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quinta-feira, 8 de junho de 2017

ESCOLA PÚBLICA



Esta primeira fotografia circulou semana passada no Facebook como grande novidade. Entretanto já havia sido publicada no "Saudades do Rio" em 05/09/2006.
 
Vemos uma menina com o antigo uniforme da Escola Pública na Avenida Atlântica. Chamam a atenção, também, seu iô-iô e a pasta (talvez comprada na Casa Mattos) com livros, cadernos, estojo e, provavelmente, um pão com goiabada para o lanche.  O Fusquinha ajuda a datar a foto.
 
Muitos de nossos comentaristas usaram este uniforme, os meninos certamente com um sapato Vulcabrás. A menina da foto certamente era aluna de uma das escolas de Copacabana, como a Escola Cícero Penna, na própria Avenida Atlântica, ou a Escola Cócio Barcelos, na N.S. de Copacabana.
 
Era um tempo em que as escolas públicas tinham um nível muito bom.
 
Quanto à obrigatoriedade do uso de uniformes a discussão é grande. Há os que os defendem porque igualam todo mundo, pois há alunos oriundos de todas as classes sociais. E evitavam o desfile de modas, muitas vezes incentivados pelas mães, que usam seus filhos a bel-prazer. Outros defendem que os uniformes deveriam ser abolidos, pois não permitir às crianças se expressar como quisessem.
 
O antigo uniforme escolar das Escolas Públicas era composto de calça curta azul para os meninos e saia pregueada azul para as meninas. A camisa, para todos, era branca, de tricoline, de mangas curtas, abotoada na frente, com gola/colarinho. O bolso tinha a parte de baixo em bico, tendo bordado em azul, em ponto cheio o símbolo: EP (Escola Pública). No inverno, cardigan azul marinho simples, sem gola. Sapato preto de pulseira no tornozelo para as meninas e social para os meninos.
 
A segunda foto mostra a Escola Cícero Penna, na esquina da Av. Atlântica com Rua República do Peru. Este prédio substituiu a casa original, que era o palacete do Dr. Cícero Penna, doado após a sua morte para a construção de um estabelecimento de ensino.
 
A terceira foto, de Gyorgy Szendrodi, mostra a Escola Cocio Barcelos, à direita atrás do sinal de trânsito, na esquina da Av. N.S. de Copacabana com Rua Barão de Ipanema, em frente à Colombo. Consta também que o imóvel foi doado por seu proprietário, Cocio Barcelos, após a morte de um filho.

26 comentários:

  1. Educação: Tema fascinante e importante mas atualmente no País totalmente degradado principalmente pelo setor publico (estadual municipal e governo)A primeira foto parece-me anos 60,quando todos os colégios públicos ou não usavam uniformes. Acho até os dias de hoje o uniforme importante para a formação dos alunos,complementa a ideia de disciplina. Os educandários públicos eram de grande qualidade. Importantes figuras da nossa sociedade foram educados em escolas públicas, que hoje infelizmente já não são referencias.

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  2. Ótima postagem. A foto da menina é muito boa e nos faz recordar os tempos de primário. Texto reflete bem o momento.Vulcabras não deixa de ser um fundo do baú. ***FF:Como havia alertado aqui,o Ze Ruela e o Mureta estao entregando tudo.So a diretoria não vê que o time não produz e este goleiro é uma mala.Com um plantel milionário dando vexame.Acho que chegou a hora de revisar tudo.Tá feio...

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  3. Bom dia. Sempre estudei em educandários oficiais (municipais, estaduais e federais) e apenas por seis meses fiz curso vestibular privado. Tive a oportunidade de estudar em um tempo quando o ensino era de melhor qualidade, fator importante para formar minha base cultural. Até hoje guardo diletas lembranças de todos os locais e em particular de determinados mestres e pitorescas situações do passado escolar. Do tempo do primário lembro da competição de redação entre as escolas e da iniciativa da caixa escolar, tão importante para os alunos menos favorecidos. Do ginásio ao segundo grau marcaram as competições esportivas, inclusive com a então inédita implantação do aeromodelismo nos colégios, e a participação em movimentos musicais. Frequentando escolas e colégios do subúrbio, ou do Centro, nunca houve qualquer diferença na interação com os colegas, independente das variadas origens ou situações econômicas/financeiras. De certa forma o uniforme nos igualava. Sobre isso dizia-se que houve há muitos anos uma época em que o Instituto de Educação, famoso por seu rigor na formação de professoras(es), teria dispensado a obrigação do uso do uniforme. Isto foi motivo de problemas quando as alunas mais aquinhoadas compareciam às aulas com vestimentas exageradamente luxuosas, em detrimento das colegas mais humildes. O resultado foi a definitiva adoção e padronização da vestimenta escolar.

    Com relação ao lúdico iô-iô, que vai e volta na moda e nas mãos da menina, vale lembrar que a última palavra em passatempo são os chamados "spinners", que têm a pretensão de reduzir o stress dos seus manipuladores.

