FOTO 1: De Georges Leuzinger, década de 1860 (Brasiliana Fotográfica).
Texto a partir de consulta no Sindegtur.
Desde 1830 a Santa Casa
de Misericórdia lutava para erguer um hospício destinado a abrigar deficientes
mentais, haja vista que o expediente até então era de acolhe-los no antigo
Hospital da Santa Casa, na Rua Santa Luzia, construção do século XVIII e já
completamente obsoleta. Já há alguns anos os loucos mais furiosos eram encarcerados
na cadeia pública, processo desumano e incompatível com os progressos científicos
da época e que já eram conhecidos no Brasil.
A Santa Casa, que vivia
em dificuldades durante o Primeiro Reinado, na Regência, quando assumiu como
Provedor José Clemente Pereira, se reergueu. Ele conseguiu as verbas
necessárias para um novo hospital, que seria o Hospício de D. Pedro II.
A construção ficou a
cargo de José Domingos Monteiro, arquiteto do Hospital Central da Misericórdia,
o qual, usou como modelo de seu projeto, o velho Hospital de Charenton,
casa-mãe da Psiquiatria francesa. Depois interveio na construção o arquiteto
Major José Maria
Jacinto Rebêlo, o qual
acrescentou ao prédio a Capela de São Pedro de Alcântara.
Ocupava o prédio uma área
de 140 mil metros quadrados.
A 30 de novembro de 1852
realizou-se a cerimônia da bênção do Hospício de D. Pedro II. Pertenceu à
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia até 11 de janeiro de 1890. Quando, por
desentendimentos políticos com o Provedor Visconde de Cruzeiro, passou o
hospital para o Ministério da Justiça e Negócios do Interior. Logo depois, quando
se lhe anexou a Colônia de Alienados da Ilha do Governador, passou a receber o nome
de Hospício Nacional de Alienados. Em 1911, houve uma separação dos sexos, fundando-se
uma nova colônia para as mulheres em Engenho de Dentro. Em 1942, as instalações
da Praia Vermelha foram transferidas, aos poucos, para novos hospitais como Colônia
Juliano Moreira e Gustavo Riedel, em Jacarepaguá. Estes modernos nosocômios foram
inaugurados em 14 de janeiro de 1944, podendo receber os primeiros doentes
removidos da Praia Vermelha.
Desocupado o velho
prédio, foi então permutado com a Universidade do Brasil, que dele tomou posse
em 1947. Sendo reitor da instituição o erudito professor e acadêmico Pedro
Calmon Muniz Bittencourt, soube, com rara perícia, obter do Ministério da
Educação e Saúde as verbas necessárias à restauração e adaptação do belo
palácio, com o fito de ali sediar a Reitoria e diversas faculdades da área
biomédica.
A inauguração da nova
sede universitária ocorreu oficialmente a 5 de dezembro de 1952.
Trinta anos depois, a
Reitoria foi transferida para a Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, sede
da agora rebatizada Universidade Federal do Rio de Janeiro, ficando no velho
prédio algumas faculdades da área biomédica e cursos diversos de extensão universitária.
O prédio é tombado pelo
IPHAN.
FOTO 2: Nos dois primeiros
séculos de existência da cidade, todo o trecho marítimo que ia do Morro do
Matias (hoje, do Pasmado), em Botafogo ao Morro da Urca eradenominado de Praia
de Martim Afonso ou Praia de Santa Cecília. No século XVIII deram-lhe o nome de
Praia da Saudade.
No século XVIII, o Cônego
Dr. Antônio Rodrigues de Miranda, Vigário-Geral do Bispado do Rio de Janeiro e
proprietário daquelas terras fez doação de toda a orla e chãos adjacentes à
Santa Casa de Misericórdia.
Um século depois, a Santa
Casa aproveitou esses terrenos para ali erguer, de 1841 a 52, seu novo
nosocômio para alienados, o qual recebeu o nome de Hospício de D. Pedro II.
Em 1920, a família
Guinle, chefiada pelo empresário Guilherme Guinle, bem como a família Rocha
Miranda, dona da primeira concessão de uma linha de ônibus para a Praia
Vermelha, assim como outros amantes do iatismo, resolveram fundar o Fluminense Yachting
Club, cuja sede inicial foi no estádio do Clube Fluminense, em Laranjeiras,
logo depois transferida para a Praia da Saudade. Nesta nova sede, frequentemente
ampliada, havia casas de banho de mar antes de terem tornado mais acessíveis os
de Copacabana.
