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domingo, 30 de abril de 2023

FERIADÃO NO QUITANDINHA



Em 1939, Joaquim Rolla comprou parte do terreno da antiga Fazenda Quitandinha e encomendou ao arquiteto italiano Luis Fossati um projeto para a construção do maior cassino da América Latina. A construção começou em 1940 e foi inaugurada em 1944. Pouco depois, em maio de 1946, o Governo Dutra proibiu o jogo, dando início ao processo de falência de Rolla, um dos homens mais ricos do Brasil na ocasião.



Era para ser o maior cassino hotel da América do Sul, em estilo normando, com um interior “Hollywoodiano”. Numa área de 50.000m2, o Quitandinha foi construído para ser a “Capital do jogo bancado no Brasil”. Banheiros em mármore, lustres com pingentes de cristal e um sistema de iluminação que seria suficiente para iluminar uma cidade de 60.000 habitantes. Seus salões podiam abrigar até 10.000 pessoas simultaneamente.


Folhetos de propaganda em várias línguas louvavam o Quitandinha: 

Quitandinha, unique in South America, is admirably situated in the mountais near Petrópolis. Riding, boating, swimming and sports of all kinds are allied to the comforts of a luxurious modern hotel.  

Quitandinha, unique en Amérique du Sud, est admirablement située dans les montagnes près de Petrópolis. On y pratique tous les sports en jouissant du confort d'un hôtel de gran luxe. 

Quitandinha, einzigartig in Südamerika, ist wundervoll in den Bergen bei Petrópolis gelegen. Zur Gelegenheit für allerlei Sport gesellt sich dort der Komfort eines luxuriösen Hotels.


Com o fechamento do cassino, em 1949,  Rubem Braga escreveu a seguinte crônica:

"É uma imensa catacumba de fantasmas esse enorme hotel quase vazio, de quilometros de corredores e salões onde bocejamos com melancolia. Se querermos ir ao barbeiro, igualmente bocejamos; é tão longe! Da janela dos fundos olhamos os telhados a pique, onde jamais escorregará nenhuma neve normanda; e há uma soturna tristeza nesses telhados, nesses pateos vazios nesses terraços de cimento. Da janela da frente olhamos o lago artificial onde os barcos bocejam vazios perante uns morros devastados; o ruço desce, afunda no vale sua massa parda, alastra-se como um grande monstro informe, lento e humido.

Vamos à piscina de agua quente, onde não há ninguem; nas paredes o vapor vai formando manchas entre os polvos e anemonas da decoração; e as prateleiras do bar estão vazias. Seria impossivel tomar um banho sozinho, talvez uma pantera humana viesse ao longo dos corredores lustrosos e silentes, com passos de seda, espreitar a nossa sombra, e urrar de subito. 

O hotel funciona com uma insistencia quase heróica, que o torna ao mesmo tempo lamentavel e mau. Às 2 da madrugada negam-nos o menor sanduiche, às 8 da manhã falta força para o elevador. Sabado a "boite" se enche completamente para um "show" cacete, e parece haver uma ressurreição: bebidas, musica, gente, vozes humanas falando, rindo.

É aflitivo pensar alem, muito alem daqueles salões, alem das gaiolas onde tristes passarinhos mal pipilam e um jato de agua equilibra com preguiça uma bola de celuloide (como no tempo da mais remota infancia, no velho chafariz entre os pés de pinha), alem da triste torneira de agua radiativa jorrando passivamente há uma imensa exposição internacional com dezenas de mostruarios que se encompridam, envolvem salões sob cupolas infinitas, alastram-se pelo porão interminavel e lugubre - uma exposição que é um museu de negocios que não houve ou houve.

Domingo à tarde vem muita gente, casais, familias feias e ricas em "short", mas tudo tem um ar nada convincente de piquenique sofisticado e desorganizado, e de repente me precipito sem razão para uma cabine de telefone, a primeira que desocupou, pois todos foram possuidos da subita vontade de falar para o Rio, para o mundo, para alguma parte do planeta onde não haja milhares de poltronas gordas e sofás vazios, onde não haja sobre minha pobre cabeça tão imensos lustres de tão imenso mau gosto e sob meus pés tantas leguas de um piso tão encerado onde um homem decente não pode andar com despreocupação e verdadeira dignidade.

