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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (14)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio".

FOTO 1: O ponto final dos ônibus comuns e dos ônibus elétricos no Cosme Velho. Acho que a linha E-13 era a Erasmo Braga - Cosme Velho. A E-12 era a General Glicério - Passeio Público.

FOTO 2: Qual é a marca do carro que puxa a fila na Av. Maracanã em 1967?

FOTO 3: Aspecto da Avenida Chile em 1962.


FOTO 4: Estamos no Leblon. Ao fundo vemos o prédio construído pelo IAPC (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários). Presos no tapume os cavalos que eram alugados no Jardim de Alá. Foto de 1957.


FOTO 5: Este calçamento com blocos hexagonais, que vemos em trecho da Praia de Ipanema, seguia até o Leblon. Era desconfortável para se andar de bicicleta.


FOTO 6: O DC-3 da Varig em foto de 1972. O "Douglinhas" ficou exposto por muito tempo no Aterro do Flamengo.


FOTO 7: À esquerda, vemos o cinema Metro que exibia o filme "Torpedo" com Glenn Ford e Ernest Borgnine. O ano da foto é 1959. Ao lado do Metro ficava o cinema Art-Palácio.

À direita, não aparecendo na foto, na esquina da Raimundo Correia ficava a famosa loja Sloper. O bonde, que vemos mais adiante, está no ponto de parada que existia logo antes da Dias da Rocha, em frente ao restaurante Spaghettilandia.


FOTO 8: Assim estava a construção da Catedral em 1969.


FOTO 9: A Praça José de Alencar, no Flamengo, em 1964. Trafegavam por ali um carro antigo e ônibus elétricos.


FOTO 10: A Esplanada do Castelo com destaque para o prédio do Ministério da Fazenda.

NOTA: a maioria das fotos é do acervo do "Correio da Manhã", disponível no "site" do Arquivo Nacional.

59 comentários:

  1. O carro da foto 2 é um SKODA, feito no norte da Europa, anos 50.

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  2. A foto 7 é a que me traz as maiores recordações. O Metro com seu ar condicionado com clima de montanha e seus tapetes altos e macios me lembram desde as sessões matinais de domingo com Tom & Jerry até grandes filmes à tarde. Depois uma ida na Cirandinha ou na lanchonete das Lojas Brasileiras.
    Quanto à foto 10 acho este tipo de construção do Ministério da Fazenda muito feio.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Vou acompanhar os comentários.

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  4. Palmas para a vegetação na praia de Ipanema em 1957. Hoje há pouca e tem que ser cercada e mantida por empresas particulares numa tentativa de resgate. No carnaval, mesma cercada, as áreas com vegetação são vandalizadas pelos “educados” foliões.

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  5. Lembro que passando pela calçada em frente ao Metro, era possível sentir o resquício do ar condicionado.

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  6. Bom dia a todos!

    A "metralhadora giratória" do Gerente está insana, diariamente distribuindo fotos inéditas.

    Nos anos 70/80 passava pela Estrada do Galeão, na Ilha do Governador, e havia também um avião numa praça. A Praça do Avião tinha um "jato" e ficou exposto por diversos anos. Não sei como está atualmente.

    FF: só para não deixar passar, o Bonsucesso Futebol Clube completou ontem 112 anos de existência. Cheguei a assistir alguns jogos com meu pai no "campo" da Teixeira de Castro. O nome do estádio do "Bonsuça" é Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", o maior craque que desfilou usando as cores rubro-anil.

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  7. Hoje temos vários carros interessantes:
    Skoda,Morris, Vauxhall 14-6,Ford anos 50,Mopar anos 40,Pontiac anos 50,Chevrolet anos 30...

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  8. O Škodada foto 2 foi identificado facilmente. Era de origem tcheca, como o Tatra. Lembrando que Š é pronunciado como CH. Foi incorporada ao Grupo Volkswagen em 1991.

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  9. Na foto 3 um Morris como táxi. Nunca vi.

