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terça-feira, 16 de julho de 2019

TORCIDAS





 
Domingo pela manhã estive no Maracanã. Está tudo muito diferente de como era no tempo das fotos acima.
 
Acesso pelo metrô com muita gente, mas sem atropelos. Entrada super-organizada sem aquele atropelo de antigamente, ingressos lidos eletronicamente, revista individual bem feita, três postos de checagem, pulseira identificadora no punho.
 
Mas tudo muito diferente dos velhos tempos. Um público de 60 mil pessoas foi saudado como se fosse um daqueles de mais de 100 mil de tempos atrás. Grandes telões em quatro cantos do estádio, mas deixou saudade o velho placar manual e até mesmo o tosco eletrônico de 40 anos passados.
 
Ingressos caríssimos, pouca gente do "povão", muito menos emoção no ar. Certamente muito mais confortável, mas sente-se falta dos "geraldinos" de pé perto do campo e dos "arquibaldos" sentados no concreto.
 
Desta feita muito gols tal como nos tempos áureos. Mas aquele futebol de antigamente não apareceu no campo.

18 comentários:

  1. O fato é que a Charanga de Jaime de Carvalho comandava a torcida do "mais querido". Eu, desfrutava do privilegio de chegar mesmo com o estádio lotado e lá estava a cadeira perpétua do Menezão, quadra A, fila 11, cadeira 14 a minha disposição. Vi jogos monumentais tais como o jogo Fla x Flu de 63 em que 183 mil espectadores se espremiam no estádio vendo o Escurinho chutando o pau da Bandeira de corner. Santos x Milan com Almir fazendo o gol se atolando na lama; Os jogos de Botafogo x Santos de Pelé, Garrincha, Nilton Santos e a tão esperada estreia do Berico contra o Olaria e por ai vai. Quase a meu lado ficava o Nelson Rodrigues rascunhando suas cronicas e apreciando o seu Fluminense. Grandes tempos do velho Maraca.

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  2. O atual sistema que foi adotado após a reforma e que inclui os itens descritos, desde o controle de bilhetagem, passando pelos telões, e ainda a instalação do Juizado Especial no estádio, é muito bom, fantástico, e bem adequado para estádios localizados na...Noruega ou Dinamarca. Onde o custo dos ingressos chega muitas vezes a um terço do salario mínimo vigente, percebe-se que há algo errado. O Maracanã era um divertimento acessível que atingia todas as classes sociais mas agora é para poucos. Em uma realidade onde juízes e políticos recebem remunerações que ultrapassam muitas vezes a casa dos cem mil reais, onde existem cada vez mais e em progressão geométrica moradores de rua, onde não há mais atendimento em hospitais públicos, e onde existem mais de quatorze milhões de desempregados, é evidente que o Brasil como um todo, é uma falácia.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Contente-se com esses 70 mil presentes. Cem mil (ou mais) é coisa passada. O estádio encolhe desde 2000. O último grande público do estádio foi a final da Copa do Brasil há 20 anos, Botafogo X Juventude.

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    1. O Fluminense na campanha da Libertadores em 2008 levou quase 90.000 em jogos contra Boca Jrs e LDU e 80.000 contra o Vasco em 2010.

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    2. Botafogo X Juventude teve 100 mil. Os outros jogos acima aconteceram depois da reforma para o pan e antes da trocentésima reforma, dessa vez para a copa.

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  4. Deve ter ficado satisfeito com o jogo.Ganhou jogando bem ao que sentimos.Seria a esperança de um futebol vencedor?Investimentos nao faltam.Vamos ver se pega.

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  5. O jogo Brasil e Paraguai valendo pelas eliminatórias para a Copa do mundo em 1985, teve um público de 140.000 pessoas e eu estive no Maracanã naquele dia. Estava em serviço e pude perceber que não havia espaço nem para moscas. Entrei no estádio dentro de uma viatura, percorri diversos setores, e apesar do grande público, não houve brigas ou tumultos. As únicas ocorrências se deveram a furtos de rádios e toca-fitas no entorno. Em uma dessas ocorrências, dois indivíduos foram presos por policiais militares com duas bolsas de mercado cheias de aparelhos. Não é preciso dizer o que aconteceu depois, pois "os tempos AINDA eram outros", mas garanto que depois daquele dia os dois elementos certamente acabaram "aceitando Jesus" em uma igreja evangélica.

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  6. Bom dia a todos. Hoje vou dar uma do Sr. Do Contra, era barato, mas jogos de casa super lotada, o pessoal sentava de lado na arquibancada, entre uma fileira e outra, se demorasse a sentar era empurrado e ia rolando até a grade da arquibancada, tomava teco de copinho de mate e outros artefatos, brigas rolavam aos montes. A vida de geraldino era pior ainda, tomavam teco de bagaço de laranja dos arquibaldos, banho de urina e outros, fora o cheiro desagradável que muitas vezes o torcedor ao lado exalava. As cadeiras de ferro azuis, eram desconfortáveis e na hora de comemorar o gol do seu time, você inevitavelmente ralava as canelas nas cadeiras da fileira da frente. Os camarotes de cimento ao final das cadeiras, pareciam com jazigos de cemitério, porém sem acabamento externo. Hoje o conforto é sem dúvida muito melhor, porém os torcedores tem cara de turistas visitando o Maracanã, só se levantam da cadeira para fazer a tal de ola, com esta onda onde agora os times jogam com camisas de cores diferentes do clube, tem torcedor que assiste o jogo quase todo torcendo pelo outro time pensando que é o time dele. E quando o jogo é paralisado pelo chatíssimo VAR, ele pergunta o que está acontecendo ou se terminou o primeiro tempo ou o jogo. Sem contar que em campo, os jogadores são de qualidade no mínimo sofrível, em quase todos os times brasileiros. Agora se você acha que isso é muito ruim, experimenta assistir pela TV com transmissão do Galvão Bueno. Talvez seja por isso que as crianças de hoje não tem a menor vontade de jogar futebol.

