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sábado, 5 de agosto de 2023

DO FUNDO DO BAÚ - ANÚNCIOS ANTIGOS

 Esta semana falamos do Kaol, Brasso, Silvo, Varsol, etc. Lembrei-me dos anúncios (que os paulistas chamam de reclames) publicados pelo Tumminelli e resolvi revisitá-los. Hoje os de produtos para casa.

Há décadas era produto de primeira necessidade, tal a quantidade de moscas existentes nas casas. Era auxiliado por aqueles mata-moscas com cabo de madeira e extremidade de plástico.

Atenção: Silvo é para prataria. Brasso é para latão.



Este já é um aspirador "moderno". Lá em casa era um maior, mais comprido e mais pesado.

O chão de tacos precisava ser encerado. Se aqui no Rio tínhamos uma enceradeira, em Petrópolis era com um escovão mesmo.


Essa coifa me lembra uma explosão de uma panela de pressão lá em casa. Parecia que o prédio estava caindo. A coifa e o fogão ficaram destruídos. Felizmente não havia ninguém na cozinha na hora da explosão.


Tivemos um fogão a lenha na casa de Petrópolis. Lembrar dele reaviva boas lembranças.

Presença obrigatória na cozinha durante muito tempo.


Alguém teve geladeira a querosene? Nunca tinha ouvido falar.


Outra coisa que quase que desapareceu das casas. Já não conheço ninguém que tenha uma. Minha avó adorava passar o tempo costurando na sua máquina, enorme e pesada.


Walita e Arno concorriam acirradamente pelas freguesas.


Como era enorme o  móvel para as vitrolas. Lembro da nossa e da coleção de discos de 78rpm. Depois vieram os LPs de 33rpm. Hoje, com o Spotify e assemelhados, quase que desapareceram as vitrolas e até os discos.

Omo ou Rinso? Outra polarização do século passado.


Varsol e Faísca. Como já lembrado por aqui, ideal para retirar as manchas de óleo dos pés ao voltar da praia.

89 comentários:

  1. Faltou nessa lista o "Rinso", um sabão em pó que rivalizava com o Omo. O Rinso era referencial para tudo que era branco em excesso. A "brancura Rinso" era um sinônimo de brancura. Meu tio "ganhou" em 1958 um terreno em Saquarema, e a condição imposta pela Prefeitura era que ele construísse uma casa no período de um ano. Naquela época a região não dispunha de energia elétrica e ele comprou uma geladeira a querosene para utiliza-la lá.

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  2. Junto com o Flit era preciso ter aquele espiral verde que queimava a noite toda.
    Silvo e Kaol eram obrigatórios.
    Os pisos de madeira há 50 anos foram substituídos pelo carpete.
    Enceradeira e aspirador, junto com espanadores desapareceram daqui de casa.
    Mata-moscas deram lugar a raquetes elétricas.
    Também não conhecia geladeira a querosene.
    Geladeira era GE com formas de metal para fazer gelo.
    Na cozinha filtro de barro e moringa.
    O tempo passa e tudo muda.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Outros tempos. Algumas propagandas impensáveis atualmente.

    Algumas das marcas ainda estão nas prateleiras dos mercados. Ontem mesmo fui com minha irmã fazer compras e vi, por exemplo, o sapólio Rádium. Omo ainda é referência em sabão em pó.

    Minha mãe teve uma máquina de costura da Singer. A primeira TV de casa foi uma SE.

    Silvo e Kaol eram de lei, assim como o Flit, com a bomba. Em conjunto com uma vela, virava lança-chamas.

    O liquidificador e o ventilador eram Arno.

    Alguns lugares ainda devem ter geladeiras a querosene. Não duvidem. Especialmente onde há deficiência na rede elétrica.

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  4. Me lembro bem de tudo isso. Minha irmã tinha, na casa de Búzios que foi vendida, uma geladeira a querosene. E minha mãe sempre usou reclame em lugar de anúncio ou comercial. Acho que nem só os paulistas falavam assim. A máquina de costura de minha mãe, Singer, ficou com minha filha e está funcionando até hoje. Antes ela usava uma Pfaff.

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  5. Infelizmente, em alguns casos, o uso do fogão a lenha aumentou muito nos últimos anos, pelo preço da gás.

