Hoje temos mais uma foto do
acervo do Francisco Patricio. Estamos na esquina de Av. N.S. de Copacabana com
Rua Constante Ramos. O fotógrafo está na calçada em frente ao nº 840, na
esquina à direita, onde desde tempos imemoriais funciona a loja "Ao Bicho
da Seda".
Na outra esquina, também à
direita, a famosíssima Ducal, inaugurada em 1950 e que fechou sua última loja
em 1986. Lembram do anúncio da Ducal?
"Só a Ducal tem roupa com duas calças. Uma calça para usar com o terno e
outra para uso esporte. Em nycron ou tergal a roupa com duas calças da Ducal é
mais elegante econômica, mais versátil e, pelo crédito profissional, basta
trabalhar para comprar na Ducal, Ducal, Ducal".
Na esquina na diagonal do
fotógrafo funcionou uma loja da Sapataria Polar, depois que saiu da esquina da
Dias da Rocha. Nesta calçada da N.S. de Copacabana, uma agência da Caixa
Econômica (onde era a loja de roupas Segadaes), o edifício IKE e na outra
esquina, já com Barão de Ipanema, a escola Cócio Barcelos, famosa por seu
ensino público de qualidade. Ficava em frente à Confeitaria Colombo e à Celeste
Modas.
A Rua Constante Ramos começa na
praia onde teve seus anos de glória o Edifício Guarujá, que tantas vezes já
apareceu no "Saudades do Rio". O Andre Decourt já contou também a
história da Casa Beatrice na Constante Ramos, comandada pela austríaca Dona
Anna Hausegger (Leitner de solteira), que por muitos anos forneceu, para os
bisavós dele, frios, pães integrais, mel, carnes para datas festivas como peru
no Natal e rosbife e lombinho no Ano
Novo, bem como saladas, salsichões etc…
A rua era fartamente arborizada
com algodoeiros de praia ou patas de vaca, retirados dos dois lados nos anos 60
para a criação de parqueamento a 90 graus dos dois lados da via. Às
quartas-feiras, perto do cruzamento com a Domingos Ferreira, havia uma feira.
As calçadas não eram de pedras portuguesas mas sim de placas de cimento.
Havia entre a Av. N.S. de
Copacabana e Domingos Ferreira bons restaurantes nos anos 60, como o "À La
Cloche D´Or", no nº 22-A, telefone 57-9394, ou o "Al Buon
Gustaio", do outro lado da rua, no nº 35-A, telefone 37-0419.
Já no trecho entre Copacabana e
Barata Ribeiro moravam o Dr. Stael Filho, um dos grandes obstetras cariocas da
metade do século XX. E o Jaime "Pafúncio", técnico e dono do
Maravilha, um dos bons times de futebol de praia da época, que tinha seu campo
ao lado do campo do Dínamo do Tião, em frente ao Edifício Guarujá.
Na esquina da Barata Ribeiro
havia a famosa Farmácia Piauí. Na quadra entre a Barata Ribeiro e a Pompeu
Loureiro, havia o "Sambão e Sinhá", do Ivon Cury no lado par e, no
lado ímpar, já no início dos anos 80, o "Enotria", do Danio Braga.
A rua terminava junto ao morro,
onde se localizava a Maternidade Arnaldo de Morais, hoje Hospital São Lucas.
PS: se o Decourt passar por aqui
poderá falar sobre a luminária que me parece uma Thompson, tão querida dele.
Uma verdadeira aula! Acho que o Dr D está gostando muito desse novo endereço, seus textos estão melhores do que nunca.
ResponderExcluirBom Dia! Fora os prédios, acho que desta foto apenas o triciclo que vende bucho e fígado de boi permanece. Hoje toda esta fiação estaria ou está ocupada pelos pombos.