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  7. É difícil precisar as datas das fotos, mas a primeira e a terceira parecem ser anteriores aos meus tempos de mais frequência no Maracanã, final dos anos 60 e início dos 70. Uma só pelas figuras que aparecem e a outra pela ausência de tela no guarda-corpo da arquibancada.
    A foto com o caminhão Chevrolet para mim é de 1970 ou posterior e o restante é pelo estilo do pessoal.

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  8. A melhor coisa do Maracanã atual é vê-lo vazio e poder apreciar o silêncio e imaginar e relembrar que antigamente era movido a emoção dos torcedores, cariocas ou não, a aplaudir os craques que por ali desfilavam seu talento.

    A entrada das torcidas organizadas, passeando com suas bandeiras, papel picado, papel higiênico, pó de arroz... gritando e cantando o nome do Clube do coração e dos jogadores que adentravam ao palco maior do futebol.

    Saudades do Maraca, eterno, nas nossas memórias, da Dulce Rosalina (TOV), Russão (Folgada), Careca (Pó de arroz Tricolor), Tia Ruth (Mequinha), Bandinha do Bangu e os vários torcedores caricatos da torcida do Flamengo.

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  9. O próprio relator da matéria já diz da diferença entre a antiga esculhambacao e a modernidade.Nao da para ficar chorando o leite derramado.E outro nível é outro mundo.Ate mesmo o VAR estou amando.Sou do Contra.

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  10. Quando se entra no Maracanã atualmente tem-se a impressão de estar em um estádio europeu, sem a presença da indefectível "mulambada" nativa, pois o público é bem diferente, afinal o ingresso é "salgado". Entretanto do lado de fora, a zorra recomeça. Hordas de flanelinhas, todos eles oriundos da Criméia, passam a assediar motoristas desde as ruas Mariz e Barros, Morais e Silva, e Paula Souza, cobrando "módicos" vinte Reais para não ter o carro depredado, e reservando, é claro, uma parte do butim para a GM. Nada como estar no Brasil...

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  11. Se o Do Contra está amando o VAR já dá pra saber qual é o time dele...

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    1. Deve ser o Fluminense, pois ontem anularam um gol lindo do Ceará.

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    2. O gol foi anulado corretamente.
      O choro é livre.

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  12. Via sempre a rapaziada indo pra estação para ir ao Maracanã com apenas dez "contos" no bolso para ver o jogo na geral. Uma vez entrei nessa, pra ver Flu x Vasco, em 75. Não se via nada do jogo, muito mal os bonecos correndo; consegui ver o gol do Dirceu, o terceiro da vitória do Flu por 3 x 1; isso porque foi do lado do campo que eu estava. Dei sorte de não tomar um "teco", ou um banho de mijo. Mesmo com tudo isso, e a barriga vazia, voltamos pra estação Derby Club felizes; fomos conversando sobre o jogo até Campo Grande e, em casa, a "velha" nos esperava com um "rango". Eram tempos diferentes, os "valores" eram diferentes, existia algo de lúdico; as "exigências" pra ser ser feliz eram menores, mais baratas e mais autênticas.

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    1. Saía-se de casa com a certeza de voltar. Eram "tempos de Castor de Andrade". Bangu, Realengo, e adjacências, eram locais seguros, sem trafico ou milícias. Mas ainda há gente que defende o atual "status quo".

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  13. Os respeitáveis colegas estão deliberando sobre que Estádio? se for o Maracanã, este já está morto, enterrado ou cremado. Hoje o que temos é uma Arena metida a besta e metida a estádio europeu, encravada num país de terceiro mundo, fria e sem alma. O velho Maraca, sim, tinha alegria, entusiasmo e emoção. Públicos superiores a cem mil pagantes, mar de bandeiras tremulando, fogos, papel picado e pó de arroz na entrada das equipes no gramado. As torcidas organizadas entrando cada uma a seu tempo, enfileirando as enormes bandeiras. Que saudade de ver as torcidas crescendo na ocupação das arquibancadas e apostando qual das duas encheria primeiro. Que saudade da torcida em pé aguardando a entrada das equipes, cada uma em seu respectivo túnel de acesso. Quando avistava-se a cabecinha dos jogadores, começava a empolgação. Que saudade das equipes adentrando o gramado correndo em fila indiana e saudando o público presente e sua respectiva torcida. Que saudade da arquibancada de cimento, que pouco a pouco ia apertando e cabendo mais um. Que saudade de você, geral! a alegria e irreverência daquele público composto de pessoas mais humildes e que tinham sim, acesso aos espetáculos. Podem me chamar de saudosista, mas este estádio, definitivamente não é o Maracanã que aprendemos a frequentar e amar, levados por nossos pais, tios, padrinhos ou que quer que tenha nos ensinado a amá-lo.
    Que crime cometeram contra o povo do Rio de Janeiro! além de destruírem nosso templo sagrado, sangraram os cofres públicos a custa da destruição de nosso querido e amado estádio, palco de nossas alegrais, tristezas, lágrimas e emoções. Só mesmo quem o frequentou pode avaliar o que nos foi roubado. Dona FIFA queria um estádio nos moldes de uma Arena para a Copa? que construíssem um na Barra, Recreio, Zona Portuária ou no raiquiosparta e nos deixasse nosso velho amigo para os jogos de campeonato brasileiro e carioca.

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