Vemos um trecho da Avenida Presidente Vargas na década de 50, onde ocorreu um acidente entre o bonde "Piedade" e um automóvel. Chamam a atenção as simpáticas sacadas dos antigos pequenos prédios.
O trecho da Pres. Vargas parece ser o do sentido
Zona Norte-Centro, trecho logo após a Praça da República e a Rua Tomé de Souza, pois
podemos ver do outro lado o Colégio Rivadávia Correia.
O muro branco é o
Panteon de Caxias, no vão entre o 1º e o 2º poste preto podemos ver o letreiro
da Cinzano na frente da Central que não aparece na foto, no vão do 2º e 3º
poste pode-se ver as palmeiras do mangue, e para finalizar o letreiro preto, atrás do poste do outro lado da rua, é os
fundos da antiga delegacia de vigilância da Rua Larga ou Marechal Floriano.
Em matéria de carros, é
um show. Segundo um especialista (terá sido obiscoito?) parece que o Chevrolet
1949-50, que é o primeiro carro junto à divisória, é o carro mais moderno na
foto. Atrás dele, um Ford 46, um Packard 46-47 e um Citroën 11 Légère. Ao lado
dessa fila, um Ford 40 Furgão. O bonde atropelou um Studebaker 47. Na frente
dos populares estão um Chevrolet 46, um Ford 39 e um Hudson 46-47.
Ou o trecho não seria o descrito?
Nesta foto bem antiga a informação é de que o bonde "Piedade" estaria na Rua Adolfo Bergamini.
O trajeto do bonde "Piedade", linha 77, era Largo de São Francisco de Paula - Andradas - Presidente Vargas - Praça da Bandeira - Mariz e Barros - São Francisco Xavier - 24 de Maio - Dias da Cruz - Adolfo Bergamini - Amaro Cavalcanti - Praça Sargento Eudoxio Passos - Clarimundo de Melo - Assis Carneiro.
Quem teria levado a
melhor nesta “traulitada” entre o bonde “Piedade” e um caminhão?
Outra vez o bonde “Piedade” na Rua Adolfo Bergamini.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirChamou a minha atenção os carros estacionados entre as pistas da avenida na primeira foto. Ainda dava para fazer...
Sobre o bonde, vou acompanhar os comentários.
Propaganda de ótica na terceira foto e do café Capital na quarta.
Três bondes com números de ordem diferentes nas três últimas fotos. Não dá para ver o da primeira.
Parece ser 2031
ExcluirEsqueci de abrir a foto em outra guia para ver mais detalhes... Dá quase para ver também a propaganda. Rica ou Rita...
ExcluirO bonde da primeira foto é um "Taioba" e o numero é esse mesmo 1. Os demais são Bataclans. Na seção "M" as duas linhas que usavam Bataclã eram a 77 Piedade e a 79 Licínio Cardoso. Raras vezes na 78 Cascadura e 84 José Bonifácio.
ExcluirMauro, o taioba é o da segunda foto e o número dele é 4. Parece 1 na foto porque ela está muito escura.
ExcluirEm tempo: ainda na primeira foto, na pista lateral do sentido oposto, vários veículos estacionados. Incluindo caminhões.
ResponderExcluirA primeira foto é mais uma prova da atual decadência moral, material, social, e política do Rio em comparação com o passado, apesar de que "alguns' achem o contrário. O cidadão de "jaquetão" lendo um jornal mostra o clima de tranquilidade vivido. Será que atualmente seria possível esse gesto? A varanda do "sobrado" com várias pessoas indica que ali funcionava uma "firma", repartição, ou empresa, e o mastro de uma bandeira corrobora isso. O local é próximo à esquina do "Campo de Santana" e da Igreja de São Jorge. No lado oposto (lado par) tudo "veio abaixo" e apenas o prédio do Colégio Rivadávia Correa ainda está de pé. Existe ao lado dele o prédio novo da Quarta Delegacia Policial e também grandes espaços vazios. Diariamente às 11 horas nesse trecho da Presidente Vargas junto à Igreja de São Jorge forma-se uma grande fila de moradores de rua para a entrega de "quentinhas", uma espécie de "sopão". O centro da cidade atualmente é uma "terra arrasada" com poucas perspectivas de melhora.
ResponderExcluirA identificação da primeira fotografia bem pode ser deste colaborador, pois me lembro da foto e o termo "mais moderno da foto" me é bem comum, para ajudar a datar o evento.
ResponderExcluirCertamente o local da foto é entre o Campo de Santana e a Candelária - depois do Campo seria impossível estacionar os caminhões. Para mim, a identificação do local está bem razoável.