    O chão da sala em Madureira era de tacos, mas não lembro qual era o produto usado.

    Coifa era da Suggar.

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    1. Nunca tivemos enceradeiras, só esfregão. Aspirador só recentemente, e portátil.

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  6. Tinha aquela pasta rosa, acho que era Joia, os mecânicos de carro usavam para limpar as mãos. Provavelmente existe ainda.

    E as ceras para dar brilho no carro, eu usava a Grand Prix, e a sempre presente estopa para "puxar" o brilho.

    As ceras para lustrar sapatos que vinham numa latinha pequena e redonda, mas não me recordo as marcas.

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  7. Graxa Nuggett para os sapatos.

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  8. Bom dia Saudosistas. Dos produtos de limpeza todos passaram lá pela casa dos meus Pais, e muitas vezes sobrava para mim, fazer a limpeza. Dos produtos Walita lembro do liquidificador, a geladeira era Kelvinator, fogão era o Continental esmaltado, TV era a RCA Victor, lembro de uma loja da Singer na Pça da República, quase ao lado do Corpo de Bombeiros, no início dos anos 60 fui algumas vezes com a minha mãe comprar produtos para a máquina de costura nesta loja.

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  9. No colégio, os moleques criaram m versinho com os nomes dos sabões, algo assim: Borin eu te Omo nas o teu Rinso Minerva, apaga a Lux e vamos dançar um Pox. Além da loja da praça da República, também conheço outra Singer, perto da Saens Pena, na Elias Gorayeb.

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  10. A geladeira a querosene era (é) usada onde não há energia elétrica para fazer o compressor existente nas geladeiras "normais" funcionarem; o querosene é o combustível utilizado para aquecer uma mistura de água e amônia, e dar início a um ciclo "químico" de troca de calor.
    Por não terem compressores, são absolutamente silenciosas.

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  11. Quanto às máquinas de costura, tenho certeza que a Singer da minha mãe teve adaptado um pequeno motor elétrico que a transformou e "automática", sem necessidade do acionamento com os pés.

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  12. As coifas prontas, "de prateleira", sem dutos de exaustão e ventiladores adequadamente dimensionados e que sejam corretamente instaladas, funcionam muito mal ou não funcionam.
    O ideal é que sejam construídas "customizadas" por empresa especializada.

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  13. Mata mosca e bomba de FLIT eram utensílios indispensáveis.
    Hoje em dia as moscas sumiram, quando entra uma aqui em casa é um acontecimento ! Acredito que a inexistência de terrenos baldios, o correto acondicionamento e coleta de lixo eficiente contribuíram para o sumiço das moscas.

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  14. Li uma vez que o nome "OMO" vem das iniciais da frase "Our Mother Owl", que gerou uma campanha publicitária nos EUA que referenciava a mãe protetora e orgulhosa, como as corujas.
    Na realidade o aparelho sobre o fogão é um depurador, que apenas filtra a fumaça. A coifa, por outro lado, aspira o ar do ambiente para exauri-lo para a área externa.
    Recentemente andei procurando locais para comprar uma enceradeira pequena para utiliza-la no piso novo que fiz no terraço e simplesmente não achei.

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    1. É verdade, inclusive na caixa havia um desenho de uma coruja onde os olhos eram os Os de OMO e o M formava o nariz,

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    2. Antes que alguém critique, era um bico com formato de nariz. Rs

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  15. Aqui em casa o Sapólio Radium foi substituído pelo Cif, o "monstro da limpeza" segundo o rótulo.
    Um produto que já atravessa gerações é o Pinho Sol.

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  16. O Luiz foi muito rápido no gatilho: anteontem, após os sucessivos comentários sobre Kaol e assemelhados, eu pensei em preparar uma postagem sobre produtos antigos. Mas o Luiz se adiantou. Como vingança (rsrs) hoje vou comentar sobre cada uma das fotos. Vou encher o saco de vocês com meus textos às vezes longos. Esperem e verão. kkkk

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  17. FLIT ==> era indispensável nas casas. Aquela bomba para aspergi-lo idem. Hoje é objeto de colecionador.

