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quinta-feira, 15 de junho de 2017

CONGRESSO EUCARÍSTICO






Conforme nos conta Carlos Reis, em Brasil Revista, o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional, que se realizou nesta mui leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, de 17 a 24 de julho de 1955, foi a maior, a mais imponente das assembléias desse gênero, já efetuadas em todo o orbe católico.

A Prefeitura Municipal desta cidade, tomando de ombros um notável empreendimento, conseguiu construir, com desmontes do Morro de Santo Antonio, a magnífica esplanada, onde teve lugar o grande certame. Duvidou-se, de começo, que se pudesse fazer área, tão espaçosa, em tão curto tempo. Mas Deus, decerto, ouviu as preces dos que se interessavam pelo local. Levantou-se, no fundo, na parte que toca a orla do mar, o Altar-Monumento, que se protegeu por uma enorme bandeira pontifícia. Neste Altar, ardeu, por sete dias, um círio monumental. Para acomodação dos fiéis, fizeram-se bancos cuja extensão daria uma fila de 96 quilômetros de comprimento.

No dia 17 de julho, realizou-se a procissão soleníssima da imagem de N. S. Aparecida, a padroeira do Brasil, procissão esta que, partindo da gare da Estrada de Ferro Central do Brasil, se destinou à praça do Congresso. Este cortejo arrastou perto de um milhão de pessoas.

O céu era riscado pelos refletores da Marinha de Guerra, projetando-se no escuro da abóbada celeste as cores do arco-íris. A procissão marítima de transladação do S.S. Sacramento, de Niterói para o Rio, esteve deslumbrante. O ostensório foi conduzido a bordo do caça-submarino "Grajaú". Em 24 de julho encerraram-se os trabalhos do Congresso.

21 comentários:

  1. O nome Aterro da Glória foi muito bem batizado. Lembro de minhas tias-avós falando do Congresso, em julho de 55 eu tinha 5 anos; deve ter sido mesmo marcante. A segunda foto, com a Calógeras e a México de cara para o areial é encantadora. A primeira também, com o Monroe e a Praça Paris, qualquer francês ficaria boquiaberto...

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  2. Naquele Rio de Janeiro bastante católico dos anos 50 este evento foi um sucesso. Lembro daquelas placas de metal afixadas em inúmeras casas com as insígnias do Papa. Lá em casa os mais velhos foram todos às cerimônias e tenho uma vaga lembrança do mundo de gente na única vez em que me levaram.

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  3. Também eu um garoto na época ouvia minha mãe e avó falarem desse grande evento também como o Plinio lembro dessas placas.
    Foi um marco só comparável a vinda do Papa João Paulo II.

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  4. Muito boa a sequencia de fotos. A terra utilizada no aterro se deve ao desmonte do morro do Santo Antônio e mostra a enorme faixa de terra resultante do aterro. O futuro Aterro do Flamengo completaria anos depois o novo contorno dessa orla da cidade. Quanto ao "Congresso Eucarístico" de 1955, eu não vejo a mínima possibilidade de ocorrer evento semelhante com tamanha mobilização nos dias atuais. As razões são muitas, mas as principal são a franca decadência da igreja católica e a ascensão vertiginosa das igrejas evangélicas. Se for realizada uma "cruzada ou jornada evangélica" nessa região, a quantidade de ovinos{fiéis}presentes passaria dos Três Milhões...

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  5. Bom dia a todos. As fotos de fase do aterramento são espetaculares, dá a verdadeira dimensão do gigantesco trabalho realizado. Quanto ao Congresso Eucarístico foi talvez o maior evento religioso já realizado no País, talvez só superado pela missa realizada pelo Papa João Paulo II neste mesmo local. O Aterro da Glória ou do Flamengo, como hoje é chamado, foi sem sombra de dúvida a maior e melhor obra realizada no RJ, não só urbanisticamente como para a utilização do local pela população, se bem que poderia ser melhor explorada turisticamente. Bem, mais aí é querer exigir demais das nossas autoridades.

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  6. Bom dia a todos.

    Haja aterro!!!

    O Brasil sempre foi reconhecido como país católico, mesmo recentemente ameaçado pelas igrejas neopentecostais. A prova foi a JMJ, em 2013.

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  7. Bom Dia ! Lembro das placas que o Plínio falou. Por aqui muitas casas as tiveram,mas ao passarem para os herdeiros, viraram prédios.Das poucas que ainda estão "vivas"não lembro de nenhuma que a tenha. Conheço um colecionador que tem a flamula do referido congresso.

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  8. Bom dia a todos.
    Confesso de que os eventos religiosos podem ser bonitos ou não, dependendo do que se faça. Mas o interessante em ressaltar não é em aparência e sim nos interesses escusos que geralmente isso tem.
    Seja ontem com os católicos, ou hoje com os evangélicos, sempre há por trás disso ações um tanto quanto interesseiras.
    Sábado estive em uma festa junina dentro de um templo católico.
    Se me lembro bem, a Santa Igreja condena, com exceção do vinho, bebidas alcoólicas. E não é que nas barraquinhas dentro da igreja vendia-se cerveja?
    Outra coisa. Vejo muitas igrejas mais do que centenárias na região do centro completamente abandonadas, como a Igreja dos Pretos na Rua Uruguaiana. Outra é a Lampadoza na Avenida Passos. Por que será que a toda poderosa Arquidiocese do Rio de Janeiro ou então o Vaticano não se preocupa com esses patrimônios religiosos-históricos?
    Fica a dúvida.
    Na primeira foto, vê-se o Palácio do Monroe.