Na primeira foto a direita,um carro dos anos 20,no máximo início dos 30,me intrigou..é Europeu,com cara de inglês e de estirpe nobre...parece até um Rolls Royce.
ResponderExcluirErick, você se refere a um sedã que aparece acima do ônibus?
ExcluirNão vejo nada do lado direito que não tenha sido identificado.
Isso,quase no centro da foto,atrás do ônibus, na segunda pista...
ExcluirParece um Packard e é um automóvel dos anos 30. Note que os carros europeus tinham faróis enormes (12" e até maiores) nos anos 30, em relação aos americanos (7"). E aqueles farois parecem pequenos.
ExcluirVerdade,depois analisando melhor,pensei em um Packard do início dos 30,a grade me enganou um pouco,pois na foto parece bicuda pra cima...
ExcluirBom dia a todos. Hoje teremos aula do mestre Hélio.
ResponderExcluirNa primeira foto destaque também para a grade de fofo das varandas e os antigos postes de iluminação da Av. Pres. Vargas.
Nas demais fotos bondes da linha Piedade.
O trajeto do bonde 77 mostra uma particularidade: todo o tráfego de bondes em direção à Piedade e ao Engenho de Dentro seguia obrigatóriamente pela Dias da Cruz e Adolfo Bergamini, e daí à esquerda na Amaro Cavalcante e Clarimundo de Melo. Os bondes que se dirigiam ao Méier entravam na Dias da Cruz até a Estação de bondes do Méier e retornavam pela Silva Rabelo, Tenente Cerqueira Leite, e novamente pela Amaro Cavalcante e 24 de Maio. Em todo o trecho da Amaro Cavalcante entre a Tenente Cerqueira Leite e a Adolfo Bergamini e que margeia a estrada de ferro até a estação do "Engenhão" não havia tráfego de bondes.
ResponderExcluirO "sumiço" (à la David Copperfield) do prédio da Central é devido ao mesmo fenômeno de perspectiva responsável pelo "desaparecimento" do edifício do Gerente nas fotos da Lagoa, publicadas dias atrás.
ResponderExcluirNo final dos trilhos da última foto está a região do "Chave de Ouro" e lá no fundo da foto aparece o morro da Camarista Méier sem barracos. Mais acima fica a ainda incipiente "Estrada Grajaú-Jacarepaguá.
ResponderExcluirPresidente Vargas é um festival de aberrações , além de derrubar um grande número de prédios históricos até hoje não foi concluída. Para usar uma comparação podemos faze-lo com a Rio Branco. Não houve desapropriações dos terrenos como um todo.
ResponderExcluirOutra aberração que só plantaram árvores nos anos 60. Com nosso solzinho de verão. Ainda botaram nome de um ditador, mais Brasil impossível.
Rua Assis Carneiro era a da fábrica do Açúcar União. Como faz tempo que não passo lá, nem sei se a fábrica continua no local.
ResponderExcluirLi uma matéria interessante uma vez que falava sobre a aversão que a turma de Sampa tem pela figura do Gegê. Parece que eles não perdoam a quartelada de trinta, que gerou os consequentes movimentos constitucionalistas, onde muitos paulistas morreram.
ResponderExcluirNão à toa que é muito raro ver alguma avenida, ou simples nome de rua "Getúlio Vargas" nas terras Bandeirantes...
Origem Nome Bairro da Piedade.
ResponderExcluirFui coordenador do curso de direito da Universidade Gama Filho. Instituição primorosamente concebida pelo Min. Luiz Gama Filho, desfigurada com o tempo. Poderia ser considerada, com alguma generosidade, a PUC da zona norte nos anos 70/80. Reza a lenda que, como a estação de trem da área se chamava "Gambá", uma senhora religiosa e inconformada escreveu ao administrador da Região, pedindo que fosse trocado o nome de Gambá, e concluiu: "por Piedade!". O pedido foi deferido e o bairro mudou de nome.
Não era bem esse o nome que ela queria, mas o sujeito entendeu assim
ExcluirEstou ocupado agora pela manhã. À tarde comentarei.
ResponderExcluirGetúlio Vargas foi o maior presidente que o Brasil já teve e nada mais justo que a maior avenida construída até então tivesse seu nome em sua homenagem. Se houve influência germanófila em sua concepção, paciência. Afinal a sua imponência justifica tudo.
ResponderExcluirEu discordo. Acho que foi o presidente-ditador mais longevo que o Brasil já teve. Não esqueço que deixou herança bastante populista através de seus filhotes Jango e Brizola.