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  18. SILVO e BRASSO ==> anteontem cometi uma gafe: o Brasso é para latão e metais amarelos, e não para prateados. Na minha coleção de moedas, usei sempre o Silvo e alternadamente o Kaol ou o Brasso.

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  19. ASPIRADOR ==> nunca tivemos um, enquanto eu fui solteiro. Casado, como instalamos carpete lá em casa, compramos uma pequena, não me lembro a marca. Era de cor gelo e azul celeste. Quando minha filha nasceu, para evitar alergia tiramos o carpete e não me lembro qual o fim que demos ao aspirador.

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  20. CERA DE ASSOALHO ==> lá em casa, na Tijuca, usamos a Cristal durante muitos anos. Toda sexta-feira minha mãe ia à feira-livre e eu e meu irmão ficávamos encarregados de encerar toda a casa. Eram duas salas, três quartos e um longo corredor. Depois de encerados, tínhamos de dar lustre com dois escovões e posteriormente colocar flanelas embaixo deles para puxar o brilho.

    Quando nos mudamos para o Engenho Novo, a casa era sintekada. Que maravilha!!! Adeus às ceras e aos escovões.

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  21. COIFA ==> na casa onde morei durante o primeiro casamento havia coifas. Nunca usamos. Retiramo-la. Na minha casa atual só havia exaustor. Está desativado.

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  22. FOGÃO A LENHA ==> nunca tive, a não ser num sítio que comprei. Mas nunca foi usado. Ficava ao ar livre.

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  23. SAPÓLEO RADIUM ==> embora sempre tenha em casa, mas raramente uso.

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  24. GELADEIRA A QUEROSENE ==> acho que nunca tivemos, mas não me lembro o que tínhamos em casa se antes da nossa primeira, uma Crosley Shelvadon comprada de segunda mão por volta de 1957. Tenho uma vaguíssima lembrança de uma geladeira quadrada. Talvez fosse a querosene. Mas eu era muito pequeno para ter certeza.

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  25. MÁQUINA DE COSTURA SINGER ==> minha tia fazia alguma costura e tinha uma delas. Durou muitos anos. Meu padrasto trabalhava numa companhia que vendia as Pfaff. Ele colocou um motor na Singer. Eu desconectava o motor da roda da máquina e fazia de contas que era o acelerador de um carro ou ônibus. Não sei que fim levou a máquina. Foi a única máquina que tivemos, solteiro ou casado.

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  26. ELETRODOMÉSTICOS WALITA ==> junto com a Arno, dominava o mercado. Tivemos liquidificador Walita e enceradeiras Arno. Batedeiras, nunca.

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  27. VITROLAS ==> assunto longo. De início, meu tio montava rádios acoplados a toca-discos. Depois tivemos duas versões diferentes de vitrolas, só com toca-discos. Aí veio uma portátil, em forma de maleta, com os alto-falantes destacáveis. Muito rudimentar. O picape vivia dando choque. Daí eu fiquei adulto, comecei a trabalhar e em 1970 comprei um dois-em-um Grundig, seguido em 1977 por um conjunto modular formado por tape-deck Crown, receiver Scott, caixas de som Bravox e toca-discos Gradiente (se não estou enganado).
    Ao me casar em 1978, deixei o conjunto para meu irmão e comprei um três-em-um National (ou seria Panasonic?). Em 1980 comprei um receiver Marantz SR-4000, um tape-deck Akai CS-M02, um toca-discos Technics SL-Q2 e duas caixas Lando DRD-100.
    Em 1996 adicionei um tape-deck duplo Sony TC-WE605S e um CD player Technics SL-PD887. Exceto os tape-decks, uso o resto até hoje. Os tape-decks deram problema por causa das borrachas que melaram e não existe substituição para elas.

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  28. SABÃO EM PÓ ==> durante minha infância meu irmão e eu ajudávamos minha mãe lavando roupas em bacias de zinco apoiadas em suportes de madeira feitos pelo meu tio. O sabão era o Portuguez, da UFE (União Fabril Exportadora). E ainda tinha o anil Reckitt e a goma. Muito depois compramos uma máquina de lavar, mas quando solteiro não lembro qual o sabão que minha mãe usava. Hoje em dia uso OMO. Havia também o Minerva.

