vezes por semana para andar na areia do Flamengo; efetivamente não sou uma frequência elogiável e me sinto bem e seguro nas minhas andanças. Vi as ressacas encolhido no banco traseiro do Skoda 51 do meu pai e o repuxo assustava de verdade; mas não adianta enrolar com lirismo infantil que hoje tem Festival de Austin, apesar de não aparecer o meu favorito, o A-70 de 1948-50. Daí, começo do fim para o começo. Na foto da água parada, um Austin A-40 Somerset, de 52 avança à frente do taxi Chevrolet 1938; mais atrás um Chevrolet 1954 dá um ar de corpo inteiro. Na foto anterior, onde uma agulha grosseira demonstra as pisadas automobilísticas, um Austin também A-40, porém de 1948 - Devon, toma o canto direito, enquanto um Plymouth 1953, completamente desdentado, ocupa o esquerdo. Atrás, um Citroën Légère parece indeciso e, se o lotação não facilitar, vai ser o próximo a subir na agulha. À frente do lotação, um Hillmann, mas que pode ser um Singer, (menos chute, biscoito e mais ação!) pois tem um Studebaker querendo ser identificado. Na foto do banco, apenas um Chevrolet 46-48, saia e blusa. E na foto do cabeamento dos trolleys um Mopar 50 e um Aero-Willys; quase saindo da foto um distinto carro branco que o Erick vai identificar como Bentley, mas acho que é Chevrolet. Na primeira foto há um DeSotão ao lado do Jeep, mas é pouca definição para maiores chutes, joelhadas e pisões.
Até faz uns cinco anos atrás na rua cruz lima esquina com Flamengo existia um desses postes, um dia veio um caminhão e levou, sempre fiquei pensando se era oficial ou alguém furtou na mão grande mesmo.
Enquanto aguardo os especialistas, reparando melhor nos carros, percebi que aquele Chevrolet (?) à esquerda na foto 4 está com uma "tarja preta" na grade da frente. Censurado?
O Biscoito identificou o carro com faixa preta, é um Plymouth. No último parágrafo, além do simples chute do futebol nas identificações, pode praticar também alguns lances de rugby.
Na foto 4 aparece ao fundo o Hotel Gloria. Apesar da antiga praia do Flamengo ter seu charme, inegavelmente, o Aterro trouxe uma evolução urbana para a cidade, criando espaços de lazer e de exercícios para a população de maneira geral, além de encurtar o tempo do trajeto até o Centro da cidade.
Os novos postes de iluminação instalados no Aterro em 1965 além de altos tinham a cúpula de proteção das lâmpadas pintadas de preto. Colocaram neles o apelido de "Negrão" em razão do então candidato ao Governo do Estado da Guanabara. Para muitos a eleição de Flexa Ribeiro era tida como certa, mas Negrão acabou sendo eleito em Outubro, e um de seus primeiros atos foi extinguir o feriado de São Sebastião do dia 20 de Janeiro. O resultado disso todos conhecem...
Eu não pude ver o Flamengo sem o Aterro, devia ser lindo.
Mas morei muitos anos na Rua Paissandu, o bairro do Flamengo e a Paissandu eu considero um dos lugares mais bonitos da cidade falando em urbanismo.
A mureta ainda existe, está lá.
É inegável que o Aterro é uma obra linda, mas acredito que para os moradores da orla da Praia do Flamengo deve ter sido frustrante na época perderem a vista de baixo do nariz da orla.
Fotos do Arquivo Nacional, acervo Correio da Manhã.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirA Praia do Flamengo quase sempre foi passagem para mim, indo do centro para Botafogo ou Gávea. Ficava admirando os prédios da orla, mesmo afastados pelo aterro. Como também ia às vezes no Palácio do Catete, via a parte do jardim.
Tem comentarista querendo acreditar mais em instituto obscuro do que em outros de mais renome. Mas uma coisa é certa. Muita água ainda vai rolar por baixo da ponte. E as redes "antissociais" terão grande importância. Só fiscalizar as fake news que o grupo do ódio com certeza irá disseminar.
Bom Dia! Augusto: Muita água ainda vai rolar,mas Deus está no comando.
ExcluirA foto 2 e a foto 3 são de 1962/63, pois mostram o suporte e o cabeamento dos Trolley-buses que começaram a operar nessas datas, bem como a velha mureta e as pista de rolamento antigas, sendo que a foto 3 aparenta que os bondes ainda estavam em operação. Não custa lembrar que as últimas linhas de bonde na região circularam até 21 de Maio de 1963. O homem de costas que aparece na última foto corrobora o que foi amplamente discutido ontem. A região da foto atualmente apresenta uma certa degradação, sendo que o "perfil de seus frequentadores deixa muito a desejar": além de moradores de rua e crackudos, a presença de travestis e assemelhados bem como a de assaltantes, mostra que o atual Parque planejado por Lota de Macedo Soares, o "Lotão", fugiu à sua destinação original.
ResponderExcluirBom dia a todos. A orla antiga era bonita, porém a orla do Aterro é muito mais bonita na minha opinião. O grande problema urbano no RJ e tb no Brasil, se chama falta de manutenção dos locais públicos, a falta de uma estrutura de atendimento as necessidades do turista e por fim a falta de segurança pública. Em Países que sabem explorar o turismo, toda a área do Aterro e hoje com a interligação desta área até a Praça Mauá, com certeza haveria uma estrutura comercial com centenas ou milhares de estabelecimentos comerciais trabalhando somente em função do turismo, gerando porque não milhares ou milhão de empregos diretos e indiretos. Não adianta ter uma cidade com belezas naturais se não sabe explorar comercialmente esta beleza que Deus proporcionou. O dinheiro que será jogado fora e/ou boa parte dele roubado, do fundo partidário e do esmola Brasil, com certeza tiraria toda a população da linha de pobreza do RJ que geraria renda para o Estado e o País.
