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sábado, 4 de janeiro de 2025

DO FUNDO DO BAÚ: FESTA DE ANIVERSÁRIO

 

As festas de aniversário das crianças, antigamente, não eram as grandes produções que acontecem atualmente. O mundo mudou. Se para melhor ou pior, depende da opinião de cada um.

A foto de hoje, provavelmente de uma campanha publicitária, lembra as festas dos anos 50/60.

Todas as crianças iam muito bem vestidas, com sapatos reluzentes: os meninos de calça curta (às vezes com suspensórios) e cabelos tipo "cadete" ou "príncipe Danilo", bem fixados com Gumex; as meninas com vestidos bordados, tipo "casinha de abelha", uma pequena medalha presa no vestido e uma pulseirinha, ambas de ouro.

As festas eram na casa do aniversariante, sempre havia espaço para brincar, com a recomendação de que não se sujasse a roupa (a qual, obviamente, os meninos não seguiam).

Eram tradicionais os cachorros-quentes, sanduíches de queijo e presunto ou aqueles feitos com pão de forma e pasta de sardinha colocados na geladeira embrulhados em pano úmido, os brigadeiros, olhos de sogra, cajuzinhos, beijinhos de côco e o bolo.  Para beber usualmente era servido Guaraná.

Muitas vezes passavam-se filmes, com o Gordo e o Magro, Hopalong Cassidy, Carlitos e Cantinflas, pela "Correia Souza Filmes", com direito a gritaria e sapateado, quando o "mocinho" aparecia, e a vaias quando o filme saía das carretilhas. As brincadeiras eram: cabra cega, quebra do pote, dança das cadeiras, colocar o rabo no gato com venda nos olhos, etc.

Nas festas das famílias mais abonadas havia "show" com palhaços ou com um mágico. No final os convidados ganhavam uma bola de encher (que sempre estourava antes de chegar em casa), um chapéu de papel crepon, um apito e uma língua-de-sogra.

Hoje em dia, é alugado espaço numa casa de festas, tudo caríssimo: animadores infantis, música alta, uma infinidade de brindes para os convidados, enfim, uma superprodução com temas do momento. E acabou a alegria do aniversariante de abrir os presentes na própria festa. Hoje os presentes são recolhidos na porta do evento e colocados num grande saco que é entregue ao aniversariante depois da festa.

Antigamente tudo terminava cedo, por volta das 20 horas, pois, naqueles tempos, as crianças dormiam cedo. Era um tempo em que criança era criança, se vestia como criança, seu lazer era de criança! Hoje há uma tendência de fazer da criança um miniadulto, roupas iguais às de adulto, programas de adulto, horários de adultos.


54 comentários:

  1. Guaraná Champagne Caçula esteve na minha primeira festa com crianças da escola, quando fiz dez anos. O bolo foi dentro de casa, mas as brincadeiras foram na Rua Teresina, animadas pela nossa professora do quarto ano, Dona Sônia, um privilégio porque não me lembro de ir a festas de colegas com professora em ação. Era um tempo em que elas ainda não tinham parentesco conosco..
    Quem se atrever a abrir obiscoitomolhado.blogspot.com vai ler uma pequena aventura cítrica nesta mesma rua.

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  2. O texto está perfeito, Luiz! as festas de aniversário nos anos 60 eram assim mesmo. Eu detestava meu aniversário e minha mãe sempre queria convidar os amiguinhos da rua e eu ficava p...da vida, mas não tinha jeito. Faltou citar a brincadeira da maçã, que ficava pendurada e a criança vencedora era aquela que conseguia morder a maçã sem tocá-la. As famílias mais abastadas contratavam um camarada para projetar os filmes e contratavam mágicos.

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  3. Eu também não gostava de ter que me arrumar todo para aniversários. Detestava os suspensórios e os sapatos novos que machucavam o calcanhar.
    Não via graça nas balas de coco envolvidas naquele papel branco com um rabicho. E detestava também ser obrigado a comer uma fatia de bolo com talher de plástico.
    Achava a dança das cadeiras estressante.

