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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

MISS ELEGANTE BANGU

Até durante os anos 60 eram comuns no Rio grandes acontecimentos sociais, com exigência do uso de “smokings” ou terno completo para os homens e vestidos longos para as mulheres. Além das festas habituais do “high-society”, cobertas pelas muitas colunas sociais de revistas e jornais, havia os bailes de formatura e as festas de debutantes, além de grandes casamentos. Hoje vamos ver como foi o início do concurso “Miss Elegante Bangu”, retratado em fotos da revista Manchete.


A ideia foi de Joaquim Guilherme da Silveira, o "Silveirinha", dono da Fábrica Bangu. Era um concurso que pudesse realçar a elegância da mulher brasileira. Dizia-se sem objetivos comerciais, com renda total revertendo em benefício da Pequena Cruzada. Foi eleita Corina Balbo, candidata a "Miss Elegante Bangu" de 1952. Concorria pelo Clube Caiçaras. A festa aconteceu no "Golden Room" do Copacabana Palace, em janeiro de 1953.


Corina Balbo recebe a faixa das mãos de "Silveirinha". Segundo o Conde di Lido, nosso especialista em assuntos de moda feminina, a vencedora ostenta um vestido de organdi permanente "Mauve" plissado e bordado a canutilhos prateados.



Aspecto do desfile do "Miss Elegante". Neste primeiro concurso, Corina Baldo foi secundada por Maricy C. Rodrigues e Ninon Seliler. Ribeiro Martins era o organizador. José Ronaldo, o figurinista e os vestidos usavam tecidos da Fábrica Bangu. Concorriam jovens da sociedade, de clubes do Rio e de todo o país.


O “Golden Room” do Copacabana Palace foi inaugurado em 26/12/1940 num evento inesquecível, segundo descreveram os jornais da época: “Decorado por Henrique Liberal, o novo “Golden Room” apresenta um ambiente originalíssimo, sóbrio e chic. Impressiona pela harmonia do conjunto, pela pureza de concepção. Integrada nesse ambiente de bom gosto, movia-se uma sociedade de bom gosto. As senhoras, exibindo os últimos figurinos, transformavam o acontecimento numa autêntica parada de elegância, impressionando pela variedade de cores e de modelos, pela riqueza das “toilettes” e pela graça dos movimentos. Os cavalheiros, impecáveis, rendiam-lhes as homenagens de olhares elogiativos.”

Entre os artistas que se apresentaram na noite de inauguração destacaram-se Laura Suarez, Francisco Ferreira, Eros Volusia, Greta Keller e a orquestra de Guy de Nogrady, com o célebre cimbalista Codolban e o pianista Naum Kramer.


Esta fotografia mostra um outro evento, um Baile de Debutantes, no "Golden Room" do Copacabana Palace, no ano de 1949.


Em agosto de 1953, meses após o primeiro concurso "Miss Elegante Bangu", um grande incêndio aconteceu no Copacabana Palace. O fogo começou nas dependências do restaurante “Bife de Ouro”, destruiu o “Golden Room”, o “Teatro Copacabana” e parte da boate “Meia-Noite”. 


Esta foto mostra como ficou o belíssimo "Golden Room" após o incêndio. Os bombeiros tiveram muito trabalho, faltou água e a solução foi usar a água da piscina. As obras de reforma se estenderam até o início de 1954. A reabertura deu-se com a espetacular cantora Joyce Bryant, sendo que a nova decoração ficou a cargo de João Henrique e Silvio Dodsworth.


No ano seguinte, já com o "Golden Room" em pleno funcionamento, a eleita foi Sonia Carneiro, que aparece em foto ao lado de Marta Rocha. Sonia também representava o Clube dos Caiçaras.
Eram outros tempos. 


51 comentários:

  1. Bom dia.
    Até os nomes eram de outros tempos: Corina, Maricy e Ninon, as três primeiras colocadas da primeira edição do concurso.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Aula bem interessante. Vou acompanhar os comentários.

    PS: ontem de noite faleceu aos 74 anos o comunicador Gilson Ricardo, flamenguista ferrenho.

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    1. Amanheci com essa triste notícia do falecimento do radialista esportivo Gilson Ricardo. Conhecido como Gilsão, comandava a mesa redonda do programa "Bola em Jogo" aos domingos, de meio dia às 15:00 hs que eu era assíduo ouvinte. Após o falecimento do Roberto Dinamite, que era componente da mesa antes da doença, Gilson Ricardo fez uma declaração emocionada para ex craque vascaíno. Agora é aguardar quem será o novo comandante do programa esportivo, que tem Gérson, o Canhotinha de Ouro, Dé, o Aranha e Eduzinho, irmão do Zico.

