Vemos, em foto garimpada pelo Nickolas, a Av.
Rio Branco com a mão de direção em sentido oposto ao dos dias de hoje. Segundo o
Rafa o prédio mais próximo é o Generalli (que ainda é o mesmo, muito
modificado) e, na outra esquina, o inconfundível Bozano,Simonsen. Vemos ainda
ao fundo o Edifício Avenida Central em construção (foi inaugurado em 1961) e
parte do Teatro Municipal ao fundo.
O
desaparecido FlavioM aumentou a foto e notou o decalque com a letra N, no vidro
dianteiro do táxi Chevrolet 38. Era indicativo de “Zona Norte”. Naquele tempo a
cidade era dividida em “zonas” e ao passar de uma para outra era permitido
ao motorista colocar “Bandeira 2” no taxímetro “Capelinha”.
Foto de M. Ackley, garimpada pelo Nickolas, mostrando o Rio em 1954, desta vez na esquina da Av. Rio Branco com Rua do Ouvidor, com a loja d´A Exposição (no interior um cartaz "Artigo do dia").
Reparem o simpático caminhão de mudanças da "Móveis Cruz", ou seria "Guarda-Móveis Cruz", telefone 25-4708, estacionado à esquerda.
Era uma época de mais cuidado no vestir e de
obediência às leis, haja vista o "burro-sem-rabo" parado no sinal,
esperando a luz verde. Os postes, as luminárias, a banca de jornal, a indicação
de "PARE - SIGA" para os pedestres, os tachões no asfalto, tudo nos
remete a outros tempos.
Acho que esta foto é do acervo da Última Hora. Vemos o final da Av. Rio Branco, perto do Palácio Monroe. Foi colorizada pelo Nickolas ou pelo Conde di Lido.
Por falar no Conde di Lido: Rufam os tambores, tocam os clarins, luzes se acendem, fogos espocam, sai da toca a Anta Copacabanensis (aquela que só é anestesiada por dardos embebidos em JWBL), flores coloridas enfeitam toda a República do Lido.
Isto porque hoje é aniversário do ilustríssimo Conde di Lido, grande figura. Humor fino (exceto quanto o botão do super-ego está em "OFF"), amigo de seus amigos, ex-mago da colorização, é um dos melhores "causeurs" do planeta com suas histórias dos tempos em que foi vizinho da Catherine Deneuve, do Peter Sellers e da Elke Sommer, "penetra" do Teatro Municipal, amigo do Ahmad (primo do Xá da Pérsia), conhecido do Jacky Ickx (com quem deu uma volta pela pista da prova “24 horas de Le Mans”), testemunha de um xixi no poste feito de madrugada pelo John Lennon ao descer de um táxi em Trafalgar Square, "attaché" do Piazzola quando da visita dele ao Rio, inquilino do Copacabana Palace, sobrinho do Cardeal Bertoni (ex-chanceler do Vaticano), protagonista principal da peça "O Rei da Abissínia e os escravos núbios", ex-secretário-geral da seção da América Latina da Sociedade Internacional de Ufologia, usuário do perfume Lancaster, estudioso da 2ª Guerra Mundial e pensionista do Min. da Saúde onde recebe “seis paus” por mês (um milionário). Enfim, uma pessoa simples.
Face à pandemia não haverá o tradicional jantar no Copacabana Palace. Aqui vão os parabéns do SDR.
Além do Chevrolet 38 descrito, há um 52, também táxi, com seus dentes lustrosos no meio da boca cromada. Na última foto, na calçada do senadinho, o São Borja, um Lincoln Zephyr 1939, aguarda a saída da garçone, visto que é meio dia e o senador vai ter que ir pro trabalho. O Lincoln Zephyr tem um motor V-12, muito suave , mas ruim de pegar quente - devia estar ligado.
ResponderExcluirAo Conde di Lido, meus parabéns ao colega escorpião. E muito Lancaster!
Para os "carros de praça" nessa época as exigências não eram tão rigorosas como atualmente e em razão disso carros com mais de 20 anos de uso rodavam sem problemas.## Era realmente uma "cidade dividida", só que em outro sentido: as distâncias. Sem os túneis as distâncias eram imensas. Daí a razão da diferença de tarifas ou "bandeiras". Ainda havia a "zona rural" e a "zona de difícil acesso".