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    1. As balas eram enjoativas, os sapatos um estorvo, a dança das cadeiras um saco, eu sempre era um dos primeiros a sair.
      O garfo de plástico quebrava e a faca não servia para nada.

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  4. Bom dia, Dr. D'.

    As festas, das quais eu me lembro, são dos anos 70 e 80. Na maioria, fui de carona com a minha irmã... nada muito diferente, bolo, refrigerantes e salgadinhos. As brincadeiras de praxe, quando havia espaço.

    Lembro de um caso, já relatado em outras postagens, de um vizinho que comprou no bar um engradado de Coca 290ml para uma festa e todas chapinhas estavam premiadas com uma promoção da época.

    Hoje algumas festas de criança refletem muito mais o gosto (às vezes duvidoso) dos pais...

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  5. A foto acima me fez lembrar uma festa em especial de uma amiguinha, cuja mãe trabalhava fora e, portanto, não tinha tempo nem disposição para confeccionar os docinhos. Como saída comprou bombons, doces, chocolates, etc, tudo da Kibon. Como era praxe, só devíamos nos servir após cortar o bolo. Ritual seguido, luz apagada, vela acesa, parabéns cantado e ao se acender a luz, surpresa ! todos os pratinhos completamente vazios, a mãe com cara de decepcionada e os santinhos com os bolsos cheios e aquela cara de gato que comeu o passarinho.

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  6. Lembrei dos bolos deliciosos de aniversário dessa época, eram gigantes e sempre sobravam pro café da manhã no dia seguinte. Hoje são bolos já prontos, pequenos, sem graça e com gosto de gordura hidrogenada, que valem uma nota.

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    1. Na vila que ficava na mesma rua onde eu morava uma senhora era doceira e recebia várias encomendas para festas das crianças da região. Lá em casa era exceção. Minha mãe mesmo fazia os bolos para as "festas" geralmente restritas aos parentes, pelo minúsculo espaço disponível. Muito raramente comprávamos bolos ou tortas na Gerbô do Tem-Tudo.

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    2. A vila ainda fica na rua onde eu morei...

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    3. A lembrança da Gerbô é digna do Fundo do Baú; loja famosa, doces (e salgados) ótimos, tinha filiais em diversos bairros.
      Eu gostava particularmente de uma tortinha com recheio de creme e que levava uma uva verde em cima e do palmier grande.
      Em uma rápida pesquisa, vi que a Gerbô foi fundada no Rio de Janeiro em 1944 por uma família de imigrantes húngaros que fugiram da segunda guerra mundial e que fechou em 1999.

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  7. Bom dia.
    Uma das festas a que fui no início dos anos 60, por tão diferente do padrão habitual, ficou na memória.
    Foi em um clube na Lagoa, Monte Líbano (?) , teve mágico, projeção de desenhos animados e bolo de sorvete !
    Outro patamar.

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  8. Outro dia fui obrigado a pegar meu neto numa casa de festas dessas badaladas. Havia uma porção de telas com jogos eletrônicos. Na hora do parabéns vários convidados ficaram jogando nem indo à mesa com o aniversariante. Essa nova geração vai mal.

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  9. Só acrescentaria que os chapéus de papel e língua de sogra eram entregues aos convidados antes do parabéns, porque aparecem em fotos em volta da mesa do bolo e doces, bem na hora de soprar as velas de um dos meus aniversários dos anos 60.
    O guaraná Antárctica, caçula ou o de 290 ml, era obrigatório lá em casa, até porque a minha mãe não aceitava outro refrigerante, nem mesmo o guaraná da Brahma. A maioria dos demais presentes na s festinhas preferia Coca-Cola mesmo.
    Mesmo só nós da casa em almoços de domingo tinha a Coca Família, depois veio a de 1 litro, dividido entre eu, meu irmão e meu pai, que antes bebia uma cerveja "para abrir o apetite", e o guaraná de 290 ml da minha mãe, que ela não tomava todo e eu ainda conseguia alguma sobra do fundo da garrafa.