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    2. Estão indo nossos companheiros de tantas transmissões esportivas. O Gilson era flamengo doente, mas era admirado por todas as torcidas por suas "tiradas". Alto astral.

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    3. Sim, Luis, Gilsão era flamenguista confesso mas mantinha a isenção em seus comentários. Exatamente como faz o Apolinho Washington Rodrigues, quando tem que esculhambar o clube, esculhamba mesmo.

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    4. O velório vai a princípio até às 14 horas no salão nobre da sede do CRF, clube de coração, na "Gávea" (há controvérsias em relação à localização exata).

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  3. A alta sociedade me dá uma impressão de muita futilidade, embora haja exceções. Sugiro ao Luiz uma postagem sobre a fábrica Bangu do Silveirinha, que tinha uma atenção especial com os empregados.
    Este incêndio teve muitos danos materiais, mas o da Vogue, pouco depois, também em Copacabana foi uma tragédia muito maior.

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  4. Essas moças naquela época deviam participar desses concursos como depois existiram aqueles cursos universitários do tipo “espera marido”. Chamando a atenção desse modo logo deveria aparecer algum ricaço com uma proposta de casamento. Uma ação entre amigos.

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    1. Correta a sua observação. Adalgisa Colombo e Therezinha Morango são um exemplo disso.

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  5. Bom Dia! No meu tempo de escola, conheci u'a Mãe que queria fazer sua filha miss. Acontece que a garota não ajudava em nada. Era magérrima, pernas fininhas e não estava nem aí para o sonho da Mãe. Ela queria mesmo era ser doutora, o que acabou acontecendo. Já partiu desta vida, mas foi uma pediatra que tinha sempre agenda cheia.

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  6. Para quem não sabe, houve um tempo em que Bangu ocupou espaço nas colunas sociais em razão de eventos como esse, bem diferente da atualidade, na qual Bangu é manchete em razão da criminalidade que lá impera por ser uma região dominada por favelas e por conseguinte pelo tráfico de drogas e pelo crime. A Fábrica Bangu levou prosperidade e principalmente civlidade àquele bairro do "subúrbio" (hoje zona oeste) carioca. Os bailes de debutantes eram uma rotina no Rio de Janeiro e a atividade social nos clubes era intensa.

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  7. Marta ou Martha Rocha?
    A miss das duas polegadas a mais.
    Lenda criada para vender jornal por conta do segundo lugar no Miss Universo.

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  8. Reza a lenda que funcionários da fábrica Bangu já jogavam football antes de o tal Charles Miller desembarcar no estranho estado.

    A família Andrade sempre foi influente ao longo do tempo. Bangu era zona rural, hoje zona oeste "ocidental".

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  9. Em tempo, a Fábrica Bangu participou com um pavilhão na Expo 1908.

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  10. O clube Madureira Imperial (acho que era esse o nome) realizou no inicio dos anos 1960 um concurso chamado Boneca Viva, destinado a meninas. Minha ex-esposa ganhou numa das edições, mas acho que foi mutreta porque o pai dela era muito conhecido no clube.

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    1. O clube era o "Imperial Basket Club" e funcionava na Estrada do Portela 57. Nos anos 70 fui muitas vezes a bailes naquele simpático clube. Foi demolido.

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    2. No endereço funcionou por um bom tempo a Ultralar, com galeria de lojas no subsolo e ligação com o Shopping São Luiz (o dos peixinhos). O aluguel das lojas vai para o clube Madureira (MEC). Hoje no local funciona uma Caçula.

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  11. Clubes como a A.A Vila Isabel, o Tijuca Tênis. Clube, o Ginástico Português, o Fluminense Futebol Clube, e dezenas de outros, mantinham uma intensa atividade social. Chás dançantes, bailes de debutantes, e concursos de beleza eram programas concorridos na sociedade carioca. A "Casa Rollas" possuía extensa clientela masculina, já que era a principal loja especializada no aluguel de "trajes de gala".

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  12. Esses concursos sempre foram suspeitos de fraude. No início da década de 2010 uma colega de serviço, que já era modelo, se inscreveu num concurso patrocinado pela prefeitura do Rio. Durante os primeiros ensaios alguém disse a ela que já havia vencedora: uma determinada candidata negra, porque a prefeitura queria valorizar a negritude. Minha colega saiu fora, e a tal candidata realmente foi a vencedora.