ExcluirGetúlio Vargas depois voltou à Presidência através do voto popular, o que demonstra aprovação. Em uma época conturbada e conduziu o país com "mão de ferro" diante de uma guerra civil e de uma ameaça comunista, dispensando aos comunistas e integralistas o "tratamento adequado". Apesar dos excessos praticados por indivíduos como Filinto Muller, sua atuação para exterminar o Cangaço no Nordeste foi correta e no caso de Olga Prestes agiu com a energia que o caso requeria.
ExcluirCabe aqui uma explicação ao comentário das 9:20 quanto ao plantio de árvores a partir dos anos 60. A grande maioria das vias era servida por bondes elétricos que eram alimentados por cabos suspensos no alto e em muitas era impraticável a existência de árvores. Na Avenida Edison Passos por exemplo no Alto da Boa Vista, todo o leito da antiga linha de bonde está coberto de árvores em toda a sua extensão, a Major Ávila (rua das flores) entre os Cinemas América e Carioca e que era o retorno dos bondes do Méier na Praça Saens Pena é atualmente "uma Floresta, a rua José Vicente no Grajaú fazia parte do trajeto do 68 "em linha singela" é repleta de árvores que não existiam até meados dos anos 60, e em muitas ruas da cidade aconteceu a mesma coisa. Pelo para isso a erradicação dos bondes serviu...
ResponderExcluirCom certeza, no mundo todo onde passava bonde não tinha árvore. Era a solução.
ExcluirFalando em UGF, recentemente o local do campus foi declarado de utilidade pública, para fins de desapropriação.
ResponderExcluirOs paulistas até hoje se ressentem de 1930, tanto que dois anos depois tentaram um "contragolpe".
Deixaram estragar quase toda a biblioteca para depois doar o que sobrou para a UNI Rio.
ExcluirPais que feijão estragar uma biblioteca...
Como meu interesse pelos bondes surgiu a partir dos seus números de ordem, é natural que em todos os meus comentários aqui eu acabe citando-os. Mas atentem que associar um bonde a uma seção de tráfego é algo que demanda citar o ano ou período, já que não era incomum um bonde específico mudar de uma seção para outra. Da mesma forma, dizer o nome de uma linha também cai no mesmo caso, porque havia mudanças nesses nomes de vez em quando.
ResponderExcluirNas fotos em questão, referentes todas à linha Piedade, que era da seção Méier, esclareço que todos os bataclãs dessa seção, no período 1962/66, tinham números de ordem entre 2001 e 2031, com exceção do 2006 (JB) e o 2024 (Penha). Nas fotos de hoje, vemos então o 2001, 2003, 2005 e 2031.
Quanto à foto do bonde de número de ordem 4, tratava-se de um taioba. Eu mesmo não me lembro de ver taiobas rodando, porque eles acabaram antes que meu interesse por bondes começasse. Em extensa pesquisa à hemeroteca da Biblioteca Nacional, procurei descobrir quando foi esse fim dos taiobas. Não consegui algo concreto e definitivo, porém a última citação a eles em notícias de jornal datava de 1955. Por isso, imagino que tenham sido extintos mais ou menos nessa época.
ResponderExcluirSegundo li, eram de cor marrom, ao invés de verde, como o resto da frota.
O número de ordem deles era muito baixo, iniciando em 1. Não sei o maior número, mas creio que não chegava a 50. Tenho fotos de poucos: 1, 4, 7, 8, 20 e 28.
Eu me lembro de ter visto bondes Taioba. Eu era bem pequeno e lembro que eram de cor marrom de tonalidade idêntica a dos vagões de madeira da Leopoldina.
ExcluirQuanto a data das fotos, a do 2001 é 15/01/1956 e a do 2003 é 03/01/1959. Não sei a data das demais.
ResponderExcluirCom relação ao presidente Getúlio Vargas, tenha ele sido o que for, o fato é que no Brasil inteiro há ruas, avenidas, bairros e cidades com o nome dele.
ResponderExcluirNum breve levantamento quanto a cidades, temos:
Getúlio Vargas ==> RS
Presidente Getúlio ==> SC
Presidente Vargas ==> MA
Não obstante, também temos cidades com nomes dos presidentes Médici, Castelo Branco, Kennedy, Juscelino, Sarney, Figueiredo, Jânio Quadros, Dutra e vários outros. Dos militares, não há com os nomes de Costa e Silva nem Geisel.
Só em SP, temos Presidente Alves, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente e Presidente Venceslau.
Um caso que bem comprova o jeitinho brasileiro é o fato de que numa determinada época era proibido dar nomes de pessoas vivas a municípios. E o Paraná resolveu homenagear o governador Ney Braga. Mas ele ainda era vivo. O "jeitinho" foi criar um município e denominá-lo de Braganey.