O Visconde de Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos (estadista, diplomata, militar e jornalista), nasceu na Bahia no ano de 1819 e foi um dos mais ilustres estadistas do seu tempo. Ministro de diferentes pastas, exerceu várias missões diplomáticas importantes. Faleceu em 1880.
Era pai do Barão de Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos Junior (diplomata, historiador, jornalista, professor, biógrafo, foi o patrono da diplomacia brasileira).
Esta belíssima foto mostra o Largo da Glória (situado entre as ruas da Glória, do Catete e do Russell). Este largo foi alinhado e demarcado em 1810. Sofreu grandes reformas em 1900. No centro da praça podemos ver o monumento do Visconde de Rio Branco.
Por iniciativa do "Jornal do Comércio" que abriu subscrição pública em 1881, um ano após o falecimento do Visconde, foi encomendado um monumento, modelado e fundido em Paris pelo escultor Charpentier.
À direita vemos o Palacete São Cornélio, que foi motivo da postagem em https://saudadesdoriodoluizd.blogspot.com/2018/10/asilo-sao-cornelio_17.html
Ali funcionou a Faculdade de Medicina Souza Marques, mas nos últimos tempos estava abandonado. É imóvel tombado pelo IPHAN.
A foto mostra a inauguração do monumento, que teria ocorrido em 13 de maio de 1902.
A estátua foi removida da Glória para Copacabana em 1938. Podemos vê-la na parte inferior desta imagem de meados dos anos 1960, no canteiro central da Av. Princesa Isabel, em Copabana.
Quando abriram seus alicerces, naquela ocasião, acharam
uma caixa de chumbo cheia de moedas, doadas depois ao Museu do Itamaraty.
Em meados da década de 1990, como resultado das obras do "Rio-Cidade", o monumento mudou de lugar mais uma vez, para a vizinha Praça Demétrio Ribeiro, que fica logo à direita de quem sai do Túnel Novo e se dirige para a Barata Ribeiro. Neste local o monumento fica bem escondido pelas árvores.
Quando da publicação original da última foto, com tantos carros, ônibus, ônibus elétrico, Obiscoitomolhado comentou: "Aero-Willys, DKW táxi, Rural Willys, Chevrolet (1954?), Bel-Air, caminhões. Interessante o carro funerário lá em cima - sobre Chevrolet 3100, 48-51 - e o carro de serviço da Light, Chevrolet Apache, de 55 a 59. Ele está entre uma Rural e um Fusca, pouco à frente do trolleybus. Aqueles armários laterais eram inconfundíveis, embora tenha achado a cor um pouco escura para ser verde-Light (mas não tinha outro). Um monte de Fuscas e DKW e um Aero-Willys cinza-claro, que me parece ser o carro mais novo na foto, de 1965. Um De Soto 53 (dos falsos, sobre Plymouth, vieram muitos para cá), dois Ford 1951 e o Bel-Air 55. Um solitário táxi Chevrolet do final dos anos 30 (tem outro 1949-50) e, finalmente, a proporção 16 VW contra 2 Gordini dá a dimensão da popularidade do Fusca."
Como eu enxergava...
ResponderExcluirA primeira foto mostra a beleza do Rio antigo. Nunca tinha ouvido falar dessa praça e não sabia que o Visconde e o Barão eram pai e filho.
ResponderExcluirE como os monumentos trocam de lugar no Rio. Pelo menos este não desapareceu como alguns outros que são retirados para manutenção e somem.
Pai visconde, filho barão e neto jogador de rugby.
ResponderExcluirFilho do Barão de Rio Branco, Paulo Agenor do Rio Branco da Silva Paranhos (Paris, 10 de julho de 1876 — Paris, 17 de fevereiro de 1927) foi um jogador de rugby.
Estudou medicina em Paris. Foi o primeiro jogador de rugby de nacionalidade brasileira a chegar a um nível internacional.
Foi um dos melhores jogadores do time francês Stade Français, ganhando seis títulos de campeão nacional, em 1893, 1894, 1895, 1897, 1898 e 1901. Também foi por duas vezes vice-campeão. Jogava de fullback.
Foi voluntário como médico civil durante a Primeira Guerra Mundial e serviu no hospital auxiliar Franco-Brasileiro, dependendo da Cruz Vermelha. Esses fatos levaram-no a receber do governo francês a mais alta homenagem por ele conferida, a medalha de Chevalier de La Légion d’Honneur, ou seja, cavaleiro da Legião de Honra.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirO Rio Cidade não é da década de 60. Ou teve outro que eu nunca tinha ouvido falar? Em 2017 estive no cemitério do Caju e vi o mausoléu da família, com os túmulos de pai e filho.
Erro de digitação. Corrigido, Obrigado.
ExcluirTanto no Largo da Glória quanto na Av. Princesa Isabel os espaços continuam lá, deixando a dúvida sobre os motivos da transferências.
ResponderExcluirNão sei dizer se o buraco do metrô teria interferido, mas como ela mudou bem antes fica a dúvida.
A diferença do local atual é que o número de passantes em frente à estátua deve ser maior.
Podas de árvores na época e na quantidade certa são bem vindas.