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  10. Na foto 1 um ônibus da linha 422 - Grajaú x Cosme Velho, antiga 110, existente até hoje. Recentemente mudou o ponto final, da rua Assaré para a Dona Romana. Passa aqui na porta de casa. Peguei muito esse ônibus para ir ao trabalho, na rua Buenos Aires, entre abril de 2012 e dezembro de 2016. Na época o ponto final ainda era na rua Assaré, a uns 400 metros daqui de casa.

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    1. De acordo com as más línguas, a linha é conhecida como "quatro doidão" por duas razões: a primeira delas é a forma suicida como seus motoristas dirigem no interior do Grajaú, e a segunda é que muitos de seus motoristas atuam sob efeito da "cannabis sativa".

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  11. Aprendiz Automobilístico13 de outubro de 2025 às 11:05

    Para mim e para outros como eu, Erick, não adianta citar os carros sem citar em que foto aparecem.

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  12. Lembro do DC-3 no aterro, devia ser uma festa para as crianças.

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  13. Esse Metropolitana era do tempo do banco bem na frente e já comentaram que tinha o apelido algo do tipo "Jesus me salve".
    Pelo menos criança tinha que segurar no "console" com as duas mãos para não correr o risco de voar pelo para-brisa, principalmente na Av. Brasil em horário de pouco movimento quando motoristas de ônibus disputavam "corrida".

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  14. Pra mim dois carros são do tempo dos gangsters, um da foto 3, ao lado do Morris (esse reconheço) e o Chevrolet da foto 9.
    Estive ao lado desse DC-3 logo no início da existência do Parque do Flamengo, mas a fila era muito grande para entrar.
    Se não for ilusão de ótica, na foto aparece um clandestino querendo "viajar" no trem de pouso.

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  15. Também na foto 6, repousa no gramado a bola no padrão icônico da Adidas que foi usada pela primeira vez em Copa do Mundo em 1970 no México, mas estreia desse modelo aconteceu no Europeu de seleções de 1968.
    Vi agora na internet que tem o nome de Telstar em homenagem a um satélite artificial da época.
    A Estrela lançou uma de plástico, esqueci o nome que ela colocou, considerada a melhor bola que não era de couro, fabricada durante um bom tempo.
    Não sei dizer se tinha que pagar licença para usar o padrão.

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    1. "Telstar" foi o nome também de uma música, só instrumental, criada pelo conjunto "The Tornados" em 1962. O satélite foi lançado em 10/07/1962 e permitiu a primeira transmissão ao vivo de imagens de TV entre EUA e Europa. Lembro muito bem da música, que inclusive gravei num CD em 04/02/2023. Para os curiosos, link da música em https://youtu.be/ryrEPzsx1gQ?si=t1I_-E4PF-ia3Xoo

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  16. Aprendiz Automobilístico ==> legal seu interesse por carros. Para esclarecer: na foto 2 o carrinho em primeiro plano é um Skoda, de fabricação tcheca. Muito comum aqui no Rio.

    Na foto 3, o carrinho da esquerda, de cor mais clara, é um Morris Oxford, inglês, de fabricação fins dos anos 1940 início dos anos 1950, muitíssimo comum no Rio. Porém a placa iniciada por 5 indica ser um táxi, o que não me lembro de ter visto jamais.

    O carro ao lado dele não conheço a marca. Não sei se é o Vauxhall a que se refere o Erick. Lá atrás, vemos um Ford de final dos anos 1940 início dos 1950 e no fundo um Mopar da mesma época.

    Mopar é abreviação de Motor Parts, um fabricante de peças originais do grupo Chrysler, o que abrangia os carros e caminhões das marcas Chrysler, Plymouth, DeSoto, Dodge, Fargo (caminhões).

    Para complementar, Vauxhall, Opel e Holden eram empresas do grupo GM respectivamente na Inglaterra, Alemanha e Austrália. Aqui no Rio os Opel eram fáceis de ver; os Vauxhall eram mais raros; os Holden, nunca os vi por aqui.

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  17. Meu palpite é que o Mopar da foto 3 é um DeSoto. Esse nome é o de um explorador espanhol, Hernando De Soto, que em 1514 desembarcou no Panamá e lutou com seus compatriotas na conquista da Nicarágua, Honduras e também andou dando uns pitacos no Peru, na Flórida e na península de Yucatan. Teve vida atribulada. Vide Wikipedia.

