Hoje
temos duas fotos da ponte que une a Rua Prudente de Morais à Rua San Martin,
sobre o canal do Jardim de Alá. Ambas são de 1958, ano de inauguração desta
ponte.
Leblon
e Ipanema são unidos por cinco pontes: a de 1918 (une a Vieira Souto à Delfim
Moreira), a de 1938 (une a Visconde de Pirajá à Ataulfo de Paiva), a de 1958
(une a Prudente de Morais à San Martin), a da década de 60 (une a Epitácio
Pessoa à Borges de Medeiros) e a última, deste século, que une a Redentor à
Humberto de Campos (foi construída durante as obras do Metrô, provisoriamente,
mas parece que vai ser definitiva).
Na
primeira foto de hoje o fotógrafo olha para Ipanema e na segunda para o Leblon.
A
propósito da primeira foto o prezado Zé Rodrigo escreveu: “Estamos olhando para
Ipanema. A casa com estilo meio normando, com aquela pequena torre, era a casa
de minha avó. A casa que nasci era ao lado, de frente para a Prudente.
O
aviador Charles Lindbergh, quando esteve aqui no Rio, foi recebido na casa em
frente à casa de meus pais, que era de um coronel cujo nome a memória apagou, mas
no mesmo local hoje existe um prédio com o nome da esposa deste coronel.
Logo
após a abertura da ponte para o Leblon ocorreram diversos acidentes na nova
esquina que tinha sido criada - Prudente com Epitácio. Minha casa por diversas
vezes foi transformada em enfermaria, com pessoas ensanguentadas aguardando os
primeiros socorros que, acho eu, naquela época demoravam a chegar.”
Destaque
para os postes, que o Decourt assinala que
“são do tipo dos usados na Esplanada do Castelo e uma versão um pouco menor dos
da Av. Atlântica (reparem que o desenho é o mesmo, mas a base é um pouco menor
e a seção intermediária, a parte tubular, bem mais curta.”
Na
época das fotos o Jardim de Alá era um local que atraía centenas de pessoas nos
finais de semana, em suas praças, que iam da beira da praia até a Lagoa. Faziam
sucessos os cavalinhos de aluguel, charretes, carrinhos puxados por bodes, que
ficavam no trecho entre a San Martin e a Ataulfo de Paiva. O Jardim de Alá,
inaugurado em 1938, engloba três praças: Almirante
Saldanha da Gama, Grécia e Paul Claudel. Era local para piqueniques e
brincadeiras das crianças, num ambiente muito agradável. Durante certo tempo
havia barcos por lá, mas as gôndolas prometidas pela Prefeitura não vingaram.
Destaque na segunda foto é aquele prédio, à direita, ao fundo,
na esquina da Rua Almte. Pereira Guimarães. Continua lá, firme e forte.
Já o Jardim de Alá, continua lá, mas bastante abandonado.
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Dificil acreditar,especialmente a primeira foto, que seja o Rio de Janeiro. O Jardim de Ala tinha tudo para se manter top,mas.....Boa postagem***Sempre fui apaixonado pela Cidade Maravilhosa, mas mesmo a contra gosto de alguns comentaristas a coisa mudou.Tinha prazer em andar por Copa e Centro da cidade.Hoje fico no mínimo vigilante.Nas chamadas linhas "coloridas"(vermelha/amarela)fico sobressaltado.E não é só a segurança. Nos últimos anos a cidade foi quase que abandonada,exceto pelas obras do Porto Maravilha. É lamentável o que vem ocorrendo no Rio.
ResponderExcluirParece o meu Ceará nos idos de 50. A Praia de Iracema tinha um aspecto um pouco parecido. Quanta mudança em tão pouco tempo meu Deus...
ResponderExcluirFrequentei muito o Jardim de Alá quando era criança. Era um local muito agradável e hoje se tornou inseguro. Uma de suas praças hoje em dia é destinada aos cachorros. As outras estão abandonadas. Acho que o metrô tinha prometido revitalizar as praças mas ficou por isto mesmo. Tinha aberto um bar/restaurante na esquina com a praia mas não sei se continua funcionando. É um local que seria sucesso em qualquer cidade turística do mundo mas aqui está abandonado.
ResponderExcluirNo tempo desse Buick 1954 fazer sucesso, fui algumas vezes ao Jardim de Alá. Era um passeio delicioso. Se não me engano, havia barcos a remo para alugar. Eu adorava.
ResponderExcluirÉ difícil mesmo acreditar que isso é no Rio de Janeiro. Mas as principais razões dessa lamentável mudança "estão na cara", apesar de poucos as admitirem...
ResponderExcluirA coisa está tão legal no Rio de Janeiro que um delegado da Policia Civil por uma série de razões foi autorizado a portar um fuzil.No ultimo sábado foi assaltado e lá se foi embora a referida arma.O relato parece piada e história da carochinha mas é o que está acontecendo nesta cidade.
ResponderExcluirRealmente foi um fato curioso, já que o delegado Marcus Amin, lotado na DH Niterói, é um profissional experiente e competente. Segundo consta, um fuzil M16 5.56 mm, sete carregadores, e uma pistola 9 mm foram roubados.
