Total de visualizações de página

domingo, 17 de setembro de 2017

DOMINGO NA BARRA


 
Neste domingo ensolarado e de temperatura agradável seria um bom programa ir à praia na Barra da Tijuca?
Há estacionamento farto perto da praia, carrocinhas de cachorro-quente na areia, alguns bares funcionando, vendedores de barracas e esteiras, uma frequência em número razoável.
O inconveniente é que ir de carro envolve alguns problemas como a altíssima temperatura dentro do carro na hora da volta, sujar o interior com areia, sentar molhado nos bancos, enfrentar engarrafamentos, aguentar o cansaço das crianças e, certamente, alguma reclamação da esposa.
Na época das fotos, início dos anos 70, ainda não havia que se preocupar com a Lei Seca e a cervejinha podia ser tomada sem problemas.
Fotos: acervo Correio da Manhã


14 comentários:

  1. Até o final dos anos 60 a Barra era uma região remota e de acesso limitado, ideal para um lazer bastante calmo e obviamente adequado para "escapadas". Nos anos 70, com a abertura do Túnel do Joá, da expansão vinda de Jacarepaguá, e a "descoberta" da região pelos "nouveau riches" da cidade, tornaram a Barra um "estado dentro do estado".

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia, Joel.
      O problema a ser resolvido é apenas o de generalizar. Pessoas que lutaram para dar estabilidade à família adquiriram seus bens de forma honesta, gostam de simplicidade ficam em seus bairros de origem porque gostam. Conheço um grande comerciante, entre outros, do ramo de farmácia (o mais antigo) cuja casa uma mansão, construída em terreno vastíssimo, possui até estrada pois é longe do asfalto, optou por morar lá. Maravilhosos sítios, chácaras ainda existem em Jacarepaguá.
      "Nouveau riches" expressão muito usada no início do século passado servia a aristocratas falidos que viviam de cargos e de benesses do Estado e não à classe dos emergentes que por inteligência, muita iniciativa e trabalho construiu seu patrimônio.
      Como falam hoje, "a fila anda".

      Excluir
    2. Joel. No outro dia mesmo eu comentei isso aqui que uma das formas de você recuperar o RJ das áreas degradadas, especialmente no Centro, na Zona Sul, e principalmente na Zona Norte, seria fazer uma coisa que teve início em Londres entre o final da década de 50 e início dos anos 60, o chamado processo de Gentrificação.
      Confesso de que é de arrebentar da paciência de qualquer um você ver favelas em plena área turística ou de poder aquisitivo melhor, com construções medíocres até mesmo no asfalto com cortiços.
      Aí é que eu vejo o quanto a Constituição de 88 é desigual.
      Você paga um IPTU caríssimo para conviver com isso.
      Uma das coisas era até partir da teoria do Crivella: É cobrar IPTU de todos, incluindo favelados.
      Mas o cara é favelado e paga, por exemplo, R$ 5,00 de IPTU.
      Já viu o quanto o Município arrecadaria de R$ 5,00 de cada barraco, desde que, voltasse em benefício da chamada comunidade a fim de melhorar?
      Então, se não há outra maneira, tem que tirar mesmo e botar empreendimento como Empresas, moradias, e o que mais for para classes mais aquinhoadas.
      E ainda tem gente que reclama porque a Prefeitura não colocou mais no catálogo turístico as favelas.

      Excluir
    3. Acho que minha resposta não saiu e vamos repeti-la. Conhecemos muitas famílias tradicionais e abastadas que prezam suas origens suburbanas e da baixada fluminense. Os "Nouveau riches" ou emergentes aos quais nos referimos são pessoas que labutaram bastante e a vida lhes sorriu financeiramente, mas não possuem "estofo cultural" ou "traquejo social", onde a observação de "certas condutas sociais" deixa a desejar ou não é observada. Tomemos por exemplo a família do gerente do blog: trata-se de uma família tradicional, de origem e educação britânica a qual pertence nosso caro Dr. Luiz, que estudou em ótimos colégios, e que está em Copacabana "desde sempre". Por outro lado temos o exemplo do cantor e rapper "Nego do Borel" ou de "Ludmilla", que fazem sucesso na mídia, ganham "rios de dinheiro", mas não possuem obviamente o que se chama vulgarmente de "berço", apesar de terem dinheiro. Na novela Dancin days de 1978, havia um personagem de nome "Everaldo", mordomo homossexual que tinha um bordão célebre: "Madame, classe é classe"...

      Excluir
    4. Joel, apenas em parte. Um dos lados é de imigrantes italianos, moradores de Anchieta e Catumbi. Um avô, que não conheci, foi linotipista da Imprensa Nacional.