    Aqui no Rio, eram muito comuns os carros Dodge. Os Plymouth e DeSoto eram mais raros. Caminhões Fargo não eram incomuns, e ao que me lembro eram mais fáceis de ver do que os Dodge.

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  18. Quanto ao Vauxhall citado pelo Erick, não sei se é o da foto 3 ou o da foto 9. Pelo aspecto incomum, eu chutaria o da foto 3.

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    1. Já entendi a explicação do Erick: o Vauxhall é o da foto 3 e o da 9 é um Chevrolet anos 1930. Bem comum como táxi aqui.

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  19. Com a palavra, Erick e obiscoitomolhado, que são os especialistas no assunto. Eu sou enxerido.

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  20. Guilherme (RJ), 09:50==> O avião que vc conheceu era um Gloster Meteor, atualmente no local foi colocado um AMX (réplica)
    Tenho uma viva memória afetiva pelo Morris, pois foi em um que aprendi a dirigir com meu saudoso pai.

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    1. Eu achava o Morris bem simpático. Nunca andei num. Quando estive na Nova Zelândia, cansei de vê-los pelas estradas, muitas vezes rebocando jet skis ou pequenas lanchas. Imagino que a alavanca de câmbio era no volante, o que sempre achei charmoso. Pena que isso foi totalmente abolido, não sei por qual motivo. Talvez por simplicidade mecânica das alavancas no piso do carro.

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    2. É verdade, o câmbio era na coluna, inclusive com 4 marchas à frente, diferente dos outroS modelos da época que tinham só 3.

      Guilherme aí vai a foto da praça já com o AMX:
      https://tinyurl.com/k9y58fxw

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  21. Joel, 11:06h ==> falando em direção suicida, ontem assisti a um vídeo desses mochileiros andarilhos. No caso, ele pegou um ônibus da empresa J.J. Tur, linha de Marabá a Goiânia. O motorista disparou a 150km/h nas estradas. Era desses ônibus altos, de dois andares, centro de gravidade também alto. Fazia curvas a 120 km/h. O carro parecia que ia tombar. Chegou a Goiânia quatro horas antes do horário previsto, num trecho de aproximadamente 1200 km.

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  22. O Ford da foto 3 (penúltimo carro) e o modelo mostrado na foto 8 de ontem (só a parte traseira) eram os mais comuns da Ford aqui no Rio, na década de 1950. Embora o de ontem seja um Mercury, esta era uma divisão da Ford. O de ontem era muito visto em táxis, juntamente com os Chevrolet da década de 1940 (até 1948; de 1949 em diante não eram tão comuns assim como táxis e sim como autos particulares).

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  23. Interessante: na foto 3 o Morris tem placa da Guanabara e o Vauxhall tem do Distrito Federal.

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  24. Apesar de estar atrasadíssimo, ustamente num dia de muito trabalho, louvo a atenção e o esmero do Erick e demais aprendizes.
    Foto 2 - o carro em primeiro plano é um Skoda 440, fabricado entre 55 e 59.
    Foto 3, o Morris Oxford é táxi e traz no seu capô embelezamentos de Buick Special. O carro ao lado é um Vauxhall 14-6, fabricados desde antes da II Guerra até 1947. Ao fundo um Ford 51 e um Chrysler 1947. O Chrysler é Mopar, mas a grade é diferente de Dodge e DeSoto.
    Foto 7 - Depois do Fusca preto, um Pontiac 1951.
    Foto 9 - um Chevrolet 1937, muito comum na praça dos anos 50 e até 60, como atesta o chifrudo.
    Para o Hélio, havia Morris, Peugeot e Citroën como taxis. Eu vi um Morris, os demais só de ouvir dizer por personalidade incontestável, M. Rouen de la Veuve.

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    1. Não me lembro dessas marcas como táxi. A imensa maioria era Ford ou Chevrolet. Citroën como táxi? Aquele modelo preferido da Gestapo? Nunca vi.

