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domingo, 26 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (27)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". 

Neste domingo o "Saudades do Rio" sugere alguns programas:


PROGRAMA 1: Para os católicos começar o dia assistindo uma missa na Igreja de São Pedro, no Centro. E aproveitar para admirar o seu interior decorado por Mestre Valentim.


PROGRAMA 2: Um chá no final da tarde no terraço do Hotel Central, na Praia do Flamengo, entre as ruas Machado de Assis e Paissandu, é um programa tranquilo.


PROGRAMA 3: Levar as crianças para montar nos cavalos de aluguel da Praça do Lido, tendo o cuidado de não atrapalhar a caminhada do Conde di Lido.


PROGRAMA 4: Este é só para quem estiver hospedado no Hotel Novo Mundo. Um banho de mar na lotadíssima Praia do Flamengo.


PROGRAMA 5: Para quem não conhece, vale pegar um bondinho e passear por Santa Teresa. 


PROGRAMA 6: Passar o domingo em Paquetá também é um ótimo programa. Lá, alugue uma bicicleta para dar uma volta por toda a ilha, faça um passeio de charrete e alugue um barco a remo na Praia José Bonifácio. No restaurante Netuno há cabines para trocar de roupa.


PROGRAMA 7: Suba a Estrada da Canoa e faça um voo duplo de asa delta, saindo da rampa da Pedra Bonita. Dá um frio na barriga, mas vale a pena.


PROGRAMA 8: De manhã estacione o carro junto da Feira Hippie, na Praça General Osório, depois vá até a praia. Compre para as crianças um desses bichinhos de plástico e mergulhe no mar. A saideira pode ser no Bar Castelinho.


PROGRAMA 9: Outra opção é assistir a missa da igreja de São Judas Tadeu e pegar o trem para o Corcovado do outro lado da Rua Cosme Velho. E preste atenção à "Curva do Oh!".


PROGRAMA 10: Para encerrar o domingo nada como uma ida ao Canecão assistir ao "show" da Elizeth Cardoso, dirigido pela Bibi Ferreira. Preste atenção de como ela canta "Quem há de dizer?", de Lupicinio Rodrigues, com acompanhamento do conjunto de Altamiro Carrilho. É emocionante.

20 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Com a temperatura prometendo 37°C e umidade abaixo de 20% eu vou declinar das sugestões. Não esqueça da hidratação quem for fazer algum desses programas.

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  2. Era um Rio de Janeiro muito melhor de se viver, calmo, tranquilo e sem esses assaltantes em suas motos a cada esquina aterrorizando suas vítimas por toda a cidade, não importa o lugar e a hora. Isso só teria uma solução, que funciona muitíssimo bem em alguns países como Irã e Arábia Saudita, mas que jamais seria provada pelo Congresso Nacional: roubou celular? corta a mão. Citei apenas o roubo de celular porque este é o delito mais comum atualmente. O boneco nunca mais vai conseguir pilotar uma moto e será reconhecido pela sociedade como um ladrão. Ladrão a pé, praticamente acabou.

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  3. Vendo a foto do Programa 4, é difícil acreditar que tem comentarista aqui que se manifestou ser contra a obra do Aterro do Flamengo. Surreal.

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  4. Nunca andei no bondinho de Santa Teresa. Ir num dia de semana é minimamente seguro? Sei que no Rio nenhum lugar é muito seguro.
    Me recomendaram juntar uma grana e ir almoçar no Aprazível.
    Asa-delta me atrai mas confesso não ter coragem.
    O final do dia no terraço do hotel Central devia ser lindo.

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  5. O bonde do programa 5 é daqueles de carga e parece encostado, já se acabando.
    Fui levado pelos meus pais algumas vezes à missa na Igreja de São Judas Tadeu e uma vez subimos até o Corcovado no trenzinho.
    Estacionar carro virou missão quase impossível até em cidades do interior, as vagas estão disputadíssimas e quando tem estacionamento rotativo essa rotatividade deveria ser colocada entre aspas nas placas.

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  6. FOTO 1 ==> igreja de São Pedro dos Clérigos, demolida quando da construção da avenida Presidente Vargas. Em Mariana (MG) existe uma igreja com este mesmo nome. Quando estive lá pela última vez, em julho de 2005, ela estava fechada porque seu estado de conservação era precário. Fica no topo de uma ladeira, da qual se tem uma bela vista da cidade. Não é das mais bonitas: é de um estilo diferente do colonial tradicional, a cor da fachada é marrom.

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  7. FOTO 2 ==> realmente devia ser um bonito programa, reservado para turistas. Bela vista. Parece que ainda não existia o bairro da Urca na época.

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  8. FOTO 3 ==> paisagem idílica. Jardins bem conservados. Quanto a cavalos, nunca montei em um nem pretendo. Um tio-avô meu, falecido ainda jovem, um dia montou num cavalo a pelo, lá no lugarejo de Passagem de Mariana (fica entre Mariana e Ouro Preto), onde a família de minha avó materna morava. O cavalo divisou uma cobra e disparou. Ele tentava se segurar em cima do lombo do cavalo, que foi em desabalada carreira para a rua principal do lugarejo, na época ainda de terra. Aí ele não aguentou mais e caiu do cavalo. Meu bisavô foi avisado. Não conversou: saiu de casa com o cinturão na mão, foi até onde o filho estava caído no chão, machucado, e levou-o à base de pancadas de cinturão até em casa. Cheio de escoriações e hematomas, haja sanguessugas para dar jeito na coisa.

