Hoje
é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”. E de lá saem estas 3 fotos com o tema
de hoje: a PETECA.
A
primeira foto, em Ipanema em 1948, é do acervo do Silva, disponibilizada pelo
Francisco Patricio.
Desconheço
a autoria da segunda, em Copacabana em 1931, tirada, segundo o
Decourt, bem da esquina da Rua Xavier da Silveira. A casa com varandas
aparentemente em estrutura metálica, que aparece parcialmente na extrema
esquerda da foto, é onde fica o prédio onde o Brizola morou. A quarta casa,
sempre partindo da esquerda, é onde hoje fica o edifício Embaixador, um dos
marcos da arquitetura Decô carioca e que seria construído apenas 4 anos após
essa foto ser tirada. A construção que aparece bem a direita da foto é dos
edifícios Lellis e São Paulo, na esquina com a Rua Barão de Ipanema.
Nestas duas fotos vemos os comentaristas mais antigos do “Saudades
do Rio”.
Na
terceira foto, de Jean Manzon, de 1950, podemos ver atuais comentaristas deste
espaço, em animado jogo de peteca na Praia de Copacabana. Eram todos sócios da
S.E.M.P.R.E. (Sociedade Etílico-Marítima de Peteca Recreativa e Esportiva), com
sede no Bar Alcazar, na esquina da Av. Atlântica com a Rua Almirante Gonçalves.
Seus sócios faziam demonstrações por toda Praia de Copacabana (os rapazes
exibindo seus corpos atléticos e as moças a sua beleza).
Toda
a moda para trajes de banho, lançada a partir dos anos 50, era exibida em
desfile nos salões do Copacabana Palace e, a seguir, era feito um jogo de
exibição na areia, como pode se ver na foto acima.
Segundo
o General Miranda, um dos fundadores da S.E.M.P.R.E., adepto e praticante
diário deste esporte, a peteca ideal deve ter, na base, o diâmetro de 0,050m a
0,052m. Ter 0,20m de altura, incluindo as penas. De peso, de 40 a 42 gramas
aproximadamente. As penas devem ser brancas, em número de 04 (quatro), formando
um diâmetro de 0,04 a 0,05m. O material da base deve ser de borracha, em
camadas sobrepostas.
Se
você não for um profissional como o nosso saudoso General, pode fazer uma
peteca com palhas secas de milho e algumas penas de galinha, como é habitual
entre os tijucanos: rasgue as primeiras palhas em tiras estreitas que se vão
dobrando e enrolando, alterando o sentido de cada uma. Quando esse
"miolo" atinge a forma de uma almofada com mais ou menos dois dedos
de tamanho, envolva-o com tiras mais largas, que se cruzam em diversas
direções, cujas pontas ficam seguras na mão esquerda. Torce-se e amarra-se uma
tira estreitinha formando-se um anel sobre o qual se passam, dobrando-as ao
meio, um número de palhas suficiente para cobrir-lhe a circunferência. Aplica-se
em seguida esse anel ao fundo da peteca juntando-se as pontas ao maço formado
anteriormente. Já depois de colocado, aperfeiçoa-se o trabalho guarnecendo-se
ainda mais o anel, de modo a recobrir completamente o volume todo. Ajusta-se
bem o conjunto e amarra-se fortemente a base do maço de pontas, estando pronta
a peteca.
Há
diversas modalidades de jogo de peteca na praia, entre elas: com rede, como no vôlei:
3 contra 3, com o campo marcado no chão com fitas para delimitar os espaços
onde a peteca deve cair; 3 contra 3 sem campo marcado no chão e onde a força
predomina; 1 com 1, somente como diversão.
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Não vejo graça nenhuma neste jogo e cada vez há menos praticantes. Anos atrás havia um grupo de seis que jogava três contra três perto da Vinicius e o jogo era bastante violento com pancadas para lá e para cá. Deviam sair com as palmas da não inchadas. Luiz, você saberia identificar os comentaristas nas fotos???
ResponderExcluirJogo sem graça e idiota. E ainda tem o risco de os participantes adquirirem o grave "vicio" de desmunhecar. Se a moda pega...
ResponderExcluirCorrer risco? Quem corre o risco..
ExcluirNos anos 70 teve em Inhaúma um cidadão que fabricava petecas e vinha no meu abatedouro em busca de penas de galinhas caipira. Como ele vinha sempre uma vez por semana,eu achava que ele fazia centenas de petecas toda semana. Depois soube que a maior parte das penas se destinavam às fantasias de duas Escolas de Samba.
ResponderExcluirPrezado Mauro xará, com relação a seu comentário de ontem que só pude ler hoje, o veículo que você disse que não se lembrava era conhecidíssimo pelo movimento estudantil e ficou famoso como "Brucutu" tanto aqui quanto em São Paulo, que não passava de um caminhão com uma torre de canhão d´água, usado para dispersar "tumultos".
Excluir... que abatedouro era uma garçoniere.
ExcluirCaro Colaborador Anônimo: Em todas versões de "Brucutu" que conheci nenhuma era Magirus. Lembro de Magirus na Ligth,no Exercito,na Marinha e o mais famoso, a escada dos Bombeiros.Claro que ele existiu,a foto comprova isso. O abatedouro que tive abatia frangos e galinhas. Garçoniere é para abater lebres e em casos especiais uma coelhona.