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  10. Houve uma época que as mães com recursos reduzidos começavam a comprar leite condensado com bastante antecedência para os docinhos de festas. Eram os tempos de Leite Moça e Glória praticamente sozinhos nesse mercado.
    Com o surgimento de outros laticínios chegando no RJ, e o Plano Real segurando a inflação, os preços doo produto ficaram mais acessíveis.

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  11. Como o tema é "crianças", aí vai uma definição do genial Millôr":
    “Criança é esse ser infeliz que os pais põem para dormir quando ainda está cheio de animação e arrancam da cama quando ainda está estremunhado de sono. “

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  12. Muito e bem dito, era o padrão da época. O gumex secava após a festa e o cabelo ficava duro.
    Fui a uma festa fora da curva na época, de uma moça filha do Marcos Tamoyo, que depois viria a ser prefeito, e que tinha nada mais nada menos que o Circo do Carequinha in totum com Zumbi, Polidoro, anão, acrobata sapo etc. no lay do prédio. Um sucesso!
    No padrão normal destaco os filmes do Comedy Capers e o Parabéns cantado ao final da projeção. Era a Correa Souza Filmes que alugava as películas, sempre trazidas por um sonolento operador de projeção com um bigodinho T, que mecanicamente montava a tela e passava o filme em rolos grandes de metal. Crianças sentadas no chão e felizes.

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    1. Na minha época era no máximo o disco com as músicas do Carequinha. Depois veio a febre de Xuxa e afins.

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  13. Boa tarde a todos!

    As festas das quais me lembro eram parecidas com as descritas acima. Só não tinham exibição de filmes, nem shows de palhaço ou de mágico. Eu era uma exceção entre as crianças, por não gostar de refrigerantes. Todo mundo bebia Coca-Cola, menos eu.

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  14. Há pouco no JH uma reportagem mostrou alguns casos de adultos tentando fazer "detox" de telas com algumas crianças. A reportagem, ambientada na zona sul, claro, incluiu passeio de bicicleta em torno da lagoa e ida à praia de Ipanema...

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    1. Um estudo mostrou que mais de 80% de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos tem acesso à internet.

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    2. O grande facilitador para essa situação é o smartphone, cada vez menos "phone" e que já deveria ser chamado de PDA - Personal Digital Assistant, por definição "a handheld device that combines computing, communication, and organizational features.", ou reutilizar o nome Palmtop.
      De certa forma, para o bem ou para o mal, o celular "democratizou" o acesso à internet no mundo inteiro.
      De Nova Iorque a Bombaim (Mumbai), do Rio de Janeiro a Kuala Lumpur, novos, velhos, de segunda, terceira ou quarta mão, emprestados, roubados ... imperam soberanos.

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  15. Sobre a postagem anterior, para quem gostava do seriado Bat Masterson, vale a pena ver:
    - https://www.youtube.com/watch?v=IRNImRxRNjc
    - https://www.youtube.com/watch?v=l1k2J9cY3Qg

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  16. Agora, Ivanhoé com o Roger Moore é muito Fundo do Baú ...
    Eu assistia.
    https://www.youtube.com/watch?v=zTmedwusBkU

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    1. Brian Di Bois Gilbert4 de janeiro de 2025 às 23:55

      Roger Moore é um canastrão. Eu preferia o Robert Taylor.

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    2. Acho que dois canastrões, ambos muito simpáticos.
      O filme de 1952 com o Robert Taylor tem a Elizabeth também Taylor e a Joan Fontaine.
      Não cheguei a ver.
      A série com Roger Moore acho que vi toda, provavelmente na primeira metade da década de 60.