      Excluir
    5. As pessoas de sua família obtiveram educação formal e possuíam fortes bases de estrutura familiar, e isso é o que conta. Meu bisavô por parte de pai era um português "construtor de casas", o outro bisavô era dono de comércio de "secos e molhados" na Rua do Acre. A família de minha m~se era de políticos tradicionais de Campo Grande: os "Caldeira de Alvarenga". O fato é que mesmo tendo origens modesta no passado e possuindo poucas posses, essas famílias possuem "berço" e isso nenhum dinheiro consegue comprar. Que "estofo social" possui a cantora de funk "Tati quebra barraco"? E o "imperador Adriano"? Que estrutura moral e familiar possui aquela família, onde a mãe analfabeta se viu a "real dona" de uma moto que na verdade era de um traficante? E a cantora as funkeiras Anita e Valeska "popozuda"? Será que possuem uma boa escolaridade, falam e escrevem bem a língua portuguesa, e possuem noções mínimas de civilidade e história contemporânea? Isso eu não saberia dizer, mas suponho que "na cama" fazem prodígios...

      Excluir
  2. Bons tempos realmente. Eu ia pra Barra com meu fusca vinho 1,3 litros desfrutar da praia mais limpa do Rio,sem os problemas de hoje: Transito muita gente arrastões ...
    Depois um pulo no Flamingo ou Dina Bar e a volta pra casa feliz da vida.

    ResponderExcluir
  3. No final dos anos 70 meu tio fazia programas desse tipo com um Dodge Dart, enchendo o carro com esposa, filho, irmã e sobrinhos, numa quantidade superior à capacidade do carro, situação que atualmente também é reprimida na fiscalização de trânsito. Além de idas à Barra, uma vez em Ipanema e outra até a região de Mangaratiba, viajando na "banheira", a procura de praias quase vazias em 1977, que atualmente estão cheias de loteamentos e condomínios lotados de construções.

    ResponderExcluir
  4. Nesse tempo eu ia à praia com pasta de Lassar no nariz e minha namorada usava Coppertone. Prancha de madeira para pegar jacaré e uma toalha para sentar. Entrar no fusca fervendo demorava um pouco pois tinha que deixar as portas abertas para refrescar, colocar toalha no banco e limpar bem os pés. Ir para a Barra pela estrada do Joá e como não tinha lei seca na volta uma batida do Osvaldo ou um pit-stop em São Conrado.

    ResponderExcluir
  5. A Lei Seca é de suma importância, mas não dá para negar que atrapalhou muito tipo de programa. O proposto na postagem foi um deles.De fato o auto forno no retorno era um espanto. Os carros da Calango naturalmente tinham o diferencial.

    ResponderExcluir
  6. Bom dia a todos. Só ia a praia na Barra, quando não tinha jogo dia de domingo e a minha namorada enchia o saco para irmos para lá. Eu gostava muito mais de ir para Ipanema.

    ResponderExcluir
  7. Bom dia a todos.
    Eu sei de que a maioria das pessoas adoram reclamar da Barra por inúmeros os motivos, inclusive por não ter tido condições financeiras na vida de poder ir morar lá e como isso, vive-se a reclamar.
    Por isso sou um dos poucos admirador do comentarista Do Contra.
    Volta e meia, apesar da sátira que utiliza, fala-se algumas verdades.
    A sensação que tenho é que as pessoas parem apreciar mais um construção chula e ridícula como, por exemplo, os barracos nas favelas, mas volta e meia reclamam da Barra ou do asfalto de Copacabana.
    Prefiro mil vezes aquela tentativa de se transformar a Barra em uma espécie de "Miami" carioca do que a degradação que virou zona norte ou a sempre esquecida Baixada com seus inúmeros problemas que vem desde sempre.
    Mas é aquela velha estória; Não pode falar pois incomoda.
    Carioca gosta mesmo é de favela, degradação, orgia urbana como os puxadinhos de bares, camelôs, boca de fumo, bandido, igrejas evangélicas, pedintes, mendigos, drogados, e para não esquecer, os corruptos com que a maioria do carioca se afina bem.
    Francamente.

    ResponderExcluir
  8. Eu e minhas família frequentávamos o trailer do Grego's, bem na meiuca da praia entre o quebra-mar e o entroncamento com a Alvorada. Os filhos dele estudavam no Colégio Piedade, onde também estudei. O molho do cachorro-quente do Grego's vinha com tanta cebola que você já chorava ao estacionar o carro.

    ResponderExcluir
  9. Lembro de meu pai me levar para ver pára-quedistas saltarem e pousarem nas dunas da Barra. Lembro do Churrus Uruguaio com o tip tank de Constellation da Varig no teto. Bons tempos.

    ResponderExcluir