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  9. O Plínio "surrupiou" o comentário que eu faria sobre as placas. Pelo menos no subúrbio do Rio daqueles tempos elas pareciam estar em todas as casas. Curioso é que agora, refletindo sobre isso, concluo que além de um ou outro vizinho judeu não me lembro de ninguém professando, ou pelo menos comentando, sobre outra religião. Era de fato um Brasil predominantemente católico. E macumbeiro nunca faltou.

    Depois que me mudei para essa região soube que muitos religiosos de outros estados, e até estrangeiros, se hospedaram nas residências próximas do Congresso. Ali mesmo, na Av. Calógeras, já com a presença do edf. Geni (nº18), duas freiras americanas ficaram na casa daquela que seria a minha primeira namorada no Castelo. Pena a foto não se estender para a esquerda para observarmos os barracões que serviram para guardar material durante as obras e abrigar a administração da construção. Um deles foi mantido e transformado em restaurante do SAPS, com o nome de restaurante dos Estudantes, ou do Calabouço. Nesse mesmo ano, 1955, a UNE elegeu a Miss Calabouço. E falando nisso, no alto da segunda foto aparece a pequena enseada onde foram instaladas as rampas para a saída dos barcos dos clubes de regatas, perdidas as antigas devido ao aterramento do trecho.

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  10. Ordenando espacialmente as ideias.Antepassados dos predios do Clube da Aeronautica (o redondo), e da ABL.O predinho que ainda resta na Rua Santa Luzia, o que seria o predio da Vale na Graça Aranha, hoje em reformas ou desativado. Muita coisa mudou em pouco tempo.

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  11. Em 1955 morava em um bairro de Vila Velha na Grande Vix e o local era como se fosse uma pequena fazenda,com o bonde servindo de transporte.Estava em preparação para a primeira comunhão e entrada no primário e me recordo do Hino do Congresso,'Do ceu brotou a chuva' ou coisa similar,que ouvia na igreja e no rádio e gostava muito.Vi muitas fotos do evento na revista Cruzeiro.Outros tempos...As duas fotos de cimaa são espetaculares.*****O jogo com a Macaca deu uma sobrevida ao Zé Ricardo.Não vi muita coisa diferente,mas pelo menos demonstrou um pouco mais de vontade.E chegaram mais dois reforços.Quero ver administrar o ego destes caras sem boas vitórias e uma posição de acordo com o investimento...Em tempo:incrivel,inacreditável,espetacular a presença de Negueba na Ponte Preta.A Nalu delirou.....

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  12. Peralta, o implicante15 de junho de 2017 às 11:57

    Tia Nalu só vai a congresso que tenha muita estrela.E bandeira vermelha!

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  13. Não concordo, Joel Almeida. Tivemos a Jornada Mundial da Juventude em 2013, com um mobilização várias vezes superior ao Congresso Eucarístico.

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    1. Naquele tempo não havia internet, as distâncias "eram maiores", e a população era infinitamente menor. Em 1955 o D.Federal possuía cerca de 2.000.000 habitantes, em 2013 possuía mais de 6.000.000. Em 1970 o Brasil possuía cerca de 90.000.000 e em 2013, 207.000.000. Em números relativos, ficaria "pau a pau"...

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  14. Terminei o registro sem perguntar: Para onde foi toda a madeira dos bancos?

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  15. Um grande perigo se avizinha com com a recém promulgada lei que estabelece o "Estatuto do estrangeiro". Radicais islâmicos estão vindo para o Brasil devido à essa lei absurda que concede mais direitos ao estrangeiro, inclusive assistência médica gratuita e direito à cidadania. Com isso e em troca de tais vantagens, irão trazer a intolerância religiosa e os atentados terroristas, algo quase inédito no Brasil. Aguardem.

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    1. Joel. Francamente?
      Com o povo que temos nem é preciso importar isso. Aliás, os islâmicos vem para cá fazer curso conosco.
      Como destruir uma cidade sem usar explosivos e sem se matar.

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    2. Joel,ja ouvi algumas referências ao fato.Só não sei se procedem.

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    3. Recebi um vídeo apocalíptico ao extremo que dizia que daqui a pouco chegarão ao Brasil 13 navios com mais de 1 milhão de muçulmanos. Fiz uma conta de padaria dividindo o número citado pelos 13 navios e deu mais de 100 mil por navio...
      Acho que vai afundar lá no porto de partida.

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  16. Joel, Acho que eles já estão fazendo das suas por aqui. Uma conhecida afirma que estando a passeio em Foz do Iguaçu, um cidadão que pela vestimenta ela presume não seja Brasileiro, ao cruzar com ela,pronunciou palavras em língua estranha, e virando-se aplicou-lhe uma chicotada nas costas.

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  17. Xará, isso eu chamo mais que um espanto!!!
    Não houve reação?

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