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  25. O Vauxhall era de Julio Lerner, morador na rua Siqueira Campos, 33.

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    1. Havia um Júlio Lerner jornalista, porém não deve ser o mesmo proprietário do carro, porque ele era paulista. Além do que, havia nascido em 1939 e teria apenas 23 anos na época da foto.

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    2. Seria parente do Jaime Lerner?

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    3. Também pensei nisso. O ano de nascimento deles é muito próximo: Jaime em 1937 e Júlio em 1939. Mas na biografia de Júlio não constam dados sobre os pais, por isso não sei se eram parentes.

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  26. O Morris era do José Manoel, residência na garagem da MUCISA, Rua Silveira Martins 139.
    A foto 3 mostra uma nesga da Estação de bondes de Santa Teresa, que substituiu a gare da Seda Moderna. Era chamada de Brasília, mas podia ser Saara. Asfalto ruim começou cedo..

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  27. Paulo Roberto (11:40) - eu tinha ouvido falar que o nome do banco era "Jesus te chama "...

    A carta 22 do tarô é chamada de "O Louco". Tirem suas conclusões.

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  28. Sobre esse Citroën modelo Gestapo, tem uma história a respeito dele. Meu tio, na década de 1950, andou dirigindo caminhão na estrada, juntamente com um amigo antigo, de nome Amílcar. Era um Mercedes LP-312, modelo apelidado de “Mercedão”, da empresa 1001 (nada a ver com a de ônibus), sediada em São Caetano do Sul. Uma noite eles estavam na estrada de terra que ligava São Paulo ao Paraná. Havia trechos alagados em que eram colocados pranchões de madeira para os veículos não atolarem. Ao se aproximarem de um desses trechos, viram um Citroën Gestapo parado, no meio da estrada. Muito estranho. O carro estava todo fechado, vidros completamente embaçados. Meu tio pediu ao Amílcar, que estava no volante na ocasião, para parar e verem o que estava ocorrendo com o carro. Amílcar se negou, porém meu tio insistiu e então pararam.
    Meu tio foi até o carro e bateu no vidro do motorista. Este desceu o vidro. Meu tio perguntou se precisavam de ajuda. O motorista perguntou:

    - O senhor é carioca?
    - Sim, respondeu meu tio.
    - Ah, logo vi. Esses fdp de paulistas passaram por aqui, eu pedi ajuda e ninguém parou.

    Aí ele disse que estava no carro com os pais. Ao entrar na área dos pranchões, um deles estava com a ponta levantada e partiu o cárter do carro, vazando todo o óleo. Eles estavam parados ali há muito tempo, sem que ninguém se prestasse a ajudá-los. Ele era médico em Porto Alegre.

    Os três ocupantes estavam tiritando de frio. Meu tio ofereceu-lhes doses de conhaque, que tinham no caminhão. Aí amarraram uma corda no carro e o rebocaram até uma cidade próxima. O médico ficou imensamente agradecido e falou com meu tio que infelizmente não tinha como retribuir a ajuda. Deu a ele um cartão, dizendo que a qualquer momento que meu tio precisasse de auxílio médico em Porto Alegre, poderia ligar para ele.

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  29. De outra feita, um sujeito rico de Fortaleza, chamado Luís, havia comprado zero quilômetro um caminhão Fargo aqui no Rio. Carregou com mercadoria embalada em caixas e partiu para Fortaleza, meu tio ao volante.

    Quando já estavam dentro do Ceará, percorrendo uma estrada de terra à noite, a roda dianteira direita do caminhão pegou na areida macia da beira da estrada, meu tio perdeu o controle e o caminhão tombou de lado, a carga se esparramando pelo acostamento. Ninguém se feriu, porém ficaram numa sinuca de bico. Àquela hora não havia trânsito algum pela estrada. Meu tio catou uma vegetação e fez uma fogueira para se aquecerem, já que no meio do mato a temperatura era baixa.