A Praia da Saudade foi
definitivamente aterrada em 1934/1935, para ali ser construída uma pista de
pouso de aviões, desativada na década de 1940.
Um projeto de ampliação
do Fluminense Yachting Club foi organizado por Oscar Niemeyer, mas as
ampliações acabaram sendo feitas aos poucos, sem um plano específico, até hoje.
O estabelecimento, depois rebatizado para Iate Clube do Brasil e, desde os anos
60, de Iate Clube do Rio de Janeiro.
FOTO 3: De Leuzinger, de
1865, mostrando o Hospício Nacional dos Alienados, na Praia da Saudade, Urca. O
prédio, hoje da Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é um grande
retângulo enquadrando quatro grandes pátios internos, separados por um corpo
central, destinado de certo modo a distanciar as alas masculinas e femininas do
asilo. No bloco central estava a entrada única. Três grandes portões conduziam
ao átrio nobre, de onde se erguia uma escadaria monumental, que levava
diretamente à capela, no andar superior e, à meia altura, se bifurcava em dois
lances.
O prédio foi iniciado em
1842 e inaugurado em 1852, como Hospital Pedro II. Em 1890 tomou o nome de
Hospital dos Alienados e funcionou até 1944 quando os pacientes foram removidos
da Praia Vermelha para o novo hospício construído no Engenho de Dentro.
O prédio passou a ser usado pela Reitoria da Universidade do Brasil, hoje UFRJ.
FOTO 4: De Marc Ferrez, de 1890, com outra vista da Praia da Saudade, na Urca. Esta praia teve anteriormente o nome de Praia do Suzano e Praia de Santa Cecília, nome que perdeu em 1868, quando a Câmara a rebatizou como Praia da Saudade. Acabou na década de 1920, durante a gestão de Alaor Prata na Prefeitura, com a construção do Iate Clube do Rio de Janeiro. Na mesma época a Rua da Praia da Saudade recebeu o nome de Avenida Pasteur.
FOTO 5: Aspecto da Av. Pasteur em frente ao Hospital dos Alienados/Reitoria. Notar a mureta que existia antes do aterro para a construção do Iate Clube do Rio de Janeiro. O Rio perdeu a Praia da Saudade para a construção do clube e os cariocas a bela visão da baía, a partir da Av. Pasteur.
FOTO 6: Postal da coleção de Klerman W. Lopes mostrando a área da Praia da Saudade, na Avenida Pasteur, antes da construção do Iate Clube do Rio de Janeiro. Pode-se ver o Hospital dos Alienados (Hospício).
FOTO 7: Aspecto do prédio ainda no tempo dos bondes. Os trilhos que levavam à Praia Vermelha, ponto final da linha 4, passavam bem junto da estreita calçada.
FOTO 8: Pesquisa da Conceição Araújo: No Brasil, em 1830, não havia ainda tratamento para os doentes mentais: os ricos eram mantidos isolados em suas casas, longe dos olhares curiosos, enquanto os pobres perambulavam pelas ruas ou viviam trancafiados nos porões da Santa Casa da Misericórdia.
Nessa época, inspirados
pelos ideais revolucionários franceses, Pinel e Esquirol propuseram novas
formas de assistência à doença mental, que tinham, na existência da instituição
manicomial, o próprio método de tratamento. Essas ideias contagiaram a
recém-criada Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, que se mobilizou em torno
do lema: "Aos loucos, o hospício!", pleito esse formulado, em 1839,
pelo contundente relatório de José Clemente Pereira:
"...Parece que entre
nós a perda das faculdades mentais se acha qualificada como crime atroz, pois é
punida com a pena de prisão, que, pela natureza do cárcere onde se executa, se
converte na de morte".
Sensibilizado por essas denúncias e impressionado com os gritos dos loucos vindos dos porões da Santa Casa, D. Pedro II assinou, em 1841, o decreto de criação do hospício.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirVou acompanhar os comentários. Os botafoguenses devem acordar um pouco mais tarde, os que podem, claro.