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  29. VARSOL OU FAÍSCA ==> nas poucas vezes que usei isso, foi o Faísca.

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  30. Lembrei daquelas espirais Sentinela para espantar pernilongos. E daquele papel com cola para prender as moscas que pousassem nele. Atualmente existe uma versão dele, em plástico preto. A empresa que dedetiza aqui a vila dá de brinde ao síndico quando faz o trabalho. Como sou o síndico dos meses de julho e agosto, recebi um par desses artefatos. Diz o rapaz da empresa que prende também baratas e até camundongos.

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  31. Alguém lembra do "Aladim", o lampião que tornava a noite em dia? Na época do racionamento de energia nos anos 60 era a "coqueluche". A maioria dispunha de um lampião com pavio embebido em querosene e uma "camisa de vidro". Não era páreo para o Aladim, pois sua combustão era a gás.

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    1. Ele era instalado direto em cima de um pequeno botijão de gás, (acho que o de 2 kg), certo ? Era esse ?

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    2. Sim, era esse. Naquele tempo as 19 horas, bairros inteiros ficavam às escuras. Esses lampiões são usados em campings até hoje.

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    3. Lembro dos horários escalonados de racionamento nos anos 60. Eram 40 minutos de cada vez, duas vezes ao dia. Tempos complicados, com telefones de péssima qualidade, racionamento de energia, uma série de problemas desconhecidos dos atuais jovens.
      Mais tarde vieram outros problemas como o depósito compulsório para viagens ao exterior, diminuição do horário de funcionamento dos postos de gasolina, constantes faltas de alimentos como carnes.
      Vivemos, a maioria que por aqui aparece, tempos difíceis.

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    4. Após à crise do petróleo de 1973 o preço da gasolina disparou, e diversas medidas como o fechamento dos postos de gasolina depois das 22:00 e nos finais de semana infernizaram a rotina dos brasileiros.

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  32. ENCERADEIRA ==> a princípio tivemos uma Arno de cor parecida com café-com-leite. Com o tempo, começou a dar choque se tocássemos fora das manetes de borracha. Aí compramos outra Arno idêntica, porém de aço inoxidável. Ambas tinham uma flanela acoplável. Era uma porcaria: com a trepidação da enceradeira, a flanela desencaixava e era jogada longe, dando um tranco na enceradeira. Nunca funcionou direito. Depois que me casei, nunca usamos enceradeira.

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  33. Fora a geladeira de querozene, que nunca vi, o resto da potagem fez parte da minha casa. Também tínhamos um fogão à lenha na casa de Petrópolis que foi vendido, lamentavelmente, ao ferro velho. Hoje valeria uma nota!

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    1. A de querosene residencial é do tempos da meu avô, não conheci, mas em bares vi muitas vezes, com várias portinholas com espelho e acabamento em madeira e folha de flandres por dentro. Na minha memória era um barulho de motor quase igual ao de motonetas.

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  34. Dessa lata de Flit dentro de casa eu não consigo lembrar, mas a marca virou nome genérico para qualquer inseticida. Alguns diziam "frit", mas não sei se era porque alguns falam como inverso do Cebolinha ou se era alguma relação a "fritar" os insetos.
    Do Silvo e do Brasso também não me recordo em nossa casa.
    Aspirador só há pouco tempo.
    Convivi com a cera para os tacos quando criança e era proibido passar no cômodo durante um tempo após espalharem o produto, lá em casa ou na casa do meu avô.
    Coifa só conheci na casa dos outros ou em restaurantes e similares, idem fogão à lenha, mas igual ao do reclame nunca vi de perto. Se não me engano a famosa Fundição Progresso fabricava também. Manusear coque devia ser um horror, mesmo se realmente não espalhasse fumaça, contaminante mesmo fora de casa.
    Sapólio Radium sempre ouvi falar, mas poucas vezes vi sendo utilizado.
    Geladeira tinha uma de cantos arredondados dos anos 50, anterior ao meu nascimento. Esqueci a marca, um nome bem curto que não era Consul, substituída em 1969 por uma GE cheia de cantos "quadrados" e com pedal para abrir a porta.
    Máquina de costura minha mãe tinha um Singer do tempo de solteira. Embora em momentos diferentes ela, minha avó e minhas tias costuraram "para fora" como se dizia antigamente.
    Aparelhos da Arno sempre foram preferência, dos meus pais e minha também, exceto a batedeira, mas há pouco tempo comprei um liquidificador Walita.
    Aparelhos de som não lembro de marcas dos velhos tempos, mas mantenho um toca disco da Greynolds dos anos 70 que funciona com dificuldade.
    E o Varsol nem de nome, mas o Faísca sim, muito famoso.

