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sábado, 25 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (26)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio".

FOTO 1: Lembram desses açucareiros? Foram proibidos em nome da higiene. Lembram de bater na base, não sair açúcar e falar "P***@"? E de repente sair um montão de açúcar e falar "PQP"? E havia os engraçadinhos que desatarraxavam a tampa para um incauto se sujar todo. Ou colocavam sal de frutas dentro do açucareiro...

FOTO 2: Muitos colecionavam essas garrafinhas. Quem se habilita a beber? Drury´s Special Reserve Whisky, Royal Label Fine Whisky, Maclean´s Old Blended Whisky. Tudo engarrafado no Brasil, sem Metanol.

FOTO 3: As carteirinhas dos clubes eram assim no século passado. Na parte à direita era colocado, mensalmente, o recibo de pagamento da mensalidade. O Flamengo tinha um cobrador em domicílio. Esta carteirinha era do saudoso Richaaaaard!


FOTO 4: Azul Real Lavável, a tinta preferida por quase todos. Havia que encher a caneta, dar um pouco para o colega cuja caneta ficou sem tinta, ter cuidado para não vazar no bolso da camisa ou do paletó, usar mata-borrão, etc. Pior para os canhotos que tinham que ter mais cuidado para não borrar o que escreviam.


FOTO 5: Sonho de consumo para alguns, não para mim.


FOTO 6: Se no século passado as flâmulas faziam sucesso, hoje em dia, para boa parte dos adolescentes, o negócio é comprar (caríssimas) camisas de times de futebol, principalmente europeus.


FOTO 7: Este projetor passava uns filmes comprados conforme o gosto do freguês, com umas 16 fotos sobre determinado lugar. Não era um projetor de slides.


FOTO 8: Uma das muitas reformas ortográficas. Registro minha indignação com a abolição, neste século, do trema.


FOTO 9: E em volta do rádio a família se reunia para ouvir as novelas, o noticiário, música e as transmissões esportivas. Às vezes com muito chiado.


FOTO 10: Será que a garotada saberia usar? Como os tempos mudaram. Não sabem o que é esperar linha, que uma ligação para Petrópolis era através da telefonista, nem imaginam que nós sabíamos, de cor, o número de todos os amigos.



26 comentários:

  1. Tive bons compassos, um jogo até era italiano e muito bom, mas Kern nunca tive. Eu sabia milhões de números de cor e até hoje tenho horror de falar ao telefone. O Whats App foi a minha redenção, vale escrita, vale áudio, você sabe se leram, acho o máximo!

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  2. Biscoito, agora já se pode ler e fazer parecer que não no Whatsapp.
    Também ainda sei muitos números antigos de telefone.
    Além de fazer essas brincadeiras com o açucareiro colocar sal nos potinhos de mostarda era outra molecagem.
    Havia vários métodos para passar tinta de uma caneta para outra. Ligação direta ou colocar umas gotas na mesa eram dois deles.
    Ainda tenho um projetor de slides que não é usado há décadas, daqueles que se colocavam uns trinta slides.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    O apetrecho da foto 1 foi figura quase onipresente de parte da minha vida. Até 2002 foi presença nos bares de Madureira e Jacarepaguá. Depois de alugar a loja trouxemos para casa, até que quebrou. Ficou somente a tampa para contar a história.

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  4. Sobre as miniaturas ainda tenho aqui uma de conhaque de alcatrão e uma outra de vinho (essa literalmente deve ter ido para o vinagre). Acho que havia outras, que se perderam ao longo dos anos.

    Minha coleção de miniaturas era as da Coca-Cola, primeiro "em português" e depois "de várias regiões do mundo".

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  5. Sobre as fotos 3, 4 e 5 não posso opinar.

    Meu pai tinha uma flâmula do Benfica que se perdeu em algum momento. As flâmulas da foto são de cursos de medicina. Na minha época usávamos camisas ostentando o nome da especialização. Um homem chegava no campus em um carro com o porta-malas repleto com camisas de vários cursos, de medicina a letras, passando por engenharia e farmácia...

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  6. Sobre o projetor não posso opinar.

    Sobre a reforma ortográfica só peguei a mais recente. Ainda me enrolo com alguns ítens.

    Rádio é um dos eletrodomésticos que mais aparecem nos domicílios não necessariamente ligados.

    Telefone de disco peguei na casa de parentes. Aqui em casa já foi de teclas.

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    1. O bar de Madureira chegou a ter telefone de manivela no começo dos anos 60.

