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segunda-feira, 2 de abril de 2018

GRANDE HOTEL OK



 
Um dos hotéis mais importantes do Centro do Rio foi o Hotel OK, inaugurado em 1949 na Rua Senador Dantas nº 24.

Extremamente bem localizado, numa zona que décadas atrás abrigava pontos dos mais boêmios da cidade como a Cinelândia e a Lapa, este hotel, vizinho do Palácio Monroe onde funcionava o Senado Federal, recebia muitos políticos.

Aliás, é famoso o diálogo entre um senador nordestino e seu interlocutor: quando este perguntou onde o senador estava hospedado a resposta foi “no hotel zero quilômetro”!

Um dos destaques do prédio é o elegante saguão principal em mármore de Carrara e lustres de cristal. Ao fundo vemos o hall superior ao lado do qual se localizam as instalações da administração e o gabinete do Sr. Thadeu Macedo.

Por falar neste administrador, há anúncio no Jornal do Brasil de 12/01/1954, sob o título de “Documentos Perdidos: Perdeu-se no trajeto de ônibus da Lapa a Bonsucesso, uma carteira com os documentos de motorista pertencente a Thadeu Macedo. Pede-se a quem encontrar o obséquio de entregar na portaria do Grande Hotel O.K., à rua Senador Dantas 24, que será gratificado.”

Este hotel sobreviveu a estabelecimentos tradicionais como os hotéis Serrador e Ambassador, o cinema Vitória, o teatro Serrador e outros inúmeros estabelecimentos comerciais vizinhos.

17 comentários:

  1. Acho que antigamente estes hotéis do Centro eram mais procurados pois havia menos hotéis na zona sul e a badalação era mesmo no Centro.
    Similar a este político hospedado no zero quilômentro, segundo publicou à época o Zózimo, foi a Elba Ramalho telefonando para um amigo em plena zoeira da boate People. Ela queria dizer onde estava e do outro lado da linha pouco se ouvia:
    - Eu estou no People, dizia Elba aos berros.
    - Hein???
    - No People, pô. People, não conhece?
    - Hein???
    - No People, People: P-I–P-O-L!

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  2. Esse tipo de postagem mostra o quanto a escola faz falta para o brasileiro. Não adianta ter dinheiro se não tiver "estofo" cultural. A quantidade de hotéis no centro se deve ao que o Plínio mencionou. Na zona sul tem um custo maior devido à localização. Na Cinelandia atualmente a frequência é "suspeita" devido às atividades noturnas daquela região. Quem irá se hospedar ali atualmente?

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  3. Meu pai falava muito nesse hotel e dos politicos que nele se hospedavam, inclusive um deles que tinha residencia fixa no hotel
    não me lembro o nome do dito cujo.
    Como bem disse o Plinio a vida da cidade na época era o centro daí talvez a preferencia por este hotel.

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  4. Ainda sobre a existência de muitos fatos do tipo "pipol" que ocorrem no Brasil, isso se deve a um "desordenamento social" que vem desestruturado o Brasil. É uma sociedade com os valores invertidos em todos os setores. Infelizmente essa realidade é estimulada pelo governo para fins inconfessáveis. Enquanto o país obedeceu a uma estrutura social, havia futuro, mas agora...Em qualquer lugar do mundo civilizado, obedece-se a uma rígida hierarquia moral, institucional, e social. Quebrando-se essa estrutura, será o caos...

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  5. Muita gente se hospeda no centro da cidade, principalmente os viajantes de negócios.

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  6. F.F. Sugiro que leiam a coluna O Globo há 50 anos na edição de hoje. Existe comentarista no blog que afirma que "a vida era calma e não havia violência".

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  7. Neste nunca me hospedei mas na década de 60 fiquei aí perto,no Itajubá pelo menos umas 2 x.Depois migrei para Copa nos anos 70,optando pelo Canadá.
    Este hotel fazia propaganda nos jornais de Vix.


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  8. Parece que o Hotel Serrador segue desocupado ao custo de três milhões de reais de manutenção por mês bancada por um único proprietário .

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  9. Boa tarde.

    Acho que com o VLT e o acesso para quem vem do SDU facilitado, os hotéis da região podem ter uma melhora na procura.

    FF: hoje os tiroteios foram em Vila Isabel (e arredores) e Copacabana. Somos bem democráticos a esse respeito na cidade, aliás, acabei de escutar os dados de uma pesquisa Datafolha sobre violência no Rio na Globonews, que confirma isso.

    Obs: não sou o anônimo daí de cima...

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    1. Com certeza Augusto, anonimato "não é do seu feitio". Mas a postagem pode ser de algum "anônimo da Misericórdia" ou mesmo "anônimo do Lido"...

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  10. Augusto ,este anónimo a que vc se referiu é figurinha carimbada.

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    1. Para não deixar o "anônimo" desapontado, resta lembra-lo de que naquele tempo a vida só não era calma para vagabundos, desordeiros, e sequestradores, cujo destino era a prisão, o exilio, e a "calunga grande", ao contrário dos dias de hoje, onde bandidos terminam suas carreiras nas assembleias legislativas, câmara e senado federais, tribunais superiores, e até na presidência da república. São "outros tempos".

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  11. Os Hoteis OK(Zero km né Dr.Luiz D'?), Ambassador e Itajubá eram pontos favoritos dos Cearenses desembarcados no Rio nas décadas de 50/60. O Pagé dos Menezes é quem o diga pois no Ambassador fazia seu Point de encontros com os políticos nordestinos aqui radicados. Aliás aquele quadrilátero da Cinelândia era o local em que vc.encontrava o maior per-capita Cearense nessa época. Além do Hotel, haviam inúmeros cinemas de rua, bares com bom chopp( não existia esse bebida no nordeste nos idos de 50/60) e o Amarelinho era a Meca do baixo clero, sendo que no restaurante do Ambassador reuniam políticos do vizinho Senado e penetras em busca de um lugar ao sol. Os S120 acetinados brancos era o uniforme da época e os Panamá eram adornos constantes. Na década de 90 já no declínio da região do OK estive certa ocasião em contato com a proprietária de um desses Hoteis que na ocasião mostrou-me uma imensa coleção de fotos dos áureos tempos do Restaurante da Casa retratando vários políticos da antiga Republica Getuliana. Agora, desconfio que o Pastor é Mineiro pois a republica do Pão de Queijo ficava no Itajubá lá na Lauro Alvim.

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  12. Ceará,indivíduo,esta coleção ia fazer a alegria do gerente e naturalmente publicada com louvor.Deixou passar uma grande chance especialmente porque devia ter muito Coronel entre os.manda chuvas.

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  13. Dizem que muitos políticos faziam festinhas nada familiar nestes hotéis, por estarem bem longe das esposas.
    Na época da foto 1 já existia uma sala de TV. Algumas décadas depois chegou a vez de sala de computadores com internet. Hoje em dia tem tudo no quarto e o hóspede já quer saber primeiro a senha do "wi-fi" para depois perguntar sobre o que mais o hotel tem a oferecer.

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  14. Eu me hospedei , nesse hotel, era muito bom e moderno , uma pena ter se acabado no nada

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  15. Estive hospedada com minha mãe e um grupo de amigos para turismo na cidade em Abril de 2018. Por coincidência quando foi escrito esse texto! Hotel maravilhoso! Cheio de história! Lindo! Minha mãe e eu amamos! ❤👏

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