ResponderExcluirPouco a pouco, com a memória de todos, vamos reconstruindo como era a Copacabana da minha infância. Tudo está servindo para um projeto que , se algum dia ficar pronto, será oferecido a todos vocês. Sobre as vizinhanças da Constante nem falamos do Rian ou da Caravelle. Do bar e do aviário na esquina da Barata Ribeiro. Ou da loja de bolsas do "seu" Emílio, onde trabalhava o Alfredinho, meu amigo ponta-esquerda do juvenil do Flamengo (chegou a jogar no time de cima e fez um gol no Manga). Ou que o Jaime "Pafuncio" era porteiro de um prédio em frente à Rua Leopoldo Miguel. E que durante certo tempo existiu uma Casa da Borracha ao lado da Ducal, na Constante.
ResponderExcluirBom dia. Foto dos anos 70 com certeza. O movimento de pedestres sempre foi muito grande na N.Sª de Copacabana. Evidencia-se na foto a quantidade de grandes prédios, e mais de 90% deles sem vaga de garagem. Nos anos 60 a coisa já era complicada. Minha mãe e minha tia frequentavam um "pai de santo" que morava na N.Sª de Copacabana quase na praça Serzedelo Correa, no prédio onde havia a loja da Kopenhagen, hoje loja da Claro e para estacionar era um problema. A casa da costureira que as atendia ficava em um prédio antigo na esquina com Rua Bolívar e era um "África" para poder estacionar, isso no ano de 1965!Era quase impossível estacionar em Copacabana já nessa época. Atualmente existem estacionamentos em Copacabana a preços extorsivos. Há três formas de enriquecer rapidamente: Abrir um estacionamento, ser dono de um cartório, ou ser dono ou pastor de uma igreja evangélica...
ResponderExcluirEste projeto do Luiz D´ promete ser interessante. Lembro de uma propaganda do Pelé para a Ducal sobre um terno tipo jaquetão com seis botões da Confecção Sparta.
ResponderExcluirA Ducal era uma loja muito popular para meu gosto.Ternos grosseiros dignos de barnabés e contínuos.Quase uma Impecável.
ResponderExcluirA tão comentada loja Windsor ficava na Copacabana 861, mesmo endereço do citado edifício IKE. Por uma fortuna a Caixa Econômica comprou o local e a Windsor se mudou para a esquina de Copacabana com Almirante Gonçalves, em 1976. Na Windsor vendiam-se calças jeans e camisetas Tee Waikiki, seja lá o que for isto. Havia nesta Windsor os seguintes departamentos: masculino, boutique, menina-moça, junior e bebê. Aí perto também havia outras lojas como a Hermínia no 776, a Étoile no 960, a Agacê (do Hugo Castro) no 921.
ResponderExcluirTia Nalu não tem "Pai de Santo" mas sabe tudo dos búzios!
ResponderExcluirO comentário do Joel me lembrou um texto de reclame da desaparecida PRK-30, como Lauro Borges e Castro Barbosa: "Se sua "ásia" é uma "áfrica" sal de frutas FENO. T-Y-S-J, FENO!" Na Pr. Sara Kubischek ainda tem uma rezadeira famosa, a Maria Pia.
ResponderExcluirVc sabe quais os dias de atendimento da Maria Pia? Eu cheguei a ir duas vezes mas não me lembro os dias.
ExcluirSegunda quarta e quinta
Excluir(correção)...com Lauro Borges e Castro Barbosa...
ResponderExcluirApesar de ter estudado em colégio católico, sempre fui um espírita convicto e nunca escondi isso. Mas um número incalculável de brasileiros não admite, mas frequenta "terreiro", toma "banho de abô", faz "bori", e mais inúmeras práticas inerentes à cultos africanos. Basta ver a quantidade de casas de "macumba" existentes. A situação é semelhante àquela do empresário, do político, do homem "respeitável", que "nas horas vagas" é visto na Quinta da Boa Vista, na Augusto Severo, ou na "Parada gay"...
ResponderExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirVendo o Guarda de Trânsito que nessa época era realizado pela PM da Guanabara ou já do Rio de Janeiro, e que chegou até os anos 80 me veio a cabeça da lembrança deste Uniforme.
Quepe branco com aba preta e mais o distintivo, camisa azul claro como a da Força Aérea com o distintivo no lado esquerdo, cartucheira branca tendo ao coldre calibre 38, calça preta com lista azul marinho nas laterais e na barra da calça elástico, coturno preto com meias pretas nos pés.