De repente nos vem a idéia de que, insensivelmente, apesar de todos os ritos de limpeza, e ordem, esse gigante apodrece de sutil doença, começamos a descobrir quase imperceptiveis sintomas, e temos um subito carinho por essa imensidão; ficamos agradecidos porque, abrindo a porta do apartamento que entre as paredes de listas verticais é sombria e dura como uma porta de cofre forte, descobrimos um detalhe de bom gosto, a pintura do vaso que sustem o abajur.

Mas alguem fala em teatro; em alguma parte, nesta imensidão, há um teatro que neste momento e eternamente está as escuras, com um imenso palco giratorio imovel onde se joga a tragedia do vazio e da solidão.

Bebemos uisque muito caro, e nossa cabeça tem idéias estranhas: fugir silentemente entre os raros humanos, caminhar horas e horas pelos corredores e salões, penetrar no teatro, mover as maquinas, ir para o centro do palco giratorio e ali, na escuridão, girando lentamente, dormir, sonhar, morrer..."

 


O lago, imitação do mapa do Brasil, com seus pedalinhos e botes. Há também um espaço de praia artificial para banhos de sol e uma piscina "flutuante" para competições de natação. De um lado se ergue a torre do farol e de outro o restaurante e o "night-club".


Em 1963, o hotel se transforma num clube, o Santa Paula Quitandinha Clube. Mais adiante quem se tornou dono do Quitandinha foi o SESC.





Vemos a piscina de água aquecida, sempre entre 20 e 30 graus. Entrando neste salão tem-se a estranha impressão de um transporte ao fundo do mar. As paredes, decoradas por Santa Rosa, mostram a fauna e a flora marinhas. Dois trampolins, consagrados aos concursos de saltos, ficam frente a frente, opostos ao bar situado num dos ângulos. Poltronas e mesas ficam distribuídos ao longo do amplo corredor que contorna a piscina. 


Vemos espaços do hotel e o enorme teatro. Acreditem, mas eu mesmo assisti a um espetáculo da Hebe Camargo, no final dos anos 60 neste teatro.

As duas fotos mostram o jardim de inverno que tem no centro a grande e estranha gaiola, entre colunas brancas com pedestal branco e preto. No interior, as plantas crescem entre as gaiolas de passarinhos e um jato d´água. O chão é em negro e marfim. O teto é verde, assim como as poltronas e a vegetação dos nichos de plantas, formando um conjunto simples e repousante. 


O Hotel Termas-Quitandinha foi uma obra grandiosa, projetada para ser o centro de turismo do Brasil. 

Cruzando a soleira do hotel, temos o grande "hall" de recepção e ao fundo o salão Pedro I. Depois estão as varandas, os salões de conferências, as salas de correspondência e de leitura, as termas, o vestíbulo do hotel e a cozinha principal, apta a servir 10 mil refeições diárias, o bar central para 100 pessoas, o refeitório das crianças, a galeria central, o jardim de inverno, a galeria Brasil, a piscina de água aquecida, a boate e o grande salão de conversação que dá acesso ao salão de atrações e ao "grill room".  

A recepção, de 250 metros quadrados,  tem no centro, no chão, uma grande estrela de mármore branco, envolvida por mármore negro e, no teto, um lustre em ouro laminado, em estilo barroco. Frente à porta principal, de um lado e do outro da entrada ao salão D. Pedro, se encontram 4 dos 10 elevadores do hotel. Na recepção há, além do balcão de atendimento, uma agência de Correios e Telégrafos, tabacaria, livraria e "bombonnière", uma seção telefônica e local para reserva de assentos nos veículos que servem o hotel. 

O salão é todo atapetado, com dois grandes espelhos na parede oposta ao quadro do Imperdor. Os campeonatos de xadrez se realizam nesse salão, que se adapta ao estilo barroco, que caracteriza todo o interior do hotel e porta a marca original que a personalidade da famosa decoradora Dorothy Draper imprime a suas obras. 

Dentre os vários ambientes do hotel Quitandinha podemos citar: 1) Entrada principal 2) Hall de recepção 3) Salão D. Pedro I 4) Bar central 5) Lobby 6) Salão de exposição 7) Salão de correspondência 8) Salão de leitura 9) Hall das termas 10) Ping-Pong e sinuca 11) Varanda de exposição de arte 12) Piscina de água aquecida 13) Galeria central 14) Jardim de inverno 15) Boate Azul 16) Restaurante 17) Restaurante para crianças 18) Cozinha principal 19) Boate 20) Galeria Brasil 21) Grande salão de recepção 22) Lojas 23) Hall de entrada da exposição 24) Exposição 25) Sala de bridge, cabeleireiro, pedicure e manicure 26) Bar americano 27) Teatro.