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  13. Bom dia Saudosistas. Bons tempos em que a futilidade era bastante admirada, hoje a situação econômica do País não tem mais espaço para este tipo de coisas, até mesmo festas de aniversários estão sendo realizadas restritas para a família, mesmo assim só para os filhos pequenos ou netos. Hoje em dia as grandes socialites da cidade ou morreram ou estão duras. Concluindo, a Cidade também a cada dia está mais empobrecida.
    Como isso não era da minha época, vou acompanhar os comentários daqueles que viveram esta realidade.

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    1. Lino Coelho, "bota empobrecida nisso". Aliás pode-se chamar de Rio de Janeiro apenas algumas partes das zonas sul, Norte, e Barra da Tijuca. O restante, cerca de 70%, pode ser chamada de "criminolândia", "Haiti do sul", ou ""Nova Paraíba".

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  14. Por volta do Natal de 1996, fomos a Atlanta e minha esposa da época comprou uma linda boneca e resolveu rifá-la no IBGE, onde trabalhava. Pediu auxílio a um boy para arrebanhar pessoas. Ele o fez. Mas na hora de prestar contas, ficou enrolando. Por azar, o número dele foi o sorteado pela Loteria Federal. Em represália, minha esposa não lhe entregou a boneca.

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    1. Corretor Ortográfico.23 de janeiro de 2023 às 10:28

      Com as devidas vênias e visando a preservação do vernáculo, venho lembrar que em seu comentário não foi aposta vírgula no trecho "quando fomos à Atlanta", pois normalmente o A craseado substitui o "para Atlanta".

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    2. Ué, eu não escrevi "quando fomos à Atlanta" e sim apenas "fomos a Atlanta".

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    3. Corretor Ortográfico23 de janeiro de 2023 às 14:15

      Meu caro, a preposição A é exigida em razão da regência do verbo IR (para algum lugar) e o artigo A está junto do substantivo ATLANTA. São duas vogais com funções sintáticas diferentes, e nesse caso a crase é necessaria.

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    4. Meu caro, o modo como usou a vírgula na sua última frase é questionável.

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    5. Corretor Ortográfico, 15:13h ==> diante de nome de cidades não se usa crase, exceto se houver alguma qualificação dela, como por exemplo "vou à cinzenta São Paulo, à corrupta Brasilia, à histórica Atenas". Fora isso, é "vou a São Paulo, a Brasília, a Atenas".

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  15. A fábrica Bangu foi um dos grandes sucessos na primeira onda de industrialização do país, além de sedimentar os conceitos do bom trato aos operários; creche, ambulatório e tratamento dentário já eram disponiveis aos empregados na década de quarenta. O impacto desenvolvimentista na região da antiga freguesia de Campo Grande foi notório. Ainda me lembro das casas em estilo inglês que ficavam no entorno, cujas ruas possuem nomes alusivos à fábrica como Rua dos Tintureiros, Rua das Oficinas, Rua dos Açudes, etc.
    Para o shopping criado após o fim da fábrica manteve-se a arquitetura original britânica, por dentro há locais próximos às lojas e na praça de alimentação onde se pode perceber que havia ali máquinas de tear. Foi, enfim, uma tacada certeira para se manter a memória do local e da outrora glamourosa marca de tecidos.

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    1. Mestre Wagner Bahia no início do século passado os grandes complexos industriais que se instalaram no Brasil, criaram Vilas Residenciais para seus funcionários morarem, como era na Europa, principalmente na Inglaterra, França, Espanha com a revolução industrial que se instalou nestes Países, no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, todas as grandes industrias de tecelagem tinham as suas vilas operárias, muitas delas ainda existentes, mesmo após o desaparecimento dessas industrias. Hoje infelizmente as grandes industrias não podem mais construir ou financiar moradias para seus funcionários no Brasil, pois além dos altos impostos que estas empresas pagam, os diversos órgãos de fiscalização do governo (muitas para mamar alguma propina) as diversas despesas ou obrigações criadas pelo estado, todas elas para manter a máquina pública e patrocinar partidos e políticos em épocas de eleições, tais como: vale transporte, auxílio alimentação, FGTS, INSS, PIS, CONFINS em nada beneficiam o trabalhador, só servem para aumentar os custos das empresas. Isso é o que está afugentando as grandes empresas do Brasil. E ainda tem gente que influenciada pelos discursos de nossos políticos, dizem que o empresário é um explorador, que os banqueiros são exploradores do povo e que cobram juros astronômicos da população, etc e tal.

