Conta P. Berger que não se sabe quando foi aberta a Rua São Clemente, cuja denominação invoca a Capela de São Clemente, existente desde 1685 na antiga Quinta de São Clemente, de propriedade do Padre Clemente Martins de Matos. A Quinta era enorme: ia da Enseada de Botafogo até às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Por volta de 1895 passou a chamar-se Rua Raul Pompéia e mais tarde teve o nome de Rua Rui Barbosa. Em 1922 foi restabelecido o nome de São Clemente.
Esta belíssima foto,
publicada por Maria Lucia Sanson, é de Octavio Oliveira Castro, de 1905,
mostrando um aspecto da Rua São Clemente na altura do nº 398. Hoje, neste
número, há um prédio de apartamentos. Mas ainda resistem algumas mansões
belíssimas neste trecho da São Clemente.
Esta foto de Malta mostra
a rua já asfaltada e quase deserta.
Fiquei em dúvida se esta
foto, do acervo do Correio da Manhã, já foi publicada por aqui. Vemos a quantidade
de buracos nas imediações da praça Corumbá, em frente à favela de Santa Marta.
Curiosidades: o
sorveteiro e o pipoqueiro que vemos na esquina quase em frente à Rua da Matriz
são os mesmos que ficavam na saída do Colégio Santo Inácio. Respectivamente o “Madura”
e o “seu” Manoel. Nesta época a São Clemente tinha mão-dupla para bondes e
veículos. Somente em meados dos anos 60 passou a ser mão única como é até hoje.
A São Clemente e a Voluntários da Pátria passaram a ter regime de mão única total a partir de meados de 1963 quando todas as linhas de bonde que operavam na zona sul foram extintas. Com isso as linhas de Trolley-buses vindos da Gávea e do Humaitá utilizavam a Voluntários da Pátria para atingirem a Praia de Botafogo e utilizavam a São Clemente para se dirigirem ao Jardim Botânico. Por um breve período (Setembro de 1962 a Maio de 1963) Botafogo teve a circulação de bondes e Trolley-buses.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirA São Clemente era uma das ruas de Botafogo que eu mais frequentava, assim como a Voluntários. Também era passagem para ir ao IMS. Tudo isso até 2017. Faz tempo que não vou a Botafogo.
A fila de automóveis na terceira fotografia é das mais misturadas que já vi. Nem a ONU faria mais equilibrada. As antigas suspeitas de jabaculê em favor do gerente se desfazem com a rapidez do raio. O carro atravessado nos trilho parece um Volvo 444, sueco; depois um Peugeot 203, francês, dos primeiros 1948, depois a Kombi do Serviço Público, a Buick camionete com laterais de madeira, 1952, no filme da Meryl Streep cozinheira o marido tem uma, um Chevrolet 1958 Bel-Air e outro Chevrolet, 1940, de praça.
ResponderExcluirA região da segunda foto atualmente é degradada e desvalorizada por razões óbvias. Era um local bastante agradável. O excesso de veículos e a existência da favela Santa Marta com todo o seu rol de iniquidades acabaram por depauperar a região.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. As fotos 1 e 2 são espetaculares. Talvez as crianças de hoje ao olhar a foto 1, não entenda o que estava acontecendo, com o carro de boi desfilando tranquilamente pela rua.
ResponderExcluirFF. As ruas de Botafogo, São Clemente e a Voluntários da Pátria, passam pelo Flamengo.
Antes de minhas passagens por essa rua Dom João e Dom Pedro saíam do Centro e pegavam o Caminho de São Clemente, passavam pelo Humaitá (ponde havia forte para defesa de eventuais intrusos na Lagoa, hoje CIEP) para chegar a Praia da Piaçava (hoje Igreja Santa Margaria da Maria) e pegar a galeota com destino a Fábrica de Pólvora ou as Praias do Leblon ou Ipanema.
ResponderExcluirPulando no tempo, enxergar o Madura é coisa de microfotografia. Realmente belas mansões , antigas chácaras. A Prefeitura deveria ser aberta a visitação. Espero que amoda Mozak não pegue. O Palacete do Conde Modesto Leal em Laranjeiras virou decoração de paliteiro.
Domingo levei minha mãe para visitar o Largo do Boticário. Está um primor. Pelas palmeiras, primeira foto no Largo dos Leões? Consulado de Portugal? Ali ficava um Hotel de ingleses já tratado aqui.
Belo dia de outono no Rio!
Nessa região observa-se uma curiosa coincidência de nomes que pode até fazer confusão para muitos. Primeiro temos o nome do vigário, proprietário de terras na região, homônimo do santo que deu o nome à rua, já sua mãe, Da. Marta foi homenageada dando o nome ao morro (acidente geográfico ) e que nada tem a ver com a santa sua homônima que é a padroeira e dá o nome à comunidade (favela).
ResponderExcluirCerto, absolutamente certo, diria J. Silvestre.
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