Foi nesse hospício da Praia da Saudade que ficou internado João Cândido Felisberto, o Almirante Negro, entre 1911 e 1913, até seu julgamento naquele ano. Segundo Edmar Morel, autor do excelente "A Revolta da Chibata, João Cândido levava uma vida interessante enquanto internado, tendo inclusive acesso a jornais e saídas ocasionais para encontros amorosos. Consta que uma dessas mulheres, residente na Rua Ipiranga, se suicidou ateando fogo às vestes. Atualmente não existem mais hospícios no Rio de Janeiro, o que é uma grande falha no falido sistema de saúde. No universo das Organizações de Saúde que administram os Hospitais no Brasil, "não existem doentes mentais".
ResponderExcluirFotografias extraordinárias dos mestres de antigamente. Leuzinger, Ferrez, Malta e outros nos deixaram imagens fantásticas.
ResponderExcluirAinda bem que o prédio foi preservado.
Mais uma bela pesquisa do blog.
Sempre aprendendo...
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirEm um prédio anexo, de pavimento único bem à esquerda da construção principal se o observador estiver na Avenida Pasteur, funciona a FUJB - Fundação Universitária José Bonifácio (*) - de apoio às atividades da UFRJ.
O prédio ainda conserva as grades nas janelas que - na época -impediam os "hóspedes" de fugir e agora impedem visitantes indesejados de entrar.
O endereço é Av. Pasteur, 280.
(*) Instituição privada, sem fins lucrativos, instituída em 1975 pela UFRJ em parceria com: CAEMI, Eletrobrás, CPRM, Sul América, Nuclebrás, Petrobrás, entre outras.)
Com a evolução da tecnologia e da medicina, alguns diagnósticos foram reclassificados, inclusive "mentais". Outras pessoas podem fazer uma descrição melhor. Acho que muito (ou uma parte considerável) do que era considerado "problemas mentais" hoje seria considerado "transtornos do espectro autista". Claro que quem tem mentalidade medieval não se adapta às novas nomenclaturas.
ResponderExcluirOs conhecimentos evoluem e devemos nos distanciar de opiniões não especializadas sobre todo e qualquer assunto. Vivemos a época de especialistas em tudo quando antigamente éramos todos especialistas só em futebol.
ResponderExcluirAcabar com manicômios foi uma decisão tomada após inúmeros debates por todo o mundo feito pelos grandes especialistas no assunto.
Muitos países decidiram fechar os manicômios e investir em cuidados comunitários, o que proporcionou melhoras significativas na saúde mental dos pacientes.
Acabou-se com o isolamento, com o excesso de medicação, com os abusos físicos, com o estigma, com a crueldade. Em vez de esconder os pacientes procura-se inseri-los na sociedade, melhorando a qualidade de vida e a autonomia deles.
É claro que cada caso é um caso, mas na minha opinião esta nova política aparenta ter melhores resultados.
Essa explicação me remete integralmente ao "O Alienista" de Machado de Assis. E martela a pergunta: quem são os loucos, afinal? Até bem pouco tempo rolava uma febre de adeptos da teoria da terra plana, muita "gente boa" entrou nessa...
ExcluirIsso aqui é uma verdadeira aula diária. Muito obrigados pelos ensinamentos que permeiam nossa cultura carioca.
ResponderExcluirInfelizmente existem indivíduos que "se acham" arautos do progressismo e que só admitem soluções que atendam às suas toscas teorias. Se valem de inúmeros eufemismos para desqualificar o óbvio. Tendo em vista uma suspeita insistência em desqualificar seletivamente algumas opiniões, chega-se à conclusão que tal insistência pode ter origem nos estranhos costumes praticados pelo Imperador Tibério e exaltados por Paulo Silvino. Ahhhhh, isto é uma verdade....
ResponderExcluirUma verdadeira aula esta postagem de hoje. Quanta História nesse quadrilátero do Rio. Muita coisa ainda permanece mas outras foram abaixo, por ex.a Faculdade de Medicina onde o Dr.D se graduou. As vezes passo por ali, mas tento fazer observando e imaginando o local privilegiado que é e também a história contida no local.
ResponderExcluirMais uma ótima postagem completa.
ResponderExcluirSobre ricos que escondem seus parentes com deficiência contam um caso famoso era da família do John Kennedy, cuja irmã ficou longe dos holofotes, provavelmente por ordem do pai, Joseph.
Agora um sobrinho dela vai ser o secretário de saúde a partir do próximo mês.
ExcluirRecentemente tivemos o caso de um marombado que espancou uma mulher por horas e foi absolvido por um juiz, já que alegou ter tido um "surto" momentâneo. Apresentou laudos "dos maiores especialistas do Rio", que embasariam a linha da defesa.