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  35. Tivemos uma geladeira Westinghouse, completamente arredondada e depois uma Frigidaire absolutamente reta ...

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  36. Aparelho de som GRUNDIG, alemão, de primeira linha, bem caro.

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  37. Moringa e filtro de barro me fazem sentir gosto ruim de água. Tão ruim quanto a água da CEDAE.

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  38. Interessante esse significado de OMO como "Old Mother Owl". É verdadeiro. Há muitas explicações falsas sobre certas abreviações e expressões, como por exemplo:
    1) OK seria "0 killed" ("zero killed"), usado na Guerra da Secessão americana para indicar que nenhum soldado havia morrido em combate após uma batalha.
    2) Vila Valqueire seria V Alqueire (quinto alqueire).
    3) Realengo seria Real Engenho.
    4) "Quem não tem cão caça com gato" seria "Quem não tem cão caça como gato".
    5) "Quem tem boca vai a Roma" seria "Quem tem boca vaia Roma". Sobre essa expressão, havia uma versão antiga que desmascara a farsa: "Quem boca tem, a Roma vai e vem".
    Na cantiga de roda "Eu sou pobre, pobre, pobre / De marré, marré, marré.." nunca encontrei uma explicação convincente para esse "marré".
    Outra expressão para a qual nunca encontrei uma explicação é "Cor de burro quando foge". Já li várias hipóteses, mas nenhuma delas se enquadra no tipo de utilização que é feita dessa expressão.

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    1. Parece que a cantiga original seria:
      Je suis pauvre, pauvre, pauvre
      Du Marais, Marais. Marais
      Je suis riche, riche, riche
      D'la Mairie D'Issy

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  39. Helio, já ouvi dizer que é "corro de burro quando foge". Não sei se peocede...

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    1. Wagner, já ouvi essa hipótese, mas o caso é que a expressão "Cor de burro quando foge" é usada em referência a alguma cor indefinida. Portanto, qualquer explicação válida teria que ter ligação com cores.

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  40. Sobre racionamentos, lembro que na primeira metade da década de 1960 havia falta de carne bovina e inventaram usar carne de baleia. Mas aí surgiu o boato de que comê-la fazia a voz afinar. Muitos homens se recusavam a usar essa carne.

    E ainda sobre racionamentos: lá em casa iam para a fila da carne, na noite anterior, minha mãe, minha tia e meu padrasto. Passavam a noite de pé ou sentados em cadeira, esperando o açougue abrir. E tome conversa e fofocas.

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  41. De eletrodomésticos, acho que todo o mundo já usou várias marcas diferentes de TV. Mais do que de fogões ou geladeiras. Ao longo da minha vida, já tivemos TV's das marcas Philips, Philco, National, Semp-Toshiba, CCE, LG e Samsung.
    Já fogões, só Cosmopolita, Continental 2001 e Brastemp.
    Geladeiras, só Crosley Shelvadon, Brastemp e Electrolux.

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  42. Filtro de barro era dose pra leão. Levava horas para encher. Mas esses filtros de parede, com vela a carvão ativado, não me convencem muito, pois a água flui com velocidade através da vela. Tenho dúvidas se dá para matar os germes com essa rapidez de trânsito.

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  43. 𝕁𝕒 𝕗𝕒𝕝𝕖𝕚 𝕕𝕖𝕞𝕒𝕚𝕤. 𝕍𝕠𝕦 𝕕𝕒𝕣 𝕦𝕞 𝕥𝕖𝕞𝕡𝕠 𝕒𝕘𝕠𝕣𝕒 𝕖 𝕣𝕖𝕘𝕣𝕒𝕧𝕒𝕣 𝕦𝕞 ℂ𝔻 𝕔𝕠𝕞 𝟚𝟛 𝕞𝕦𝕤𝕚𝕔𝕒𝕤 𝕚𝕥𝕒𝕝𝕚𝕒𝕟𝕒𝕤 𝕒𝕟𝕥𝕚𝕘𝕒𝕤.