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  9. FOTO 4 ==> lembro de ter ido uma única vez à Praia do Flamengo do jeito que ela ainda era como na foto. Faixa estreitíssima de areia, muita gente. À praia da Urca também só fui uma única vez. Já era poluída na época, mas as pessoas não se importavam muito com isso.

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  10. FOTO 5 ==> horrível bonde de fabricação belga. Parece que o da foto ou era cargueiro ou taioba.

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  11. FOTO 6 ==> acho que só fui umas ou quatro vezes a Paquetá: duas ainda criança/adolescente, uma casado pela primeira vez, outra casado pela segunda vez. Lembro que numa das vezes, adolescente, na volta o tempo fechou, a barca começou a jogar, quando chegamos na Praça XV havia dificuldade de desembarcar. Marinheiros davam a mão para mulheres e crianças pularem da barca para o pier, pois ela subia e descia nas águas.

    Nessa vez, um grupo de jovens cantava deturpada a letra de uma música de sucesso na época. Cantavam assim: "Iaiá, cadê o vaso / O vaso em que eu plantei a flor? / Eu vou lhe contar um caso / Eu caguei no vaso e mijei na flor."

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  12. FOTO 7 ==> fui uma ou duas vezes à Pedra Bonita para ver os malucos pulares de asa delta. Numa dessas vezes um deles não conseguiu decolar e caiu na mata logo abaixo. O pessoal começou a chamá-lo por nome e ele respondeu. Acho que não se machucou. Uma das minhas enteadas pulou de asa delta, agarrada a um dos malucos. Gostou da aventura. O pai de uma amiga levou ambas e ambas fizeram essa loucura.

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  13. FOTO 8 ==> não me lembro bem dessas pipas na beira da praia. Aliás, eu nunca soube soltar pipa.

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  14. FOTO 9 ==> ao que me lembro, só subi uma vez de bondinho até o Corcovado. Mas acho que era o modelo antigo e não esse da foto.

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  15. FOTO 10 ==> tô fora. Nunca fui a essas casas de show e não pretendo ir. Ainda mais para ver cantores brasileiros, sejam quais forem.

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  16. A lembrança que tenho desse lugar onde ficava o Canecão vem do ano de 1964. Acho que na época ainda não estava instalado o Canecão ali. Era uma associação de funcionários públicos, se não me engano. Não havia ainda o Rio Sul e sim um grupo de casas bem antigas, parece que eram repúblicas de estudantes. Essa ruela dava acesso à rua Lauro Müller, na época ainda de terra e sem saída. Só havia três prédios na rua: o 16, o 26 e o 66. O 46 estava em construção, ainda nos primeiros andares. Foi lá que, em circunstâncias totalmente desfavoráveis, reencontrei por incrível coincidência meu amor de adolescente do Pedro II, ela vindo do Colégio Brasil, na rua São Clemente, e eu dentro de uma vala onde estavam sendo assentados tubos de águas pluviais.

    O resto é história.

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  17. Para quem diz que tenho boa memória, e já disse que isso se deve ao fato de acontecimentos importantes ficarem gravados a fogo na nossa cachola, digo que o tal fato constrangedor aconteceu numa quarta-feira logo após a hora do almoço, dia 9 de setembro de 1964.

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  18. Os shows de MPB no Canecão eram extraordinários. Assisti o Chico, Betania, Simonal, Clara Nunes, entre outros.
    Fui várias vezes ao Corcovado, de carro , trenzinho e a pé.
    Sou cliente de um médico que tem consultório no 66 da praia do Flamengo, mais ou menos a vista que se tinha do hotel Central. É deslumbrante.
    Santa Teresa só fui de carro. A última faz tempo. Fui na Adega do Pimenta.

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  19. A foto 5 é "no mínimo" de 1963 e mostra um "taioba" da linha Muratori, desativada em Janeiro de 1966, reformada e reativada por pouco tempo em 1998, e novamente reativada em 2024, apesar de funcionar de forma incerta.

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  20. A memória do Helio é fantástica.
    Há em seus olhos o brilho sereno do tempo,
    e em sua mente, um jardim de lembranças que nunca murcham.
    Cada história que conta tem perfume de eternidade, cada palavra é um fio que costura o passado ao presente.
    Ele recorda com a leveza de quem viveu intensamente, como se o ontem ainda morasse dentro dele — vivo, inteiro, pulsante.
    Sua memória é um baú de estrelas, onde cada lembrança cintila, iluminando o agora.
    Enquanto muitos se perdem nas névoas do esquecimento, ele guarda com ternura o que o tempo tentou levar.
    E quando fala, o mundo silencia e todos aprendemos com seus ensinamentos, voltamos no tempo e chegamos até a viver cada situação descrita.
    Realmente somos uns privilegiados por desfrutar de todas essas lembranças.

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