    Quando amanheceu, meu tio disse que iria a pé até a cidade mais próxima, pedir ajuda, torcendo para conseguir uma carona. Lá pelas tantas, apareceu um jipe, coalhado de gente. Meu tio pediu carona e o motorista falou para ele ver se conseguia um lugar onde se segurar. Lá foi o jipe, mais parecido com um enxame de gente em cima e fora dele.

    Chegando à cidade, meu tio foi até uma birosca, explicou o caso e disse que (autorizado pelo Luis) daria uma buchada de bode e bebida à vontade para quem ajudasse a desvirar o caminhão e colocar a carga de novo em cima. Apareceram logo muitos voluntários.

    Voltaram até o local do acidente, munidos de varas longas de madeira, e desviraram o caminhão, recolocando as caixas em cima da carroceria. O dano tinha sido um amassão na lateral do caminhão.

    Cumprindo a promessa, foram até a cidade e o Luís pagou a buchada e bebida à vontade para todos.

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  30. Nessa mesma viagem, havia ocorrido o rompimento de um açude no Ceará, com muita gente desabrigada. O país se mobilizou para enviar ajuda, na forma de alimentos e roupas.

    Uma noite, meu tio foi com esse tal Luís à casa de um conhecido deste. Em lá chegando, ele viu madames escolhendo roupas de um monte. Eram da ajuda enviada. Elas estavam selecionando as peças melhores e mais bem conservadas e as reservando para si próprias.

    Nunca esqueci isso. Motivo pelo qual jamais envio ajuda, seja para quem for, não importa qual a tragédia.

    Minha esposa também presenciou gente reservando latas de Leite Ninho de ajuda de uma campanha desse tipo, há muitos anos.

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  31. Pulo Roberto 11:57 > a bola de plástico que copiava a bola da Copa de 70, foi a melhor bola de pelada de rua e se chamava Dente de Leite.

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  32. Esse meu tio, que dirigiu caminhão em estrada e trabalhou durante muitos anos em companhias de construção civil, exercendo funções como apontador, comprador, chefe de oficina de máquinas pesadas, é o mesmo que em fins da década de 1940 e início dos anos 1950 estava louco de pedra. Foi internado no Pedro II, levou choques na cabeça, sofreu o diabo, queimou todos os livros que tinha, volta e meia vagava sem destino pela rua, obrigando minha avó a procurá-lo desesperada. Uma vez minha mãe o surpreendeu tentando me matar sufocado com um travesseiro. Eu já estava ficando roxo.

    O motivo? Uma macumba feita por uma ex-namorada. Quem desmanchou o feitiço foi um político morador lá em Cascadura, que era pai-de-santo, indicado para minha avó. A mandinga estava num terreno baldio em Rocha Miranda. Foi desenterrada pelo meu pai, em companhia do pai-de-santo incorporado. Já narrei isso aqui antes.

    Desfeita a macumba, meu tio voltou a ser uma pessoa normal. Os fatos que narrei aqui nos comentários anteriores ocorreram após a mandinga ser desfeita. Acredite quem quiser. Não tenho motivos para mentir.

    Meu tio e eu éramos muito agarrados. Ele me chamava de Bilico, não sei porque. Quase tudo o que sei hoje, em termos de habilidades manuais, devo a ele, pois eu era muito curioso e ficava observando-o fazer as coisas.


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  33. Se macumba funcionasse o campeonato baiano terminava empatado.
    Como descobriram que a macumba estava num terreno baldio em Rocha Miranda?

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    1. O pai-de-santo é que disse. Não sei como sabia. Sei que é difícil de acreditar, mas ocorreu. Tinha uma cabeça de cera, várias moedas, o aro enferrujado do que uma vez foi uma lata não sei de quê, uma vela preta e vermelha queimada pela metade, restos de roupa (provavelmente cueca ou camisa). O pai-de-santo mandou dar as moedas de esmola, acabar de queimar a vela e não sei o que mandou fazer do restante.

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  34. Eu sou muito apegado à realidade palpável, mas tem certas coisas misteriosas. Todos aqui devem já estar cansados de saber da minha ojeriza ao Brasil e amor à Alemanha e ao seu idioma, música, etc. Em relação ao idioma, meu interesse surgiu já na pré-adolescência, sem que minha família tenha qualquer ascendente germânico. Quando entrei para o Colégio Pedro II, preenchi no formulário de matrícula que minha opção por idioma era o alemão. Dá para acreditar nisso?