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  4. Bom dia. A escola pública está presente na lembrança de todos.Estudei no Instituto de Educação e o rigor na apresentação pessoal era a tônica. Com os uniformes comprados no "Haddad" na rua Paraíba, a exigência de um uniforme impecável deixa saudades, já que a escola pública nos moldes do passado acabou. O que existe agora são bandos de alunos mal educados, mal vestidos, mal instruídos, muitos deles {75%} oriundos de favelas, praticantes do funk, iniciados sexualmente desde 12 anos, e com uma instrução formal ridícula, fruto do empobrecimento deliberado dos professores, cujo objetivo é o sucateamento da educação pública. Do hino nacional cantado no momento do hasteamento da bandeira, sobram apenas lembranças, pois agora são hinos de facções criminosas e funks proibidões que são entoados. Mas quando um educador pederasta e anormal e um palhaço analfabeto são eleito para a câmara federal com votações estrondosas, percebe-se que o Brasil não tem futuro. Em conversa com uma aluna bolsista a qual estou preparando, fico incrédulo quando a mesma que é uma jovem aplicada estudante do Cefet, desconhece que foram Leila Diniz, Grande Otelo, ou Jânio Quadros, nem sabe onde é e o que foi a Leopoldina. Isso me faz invocar em minhas aulas um trecho do "Samba do Crioulo doido" do genial Sérgio Porto, quando, quem sabe em tom profético, diz que "Dona Leopoldina virou trem e D.Pedro virou estação também"...

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  5. Além dessas duas escolas públicas, em Copacabana ainda temos uma na Praça do Lido e outra na Cardeal Arcoverde, certo? Talvez alguma para os lados do Peixoto.
    Nas fotos, o Fusca sempre presente, todos modelo anos 60, sendo o primeiro em estado lastimável.
    A dama de preto, não necessariamente uma "viúva negra", aguarda o namorado ou só a carona de amigo(a). Acho que as vestimentas dela não combinam com a luz do dia. Com a palavra as meninas comentaristas.
    Nessa mesma foto da N.S. de Copacabana, mais à frente parece um barraco no meio da avenida, com placa e tudo.

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  6. Igualzinho a experiência do Docastelo, tenho eu. Lembro com orgulho a Caixa Escolar e os uniformes que igualavam todos. Além disso ainda fui porta-bandeira e patrulheiro escolar de trânsito. Tempos mais justos e educativos.
    PS: agradeço à menção feita dia 6 à minha humilde pessoa. Só li hoje.

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    1. O que o Derani mais gostava era a hora da merenda que se trazia de casa. Mas mesmo assim muita gente comia a dada pela escola que era muito boa. As vezes eu entrava na fila duas vezes! Ele não se esquece do peixe ensopado com pirão no almoço e o chocolate quente, na entrada.

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    2. Eu vivi este tempo aos que preferem os dias atuais e nem viveram os melhores tempos

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  7. Tem mais um: Colégio Estadual Pedro Alvarez Cabral, Rua República do Peru na quadra da praia. Não é visível da rua. A entrada é por um corredor debaixo de um prédio.

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  8. Bom dia a todos.

    A primeira foto ganhou status de novidade provavelmente por causa da marca d'água do Arquivo Nacional.

    Não peguei a época do EP no uniforme, mas meus irmãos sim. Na minha época já era o brasão da prefeitura no bolso.

    Sobre a garota, disseram que hoje estaria segurando um smartphone, provavelmente usando um app de jogo de ioiô...

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  9. Lidamos hoje, infelizmente, com alta porcentagem de analfabetos funcionais. Se desconhecem até o básico de português e matemática, imagina disciplinas como, por exemplo, história. Recentemente perguntei a um grupo de jovens, até não tão jovens assim - na faixa de 30 anos -, de formação superior, se conheciam o hino da república. Todos desconheciam. Disse que era um hino que chegou a ser cogitado de ser o hino nacional. Comentei que a estrofe "liberdade, liberdade..." foi utilizada como inspiração para o samba enredo da Imperatriz em 1989, em homenagem à proclamação da república. Todos ficaram surpresos e aí passaram a conhecer. Conheci este hino na aula de música da escola que estudava, a qual a professora colocou para ouvirmos escondida porque era época da ditadura (a palavra liberdade era tolhida). Na época tinha apenas onze anos.