Quanto aos restaurantes havia um para crianças, com um refeitório que constitui uma verdadeira inovação na técnica de hotelaria: Espaçoso e iluminado por globos de vidro, oferece aos pequenos convivas uma decoração com motivos recreativos, representando um espetáculo dentro de um circo. O menu, escrupulosamente apropriado às exigências dos organismos em crescimento, é preparado por cozinheiros especializados. Os garçons, instruídos especialmente, servem as crianças e as babás podem comer junto com as crianças. Em seguida, há sempre uma sessão cinematográfica ou um espetáculo de marionetes.

Outro, para adultos, o grande restaurante podia conter 800 pessoas. É um salão luxuoso, com decoração sóbria, onde se distingue o imenso tapete verde com estrelas e espelhos nas paredes. Uma orquesta entretem os comensais durante a refeição. Há duas salas anexas, para 100 pessoas cada uma, reservadas para festas íntimas e pequenos banquetes. 


À esquerda, no alto, vemos o "logo" do Quitandinha.

O local tinha ainda vila hípica, sete quadras de tênis, uma com iluminação e um professor diplomado na Europa, volei, play-ground, rink de patinação.

Nosso prezado Conde di Lido tinha uma série de privilégios no Quitandinha. Era usuário da aparelhagem para as termas radioativas. Sempre tinha sessões de  banhos emano-terapêuticos, baseados num ramo da fitoterapia que utiliza o aroma e as partículas liberadas por diversos óleos essenciais para estimular diferentes partes do cérebro. Esses aromas e partículas promovem um estímulo sensorial no organismo e se mostram bastante eficazes no tratamento de doenças físicas e emocionais. No Quitandinha foi montado um departamento médico-científico, dirigido por um eminente especialista brasileiro, equipado com aparelhos de precisão necessários a um serviço escrupuloso e eficaz.

Outro local muito frequentado pelo Conde di Lido era boate que com o chão em planos diferentes permitia uma visibilidade perfeita de qualquer local. A decoração era com motivos da flora natural (bananeiras, café, orquídeas). Na boate, além da grande orquestra sempre presente, exibiam-se artistas nacionais e estrangeiros. Possuia um serviço de restaurante "à la carte" de classe internacional. Tinha um bar central, com capacidade para 100 pessoas. Um bom piano, à disposição dos hóspedes, era frequentemente ocupado pelo nosso talentoso Conde di Lido.


Era um outro mundo que, com a proibição do cassino, se perdeu.

PS: as fotos foram obtidas em pesquisas pela Internet, em sua maioria. Se tiverem "direitos autorais" favor informar para serem identificadas e/ou retiradas, pois neste "site" não há nenhum interesse comercial.

33 comentários:

  1. Dona Santinha, mulher do Marechal, acabou com o jogo e com o Quitandinha, que não conseguiu sobreviver como hotel.
    Eu adorava andar de pedalinho lá e de montar nos cavalos de aluguel.
    Faz muito tempo que não passo por lá.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Estive poucas vezes em Petrópolis e longe do Quitandinha. Logo, área fora da minha jurisdição.

    Recentemente tem aparecido na mídia propaganda do local, como dependência do SESC.

    Ficarei acompanhando os comentários.

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  3. Joaquim Rolla era um empresário que possuía uma "larga visão", mas que infelizmente nasceu no país errado. O Brasil teve todos os requisitos para se tornar uma grande potência mundial em todos os sentidos, mas isso não ocorreu devido ao baixo nível dos espíritos aqui encarnados. Muitos como Rolla amargaram o insucesso devido à inveja, cobiça, e principalmente falta de visão de uma parcela que privilegia interesses próprios, muitas vezes escusos, em detrimento do progresso e do desenvolvimento.

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  4. Na primeira foto de fim dos 60,um Chevrolet 53 ou 54 dá o ar de sua graça...Na sexta foto,ja de meados dos anos 70,um Chevrolet 52 de um motorista conservador insiste em rodar no meio de corcel Maverick e Opala,se orgulhando de ter um produto do mais puro aço de Detroit....na décima quarta foto vejo a silhueta de um Mustang dos primeiros 64 a 66

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  5. A respeito de D. Santinha ouvi uma história que reproduzo aqui por curiosa, mas sem garantir de jeito algum a veracidade.
    O filho, recém saído da academia militar como aspirante, queria porque queria se casar com uma moça que não era de agrado de D. Santinha.
    Ao perceber que ia perder a parada, conseguiu com o marido que o exército implementasse uma regra/diretriz que vedada o casamento dos aspirantes, tendo os mesmos que atingirem primeiro o posto de segundo tenente
    É absurdo, mas ....