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    2. Falta um pouco de visão social da classe empresarial ao não prover de moradia seus empregados. Não podemos dizer que os empresários tenham tido seus lucros diminuídos, pois suas margens são generosas. Uma nação não sobrevive sem os impostos tão necessárias à máquina pública. Há muito tramita no parlamento brasileiro um projeto instituindo um imposto sobre grandes fortunas. Seria um maneira de repartir os lucros da classe empresarial com os mais necessitados.

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    3. Se idéias como a sua são postas em prática em pouco tempo não haverá mais empresas e empresários. A Venezuela agiu exatamente assim...

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  16. Naquele tempo, havia a profissão de "mãe de miss". Mais tarde algumas acharam mais "proveitoso" assessorar no sentido de as colocar em contato com outras possíveis "oportunidades" de ascensão.

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  17. Na segunda metade da década de 1980 havia um programa chamado "Bom dia, Alemanha", transmitido pela Rádio Imprensa todo sábado, das 9:00 às 10 horas da manhã. Eu era assíduo ouvinte desse programa, e cheguei a gravar 9 fitas cassette de uma hora cada, com músicas tocadas no programa. Você podia ligar e pedir a repetição de determinada música, o que era feito no sábado seguinte.

    Todo ano o produtor e apresentador do programa, chamado Albert Müller, ia à Alemanha e trazia LP's com músicas daquele país, para tocar no programa. Eu por várias vezes liguei pedindo repetição, assim como escrevia cartas pedindo que ele me dissesse o nome exato de algumas músicas. Por isso eu já era conhecido do programa.

    Um dia o Albert resolveu sortear um LP que ele havia trazido da Alemanha. Adivinha quem ganhou? Eu. Não sei se houve alguma mutreta ou se foi realmente coincidência. Fui pessoalmente lá na Rádio Imprensa, que ficava na época ali no Maracanã, na rua Felipe Camarão, pegar o LP que ganhei e assistir a uma apresentação do programa.

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    1. Hélio conheci o patriarca da família Khory quando era criança, Sr. Michel Khoury, era muito amigo do meu pai, a esposa dele é quem administrava a Radio Imprensa, eles tinham 3 filhos, dois rapazes e uma moça, todos muito mais velhos do que eu na época, um deles trabalhava na radio, o Simon, os outros não me lembro agora os nomes.

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  18. É um Plymouth que aparece na foto do incêndio?

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    1. Parece realmente um Plymouth 1953.

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    2. Sim é um 53...pelo friso reto lateral é um Cambridge,com motor V8,sacramentado pelo emblema em "V" do capô

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  19. E junto sumiram também os Zózimos e os Ibrahims Sueds.
    Esses dias fiquei sabendo que tem outra escola de samba com o nome de Padre Miguel, porém com as cores oficiais da fábrica Bangu, alvi-rubro como o clube de lá e que vemos nas faixas das misses em foco na postagem de hoje.

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    1. Paulo Roberto a UPM, E.S. Unidos de Padre Miguel, é mais antiga do que a sua coirmã GRES Mocidade Independente de Padre Miguel, esta só sobrepujou a UPM no final dos anos 60 com o incremento financeiro do seu Patrono, o bicheiro Castor de Andrade. A UPM já no início dos anos 60 desfilava no atual grupo especial das escolas de samba.

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  20. Tenho um amigo que trabalhou na Bangu na parte de corantes de tecidos. Falou que era um império na região. A Bangu era poderosíssima na época. Não sei se hoje se compra tecido para fazer roupa em casa. Lembro de minha mãe nas Casas Pernambucanas e o vendedor desenrolando com habilidade e rapidez os "carretéis" de tecido. Algodão é agro , algodão é pop.

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    1. A venda no varejo de tecidos diminuiu bastante, mas ainda existe clientela para o sob medida e exclusivo.
      Já as confecções compram no atacado, mas o "made in China" predomina, o que praticamente acabou com as fábricas brasileiras.
      Aliás, além de tecidos bem baratos, o revoltante trabalho análogo à escravidão também é muito utilizado no setor de confecções, como acontece em algumas pastelarias, restaurantes, construções e fazendas.

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    2. Esse modelo é adotado na China e em muitos países da Ásia e da América do Sul. Essa opressão da classe operária é uma forma de aumentar os lucros. Apesar de ser uma politica questionável, muitas economias mundiais dão o seu aval. Uma economia forte exige sacrifícios.