ResponderExcluirEnquanto isso, hoje, na estranha cidade, uma mulher em um ponto de ônibus na Avenida Paulista ficou horas com uma faca no pescoço, empunhada por outra mulher. Segundo a polícia, foi o quarto "surto" dessa mulher, com o mesmo modus operandi. Em outro ponto da cidade, um homem descarrega a arma após discussão de trânsito. Felizmente sem vítimas. O delegado autuou por tentativa de homicídio, mas não divulgaram por que havia uma arma de fogo no carro...
Tendo em vista o meu comentário das 07:33, não existem mais instituições públicas que mantenham internados pacientes com "enfermidades de cunho psiquiátrico", de acordo com os padrões do Ministério da Saúde, ainda que no jargão popular, tenham outro(s) nomes(s). Mas o que se esconde por trás dessa carência? Falta de interesse? Ou economia de recursos? O fato é que nas ruas é comum vermos elementos transtornados praticando toda sorte de ações criminosas e que são diagnosticados por popularmente por diagnósticos simplórios do tipo: "está surtado". Mas os "entendidos" no assunto se esquecem de colocar no rol das doenças "ditas psiquiátricas" o vício das drogas e as doenças espirituais conhecidas como "possessões", uma denominação "medieval" segundo alguns, mas que são bem reais, e que para elas não há "tratamento pelo SUS", nem tampouco internação compulsória, já que segundo a legislação vigente", somente o próprio "doente" pode solicitar uma internação. E sabem quando isso vai acontecer? Pois é...
ResponderExcluirVocê sabia?
ResponderExcluirAs aspas podem ser simples ou duplas.
As aspas utilizadas na língua portuguesa são chamadas de aspas inglesas (“a”) ou aspas curvas.
Existem outros símbolos que representam as aspas, veja alguns a seguir: aspas alemãs („a”); aspas francesas («a»), chamadas de aspas angulares; e as aspas japonesas (a).
Qualquer dúvida “Pergunte ao Joel”.
Anônimo, não sou a pessoa indicada para dirimir qualquer dúvida nessa questão. Não conheço outro tipo de aspas senão aquele utilizado na língua portuguesa.
ExcluirEntendi que as decisões sobre restringir ao máximo as internações foram tomadas por muitos países, não é uma invenção brasileira.
ResponderExcluirExatamente. É tendência mundial.
ExcluirQuem passa maus bocados é a família mais próxima do doente mental, que em última análise é quem tem que cuidar dele.
ResponderExcluirPresidente com hematoma de evolução crônica na cabeça. Operado para drenagem. Acontece em idosos.
ResponderExcluirQue presidente?
ExcluirO presidente da república bateu a cabeça alguns dias atrás. São as perigosas quedas que ocorrem com idosos.
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirQualquer queda é perigosa. O começo do fim da minha mãe foi uma queda na rua.
Morreu ontem aos 99 anos o escritor Dalton Trevisan há muitas décadas totalmente avesso ao sucesso.
ResponderExcluirNem para receber premiação ele aparecia.
Com uma vida tão longa e misteriosa acabou recebendo como apelido de O Vampiro de Curitiba, título de um de seus maiores sucessos publicados.
Ia comentar justamente isso.
ExcluirPor outro lado, o filme "Ainda estou aqui" e Fernanda Torres foram indicados para o "Golden Globe".
"Totalmente avesso ao sucesso" duvido um pouco (afinal, era o que pagava as contas).
ExcluirAvesso à exposição que o sucesso traz, ok
Teve eleição no CR Flamengo, o eleito é considerado opositor ao Landim.
ResponderExcluirVeremos se vai ser mais humano.
É o BAP, antigo diretor da Sky.
ExcluirO Landim se comportou muito mal ao entregar friamente a placa em homenagem ao Gabigol, sem ao menos dar uma abraço no jogador, que, sem dúvida, foi um atleta importante nas últimas conquistas do clube.
ResponderExcluirPelo visto, o melhor tratamento médico que Brasília pode oferecer a um presidente (e talvez a qualquer mortal comum) é a transferência para um hospital de São Paulo, mesmo que haja urgência no procedimento .....