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    1. É por essas e por outras que o Brasil é um país "M". Tem tudo a ver com o meu comentário anterior. Repare o quanto "andamos para trás" na questão valores morais nas últimas décadas, e ultimamente a velocidade desse retrocesso tem aumentado de forma espantosa. Repare que apesar da ciência ter avançado, a vida do brasileiro se tornou muito difícil em razão do atraso moral de grande parte da sociedade. Compare a qualidade do povo brasileiro com o povo japonês, pois apesar de o Japão possuir um território exíguo se comparado ao Brasil e possuir muito menos recursos naturais do que o Brasil, o desenvolvimento e a qualidade de vida do povo japonês é incomparavelmente superior a do povo brasileiro em razão de uma superioridade espiritual incontestável. Alguma dúvida?

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  6. Será que teríamos hoje em dia uma pequena "Las Vegas" em Petrópolis se o Quitandinha tivesse sobrevivido como hotel-cassino?

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  7. Tenho fotos e cartões postais garimpados nas feiras de antiguidade.

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  8. Só estive no local uma vez.

    Petrópolis era viagem obrigatória do curso de guia e o Quitandinha estava no roteiro.

    Achei o local impressionante!

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  9. Acho que uma parte do prédio virou residencial.

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  10. Não sei se já comenei aqui o fato, mas repito: em 1946 minha mãe estava lá em plena lua de mel, quando veio a ordem de fechamento dos cassinos. Ela descreveu o day after como uma das coisas mais tristes que já tinha visto. Os funcionários do cassino, sem terem dormido, se arrastavam pelo chão chorando uma barbaridade. Não é fácil entender que da noite para o dia, eles perderam seus empregos, aliás, muto bem remunerados. Cenário de desespero total.
    Em 1961 minha mãe me levou para conhecer o local onde eu havia sido gerado. Ainda era um hotel, já meio decadente, mas ainda mantendo sua imponência. Encantei-me com tudo, mas a piscina aquecida em forma de piano ainda levo como umas das melhores lembranças. Nadei lá por horas, absolutamente sozinho. Foi uma glória apesar de, à essa altura, não ter ideia das pessoas famosas que lá nadaram.
    Depois que virou clube, associei-me para poder frequentar os bailes de carnaval que era um dos 4 bailes mais famosos do estado do Rio.
    Depois, o hotel foi para as mãos do SESC e somente lá voltei para a recepção do casamento (hoje falido) de um primo e para um desfile de moda no teatro mecanizado.
    Desde então nunca mais pus lá meus pés.
    Também me lembro, em 1961 do grande salão que havia abrigado o cassino. Uma pena! estava lotado de entulho. A abóboda é impressionante.
    Fico por aqui. Desculpem o longo post...

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    1. DI LIDO meu nobre e valoroso Conde. Estive e faz algum tempo no Quitandinha e pude verificar que alguma coisa foi salva pela nova Administração que foi para as mãos do SESC.
      Alguma áreas estavam perfeitamente conservadas e em uso mas outras estavam intactas como fosse um Museu. O que mais me chamou atenção foi a Cozinha que é monumental mas não fazia fumaça. Era só para ver como se fosse cenário de época. Isso me deu uma angustia muito grande em ver o presente com um passado nos mostrando o que foi a suntuosidade de outrora. Agora cá para nós, dizem as mas línguas que tua fantasia preferida no Baile era de Colombina? Verdade isso ou isso era para donzelas desavisadas ? Conta isso para nós...

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  11. Corretor Ortográfico30 de abril de 2023 às 12:50

    Conde, é ABÓBADA.

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    1. Não se zangue, Conde. No Nordeste eles falam "boba celeste" em vez de "abóbada celeste".

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    2. Não se apoquente, Conde. No Nordeste você vai se sentir o próprio Aurélio!

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    3. Helio, vou corrigir por ser um velho Cearense: Lá falam como sendo Girimum Celeste. "boba e coisa de Mineiro.

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  12. Viva o Quitandinha e arredores. Não troco Petrópolis e Itaipava por Angra dos Reis ou a região dos lagos.
    A serra, incluindo Teresópolis e Friburgo, dá de dez nas praias.
    Quem se lembra da Boate do Lago à margem do lago do Quitandinha?