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  7. Levei minha filha há pouco tempo no Museu do Futuro. Ela ficou encantada com os telefones antigos.
    Quando virar adolescente, falará que é coisa de velho. 😁

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  8. O assunto foge à postagem de hoje, mas está causando impacto nas rodas da zona sul. Trata-se da irresponsável decisão do Prefeito Eduardo Paes de permitir a construção de centenas de imóveis de 30 m2 no coração do Leblon, algo que irá ter sérias consequências para a valorização do bairro.

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    1. No ramo da construção civil estão grandes doadores de campanhas eleitorais e ano que vem o prefeito é candidato a governador.
      É dando que se recebe.

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    2. Os senhores feudais estão arrancando sobrancelhas com pinça.

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  9. De garrafinha eu tenho uma sobrevivente de vinho do porto, mas não é muito antiga.
    E um copinho de aperitivo com o escudo do Benfica.
    Lembrancinhas que ganho de parentes que visitam Portugal.
    Cheguei a ver meu pai usando caneta tinteiro e seu mata-borrão sobre a mesa dele no trabalho.

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  10. Tenho um compasso Kern e uma escala triangular da Kent numa pasta 007, que também tem outros apetrechos para desenhar, componentes de um grande conjunto do "fundo do baú".
    Flâmulas, assim como plásticos, daqueles que colávamos em vidros, e chaveiros sumiram no tempo que eu ainda era criança, em alguma mudança ou minha mãe deu sumiço. De coleção só sobrou mesmo a de moedas antigas.
    Desse modelo de projetor eu não lembro nem de ter visto em algum lugar.
    Na foto a edição sobre nova ortografia é de 1974, mas a mudança foi em 1971, não?
    No mesmo ano acabou a divisão escolar em ginásio, científico, etc, passando a ter de 6ª. a 8ª. série e depois o básico e 2º. grau, que décadas depois foram alterados.
    Meu pai um rádio enorme do início da década de 50, onde anos depois ouvia a Rádio Jornal do Brasil e algumas estrangeiras em onda curta, mesmo sem entender nada.
    Minha avó manteve um telefone igual a esse, mas com um disco metálico, por muitos anos e os próprios funcionários da Telerj "cresciam o olho" tentando convencer ela a doar em troca de um moderno. Não sei onde foi parar.

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  11. FOTO 3 ==> meu tio era cobrador do Fluminense. Andava pela cidade com o dinheiro numa mala, sem nenhum perigo. Isso em fins da década de 1940, quando minha família morava quase em frente à sede do Flu.

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  12. FOTO 4 ==> havia também a Azul Real Permanente. Essa quase ninguém usava. As esferográficas mataram as canetas tinteiro, que por sua vez mataram as penas. A caneta tinteiro da hora era a Parker 51. Nunca tive uma. Nem senti falta. Usava uma xing ling cuja origem nem sei qual era. A cor era uma mistureba total, com predominância do preto. Os remediados usavam Compactor.

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  13. FOTO 7 ==> eu me lembro de um dispositivo parecido com um binóculo no qual se colocava um discos de papelão com slides em lados opostos. Com isso, a visão era em 3D. A primeira vez que vi algo parecido ainda era um dispositivo retangular e os slides eram planos, em preto e branco. Era sobre Paris, inclusive sobre o Moulin Rouge com as dançarinas usando aquelas roupas antigas.

    Depois vi alguns já coloridos, nos discos de papelão. Lembro que um era de paisagens do Canadá. Fiquei abismado.

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  14. Ainda FOTO 7 ==> tenho até hoje um projetor de slides, comprado em 1975, com vários magazines com capacidade para 50 slides. Usei-o muito para projetar fotos das minhas viagens, tanto dentro do Brasil como do exterior. Só do exterior tirei cerca de 4500 slides, tendo selecionado uns 3000 para exibição, naturalmente ao longo dos anos, conforme eu voltava das viagens.

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  15. FOTO 8 ==> eu sou tradicionalista e não concordei com as reformas de 1974 e com a mais recente. Para mim, a supressão dos acentos diferenciais foi uma deferência para os ruins de ortografia. O resultado é que hoje há muitas palavras cujo significado você não sabe qual é, se ela não estiver inserida num assunto ou frase. Exemplo: ESTE é o ponto cardeal ou o demonstrativo? ESTRELA é o astro ou uma forma do verbo "estrelar"? ESSE é o nome da letra S ou o demonstrativo?