    E meu assunto favorito, do qual tenho várias dezenas de livros, é a II Guerra Mundial. Principalmente as batalhas entre Alemanha e URSS.

    E daí? Daí que na semana passada, assistindo a um vídeo documental sobre os últimos dias do nazismo e a batalha final em Berlim, apareceu em determinado momento um grupo de jovens da Juventude Hitlerista, de pé assistindo ao discurso de alguém. Levei um choque imenso: um deles era eu escritinho, quando tinha aquela idade. Mesmo formato de cabeça, mesmo tipo de testa, de região ocular, de nariz, de lábios, de pescoço, de compleição. Só havia um pouco de diferença no cabelo e no queixo. Chamei minha esposa e perguntei-lhe com quem alguém se parecia. Ela não hesitou um segundo em apontar o jovem como sendo eu. Eu fiquei tantalizado! Aquela visão pareceu me esclarecer tudo: minha fixação pelo país, música, idioma, II Guerra, combate com os soviéticos.

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  35. Implica em crença na reencarnação, não é? Pois é. Existe? Não sei.

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  36. Quando me mudei para a casa onde moro, neste mesmo quarto onde estou agora ficava e fica instalado o computador. Chamamos de escritório porque além dele aqui ficam as estantes de livros e de som. Uma noite minha enteada mais nova estava ao computador e de repente deu um grito. Isso por volta do ano de 2007. Minha esposa veio correndo. A filha disse que estava vendo um rosto na janela, que fica do lado esquerdo do rack do computador. Minha esposa olhou e também viu. O rosto sumiu.

    Ela comentou o fato e descreveu o rosto: era o do meu tio, que nenhuma delas conheceu, por ele ter morrido em 1992. Porém nos últimos dias de vida ele ficou nesse quarto, que na época era mesmo usado como tal. Ele havia sofrido um AVC em 1987, lá em Fortaleza, e voltou para o Rio e ficou aqui, onde moravam suas duas irmãs e meu padrasto, na época.

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  37. Quer mais? Em meados de 2006 esta casa estava em obras, para eu me mudar para aqui com minha esposa e suas filhas. Na época morávamos em Vila Isabel. Minha esposa não queria de jeito nenhum morar aqui, porém eu trabalhava na VARIG e a empresa estava indo à falência. Com medo de ficar desempregado aos 59 anos de idade, e estando esta casa vazia após o inquilino de minha mãe se despejado por falta de pagamento, propus à minha mãe me mudar para cá e pagar a ela o aluguel que o inquilino deveria estar pagando. Ela topou. Minha mulher, como disse, estava resistindo.

    Um dia eu estava aqui, acompanhando a obra, e ela saiu de casa lá em Vila Isabel para me trazer uma marmita de comida. Parou no ponto de ônibus na rua Visconde de Santa Isabel. De repente apareceu uma velhinha bem velhinha, vestindo uns mulambos, e disse para minha esposa:
    - Não vá para aquela casa porque você nunca vai conseguir sair de lá.
    Minha esposa levou um susto. Nessa hora veio se aproximando um ônibus e ela se distraiu olhando a linha dele. Quando se virou, a velhinha tinha sumido. Havia um rapaz no ponto e ela perguntou pela velhinha. Ele disse que não tinha visto ninguém ali. Não havia nenhum lugar por perto onde ela pudesse ter entrado ou se escondido.

    Pois bem: em 2008 minha esposa teve um caso grave de doença, passou 10 dias em coma induzida, beirando a morte. Prometi que tão logo ela saísse do hospital e melhorasse nós nos mudaríamos daqui, porque eu achava que a casa tinha sido o motivo da doença. Ela saiu do hospital em março, eu fui demitido em 2 de junho. Fiquei nove meses desempregado, quando achei colocação foi por quase metade do meu salário anterior. Só no início de 2011 consegui emprego melhor.

    Tentamos sair daqui várias vezes e sempre aparece algo que nos impede.