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  13. Muitos quartos e apartamentos do Quitandinha foram vendidos para particulares. Apartamentos de quarto e sala e sala e dois quartos custam uma bagatela. Um quarto e sala pode ser encontrado por preços entre 150 e 200 mil reais.

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  14. Há que ser feito o registro : a crônica do Rubem Braga é ótima (o que não causa qualquer surpresa, um baita escritor)

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  15. Brasil é piada mesmo. Pode tudo menos jogo. Como sempre os religiosos botando pressão para geral viver como eles. Quem quiser jogar que jogue e ponto. Vejam as cidades fronteira com o Uruguai, todas tem Casino para os brasileiros.

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  16. Bom dia Saudosistas. É proibido cassinos, mas temos loterias de diversos tipos, sites de apostas fazem propagandas nas TVs a todo o momento, porém liberar o jogo para cassinos que geraria milhares de empregos, não pode. Como disse o mestre Joel acima, só pode ser incompetência e burrice dos nossos dirigentes.
    Quanto ao Quitandinha na última vez que lá estive, estava acontecendo nos seus corredores uma feirinha de produtos orgânicos de produtores locais.

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    1. Lino, você não imagina a quantidade de pessoas empregadas na estrutura dos bingos clandestinos. São atendentes, motoristas, garçons, seguranças, etc, em uma estrutura que é "herança" dos tempos de legalidade. Essas "casas de jogo" funcionam nos mesmos moldes dos antigos bingos, mas "segundo rumores" há fortes resistência de setores políticos que, "em tese", se beneficiariam dessa ilegalidade, principalmente o das igrejas evangélica, que dentro de sua natural desfaçatez alegam que "o Jogo vai contra os preceitos de Deus", mas que na verdade essas igrejas preferem que o dinheiro dos fiéis seja depositado em seus altares dourados. Afinal "Templo é dinheiro".

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    2. Joel já escutei de muita gente que as Igrejas Evangélicas lavam o dinheiro do tráfico e do jogo, não sei se é verdade.

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    3. Lino, não é uma equação difícil de resolver. Partindo-se da realidade de que as igrejas e templos de quaisquer religiões, centros espíritas, casas de candomblé, de umbanda, Igrejas Messiânicas, etc, são isentas de declarar rendimentos, eu te pergunto: é possível e viável que os milhões auferidos de forma ilícita sejam "depositados como dízimos e ofertas em altares de Igrejas?" Em caso positivo esse dinheiro está "limpo", concorda?

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  17. FF. Tchê Tchê encarnou o Garrincha ontem no 3º gol do Botafogo.

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  18. Na época de Rubem Braga, 1949 , tinha então seis anos e fui com a familia visitar a Exposição Internacional. A suntuosidade do local era tanta, que passados mais de 70 anos, me recordo dos minimos detalhes da viagem de trem e da Exposição....

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  19. Concordo totalmente com a tese do Joel: o jogo não é liberado somente porque falta vontade política e esta "falta de vontade" não é devida a princípios morais e/ou religiosos, muito pelo contrário.

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    1. Mário, nunca gostei de "jogos de azar, mas faço uma ressalva para os "bingos eletrônicos", e eles se continuam em funcionamento isso se deve ao mesmo princípio que rege a presença de tartarugas no alto alto das árvores: se estão lá é
      porque alguém as colocou.

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  20. Jogo apenas na mega sena, nem sei jogar poquer. O jogo no Brasil existe. Nesses betanos e outros "bets" aposta-se em tudo. Acho viável a abertura de cassinos em determinados locais. Em Prtugal os gerentes de bancos e financeiras tem uma identidade especifica que os proíbe de apostar acima de X nos cassinos. Fui pouquíssimo ao Quitandinha, mas é um símbolo do verão da capital do Brasil, como o Palácio Rio Negro e a Catedral. Outono agradável no Rio!

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  21. Está havendo uma enxurrada de propaganda de sites de aposta, incluindo patrocínio de campeonatos famosos. Ainda não há pagamento de impostos sobre as apostas, mas isso em breve mudará, se já não está acontecendo.

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    1. Cassinos, sites de apostas, loterias, todos devem pagar impostos e principalmente fiscalização do governo para coibir as falcatruas.

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  22. A questão dos cassinos é complexa e não há solução fácil. Há prós e contras. Com os governos que temos, qualquer um deles, é difícil de acreditar que vão fiscalizar corretamente e coibirão as falcatruas. Há tanta coisa para corrigir em todas as esferas de Poder que já desisti. Nem meus bisnetos verão este país no bom caminho.

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