Hoje eu tô fora e não vai ter sambarilove.
ResponderExcluirO Luiz não publicou as fotos do encontro do dia 24 no Degrau.
ResponderExcluirProblemas com os direitos de imagem...
ExcluirMuita gente pensa que o título do Barão teria sido herdado do pai, fato comum na Europa. Só que aqui isso não era possível. Há quem sustente que esse foi um dos fatores que contribuíram para a queda da monarquia, já que os "herdeiros" dos títulos não tinham o estímulo suficiente para lutar pelo status quo.
ResponderExcluirVisconde é uma corruptela de vice-conde. E barão o é de varão, já que em certas regiões de Portugal e Espanha o B e o V possuem sons parecidos, num processo chamado de betacismo. Uma prova disso é que o povo basco também é chamado de vasco, nome derivado de vascongado.
ResponderExcluirOutro exemplo é o Golfo de Biscaia, também chamado de Viscaya.
Meu avô materno, segundo minha mãe, falava "baca"...
ExcluirAnônimo, essa é apenas uma meia verdade. Na Europa feudal, da qual o Condado de Portucale fazia parte desde tempos maís remotos, o título de Barão além de ser nobiliárquico, implicava também em posse de terras e poderio militar, além de designar de forma genérica grandes senhores feudais, fossem eles Condes, Barões, ou Duques. A sua explicação é demasiado restrita a terras ibericas.
ExcluirAnônimo das 16:34h, vide meu comentário abaixo, das 16:04h, no qual eu restringi a relação aos títulos adotados em Portugal. Se fosse listar todos os existentes no mundo, seria algo extremamente longo. Aqui no Brasil, ao que eu saiba, o título de Barão era designado também a quem de alguma forma ajudasse o rei ou imperador, fosse com realizações importantes, fosse com empréstimos ou doações à Coroa. Era um tipo de agradecimento ou reconhecimento.
ExcluirMarquês, por exemplo, originariamente foi criado no império Carolíngio e era designado aos responsáveis pela defesa de territórios limítrofes com povos inimigos. Um bom exemplo é a Steiermark (Marca da Estíria), na Áustria, que faz limite com povos eslavos e húngaros. Com o passar do tempo essa restrição deixou de existir e alguém poderia ter o título de marquês sem sequer governar ou ter posse de terras.
Assim, é muito complicado dizer exatamente o significado de cada título, porque ao longo dos séculos variou dentro da mesma monarquia, o que dirá entre monarquias diferentes.
Minha madrinha de origem portuguesa, arredores do Porto também falava "baca". Ou então "gostas de vatatas?". Era engraçado quando pedia a ela para falar: "Bento, sai do vento!"... ela dizia: "Vento, sai do bento!"
ExcluirA sequência de títulos nobiliárquicos varia de acordo com o país e com a época. No total há muitos títulos, mas no caso daqueles adotados em Portugal a ordem é: Imperador, Rei, Príncipe Imperial, Príncipe, Infante, Duque, Marquês, Conde, Visconde, Barão, Senhor e Cavaleiro.
ResponderExcluirEm outros países havia títulos específicos, como Grão-Príncipe, Delfim, Arquiduque, Grão-Duque, Baronete e Escudeiro. Mas o assunto é vasto, pois aqui não estão relacionados títulos de países árabes e indicanos, por exemplo.
Duque de Caxias > Marquês de Sapucaí > Conde D'Eu > Visconde de Mauá > Barão do Rio Branco...
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ExcluirRua do Imperador (Realengo)
Avenida Rei Pelé (Maracanã)
Rua Príncipe da Beira (Del Castilho)
Avenida Infante Dom Henrique (Flamengo)
Rua Duque Estrada (Gávea)
Rua Marquês de São Vicente (Gávea)
Rua Conde de Agrolongo (Penha)
Rua Visconde de Pirajá (Ipanema)
Rua Barão de Melgaço (Cordovil)
Rua Senhor dos Passos (Centro)
Rua dos Cavaleiros (Cabo Frio)
Errata: indianos em vez de indicanos.
ResponderExcluirEstá acontecendo agora no MHN o "momento saideira" evento gratuito preparando para o fechamento temporário do museu a partir de segunda-feira, para reformas estruturais.
ResponderExcluirCorrigindo, o evento será amanhã, 05/12...
ExcluirNa foto 1, um jardim bem cuidado, diferentemente dos matagais de hoje. As árvores parecem oitizeiros. No meio da foto, perto das palmeiras, a estátua de Cabral que ainda se mantém nas cercanias. Será que o prédio do Elixir Nogueira já existia, ali na rua da Glória?
ResponderExcluirNa foto 2, um grande prédio, que não parece ser residencial, domina a praça. O prédio da faculdade Souza Marques já estava abandonado desde o final do século passado, mas olhando agora no Google Street View, é assombroso o estado do prédio, que tem até faixa de "Vende-se". Quem vai querer comprar um imóvel tombado nesse estado precário? Sem contar, os camelôs, que já naquela época (final do século) estendiam seus plásticos vendendo bugigangas e quinquilharias e ocupando quase toda a calçada da rua da Glória até o início da rua do Catete.
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