ResponderExcluir[https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2024/12/cirurgia-de-lula-transferencia-para-sp-foi-uma-operacao-de-guerra.ghtml]
“Assessores próximos de Lula definiram como uma "operação de guerra" a transferência de Lula de Brasília para São Paulo para a cirurgia a que o presidente acaba de ser submetido no hospital Sírio-Libanês. O procedimento foi o de drenagem de um hematoma. Uma "operação de guerra" no sentido da urgência que tudo teve que ser feito para que Lula pudesse chegar em São Paulo o mais rápido possível para o procedimento.”
Atualmente o presidente é transferido para SP. Há mais de quarenta anos iam fazer tratamento em Cleveland...
ExcluirE não morriam .... em Cleveland.
ExcluirJá em São Paulo ...
Em 1980 meu pai fraturou o colo do fêmur, e como pertencia aos quadros da Polícia Federal, ficou internado no Hospital dos Servidores na Gamboa. Quando fui visita-lo, havia um certo aparato de segurança, pois lá estava também internado para a realização de uma cirurgia o então Presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo. Esse fato destrói toda e qualquer narrativa contrária à excelência da saúde pública no Brasil até 1985, inclusive aquelas que apregoam o atual SUS como um serviço de saúde de "primeiro mundo". Hoje, 44 anos depois, eu faço uma pergunta a todos: pela lógica, não deveria o atual Presidente Lula ser internado em um hospital da Rede Pública ou do SUS? E porque isso não acontece?
ResponderExcluirOntem, com metade das urnas apuradas na eleição do Flamengo, com a vitória do BAP já desenhada, aconteceu um momento exemplar: os três candidatos, que acompanhavam a apuração, se deram as mãos e saudaram os presentes. Os perdedores reconheceram a derrota de forma bastante democrática.
ResponderExcluirA se lamentar, porém, a saída do Landim logo que ficou configurada a derrota. Uma deselegância total.
Quanto ao comentário do Mauro Marcello: o Gabigol é que se recusou a ser abraçado e tirar fotos ao lado desses dirigentes. Tinha bons motivos para isto. AInda bem que foram derrotados.
Tive um problema de saúde no ano passado; como as minhas posses não me permitiram a me tratar no Albert Einstein ou no Sírio Libanês eu fui para um hospital municipal da rede do SUS, ao qual, dentro dos recursos disponíveis, fui muito bem tratado e saí novo. Já tive plano de saúde Top, hoje não tenho mais, sinceramente a diferença que eu senti foi a de não dispor de um leito com controle remoto para regular vinte posições de altura e encosto e de comida com grife com frutas caras, além de um quarto com TV de 50" com 200 canais. Não me importo em me misturar com o povão, só exijo dignidade e seriedade do hospital, seja qual for. Enfim, nada de "primeiro mundo", porque o Brasil não tem recursos pra isso, mas que atenda a população decentemente.
ResponderExcluirQuanto à Saúde no passado só eu sei das agruras que passei com os meus velhos, só rico, ou um pouco remediado pra cima, tinha tratamento decente.
Minha mulher é enfermeira do Antônio Pedro, em Niterói, quem fala mal do SUS desconhece o que é o SUS.
Ninguém respondeu "de forma direita" ao questionamento feito no meu comentário das 09:04. Por quais razões? Será que "o gato comeu língua?"
ResponderExcluirJoel, concordo com vc e com o WB que o nosso SUS tem tudo para oferecer um atendimento de ótimo nível, principalmente no que se refere aos recursos humanos. Porém o exemplo que vc citou não foi muito feliz, senão vejamos : O presidente Figueiredo, em 1981 quando precisou fazer um cateterismo cardíaco recorreu ao hospital Batesda em Cleveland. Lembro que na época um conceituado cirurgião cardiovascular foi entrevistado e indagado se não se sentia desprestigiado, ao que respondeu que havia feito residência naquele mesmo hospital há décadas atrás , ou seja , se o exame tivesse sido realizado há cerca de 20 anos antes teria sido ele a realizar o mesmo exame. Em 1983, o mesmo presidente foi submetido a uma pinte de safena em novamente recorreu a Cleveland, dessa vez em um clinica luxuosa.
ExcluirCaso queira guardar de recordação:
Excluirhttp://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/jb-figueiredo/galeria-de-fotos/presidente-joao-figueiredo-em-sua-suite-na-clinica-de-cleveland.jpg/view
Deve ser pelo mesmo motivo que fez o ex presidente Bolsonaro ser internado em hospital particular em São Paulo, inclusive o Albert Einstein, diversas vezes.