ExcluirBom dia a todos os Saudosistas do Rio. Jogo de peteca, arre coisa mais sem graça, creio que deva ter sido inventado por mulheres, ou para as mulheres de antanho praticarem algum exercício na praia. Dizem as más línguas que este jogo é proibido entre os judeus, que é o esporte nº1 entre os boiolas e que pior do que jogar peteca é alguém assistir a um jogo de peteca, muito pior do que assistir a um jogo de xadrez mesmo não se sabendo jogar.
ResponderExcluirVou adicionar mais um item de impossível realização na minha lista: Campeonato de peteca em Israel. A ele se juntarão a foto de anões gêmeos e a mais rara de todas: A de Roberto Carlos de bermuda.
ExcluirApesar de não ser adepto (meus esportes sempre foram os de competição como futebol e artes marciais), nem regular assistente, considerei preconceituosos os comentários. Os grupos que presenciei praticando essa modalidade, coincidência ou não, eram formados na maioria por militares reformados. Em um deles estava um amigo do atual "biscoito molhado", sargento fuzileiro, campeão de natação e remo pelo Botafogo FR e bicampeão mundial de pentatlo militar. Seria interessante ver alguns dos corajosos comentaristas do blog dizerem pessoalmente aos praticantes o que pensam sobre eles. Quanto ao tipo de petecas usadas por esse grupo suas bases são compostas de discos de borracha para amortecer as violentas pancadas, normalmente aplicadas com os braços na posição lateral ou sobre a cabeça, em nada parecidas com "desmunhecadas". Não confundir com um simples folguedo de infância.
ResponderExcluirConcordo. Os caras citados pelo Plinio jogavam perto de nossa rede de vôlei na Montenegro. De boiolas não tinham nada.
ExcluirAs fotos são boas,mas concordo com a maioria dos comentaristas que este jogo é um espanto.Nunca tive paciência pra tomar conhecimentos até mesmo das regras básicas se é que elas existem.Uma chatice.Quanto ao fato de ser favoritos entre boiolas é novidade para nosotros.Postagem salva pelos "complementos" das fotos 2 e 3.
ResponderExcluirJoel,eu completaria a sua lista com índio de bigode.Nunca vi....
O Charles Bronson fazia índio de bigode
ExcluirEra um bigode falso. Charles Buchinsky era eslavo. Se fosse Índio não teria bigode, já que os mesmos não possuem pelos.
ExcluirContinuo sem ver indio de bigode.O Charles Bronson fazia na verdade o Valdez,salvo engano, um mestiço.
ExcluirFalei e vou repetir.Tia Nalu é campeã de peteca,mas adora mesmo o caça/votos.
ResponderExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirDesculpem, não costumo fazer comentários discordantes, mas precisavam desancar, escrachar, desabonar, excomungar a pobre da peteca?
As fotos, como sempre, são muito interessantes, revelam detalhes de suas respectivas épocas: vestimentas, casario etc. Cada uma praticamente conta uma história.
A terceira foto apresenta umas garotas que, sem trocadilho, dariam um banho hoje em dia, só que sem tatuagens, silicone nem musculatura de academia (e notaram as covinhas?). Mal dá (ou nem dá) para ver a peteca!
A propósito, só joguei peteca uma ou duas vezes na vida, quando criança. É meio chato, sim.
Voltei para um FF:O queridinho dos comentaristas deste blog,empresário Jacob Barata tem um admirador muito maior em outras plagas.
ResponderExcluirDiferente do que se imagina, a prática da peteca não tem relação direta com as praias, teve início em Minas Gerais, portanto muito longe do mar, também equivoca-se que diz que é esporte de antanho e que cada vez há menos praticantes, muito pelo contrário, somente em 75 foi criada a primeira Federação (Mineira de Peteca) e de lá para cá, só tem crescido, atualmente com uma Confederação Brasileira e Federações em quase todos os estados, e somente em 86 foi realizado o primeiro campeonato brasileiro, e , atualmente, todos os anos acontecem campeonatos estaduais.
ResponderExcluirMais chato que peteca só frescobol. Esportes prediletos em Ipanema-posto 9.
ResponderExcluirJoguinho sem vergonha que segundo consta foi originado nas tribos indígenas e deve estar incluído entre as inutilidades do planeta Terra,só servindo de diversão para desocupados de plantão.Felizmente as viúvas do blog foram acometidas do vírus do bom senso e quase de maneira unânime registraram posição contrária a esta idiotice intitulada modalidade esportiva.Como não sou de deixar a peteca cair vou assegurando que continuo sendo Do Contra apesar dos muitos pareceres hoje estarem a meu favor.
ResponderExcluirA terceira foto ilustra muito bem o que é (ou era) brincar de peteca (não dá para chamar de jogo), pelo menos aqui no Rio, para a maioria dos cariocas: um jeito de ficar perto das meninas, para depois evoluir, quem sabe, para um flerte e mais para frente, com sorte, um namoro. O vôlei também proporcionava essas aproximações inocentes (ou quase inocente, às vezes). Coisas de antigamente.
ResponderExcluirJá em Minas Gerais, mais precisamente em Divinópolis, já vi quadra de peteca até em área de lazer de hotel que não tinha nem piscina.