O Hotel Olinda foi inaugurado em 1949, na Avenida Atlântica nº 522
(atual nº 2230), em Copacabana. Pertencia à Companhia Brasileira de Novos
Hotéis. Hoje se chama Hotel Rio Olinda. A casa que vemos ao lado do prédio do hotel ficava bem na esquina da Rua Hilário Gouveia.
Segundo reportagem da época, “situado no ponto mais “chic” da Capital da República, com frente para o mar, o Hotel Olinda, instalado em imponente edifício próprio de linhas modernas e atraentes, está aparelhado com todos os requisitos mais recentes de conforto e elegância. Com 100 amplos apartamentos, ricamente atapetados e mobiliados com luxo, todo decorado com artísticos motivos inspirados na cidade de Olinda, como última homenagem de seu fundador, Sr. Othon Lynch Bezerra de Mello, à histórica cidade de Olinda e ao Estado de Pernambuco.
Com vasto e luxuoso “living-room”, perfeito serviço de bar, restaurante e cozinha da mais alta qualidade, o Hotel Olinda é ideal para viajantes e veranistas que desejem desfrutar as delícias da Praia de Copacabana no mais perfeito conforto e num ambiente de requintado bom gosto.
A solenidade de inauguração contou com a bênção do hotel pelo Ver. Padre Goes, estando presentes a Sra. Dona Maria Brito Bezerra de Mello, viúva do Sr. Othon Lynch Bezerra de Mello, os diretores da Companhia Brasileira de Novos Hotéis, Srs. Dr. Luiz Brito Bezerra de Mello, Dr. Othon Lynch Bezerra de Mello Junior, Dr. Arthur Brito Bezerra de Mello, Dr. Paulo Brito Bezerra de Mello e Dr. Dalmo de Vasconcelos Reis Pereira, bem como outras pessoas da família e diversos amigos.”
A casa da esquina, vizinha ao Hotel Olinda, segundo Maximiliano Zierer construída em estilo suiço-alemão é da primeira metade da década de 1910, e foi projetada pelo arquiteto Heitor de Mello. Sua proprietária era a Sra. Stella Pelew Wilson, que faleceu no ano de 1950. No local atualmente está o Edifício Solmar, Av. Atlântica número 2212, esquina com a Rua Hilário de Gouveia.
Mal se comemora o primeiro milhão e já vem trabalho de pós-graduação. Na primeira foto, um Mopar dos pequenos, 46-48. Estacionado, um Jaguar da mesma safra.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirAcompanharei os comentários, já que meu conhecimento sobre Copacabana é quase nulo.
Posso estar errado, mas a igreja citada na última foto aparece em um registro do Sr. Szendrodi poucos anos antes da demolição.
Bom Dia! Vou acompanhar os comentários ,pois não manjo quase nada de Zona Sul. Faltam 57 dias.
ResponderExcluirUm Copacabana ainda dos tempos dourados, onde podia-se dizer que era uma área somente para ricos e abonados. O Hotel citado na postagem já era prenuncio do emparedamento dessa magnifica orla.
ResponderExcluirA segunda foto é a que mais indica como Copacabana era um outro mundo... um ar de balneário, uma tranquilidade, a ausência de grades altas de metal e afins...
ResponderExcluirSob o risco de estar falando besteira, sobre esse "emparedamento" da orla de Copa, parece que depois do "boom" imobiliário neste bairro até o início da década de sessenta, trataram logo de estabelecer um gabarito mais restrito para Ipanema e Leblon...
ResponderExcluirAté que chegou o prefeito Tamoio e liberou a construção de arranha-céus e foi morar num deles.
ResponderExcluirFoi morar na Delfim Moreira, 458, no Condomínio mais luxuoso da época, chamado Juan Les Pin
ExcluirO Menezes tem razão quando afirma que Copacabana é lugar para ricos e abonados, e isso se manteve enquanto os grandes túneis não foram abertos e as favelas podiam ser controladas e eram adentradas sem maiores problemas. O túnel Rebouças, a Ponte Rio Niterói, a Linha Vermelha, e os elevados, levam diretamente para Copacabana a Baixada Fluminense e toda a periferia do "antigo Estado do Rio". O impacto desse acesso foi devastador, os resultados "saltam aos olhos", e as festas de Réveillon com a presença de três milhões de pessoas são uma prova disso.
ResponderExcluirCopacabana já não era um reduto só para ricos e abonados desde os anos 50, quando foram construídos muitos prédios com apartamentos "JK" - janela e kitchenette - tornando Copacabana uma das dez maiores cidades do país.
ResponderExcluirBem lembrado. Pelo que me consta em 1957 a Prefeitura do D.F proibiu essas construções, mas não adiantou. Botafogo e Catete também possuem esse tipo de construção. Eu tenho o folder da propaganda de lançamento do Ed.Alaska de 1952 com a planta dos imóveis. São dois tipos diferentes com uma média de 24 M2. Não é sem razão que prédios como esse possuem má fama.
Excluiros bairros do Rio variam conforme a legislação da cidade. Agora mesmo estão sendo propostas mudanças para permitir mini condomínios e fatiamento de construções acima da cota 100. Vamos ter cortiços compactos no morro. Moro em frente ao Humaitá. Como não se vê a encosta da rua venho fotografando o crescimento de favela de luxo. O sujeito deixa uma árvore alta e pela e escava a encosta por trás da copa. Belo dia derruba a árvore e aparece uma casa em 24 horas. No alto Jardim Botanico tem a casa do Iskin (o das próteses, que foi em cana). No topo da Rua Casuarina fica a "faveluxa".Um dia de chuva vai desabar o casario. Aí mil teorias, etc. Como é que se constrói lá? Permissão é de 3 andares.Mas cada andar... Por isso existem várias Copacabanas. A dos jk e a das coberturas da Martha Rocha e do Golden Gate, que visitei por ocasião de festas de conhecidos. Sonho! Atenção que vem aí a discussão sobre o Plano Diretor do Rio! E cada vereador ... Tenho esperança que o atual Prefeito se porte de acordo com a anunciada melhor carioquice.
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