ResponderExcluirFaltou dizer, se não me falha a memória, que o Conde foi morador de Paris, numa rua bem próxima à Torre.
ResponderExcluirJoyeux anniversaire, Bertoni! (com ajuda do Google tradutor).
PS: afinal, o que o Conde tanto fazia na Trafalgar Square que já viu John Lennon fazendo xixi no poste e o Paul McCartney dando milho aos pombos?
O Conde tem muitas histórias.
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirEstranho... A primeira foto postada pelo Nickolas originalmente mostra mais andares do Avenida Central e outros prédios.
Na última foto, ao fundo, o obelisco. Já perguntaram em grupos se ainda estava de pé. E ainda duvidavam da história dos cavalos amarrados na chegada dos revolucionários de 1930. Mesmo com registro fotográfico.
Em tempo, parabéns ao ilustríssimo comentarista.
ResponderExcluirA Bandeira 2 começava ali na altura da Penha, pela Av Brasil, e no Méier, quando o táxi vinha "por dentro". Pela orla, acredito que a bandeira "virava" a partir de S. Conrado...
ResponderExcluirBom dia a todos. Vou me centrar no comentário referente ao Banco Bozano Simonsen. É impressionante a quantidade de Bancos Nacionais que foram incorporados ou faliram e Estrangeiros que deixaram de operar no País, ocorrida nos últimos 50 anos. Mas o que mais me deixa impressionado são as pessoas dizerem que os Bancos são a razão dos juros altos, da inflação, que cobram altas taxas de serviço, que as suas margens de lucro são abusivas, etc, etc, etc. Ora se fazem tudo isso, pergunto porque tantos bancos saíram quebraram e os estrangeiros saíram do País.
ResponderExcluirAo mestre Conde di Lido, desejo um Feliz Aniversário, com farta comemoração e "bebemoração", para celebrar esta data.
ResponderExcluirPS. Faltou acrescentar as inúmeras expertises do mestre Conde, a de um grande pianista e uma que vem das raízes familiares a de Capelão, sabe ministrar uma cerimônia de casamento com profunda eloquência.
O caminhão da guarda-móveis já era um veteraníssimo na época da foto.
ResponderExcluirO Conde também foi blogueiro tempos atrás.
E o Cardeal Bertoni "caiu" junto com o Ratzinger. Se ainda vivo deve estar jogando dominó no asilo do ex-papa. Maldosos comentavam que o cardeal enviava, direto do Vaticano, uma mesada para seu sobrinho do Rio.
Claro que enviava.
ExcluirComo o Conde poderia viver vida de milionário com os 6 paus da aposentadoria?
Acabou de comprar uma cobertura na Atlântica, pois do Lido não sai. Está nos Estados Unidos para a Black Friday. Dali vai a Paris para uma semana em restaurantes estrelas Michelin, dá uma passada em Gstaad para esquiar e volta para o Natal. O Ano-Novo, pelo que me disse, será em Londres com a tia Beth.
este 6 mil de aposentadoria são realidade. Posso exibir os contracheques. Vcs apenas esquecem as rendas que eu tenho. De cara o envio do meu tio cardeal. Depois, a renda de 6 casas/castelos em Veneza que herdei. Além disso, uma pequena renda da minha mulher de uns castelos na Alemanha, que não chegam a 100.000 euros por mês... Sou um cara que vive dentro de um orçamento muito modesto...
ExcluirBom Dia! Na primeira foto um Volvo/ Carbrasa da E.L.A. Esse modelo de carroceria foi um dos primeiros a ser chapeado com alumínio, mas ainda com estrutura de ferro e janelas verticais. Na foto 3 a traseira de um "Camões" na linha 12.
ResponderExcluirAinda criança, lá bem no inicio dos anos 50, estacionava-se os veículos defronte as lojas da Av. Rio Branco, principalmente aos sábados, quando até mesmo os bancos funcionavam até o meio- dia.
ResponderExcluirO Conde deixa o Forrest Gump no chinelo ...
ResponderExcluirO Chevrolet 1952 era muito bonito. Aliás, a safra de Chevrolets da década de 1950 e parte da de 1960 só tinha modelos bonitos.