    Idem a supressão do trema, que existe em outros idiomas com a mesma finalidade anteriormente existente em português, ou seja, para forçar a pronúncia de uma letra, no caso nosso o U. Em francês e em grego, força a pronúncia do I. Veja o caso do Citroën: se não fosse o trema, seria pronunciado Citroan.

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  16. FOTO 9 ==> durante minha infância, o que não faltava lá em casa eram rádios, todos eles montados por meu tio. Eu gostava de escutar as transmissões de ondas curtas, à noite. Figurinhas fáceis eram "A Voz da América" e a transmissão da Rádio Havana. Também escutava músicas, paradas de sucesso e certos programas como "O Anjo" e "O Sombra". Ignorava "Jerônimo, o Herói do Sertão".

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  17. Ainda FOTO 9 ==> sim, também vários programas humorísticos, como "PRK-30", "Balança Mas Não Cai" e outros. Lembro do personagem Burraldo, de um desses programas. Naturalmente, Primo Rico e Primo Pobre eram imperdíveis.

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  18. FOTO 10 ==> nosso primeiro telefone era um desse modelo, porém aquele de dependurar na parede. Muito feio. O número era 58-8514. Minha tia recebeu um igual ao da foto. Morava no Andaraí. Fone 38-6969. Quando ligávamos para Angra dos Reis, a fim de reservar o hotelzinho muquirana onde nos hospedávamos, o número de lá era Angra dos Reis 17. O telefone deles era a magneto (manivela), sem números no dial porque não funcionava discando. O tempo de espera costumava ser de 3 horas. Quando atendiam, minha mãe berrava daqui e eles berravam de lá, senão não dava para entender o que falavam por causa do som baixo e do ruído na linha.

    Já uma tia-avó tinha aquele modelo de madeira, com um bocal para se falar. Não lembro se tinha dial ou se era a magneto.

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  19. Ainda FOTO 10 ==> lembro de vários números de telefone: 58-8514, posteriormente 258-8514 e depois 201-1718, quando mudamos para o Engenho Novo; 261-6754, quando casei pela primeira vez; 350-9589, minha primeira sogra (gente muito boa), número da CETEL; 261-0013, minha atual esposa, quando era adolescente/adulta e morava em frente a mim; 2578-7777, nosso primeiro telefone, no ano 2000, que criava caso porque o do Shopping Iguatemi é 2577-8777 e volta e meia caía ligação de lá na nossa casa; 2261-1739, quando me mudei aqui para esta casa, em 2006; 2571-7471, da minha mãe na Tijuca, ano de 1998. Chega por hoje.

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  20. Hoje em dia, com a facilidade de armazenar números na memória do aparelho, só sei de cor o fixo da minha atual sogra (também gente fina) e o celular da minha esposa, além do meu, é claro. Tenho uma segunda linha de celular, desativada no momento, cujo número nunca consegui guardar de cabeça.

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  21. Boa tarde a todos!

    Tenho, tive ou usei:

    1) Usei açucareiro, no boteco próximo onde eu trabalhava, anos 80.

    2) Tenho miniaturas das garrafinhas, com certeza, na casa da minha mãe, em alguma estante.

    3) Tive carteirinha do Clube, do colégio, de cursos e afins.

    6) Tenho Flâmulas do Benfica, pertenciam ao meu pai, uma que guardo com carinho é a que ele usava no retrovisor do Fusca dele.

    9) Tive um rádio muito antigo, de madeira, ótimo companheiro da minha infância quando ouvia ondas curtas e A Voz da América, sozinho, no terraço da casa dos meus pais.

    10) Tivemos um telefone de disco, cinza, 391-8993, depois foi acrescentado um 3 na frente, anos depois foi alterado para 2482-8993. Na empresa eu sabia os números de mais de 50 empresas, todos de cabeça. Hoje, de sopetão, só o meu. Alguns tenho que pensar um pouco e outros me confundo sempre. Culpa total do celular que nos deixa sem praticar a memória.


    Os demais ouvi falar, menos o projetor que desconhecia por completo.

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  22. Mantenho escrito no verso de um cartão de visita os números de celulares das pessoas mais próximas. Carrego sempre na carteira de documentos. Se o celular "sair do ar", ou eu mesmo, é possível usar esse "back up" analógico.
    Atualmente até cartão de visitas está indo para fundo do baú.
    Mas o preocupante é depender de empresas como a tal AWS do apagão da semana.

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  23. FOTO 5 >>> Meu pai tinha um jogo de compassos parecido com o da foto, um estojo um pouco menor. Não lembro do fabricante, mas o nome da antiga Tchecoslováquia na linguagem local aparecia no estojo.

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