A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio".
FOTO 1: Vemos uma prova de "baliza" em 1966. Naquela época se podia a aprender a dirigir tirando uma licença ("papagaio") e sair acompanhado por qualquer pessoa que já tivesse carteira de motorista. Atualmente há um projeto para dispensar as aulas nas auto-escolas.
FOTO 2: Instalação da rede elétrica subterrânea na Rua Barata Ribeiro. A rua à esquerda é a Inhangá. À direita, há décadas, existe o restaurante "A Marisqueira".
FOTO 3: Remadores do Flamengo saindo para treinar. Em primeiro plano um "2 com patrão" e, ao fundo, um "single-skiff". Ainda existia a Favela da Praia do Pinto com suas palafitas.
FOTO 4: Os pedalinhos que ficavam perto da Rua Anibal de Mendonça.
FOTO 5: Tanto os pedalinhos quanto um hidroavião que havia nesta área da Lagoa eram do letão Hebert Cukurs que, segundo o "Correio da Manhã", era “Sturmbannführer” da SS na Letônia.
FOTO 6: Qual dos dois bondes teria a preferência?
FOTO 9: Um dos dois campos de futebol da Favela da Catacumba. À direita vemos outro "esqueleto" que por muitos anos ficou ali ao lado do Corte do Cantagalo. Foi demolido.
NOTA: fotos do "Correio da Manhã" disponívels no "site" do Arquivo Nacional.
Acho difícil prescindir das auto-escolas. Aqui no Rio havia lugares com tão pouco trânsito que era possível aprender a dirigir com segurança. Na zona sul a área do Jardim Pernambuco foi onde treinei ladeira e baliza com meu pai. Agora não há mais lugar assim. A dirigir foi na praça em frente do campo do Flamengo antes de existir a Mario Ribeiro ligando-a à lagoa. Não havia quase movimento por ali.
ResponderExcluirHoje vou me redimir.
ResponderExcluirNa foto 1, um Jeep nacional, com a placa de aprendizagem, é de 62 em diante, quando apareceram as carrocerias com o corte de roda traseira em forma de trapézio e não semi-circular. Chamam a atenção o uso de pneus comuns e não os lameiros de série.
Na foto 2 um Chrysler 46-47. As lanternas e escudos são só dele.
Na foto 7, um Gordini, um Simca atrás do poste e um Aero-Willys 2600 1965. Os demais são pra lá de manjados.
Na foto 8, muito difícil, mas um Ford 34 parece começar a curva e mais atrás, um Chevrolet 1940.
Na foto 10, muita coisa. Ao que parece, a marca Skoda anda distribuindo benesses aos editores do SdR... Atrás do lotação, um Skoda 1200, de 1952, foi o predecessor do Skoda 440 de ontem. Este 1200 só saía em 4 portas, enquanto que o sucessor só saía em 2 portas. Muito do esquisito.
Atrás do ônibus, um Buick 1952 e, lá na calçada, um Lincoln 1949 conversível (uma quase certeza).
Na foto 2, um Camões da Viação Tarumã fazendo a linha 12 - Estrada de Ferro x Leblon.
ResponderExcluirNa foto 6, o bonde 1777, linha 70 - Andaraí x Leopoldo, está entrando nessa rua enquanto um bataclã da linha 68 - Uruguai x Engenho Novo aguarda. O 1777 era figurinha fácil. Eu o vi muitas vezes.
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ResponderExcluirA foto 6 é na Barão de Mesquita, o bonde que aguarda é o 70 Andaraí-Leopoldo, o bonde que vai em direção à Rua Uruguai é provavelmente o 68 Uruguai - Engenho Novo, mas salvo engano, a preferência é do 70.
ResponderExcluirA foto mostra não só o suporte, mas também os cabos de energia elétrica já instalados.
ResponderExcluirNa foto 7, vemos um ônibus da linha 627 - Saens Peña x Inhaúma, se bem me lembro da Viação Taninha. Acho que a carroceria era a CAIO Jaraguá.