ExcluirFf. Quem quiser conhecer o ambiente das favelas conflagras do Rio "sem tirar nem por, assistam "Falcão Negro em perigo". Os " personagens" são tão idênticos que é possível jurar que são cariocas.
ExcluirO filme em questão é derivado de um episódio ocorrido na Somália, em 1993, quando uma força especial de intervenção dos EEUU denominada Força Delta, sob orientação da ONU, intervém na região para tentar facilitar a distribuição de alimentos que estavam caindo nas mãos das milícias rebeldes, comandadas pelo líder Mohammed Aidid. Um bom filme de ação que originou o game do mesmo nome, lançado pela Novalogic em 2003. Além do filme o referido game faz parte do meu acervo.
ExcluirAcho já bastam os comentários desairosos sobre o Rio que segundo um comentarista partem do noticiário de outros Estados como se ainda existissem ilhas de tranquilidade e felicidade em Pindorama. Dispensam-se as críticas oriundas de outras regiões. O Rio sempre foi o tambor em que as novidades, a moda, a cultura em geral e também as suas mazelas ressoam pelo Brasil e pelo mundo. O que se deve de fato lamentar e condenar é a desonestidade e a irresponsabilidade de certas empresas de turismo que incentivam a visita a locais sabidamente de riscos, como ocorreu recentemente com um casal da Costa Rica. Largados em plena Rocinha conflagrada, os turistas se viram em meio a uma guerra entre facções, polícia e o diabo a quatro! Oriundos de um minúsculo país que depende do turismo, e cujas forças armadas foram desativadas, contando apenas com uma débil força policial, é natural que o pânico tomasse conta dos visitantes que juraram não voltar mais ao Rio. Tudo isso e um pouco mais é absolutamente notório. O carioca sente e sofre com isso. O que aqui se defende é ser dispensável qualquer comentário crítico adicional que na verdade nada acrescenta ao atual quadro.
ResponderExcluirBom dia a todos. As fotos são realmente muito bonitas e poucos seriam capazes de identificar o local com precisão. Nos dias de hoje o local como um todo está abandonado, um dos motivos é a proximidade da demagógica construção do padre ameriquinha. Em pouco menos de 24 horas o que escutei de notícias ruins da cidade e do País, já serviu para me deixar chateado, desligar a TV e com uma vontade muito grande de voltar.
ResponderExcluirTenho excelentes recordações do Jardim de Alá nos anos 50 e 60. Quando criança ia com frequência para andar a cavalo ou para brincar e ser submetido a sessões de fotos nos caramanchões e nos decks junto ao canal. Adolescente levei algumas namoradas lá para fotografá-las. Não havia a menor sensação de perigo, mesmo com a Cruzada São Sebastião habitada há anos. O Jardim de Alá foi para o brejo junto com o resto da cidade, com a conivência e omissão do Poder Público.
ResponderExcluirOportuna a fala do comentarista Zé Rodrigo quando ele diz que a casa em que morava se transformava em enfermaria com pessoas ensanguentadas esperando os primeiros socorros que naquela época demoravam a chegar,isto é,quando chegavam,lembrando que a primeira epopeia era conseguir um telefone..E chegavam numa fubica chamada de assistência com dois maqueiros mequetrefes carregando uma padiola que mais pareciam ter saído do futebol aspirante do Maracana numa cena cômica se não fosse trágica.E tome esparadrapo daqui e dali com meio vidro de mercúrio cromo e uma bandagem de gaze banhada em arnica..Hoje voce disca 192 e em 10 minutos temos ambulâncias USB de suporte básico para os casos de menor complexidade dotadas de Kit parto por exemplo,oximetria de pulso e medicamentos de várias espécies para os socorros imediatos ou mesmo uma ambulância USA de suporte avançado com socorristas,enfermeiros ,médicos e utensílios necessários para intubar o paciente ou fazer uma drenagem toráxica entre outros procedimentos,respirador mecânico,oximetria,desfribilação,cardioversão ou seja um mini hospital e os acidentados serão encaminhados a equipes de ortopedistas,neurocirurgiões e outros especialidades durante 24 hs,isto apesar de todas as querelas do SUS.Dá para ficar comparando?E estas viúvas ficam lamentando todo o tempo com lembranças impregnadas pelo mofo e pela brilhantina de uma época que já passou tarde.E também ainda ficam irritados porque sou Do Contra.
ResponderExcluirSe estivessem funcionando seria ótimo, mas enguiçadas na garagem ou os aparelhos escangalhados por falta de manutenção valem nada. Isso se a médica sem ver o paciente resolve voltar para o posto pois está na hora do final do seu expediente e deixa de atender uma criança que horas depois vem a falecer. Esse seu exemplo hoje foi realmente CONTRA a realidade dos fatos que acontecem diariamente.
ExcluirNinguem fica irritado com você por ser do contra. É a sua opinião.
ResponderExcluirMas não fique desdenhando de quem acha uma época que passou melhor
que outra. Você e ninguém tem esse direito.