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  10. Talvez por ser o mais recôndito o pessoal não tenha lembrado, ou desconheçam a existência, do Colégio Estadual Infante Dom Henrique, no final da rua Belfort Roxo, nº 433, esquina com rua Felipe de Oliveira. Como morei nessa rua tive a oportunidade de conhecer esse colégio. Na mesma ocasião, por meio do meu relacionamento com o setor de línguas estrangeiras da Universidade de Minnesota, surgiu a ideia de realizar um contato entre os estudantes americanos de língua portuguesa e o jovens secundaristas do colégio carioca. O pessoal da MNU se interessou e foram realizados os contatos preliminares. Foi total a minha decepção pelo completo desinteresse da direção e de certos professores pelo projeto. Sem consultar qualquer aluno primeiro alegaram não haver interesse nesse tipo de intercâmbio. Depois alegaram falta de equipamentos, o que me dispus a suprir, pois basta uma televisão de 42 pol. e um laptop com Skype. Percebi a má vontade, e até uma certa resistência de alguns talvez por não terem sido os autores do projeto. Depois quando souberam da minha anterior atividade e formação alguns ainda tentaram reverter a situação mas Inês já havia falecido. Por último, mas não menos surreal, um certo aluno que encontrei na rua e que sabia das tratativas, me disse que eu estava perdendo tempo. Segundo ele, que se dizia deslocado no ambiente daquela escola, não haveria interesse do chamado "corpo discente", formado em sua grande maioria por jovens de comunidades. Os interesses desses era basicamente voltado para os valores dos seus grupos, como drogas, funk etc., a ponto de discriminarem até alguns talentosos improvisadores do hip hop. Diante desse panorama não havia mais nada a fazer. Caso encerrado.

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  11. A história do Brasil é uma grande farsa, uma piada de mau gosto. Não existem verdadeiros heróis e sim oportunistas que "fizeram a hora" no momento certo. A história brasileira sempre foi povoada por indivíduos de qualidade duvidosa, farsantes, e aventureiros. Posso ressaltar no meu modesto entender, pouquíssimas personalidades dignas de admiração, a saber: Irineu Evangelista de Souza, um homem notável que viveu cem anos antes do seu tempo; Floriano Peixoto, o Marechal de ferro. Se existissem mais homens de seu escol e de sua têmpera, o Brasil hoje seria outro; João Cândido Felisberto, o "Almirante Negro". Sendo usado ou não, pôs fim à uma odiosa tirania existente na Marinha Brasileira, que esqueceu que a escravidão e a chibata haviam sido abolidos. No mais, pouco a acrescentar...

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  12. Boa tarde a todos. Eu acho este uniforme que a menina da foto está usando e que eu também usei na minha infância, o mais bonito dos uniformes das escolas públicas. O ioio foi uma febre nesta época, entre a criançada, eu não ligava, meu negócio era bola de futebol. Quanto ao ensino público daquela época e de hoje, não tem a menor comparação, infelizmente. Nas fotos os fuscas eram os dominadores das ruas. Na terceira foto, a dama de preto ou a mulher gata, é uma gata.

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    1. Lino de sainha e ioiô deveria ser um sucesso.

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  13. Tia Nalu sabe muito de escola de samba.E gosta de punk e funk.

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  14. Joel, acho que a história da maioria dos países tem "conveniências" e pitadas de mentiras. Os americanos fizeram dos grilheiros, ladrões de terras e bandidos que "desbravaram" o oeste como heróis, que foram até mocinhos no cinema...

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    1. Tem razão Wagner Bahia, a "conquista do Oeste" americano é uma das páginas mais negras da história, e a "farsa brasileira" pelo menos não foi tão sangrenta. Mas uma coisa eu tenho que admitir: Os Norte Americanos pelo menos souberam construir uma nação sólida e próspera, enquanto o Brasil...

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    2. Wagner, para quem se interessa por esse período da história norte americana sabe que ele foi muito curto mas devidamente glamourizado pela indústria do cinema. Personagens como Wyatt Earp, um xerife cruel que quebrava os pulsos do preso quando não havia algemas; "Doc" Hollyday, mistura de dentista, jogador e alcoólatra tuberculoso; Billy "The Kid", um homicida com cara de retardado que não se separava de seu Colt e de sua carabina "single shot", que aos 21 anos havia assassinado 21 indivíduos; os irmãos James, e outros mais ou menos famosos; todos não passavam de celerados que nunca poderiam imaginar que um dia iriam divertir as plateias da sala escura. A verdade é sempre distorcida quando outras versões são mais interessantes e/ou convenientes.

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  15. O fusquinha da primeira foto parece ser de 1961 a 1962. Já tem pisca-pisca, não em a janela traseira basculante e as rodas são fechadas. poderia até ser o mesmo Fusca da segunda foto. Já a terceira foto é de 70, ou mais, visto o TL.

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  16. Como já foi comentado antes por aqui, as escolas boas continuam boas, como o Pedro II, IE, Cefet e etc. O "problema" é que o ensino se universalizou. Na década de 50 muitos não estudavam nem o primário. Não há tantos alunos e professores de qualidade.

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    1. Meu caro Observador Curioso, nem mesmo estas escolas tem um mínimo de qualidade de ensino, se observar o resultado do ENEM a média das notas de seus alunos não atingem uma nota 5,0. Já quanto aos professores, hoje estão muito mais interessados em atividade política e a divulgarem uma ideologia de esquerda, para seus alunos, do que em se aprimorarem e melhorarem a sua formação, visto que a grande maioria são provenientes deste ensino público de baixa qualidade.

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  17. Lino,
    Pelo menos aprendem a +- ler e escrever.

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  18. Alguem se lembra da escola augusto paulino filho?

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