ResponderExcluirCAIO era a sigla da Companhia Americana Industrial de Ônibus. Fábrica em Botucatu, interior de SP. Depois abriu a CAIO Norte, em Recife. Foi o único emprego da minha esposa, na filial de Olaria.
Durante uma das operações de "enxugamento" das linhas de bonde promovidas por Américo Fontenelle em 1964, a linha 70 passou a ter como ponto final a esquina da Rua Leopoldo que aparece na foto. O trajeto ficou resumido apenas em subir e descer a rua.
ResponderExcluirA rua Leopoldo era de trilho único. O bonde fazia o rodo no final dela, onde havia uma subestação da Light. Peguei muitas vezes esse bonde para ir à casa da minha tia, na rua Andaraí, 45. Saltávamos do bonde no rodo, percorríamos a Travessa Caminha e entrávamos na rua Andaraí, que é uma ladeira morro acima. O edifício tinha uma parte acima e outra abaixo do nível da rua, porque fora construído numa encosta. O apartamento dela era no subsolo. Acho que era o SS-103. Atrás do prédio descia um rio cascateante sobre leito rochoso. Muito quieto o lugar.
ExcluirSegundo me contaram, um dia um bonde entrou no trecho de trilho único e deu de cara com outro descendo a rua. Não teve jeito: o que subia teve de retroceder de marcha-a-ré, o que em bonde era complicado.
ExcluirMeu Alzheimer ainda não se instalou completamente. Quando vi a foto 10, com o número 9 na capelinha do microônibus, meus poucos neurônios sadios enviaram a mensagem "essa linha acho que era a da Praça da Harmonia". Aí fui conferir na excelente tabulação feita pelo Marcelo Almirante e confirmei meu neurônio: a companhia era a Transmontana e um dos pontos finais era realmente a Praça da Harmonia. O outro, em sendo a foto de 1962, podia ser ou Praça Serzedelo Correa ou Bairro do Peixoto, já que naquele ano houve mudança desse ponto final na Zona Sul.
ResponderExcluirQuanto a acabarem com as autoescolas, não estou acompanhando o noticiário a respeito. Não sei o motivo para isso. A princípio acho temerário. Se com instrutores já há tantos barbeiros nas ruas, imagine sem eles.
ResponderExcluirAntes do DETRAN havia a Inspetoria de Trânsito.
ResponderExcluirA "seleção do conluio" está indo "de vento em popa" na sua trajetória de fracassos". Mas ainda há quem a aplauda. Imaginem na Copa do Mundo. Parabéns aos envolvidos.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirUm pouco atrasado por causa do jogo bipolar canarinho...
Um dos argumentos para o fim das aulas teóricas nas autoescolas seria o custo. As aulas práticas continuariam obrigatórias sem a necessidade de uma autoescola, bastando um "agente autorizado". Me arrependo até hoje não ter tirado carteira quando podia.
Ainda existe a carroceria Caio que domina a paisagem carioca atualmente.
Herbert Cukurs (pensei ser Çukurs, sobrenome muito comum na Turquia) era um criminoso de guerra. Participou da chacina de milhares de letões. Fugiu para o Brasil. Foi localizado por um agente do MOSSAD e assassinado no Uruguai, em 23 de fevereiro de 1965. Eu assisti a um documentário sobre ele, na NET. Brilhante trabalho do MOSSAD.
ResponderExcluirPor sinal, o MOSSAD foi fantástico na localização e sequestro do Eichmann e no resgate dos reféns no aeroporto de Entebbe, na Uganda. Li ambos os casos: o primeiro no livro "A Casa da Rua Garibaldi" e o segundo em "90 Minutos em Entebbe", ambos presentes na minha biblioteca. Mas também já fez grandes cacas, como no caso do assassinato errôneo de um suposto terrorista árabe na cidadezinha de Lillehammer, na Noruega.
Por sinal, Lillehammer significa "Martelinho" em norueguês. Passei por lá em 1986. Entramos na cidade e fizemos um lanche numa delicatessen. Era no meio de uma manhã ensolarada mas não muito. Bem simpática a cidadezinha. Havíamos partido de Oslo em direção ao Cabo Norte, onde não chegamos. Obviamente em um dia só não daria para atingir aquele cabo. Acampamos no meio do trajeto, não lembro em que ponto.