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  44. Este comentário foi removido pelo autor.

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  45. Colaborador Anônimo, 14:16h ==> eu já li sobre essa versão, porém a meu ver ela peca em alguns pontos, a saber:

    1) o bairro de Marais era e é um bairro de aristocratas. Portanto, não moravam pobres lá.
    2) Mairie d'Issy significa "Prefeitura d'Issy". Acho estranho a letra se referir a Marais apenas pelo nome e a Issy anexando o "mairie".
    3) Mairie d'Issy não é um bairro e sim uma estação de metrô. O bairro se chama Issy-les-Moulineaux.
    4) a letra da cantiga não é como você escreveu, e sim: "Eu sou pobre, pobre, pobre / De marré, marré, marré. / Eu sou pobre, pobre, pobre de marré deci. // Eu sou rica, rica, rica / De marré, marré, marré. / Eu sou rica, rica, rica de marré deci". Ou seja, tanto a "fala" da pobre quanto a da rica são idênticas no "marré deci". E ao longo das outras quadras da cantiga sempre há o "marré deci", como no trecho "Eu queria uma de vossas filhas / De marré, marré, marré / Eu queria uma de vossas filhas / De marré deci."

    Uma tentativa de explicação cita que o "deci" é uma corruptela de "dans ce jeu d'ici" ("nesta brincadeira"). Num dos sites que pesquisei, uma aluna de colégio francês disse que lá as freiras usavam essa expressão na cantiga em tela.

    Já outros dizem que "marré deci" é uma corruptela de "je m'en vais d'ici" ("vou-me embora daqui"). Seria então, no original: "Je suis pauvre, pauvre, pauvre / Je m'en vais, m'en vais, m'en vais / Je suis pauvre, pauvre, pauvre / Je m'en vais d'ici". O mesmo para a fala da rica. Da rica? Querendo ir embora?

    Outros mais dizem que "marré deci" é corruptela de "Marais du Sud", já que Marais teria uma parte pobre e outra rica.

    Também há uma versão de que Marré seria uma corruptela de Marie, nome em francês de Nossa Senhora. Ou de Mariette.

    Enfim: várias explicações, nenhuma totalmente convincente.

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    1. Prezado Hélio concordo com tudo, em gênero e número,
      é mais uma versão e. (mais uma vez) parece que a cantiga original seria nórdica, portanto a versão francesa poderia ser mais uma corruptela, sem a preocupação da correção assim como a batatinha que espalha a rama e não se esparrama pelo chão. Obrigado pela explanação.




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    2. Como a origem da cantiga é nórdica, pode ser que ao chegar ao francês ela já estivesse deturpada e contivesse palavras sem sentido nesse idioma. Daí veio para o Brasil e foi deturpada mais uma vez. Talvez seja inútil então tentar encontrar origem francesa no "marré" e no "deci".

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  46. O Conde A-D-O-R-A esta música francesa. Vamos aguardar a interpretação dele.

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  47. Neste instante 62 comentários. Um dos maiores "Ibopes" dos últimos tempos...

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  48. maravilha o seu comentário, apenas uma consideração: O Marais não era um bairro de aristrocatas e sim de judeus. Provavelmente os judeus eram a aristrocracia, porém havia judeus no bairro que não eram da aristocracia. Eram simples moradores, nem sempre ricos.

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    1. Conde, "judeus nem sempre ricos?" Se não são ricos são milionários. Não existem judeus pobres ou remediados.

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    2. De fato, pobres não, mas remediados há bastante, sobretudo fora do Brasil. É só pesquisar no youtube por videos de bairros judeus ortodoxos em Jerusalém, por exemplo, e verá que os arredores são bem modestos.

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    3. Mais de 27% da população israelense vive na pobreza, de acordo com dados do fim de 2022 da ONG Latet. Israel tem o terceiro maior índice de pobreza entre os 38 países da OCDE, atrás da Costa Rica e da Bulgária.