Eu me lembro de um jingle da Ducal que dizia assim: "Ducal sem igual!"
Falaram do Pelé mas não lembro. Lembrava do Jô Soares fazendo propaganda da DUCAL.
O brasileiro é multi religioso. Quanto ao Pelé e a Ducal, já que o especialista continua exilado na estranha cidade do leste, vide o seguinte reclame: http://www.propagandashistoricas.com.br/2015/12/moda-pele-ducal-1972.html
ResponderExcluirBoa tarde a todos. E mais um belo texto de memórias de Copacabana, mesmo não sendo da minha jurisdição, gosto muito das lembranças relatadas pelos comentaristas. Acho que conheço este Pai de Santo que mora perto da praça Serzedelo Correia.
ResponderExcluirLino Coelho, esse pai de santo morreu no início dos anos 80. Mas é possível que esteja "incorporando" em alguém em Copacabana..
ExcluirDe que ano seria a Rural?
ResponderExcluirBoa tarde ! Ducal, o primeiro nome em roupas !
ResponderExcluirFaleceu ontem em São Paulo a atriz Vida Alves responsável pelo primeiro beijo da televisão brasileira.
ResponderExcluirPeralta, ó implicante, búzio é uma espécie de conchinha...
ResponderExcluirAdorei a viagem no tempo (Dr Papanatas?) e até me vi passeando com os meus bebês por ali. Dois nasceram na Arnaldo de Morais. Lembrei do GOG (era chamado assim). ** Quanto ao restaurante Il Buon Gustaio, era um dos preferidos do papai.
ResponderExcluirFF: A cambada "evanjegue" começou a mostrar "serviço": http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-01-04/marcelo-crivella-muda-logomarca-da-prefeitura-do-rio.html
ResponderExcluirSão todos farinha do mesmo saco!Tiraram a Dilma mas esses comunistas são todos iguais e o Crivella não foge à regra vai colocar a guarda municipal nos moldes do MST e nomeou para comandá-la um antigo militar da época da ditadura.Um absurdo.O Brasil não muda.
ResponderExcluirBoa noite a todos.
ResponderExcluirLembro da Ducal de Madureira, mas não lembro se cheguei a usar alguma coisa de lá.
Tinha um vizinho com uma Rural lá perto de casa. Ela chegou a aparecer em algumas fotos de família...
Eu citei a Caravelle na outra postagem sobre Copacabana...assim como a Agacê e a Hermínia Modas. Essa colcha de retalhos copacabanense está ficando assaz interessante!! O que lembrei depois foi a loja Helio Barki, não era por alí também? E a Khalil M. Gebara?
ResponderExcluirLmebro de um infame trocadilho da época: "Casas Garçon, só vende o que é bom, Casas Ducal, só vende o que é mau..."Algué lembra disso?
Senta, levanta, senta-levanta, pōe o paletó, tira o paletó
ExcluirTergal, o tecido que não amassa
Quando adolescente, tipo 1970, minha mãe me levava para comprar roupas na Segadaes Júnior, pertinho da Escola Cócio Barcellos.
ResponderExcluirTeste
ResponderExcluirExcelente conteúdo. Obrigado!
ResponderExcluirHe he he... e eu me lembro que o número da "Casa Beatrice" era 56-8439! Obrigado por ter corrigido também aqui a informacao sobre Dona Anna!
ResponderExcluirE uma pequena correcao: a filial da Polar na esquina da Constante Ramos funcionou paralelamente à da Dias da Rocha... Alguém se lembra do "O Pavilhao" (onde se comprava "Japonas"), da lanchonete "A Brasiliana" (ao lado do "Gaio Marti") e da loja "Helio Barki"? Isso sem contar os vários cinemas que tinhamos - só neste quarteirao existiao o "Copacabana", o "Art-Palácio" e o "Metro Copacabana"! Que tempos!
ResponderExcluirE na Constante Ramos em frente à rua Leopoldo Miguez se encontrava o "Instituto Sao Paulo Apóstolo" (ISPA), um dos melhores colégios particulares de Copacabana nos anos 60 e 70...
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