A CAIO domina o mercado de carrocerias de ônibus. Outras ainda existem ou ficaram pelo caminho: Metropolitana, Neobus, Cermava, Bons Amigos, Vieira, Ciferal, Marcopolo, Busscar, Comil, Mascarello (ônibus um pouco menores, quase microônibus).
ResponderExcluirNo futuro, acho que no mundo todo só teremos um fabricante de carros, um de celulares, um de computadores, um de aviões.
Essa foto 1 me lembra minha mãe com um jipe desses de auto escola, talvez também em 1966, ao dar a partida para mais uma aula, colidiu no muro da embaixada da Bélgica, que ficava do outro lado da rua, em frente ao nosso prédio da Gal. Artigas, esquina com o canal da Av. Visconde de Albuquerque. Isso foi motivo de chacota de toda a família. Na foto 3, não é a favela da Praia do Pinto e sim a favela das Dragas, que ficava entre o Clube Caiçaras e a garagem do Flamengo. A Praia do Pinto era toda em solo firme.
ResponderExcluirSó andei de jipe uma vez, na cidade mineira de Baependi. Pula muito, haja coluna. Imagino durante a guerra, os jipes andando por caminhos esburacados, com as pessoas saltitando dentro.
ExcluirA foto 7 é de 1966/67 pouco depois da inauguração do Viaduto Emílio Baumgarten em 1964. Até então havia uma passagem de nível das E.F. Rio D'Ouro e da Linha auxiliar. Eu tenho a foto aérea do início da construção do viaduto mostrando a passagem de nível. Eu me lembro que o tráfego da Automóvel Club terminava com uma curva à esquerda passando sob o viaduto e tomando a Suburbana, mais ou menos da atual favela bandeira 2.
ResponderExcluirComo o Mauro Marcello às 10:08 citou, existia a embaixada da Bélgica no Leblon. No passado, no Leblon, existiam também as embaixadas da União Soviética e da Romênia, o que caracteriza uma expressiva quantidade de embaixadas em um bairro tão pequeno.
ResponderExcluirEm 1984 eu intentei viajar até a Romênia, país que me atrai desde tenra infância, não sei o motivo. Foi o ano em que perambulei pela Iugoslávia. Porém a burocracia e o preço para obtenção do visto na Romênia era muito grande, já que tudo tinha de ser feito via Brasília. Havia uma série de cidades de lá que me atraíam: Timisoara, Sighisoara, além dos célebres mosteiros de Suceava, patrimônio cultural da UNESCO, e Botosani, com sua cultura armênia.
ExcluirEmbora Constança seja um famoso balneário no Mar Negro, a princípio não estava nos meus planos ir até lá. Bucareste provavelmente estaria no meu roteiro.
Outro fator que me fez desistir foi o tempo necessário para fazer esse roteiro dentro da Romênia, já que eu vinha da Alemanha, passando pela Áustria e Iugoslávia e retornando para a Suíça. Estouraria em muito o meu período de férias.
Helio (10:03) - participo de fóruns sobre transportes (ferroviário, rodoviário e aquaviário) e vejo muitos "especialistas" em chassis (MBB, VW, Volvo, Scania, etc) e carrocerias (Caio, Marcopolo, Comil, Neobus, Mascarello, etc) e suas infinitas combinações. O que define o tamanho de um ônibus, por exemplo, é o chassis, que pode vir em tamanhos diferentes e a mesma carroceria. Isso vale inclusive para os articulados.
ResponderExcluirA título de curiosidade atualmente o BRT usa articulados com 3 tamanhos. Aproximadamente 19m, 22m e 23m, com suas diferenças de motorização, central ou traseira. Com uma fileira ou duas de pneus na parte traseira.
ExcluirHelio, há menções a Cukurs e Çukurs nos artigos que li.
ResponderExcluirEu vi Cukurs na Wiki. Mas Çukurs é um sobrenome bem comum.
ExcluirAugusto, você tem qualificações para participar mais ativamente no SDR quanto ao assunto transportes. Por que a timidez?
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