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    3. Curioso que ninguém fala da opressão que o Japão sempre impôs à classe trabalhadora, tanto no passado como hoje em dia (a diferença é que atualmente os salários são bem mais elevados do que o de antigamente). Tem casos de até o operário trabalhar de fraldas, para não perder tempo na ida ao banheiro. Essa pressão, inclusive, era um dos motivos dos altos índices de suicídio naquele país.
      A questão ideológica, somada ao preconceito, geralmente norteiam determinados pontos de vista. Quando se fala da China então...

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  21. Fui como acompanhante de uma amiga ao Baile das Debutantes em 1966, evento organizado anualmente pelo Barão de Siqueira. Infelizmente não tenho mais as fotografias. E quando Tony Bennett veio pela primeira vez ao Brasil para se apresentar no Golden Room no começo dos anos 60 apenas 19 ingressos foram vendidos, ele ainda não era muito conhecido por aqui. Oscar Ornstein, gerente do Copa, quis cancelar a apresentação se propondo a pagar ao cantor o combinado mas ele não aceitou e disse que cantaria até para um teatro vazio. A secretária do gerente, mãe de um amigo meu, pediu que o filho arranjasse gente para assistir de graça e encher a casa. A única exigência era ir de paletó. Toda a minha turma foi assistir menos eu, que não fui encontrado por ter ido fazer companhia a alguns amigos em um jogo do Fluminense no Maracanã. Nisso é que dá torcer pelos times dos outros.

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  22. Sobre o chamado "Esporte Bretão", duvidar da paternidade do Charles Miller a respeito do futebol brasileiro pode provocar a ira da mídia da "Estranha Cidade do Sudeste".
    Mas que os ingleses da Fábrica Bangu já jogavam antes, não tenho dúvida. Falta saber se a partir deles virou mania em todo o Brasil.

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  23. Tem uma música do Roberto Carlos que fala sobre esse concurso de Miss Elegante Bangu, no LP Louco por Você, de 1961.

    Ser Bem
    Roberto Carlos

    Ser bem
    É no Copa debutar
    É sair todo domingo
    Na revista do Couchart
    Ser bem
    É andar de Cadillac
    É dizer que está em "love"
    Mesmo que seja de araque

    Toda garotinha bonitinha tem mania
    De ser elegante da Bangu
    Quer ver o seu nome na coluna todo dia
    Pertinho do Jorginho, ao lado do Didu

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    Ser Bem
    Roberto Carlos

    Ser bem
    É no Copa debutar
    É sair todo domingo
    Na revista do Couchart
    Ser bem
    É andar de Cadillac
    É dizer que está em "love"
    Mesmo que seja de araque

    Toda garotinha bonitinha tem mania
    De ser elegante da Bangu
    Quer ver o seu nome na coluna todo dia
    Pertinho do Jorginho, ao lado do Didu

    Ser bem é na Hípica jantar
    É no Jóquei desfilar e de noite, no Sacha's
    Com Baby, juntinho dançar
    Mamãe, eu também quero ser bem
    Mamãe, eu também quero ser bem

    Toda garotinha bonitinha tem mania
    De ser elegante da Bangu
    Quer ver o seu nome na coluna todo dia
    Pertinho do Jorginho, ao lado do Didu

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  24. Quando se é jovem, nada pode ser comparado a um baile de debutantes, baile de formatura, ou bailes a rigor em geral. O clima era ameno e o respeito era a regra. Em uma época sem internet ou redes sociais, uma "troca furtiva" de telefones era motivo para "fortes emoções", algo que não encontra comparação nos tempos. Só quem isso viveu pode avaliar.

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  25. O nome da miss é Corina BALDO, filha de João Baldo, então diretor do Clube dos Caiçaras...ela faleceu em Fevereiro de 2017. Meu melhor amigo de infância, João Carlos de Camargo e Almeida, é um dos seus filhos.

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  26. Corretor Ortográfico, 15:13h ==> regra para crase antes de nome de cidade:
    1) construa uma frase com o verbo "ir" e o nome da cidade.
    2) agora faça o mesmo, com o verbo "voltar".
    3) se nessa frase você usar "da", tem crase; se usar "de", não tem.

    Simplificando: se voltar "da", crase no "a"; se voltar "de", crase pra quê?

    Exemplos:
    A) Fui a Berlim em 1990; voltei de Berlim em 1990.
    B) Fui à Roma dos Césares; voltei da Roma dos Césares.

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  27. Golden Years. O Lindo Rio de Janeiro.

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