ResponderExcluirEsse skyline da última foto é uma das visões mais bonitas do Rio. Até o final dos anos 1990, quando a Mesbla ainda estava aberta no Passeio, aquela primeira curva do Aterro, vindo da Praia de Botafogo, nos permitia visualizar esse skyline até o antigo prédio da Esso (onde hoje, se não me engano, está o IBMEC). Era uma longa faixa de prédios belíssimos, de variadas linhas arquitetônicas, e muitos tinham luminosos no alto da empena. Lembro de um luminoso muito bacana da marca japonesa Minolta, concorrente da Xerox. Já há algum tempo não passo por ali, não sei mais como está, mas que era uma das visões mais belas do Rio, isso era.
ResponderExcluirApesar de praticamente mencionado nos comentários sobre os frequentadores, devo dizer que desço da montanha umas 3 vezes por semana para andar na areia do Flamengo; efetivamente não sou uma frequência elogiável e me sinto bem e seguro nas minhas andanças.
ResponderExcluirVi as ressacas encolhido no banco traseiro do Skoda 51 do meu pai e o repuxo assustava de verdade; mas não adianta enrolar com lirismo infantil que hoje tem Festival de Austin, apesar de não aparecer o meu favorito, o A-70 de 1948-50. Daí, começo do fim para o começo.
Na foto da água parada, um Austin A-40 Somerset, de 52 avança à frente do taxi Chevrolet 1938; mais atrás um Chevrolet 1954 dá um ar de corpo inteiro.
Na foto anterior, onde uma agulha grosseira demonstra as pisadas automobilísticas, um Austin também A-40, porém de 1948 - Devon, toma o canto direito, enquanto um Plymouth 1953, completamente desdentado, ocupa o esquerdo. Atrás, um Citroën Légère parece indeciso e, se o lotação não facilitar, vai ser o próximo a subir na agulha. À frente do lotação, um Hillmann, mas que pode ser um Singer, (menos chute, biscoito e mais ação!) pois tem um Studebaker querendo ser identificado.
Na foto do banco, apenas um Chevrolet 46-48, saia e blusa. E na foto do cabeamento dos trolleys um Mopar 50 e um Aero-Willys; quase saindo da foto um distinto carro branco que o Erick vai identificar como Bentley, mas acho que é Chevrolet.
Na primeira foto há um DeSotão ao lado do Jeep, mas é pouca definição para maiores chutes, joelhadas e pisões.
Hj cheguei tarde,culpa do trabalho..Nada a declarar ou acrescentar ao impecável trabalho do biscoito!!!!
ExcluirSe não demoliram em tempos recentes, acredito que não, parte da mureta ainda está por lá.
ResponderExcluirAté faz uns cinco anos atrás na rua cruz lima esquina com Flamengo existia um desses postes, um dia veio um caminhão e levou, sempre fiquei pensando se era oficial ou alguém furtou na mão grande mesmo.
ResponderExcluirEnquanto aguardo os especialistas, reparando melhor nos carros, percebi que aquele Chevrolet (?) à esquerda na foto 4 está com uma "tarja preta" na grade da frente. Censurado?
ResponderExcluirO Biscoito identificou o carro com faixa preta, é um Plymouth.
ExcluirNo último parágrafo, além do simples chute do futebol nas identificações, pode praticar também alguns lances de rugby.
O aterro é uma das regiões mais bonitas desta cidade.
ResponderExcluirFF- Ventos de esperanças que o Chile está nos trazendo...
Na foto 4, o Plymouth 1953 era um carro bonito, mas não era muito comum vê-lo pelas ruas.
ResponderExcluirQuanto ao Austin na frente do lotação, o Citroën da Gestapo e o Studebaker, eram figurinhas fáceis.
Gostaria muito de ter conhecido assim, mas é inegável que o aterro, apesar dos pesares, é lindo, e foi uma mudança para melhor em muitos aspectos.
ResponderExcluirNa foto 4 aparece ao fundo o Hotel Gloria. Apesar da antiga praia do Flamengo ter seu charme, inegavelmente, o Aterro trouxe uma evolução urbana para a cidade, criando espaços de lazer e de exercícios para a população de maneira geral, além de encurtar o tempo do trajeto até o Centro da cidade.
ResponderExcluirOs novos postes de iluminação instalados no Aterro em 1965 além de altos tinham a cúpula de proteção das lâmpadas pintadas de preto. Colocaram neles o apelido de "Negrão" em razão do então candidato ao Governo do Estado da Guanabara. Para muitos a eleição de Flexa Ribeiro era tida como certa, mas Negrão acabou sendo eleito em Outubro, e um de seus primeiros atos foi extinguir o feriado de São Sebastião do dia 20 de Janeiro. O resultado disso todos conhecem...
ResponderExcluirO ângulo da última foto é sensacional.
ResponderExcluirEu não pude ver o Flamengo sem o Aterro, devia ser lindo.
Mas morei muitos anos na Rua Paissandu, o bairro do Flamengo e a Paissandu eu considero um dos lugares mais bonitos da cidade falando em urbanismo.
A mureta ainda existe, está lá.
É inegável que o Aterro é uma obra linda, mas acredito que para os moradores da orla da Praia do Flamengo deve ter sido frustrante na época perderem a vista de baixo do nariz da orla.