ResponderExcluirO Volvo/Carbrasa era muito comum. Fervia com grande frequência no calor do Rio. A Auto Viação Nacional tinha vários, de dois modelos diferentes.
Parabéns ao ilustre Conde pela data, aproveitando para pedir a dica de como passar de 4 para 6 paus, já que comigo continua nos 4 há anos e pelo noticiário o congresso vai vetar qualquer reajuste no próximo ano, portanto mais um ano parado nos milionários 4 paus.
ResponderExcluirEmbora o nobre Conde di Lido esteja muito ocupado festejando a feliz data e provavelmente não vai ler esses votos, ainda assim junto-me aos demais comentaristas desejando-lhe muitos anos ainda de vida, de preferência com qualidade.
ResponderExcluirJá está em tempo de a tia Elizabeth promovê-lo a Marquês di Lido e conceder-lhe o título de Sir. Afinal, quantas vezes ele trocou as fraldas dela. Ingrata!
Também felicito o Conde de Lido pela data de de seu natalício e também pelo comentário feito há algum tempo no qual afirmou que "O Rio é uma cidade maravilhosa desde que vista de cima", algo de uma mordacidade digna de Stanislaw Ponte Preta quando disse que...bem, "deixa isso pra lá".## Quanto a promoção do Conde, não custa esclarecer que os títulos de Conde, Barão, e Marquês, atualmente honoríficos, tiveram sua origem na Alta Idade Média e seus detentores além do poder feudal, também tinham sentido militar. Marquês é originário de "Marca" ou fronteira. O "Conde da Marca ou o Barão da Marca" eram guardiães das fronteiras. Um exemplo disso é o de Roger Mortimer, Barão de Wigmore, nobre inglês do Século XIV, amante da rainha Isabel da Inglaterra e que era casada com rei Eduardo II, o pederasta, e que foi o mandante do assassinato do mesmo, além do seu título de Barão também era "Conde das Marcas Galesas' e Juiz da Irlanda. Portanto "nobre é tudo a mesma coisa".
ExcluirAchei bem curioso esse sistema de cobrança de bandeira 2. Nunca tinha ouvido falar. O Flávio teve olhos de lince.
ResponderExcluirQuanto à colorização, foi feita por mim, ainda em tempos de completo amadorismo, em que sequer me preocupava com marcas d'água e minha atividade em grupos de fb ainda engatinhava...
Por fim e mais importante, parabéns ao nosso nobilíssimo comentarista, bon vivant multitalentoso e ostentador de histórias dignas de alguém que sempre esteve no lugar certo na hora certa.
Em Madrid também é assim. Mudou a zona muda a velocidade do taxímetro.
ExcluirOntem o Joel comentou às 09:47h sobre o programa do Tino Junior, da TV Record, sobre a criminalidade no Rio. Hoje esse assunto está sendo o mais citado no Twitter. Para quem ainda acha que o Rio é a Cidade Maravilhosa, recomendo assistir ao Tino. Todo dia, a partir das 11h, na Record.
ResponderExcluirFeliz aniversário ao eminente Conde, um dos últimos representantes da realeza no Brasil!
ResponderExcluirBoa Tarde! Ainda em tempo de parabenizar o Conde.
ResponderExcluirOs últimos nunca serão os primeiros, porém aproveito a oportunidade para felicitar o globe trotter conde por mais uma passagem de ano de vida. Com certeza, à noite vou lembrá-lo com algumas doses de JWBL, como bem sugeriu o MD gerente do estabelecimento.
ResponderExcluirMuito obrigado aos que, aqui, deram-me felicidades pelo aniversário. Ao Joel, principalmente, devo esclarecer que o título de Conde se refere ao Brasil, herdado de antepassados e continuado pela decisão de PII que definia a herança do título. Na Itália, tenho o título de Duque, também herdado de antepassados. Obrigado a todos!
ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirParabéns Conde! Felicidades!
Tudo de bom!
Ontem passei o dia na cidade que tem por lema "Non ducor, duco". Ponte aérea lotada. MASP uma beleza . Parabéns ao onipresente Conde , testemunha ocular da história , segundo depreendi!
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