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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

LEME

Do sempre atencioso e ilustre colaborador do “Saudades do Rio”, Maximiliano Zierer, recebi o e-mail abaixo, juntamente com as fotos que ora reproduzo. São estupendas. Essas fotos familiares nos permitem viajar no tempo.

 “Boa Tarde Dr. Darcy,

 Creio que vale a pena divulgar no SDR:

O David Groisman recebeu essas fotos inéditas de um palacete no Leme e divulgou no seu próprio Facebook, no álbum “Leme Antigo”. Quem enviou as fotos foi o bisneto do proprietário. Há inclusive algumas fotos internas, o que é raro. Eu acrescentei para o álbum do David Groisman mais 3 fotos do Augusto Malta com o mesmo casarão.

Casarão na Av. Atlântica esquina com a Rua Aurelino Leal, no Leme. Pertencia à família Nina Ribeiro. O casarão foi construído por Emilio Malcher Nina Ribeiro (falecido em 1926), bisavô do rapaz que cedeu essas fotos. A casa foi construída em 1918 e demolida em 1946. No local foi construído o Edifício Terramarear, número 514 (antigo Av. Atlântica 70). As fotos são do final da década de 1910. 

Das fotos do Augusto Malta, há uma com o casarão em final de construção (lado esquerdo) em 1918, e podemos ver que no segundo pavimento, no lado esquerdo, havia dois operários trabalhando sobre os andaimes, junto ao telhado. Outra foto mostra os estragos da ressaca do ano de 1919 na Av. Atlântica, com o casarão à direita. A terceira foto foi tomada pelo Malta do alto do morro do Leme e eu destaquei com um círculo vermelho a posição do casarão na orla do Leme, foto de 1918-19.

Na foto recente (google street view, 2019), o  Edifício Terramarear está no centro da imagem, e no seu térreo há o Boteco Belmonte.

Informação relevante: o engenheiro que projetou esse casarão, o Heitor da Silva Costa, foi o mesmo da estátua do Cristo Redentor! O Cristo Redentor foi concebido pelo Heitor S. Costa e construído em colaboração com mais dois franceses, o escultor Paul Landowski e com o engenheiro Albert Caquot.

Há braços”











A residência tinha frente para a Rua Gustavo Sampaio, lado para a Rua Aurelino Leal e fundos para a Avenida Atlântica. Construída em 1918 pelo arquiteto Heitor da Silva e pelo Mestre-Engenheiro Mignani, foi demolida em 1946. Em estilo neo-florentino tinha uma abertura central, um “solarium” descoberto, cercado de jardins e colunas de mármore.

10 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Hoje é dia de acompanhar os comentários e aprender.

    Na primeira foto do Malta parece que a praia estava com barricadas contra invasões...

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  2. Bom Dia! Hoje vou acompanhar o Augusto. Por certo vou aprender alguma coisa.

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  3. Uma sequência serviço completo, tipo "barba, cabelo e bigote".
    A área interna, tipo jardim de inverno, na verdade seria um ótimo local para as noites quentes de verão, em tempos de raros aparelhos de ar condicionado.

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  4. Construções como essa mostram o grau de sensibilidade do proprietário e obviamente seu poder financeiro. Mesmo nos tempos atuais não se vê construções dotadas de "Atrium", nem mesmo na "Miami Tupiniquim" (leia-se Barra da Tijuca) nem em seus diversos "quintais e puxadinhos" como Recreio dos Bandeirantes, as Vargens, Pontal, e é claro Curicica.

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  5. Bom dia a todos. Realmente era uma bela construção, infelizmente o "progresso" a levou ao chão, vida que segue, no futuro as novas gerações dirão o mesmo das construções que ainda restam na cidade. Mas na minha visão, acho que pior do que o avanço das construtoras sobre residências em bairros e locais de alta valorização imobiliária, são os imóveis públicos e privados com valor histórico, que estão abandonados por toda a cidade sem manutenção e desmoronando devido a ação do tempo. Acompanharei os comentários sobre esta residência.

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  6. Um Leme idílico e inimaginável para aqueles que nasceram próximo ou já na segunda metade do século XX.

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  7. FF: vi a notícia agora há pouco da morte de uma torcedora icônica do América, a "Tia Ruth". O clube decretou luto de sete dias.

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  8. Mais uma das belíssimas residências que haviam ao longo da orla de Copa. Sou um dos maiores lamentadores de belas construções da cidade que foram abaixo mas as casas localizadas ao longo das orlas da cidade, seria mesmo impossível mantê-las de pé até os dias de hoje.

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  9. O Barcelona (original) virou saco de pancadas na Champions League. Será que o genérico vai repetir a dose mais tarde?

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  10. A última foto é uma das mais bonitas que já vi de Copacabana, incrível.

    Imagina como era a realidade de morar no atual Leme, com aqueles grandes casarões, poucas pessoas, poucas casas.

    Só quem viveu mesmo!

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