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    4. A "pobreza" em Israel equivale ao que chamamos de classe média no Brasil. O povo judeu é sério no que tange ao bem estar dos seus, sempre se amparando mutuamente, e consequentemente o nível de corrupção é baixo.

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  49. Helio, pudera.
    O Conde morou num simpático apartamento na Place des Vosges, sendo vizinho do Geirge Simenon, autor das aventuras de Maigret.
    E, como sempre acontece, teve um flerte com uma vizinha, a Annie Girardot.

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    1. Não entendo por que o Conde ainda não foi promovido a Marquês ou a Duque. Aposentou-se como Conde.

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    2. Helio, o título passou por herança. Concordo que deveria ser promovido a Duque, porém a monarquia não permite tal mudança. Agora, falando sério, o Marais é o bairro mais interesantes de Paris, assim como as Juderias da Espanha. São construções suntuosas que, hoje são museus, um deles é o Museu Picasso ou propriedades de abastados, nem sempre judeus. Ao Luiz, devo esclarecer que morei muito longe da Place des Voges, lamentavelmente. Adoraria lá morar. A histótia sobre a Voges seria assunto de um livro. No início era reduto de gente doente, pobre, considerada a escória da sociedade.Hoje é chique lá morar. Nem sempre foi assim.

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    3. Que saudades de Paris!

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  50. O lenço de papel Yes faz falta. Os lenços de papel que são vendidos atualmente são ruins, duros e muito finos.

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  51. Notícias do outro lado do mundo (que não é plano): agora foram as todas-poderosas americanas que deram adeus à copa depois de uma disputa de pênaltis contra a Suécia, cuja goleira fechou o gol no tempo normal e na prorrogação. Primeira eliminação americana em oitavas de final, lembrando que quase foi eliminada já na fase de grupos...

    Confrontos definidos das quartas: Japão X Suécia e Espanha X Holanda.

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    1. As americanas dominaram durante o tempo normal/prorrogação, mas vacilaram na hora da decisão, batendo dois pênaltis para fora e um na trave. O pênalti decisivo foi coisa de filme, com a goleira americana dando uma de mão de alface e espalmando pra trás. A bola passou a linha por poucos centímetros.

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    2. E se numa final e a favor dos EUA seria coisa de filme de Hollywood.

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  52. Pois é, até a grande favorita da Copa de volta pra casa bem antes da hora.
    Foi de "cortar o coração" ver a bela jovem Miss Smith em lágrimas, mas alguém tem que sair e outras continuarem.
    Meu palpite agora é que a Holanda será a campeã, com outras européias ainda no páreo.
    Mas bem que podia dar zebra.

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    1. Não descartaria Espanha e Inglaterra. Sem os EUA, tudo pode acontecer. O próprio Japão já foi campeão, há 12 anos, contra os EUA e está 100%.

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  53. Pelo menos vimos que americanas e suecas também perdem pênaltis como brasileiras e brasileiros.
    Na minha conta foram 3 perdidos em 7 cobranças para cada lado, pois o último foi a goleira que deu uma mãozinha para a batedora e quando pegou pelo rabo o frango já tinha passado pela cerca.

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    1. Estrangeiros foi não ter a tecnologia do relógio vibrando com a bola passando pela linha do gol. Ou tinha e a árbitra esperou a confirmação por vídeo.

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    2. E mais a bandeirinha que fica junto à linha de fundo para ver isso, além da movimentação da goleira.
      Com o VAR a arbitragem de campo está quase sempre "lavando as mãos".

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  54. As americanas jogaram melhor, mas a goleira sueca agarrou muito. Como dizia o Otelo Caçador: "penalty não é coisa que se perca".

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  55. Cera Parquetina me traz lembranças da minha infância lá no Ceará:
    Nos Idos de 54 meu Tio tinha uma firma de representação e entre outros produtos ele representava o fabricante da pasta básica da cera que era o pó de Carnaúba, palmeira silvestre e bastante abundante na época . A matéria prima era proveniente da folhas da Carnaubeira que depois de seca e sacudida(batida) solta um pó muito fino que aquecido forma pequenos tabletes que o meu tio exportava para essa empresa.
    A cera Parquetina não sei se ainda existe pois tacos de madeira são raridades na verdade.

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