ExcluirMeu comentário sobre a transferência do atual presidente para o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo tinha como foco a aparente (para mim inexplicável) inexistência de pelo menos 01 (um) hospital com instalações e corpo clínico multidisciplinar de excelência na cidade capital do país (capital desde 21 de abril de 1960, lá se vão 64 anos !), sem importar o presidente-paciente "da vez".
ExcluirPelo visto, esse hospital é (sempre) o aeroporto, seja para Cleveland, São Paulo ou outra cidade.
Deve ser a causa de nossa cúpula ficar o mínimo possível na (merece muito a alcunha) estranhíssima cidade do centro-oeste.
Claro que o "plano empresarial" de saúde dos pacientes - de novo, quaisquer que sejam eles - cobre a despesa do deslocamento aéreo.
P.S Nessa altura de minha vida não tenho mais qualquer ilusão sobre existir um "lado certo" na política ou um "grupo virtuoso".
Todos (inclusive qualquer um de nós) defendem seus interesses e só nos resta torcer para que esta defesa se dê da maneira a mais correta possível e prejudique o mínimo possível ao outro.
Ouvi/li uma vez há muito tempo não me lembro mais aonde que:
"o que para os outros são "privilégios inaceitáveis", para nós se constituem em "direitos adquiridos."
Será ?
E, por falar em Brasília, a derrocada do Rio de Janeiro começou com a tresloucada construção de Brasília (infelizmente não existe na língua portuguesa adjetivo à altura do absurdo) e a transferência da capital para o meio do nada, para uma cidade que nasceu artificialmente com o único objetivo de isolar e proteger a casta político-burocrata da vida real do país (e de enriquecer os amigos do poder durante a construção).
ExcluirA partir daí, sucessivos governos nos três níveis: federal, estadual e municipal (com raríssimas exceções) de quem não gostava e não tinha qualquer compromisso com o Rio (muito pelo contrário), fizeram o resto.
São privilégios inaceitáveis que não existem em países e civilizados, mas que em países como a "bananolândia brasilis" são naturais. Enviei para o Hélio uma publicação oficial do G1 mostrando que quase totalidade de juízes receberam em média em 2024 a bagatela de R$ 190.000,00 mensais, apesar do "teto constitucional" ser de R$ 44.000,00. "Isso pode, Arnaldo?" Além disso, um grande número de magistrados receberam "a título de férias vencidas" mais de R$ 5000.000,00. Mas o "poste Haddad" prefere ignorar essas discrepâncias e incluir no "pacote de corte de gastos" a redução do limite de isenção de IR para portadores de doenças graves como câncer, lepra, AIDS, etc...
ExcluirMário, em 1985 usaram o Hospital de Base. Deu no que deu... Mas não deixa de ser "pitoresco" não ter UM hospital particular de referência na capital federal. Talvez pela facilidade de acesso a jatinhos para levar os pacientes cinco estrelas até os de SP.
ExcluirÓtimo post. Não apareci aqui ontem, pois o fim de ano é sempre uma desespero de providências pedidas de última hora. Consta que a água do Hospital vinha de ua fonte do Rio Cabeça, através de aqueduto que ainda existe pela rua Senador Simonsen. A capela da Reitoria era linda. Ainda se fazem casamentos lá? E ao lado ficou o Hospital Pinel.
ResponderExcluirA capela foi destruída por um incêndio em 2011, não sei se já está recuperada para casamentos.
ExcluirSobre o comentário de ontem as 17:45, uma pequena contribuição a respeito de pontuação, se o Luiz permitir: https://www.publishnews.com.br/materias/2020/07/16/as-origens-do
ResponderExcluirMuito interessante.
ExcluirFalar de política?
ResponderExcluirIsso pode, Arnaldo?.....kkk
A partidária deve ser evitada.
ExcluirA partidária, e a anti-partidária
ExcluirSobre a discussão de internar em hospital particular, prefiro pensar que não estão ocupando um leito no SUS que seria importante para alguém que não pode pagar por um Albert Einstein, Sírio Libanês ou similar. Poderíamos ser um pouco menos hipócritas.
ResponderExcluirFF: daqui a pouco começa o jogo Atalanta X Real Madrid, pela Champions. Os botafoguenses vão acompanhar?
ResponderExcluirReal Madrid sendo Real Madrid...
ExcluirSempre.
ExcluirChega a irritar.