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    1. E vocês não acreditam que "há mais coisas entre o Céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia". Não é por falta de aviso. Sempre sugeri um estudo do mundo mundo espiritual, mas...

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    2. A energia negativa (leia-se pragas rogada, entre outras coisas) tem efeitos terríveis.

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  38. Eu sei de muitos casos estranhos, ocorridos com parentes ou conhecidos. Comigo mesmo nunca aconteceu nada, porque pelo visto não tenho nenhum poder de mediunidade ou lá o que seja.

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  39. Colaborador Anônimo --> às 14:18
    Bacana que ainda existe essa Praça com outro avião. A última vez que passei por aí foi no dia do sequestro do ônibus 174. Eu estava com minha namorada no Ilha Plaza Shopping, dia dos namorados. Ficou gravado na memória, de forma triste.

    Mauro Marcello --> às 16:38
    Essa dente de leite era aquela que tinha um garoto de camisa vermelha na bola? Essa era muito boa de jogar pelada. Era pesadinha e não deformava à toa. Mas lembro dessa nos anos 80. Havia uma também chamada "dentinho de leite", mas não tão boa como a original "dente de leite".

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  40. A bola Dente de Leite a partir do lançamento da geratriz (ou pé do jogador) descrevia uma elipse, cuja trajetória com diversas variações geravam novas parábolas que requeriam complexas aplicações de cálculo a nível NASA.

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  41. Augusto (16:09h): deve ser isso mesmo, "Jesus me Chama" traduz bem o que passava o passageiro naquele banco da frente. Mas a garotada, sem noção do perigo, ficava de olho esperando desocupar.
    Mauro (16:38h): bem lembrado.
    Guilherme (19:12h): A figura apareceu alguns anos depois.

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  42. Hélio (17:41h), até muitos espíritas não acreditam em reencarnação no espaço de 2, ou mesmo 3 anos após o soldado desencarnar, isso considerando que ele não sobreviveu à Batalha de Berlim. Ou se era um daqueles meninos alemães que se recusaram a combater numa guerra praticamente perdida e foram enforcados pela SS, o que aconteceu também com alguns idosos germânicos.
    Falar nisso lembrei dos prussianos e de uma frase que deve ser anterior à unificação alemã: "A Prússia não é um país que tem um exército, lá é um exército que tem um país", se referindo à extrema eficácia dos oficiais militares formados por lá.

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  43. Não quero doutrinar ninguém, mas há coisas óbvias, naturais, que podem ser feitas para dissipar energias negativas, e uma delas é o sal grosso, que tem usos diversos. A própria Igreja Católica faz uso de sal grosso. Os tapetes de sal em Corpus Christi são um exemplo. Um banho de sal grosso do pescoço para baixo seguido de um banho de rosas brancas de corpo inteiro é um outro exemplo. Manter sal grosso nos cantos da casa e espalhar um pouco na porta de entrada tem efeitos poderosos. Manter um pé de arruda também é de bom alvitre. Nada disso tem a ver com religião e sim com energias do universo.

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  44. Essa eficácia continuou com na Alemanha unificada sob Bismarck, pois se escolhia um oficial principalmente pelo QI e não só pela coragem como muitos outros países faziam.
    Porém também teve efeitos colaterais, como disse um ex-diplomata americano que trabalhou em Berlim na década de 30, antes e durante os primeiros anos do Hitler no poder e citei uma vez aqui: "nada é bastante bom para o Estado Maior alemão. Essa orientação produziu a mais maravilhosa máquina militar até hoje construída, mas também levou obcecados oficiais alemães para o hospício".
    Mais: " se a vida fosse uma ciência, os alemães teriam batido a todos nós, porém a vida é uma arte, não pode ser ensinada, deve ser sentida e compreendida. Isto é uma sorte para o resto da humanidade". Douglas Miller.

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  45. Voltando às fotos, na última parece que houve retoque no trecho em frente ao Ministério da Fazenda. Inclusive no restante que aparece da futura Av. Pres. Antônio Carlos a via está ainda com a obra em andamento.

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