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    3. Brian Di Bois Gilbert5 de janeiro de 2025 às 07:13

      Wilfred de Ivanhoé nunca existiu, foi uma criação de Sir Walther Scott. O filme e a série diferem do livro. No texto original existem dois bobos: Gurth e Wamba, mas na série só existe o Gurth e no filme só o Wamba. Também é incerta a existência de Robert de Locksley, o Robin Hood. De acordo com antigos manuscritos, houve na Inglaterra no reinado de Ricardo II uma revolta de camponeses em 1381, uma espécie da Jacquerie, ocorrida na França anos antes. Walther Scott transportou o líder da rebelião e os fatos ocorridos em 1381 para a época que se passa o livro Ivanhoé, entre 1189 e 1199 no reinado de Ricardo I.

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    4. Acho que na série o Gurth era o escudeiro/pajem do Ivanhoé;
      Na linha das aventuras da Idade Média, tinha os quadrinhos do Príncipe Valente, em revistas e nas tirinhas do Globo.
      E na televisão, outra série: Guilherme (William) Tell.

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    5. Minha irmã na época de adolescente adorava o filme do Ivanhoé, além de ter o livro. O DVD deve estar em algum canto da casa.

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    6. Arquiduque Alberto de Habsburgo5 de janeiro de 2025 às 11:17

      Apesar de se tratar de uma uma lenda com algum fundo de verdade, o Prefeito de Altdorf, Hermann Gessler não era gordo nem idiota como foi caracterizado na série. Também na série não fica claro como Gessler morreu.

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    7. Dr. Google:
      "Há registros de uma nobre família Gessler a partir do século XIII mas na região de Argóvia, em Beinwill, a terra natal dos Habsburgos.
      No fim do século XIV, um Hermann Gessler governava Grüningen (que hoje em dia pertence à Zurique).
      As medidas severas contra a população camponesa fizeram o nome Gessler ser epítome de tirania.
      Não há fontes que façam referência a um governador Gessler na Suíça central antes de surgir a lenda de Guilherme Tell no fim do século XV e se presume que tal pessoa nunca existiu."

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    8. Arquiduque Alberto de Habsburgo5 de janeiro de 2025 às 13:50

      Dr. Google, vou discordar de você. Os fatos narrados na História de Guilherme Tell fazem parte do folclore do Cantão Suíço de Uri, um dos três Cantões originais ( os outros são Shwyz e Unterwalden), e personificam o início da libertação do jugo da Áustria e dos Habsburgo, ocorrido em 1308. Como se sabe, o Google desconhece muitos fatos e detalhes específicos.

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  17. Lembrando as séries que bombavam no início dos 70's: Perdidos no Espaço, Família Monstro, Terra de Gigantes e Túnel do Tempo. Viagem ao Fundo do Mar e os japoneses eu achava chatos...

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    1. WB, reiterando a informação de ontem, todas essas séries que vc citou estão sendo reprisadas na Rede Brasil, pode conferir a programação em:
      https://mi.tv/br/canais/rede-brasil

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  18. Assisti ao documentário "Elton John: Never Too Late" na Disney+
    Bem feito, vale ver

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  19. A coluna "Há 50 anos" do Globo de hoje dá notícia de que a Polícia do Rio descobriu que há uma organização criminosa que está querendo introduzir o consumo de cocaína no Rio.
    1975.
    Foi esta droga que degringolou tudo no Rio. Nas barbas da ditadura.

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  20. Em 1977 Claudia Lessin morria numa festa de cocaína..

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  21. GMA, vi as fotos feitas no IML logo antes da necropsia. Foram das mais chocantes que vi na vida.
    A cocaína foi uma mudança de patamar tremenda para o crime no Rio.

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    1. Michel Frank fugiu para a Suíça, onde foi morto em 1989, com seis tiros na cabeça, na garagem de seu prédio em Zurique. O cabeleireiro Georges Kour foi condenado a 3 anos e 4 meses por ocultação de cadáver em 1980.

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  22. Imagino, muito triste. Pobre da moça.
    E agora o Fentanyl está corroendo a sociedade norte americana..

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  23. A partir de meados da década de 70 a cocaina começou a invasão do s Estados Unidos.
    O filme do Brian de Palma, Scarface, com Al Pacino ilustra bem o momento.
    No Brasil ficou mais "popular" a partir da década de 80.

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  24. Enquanto a abordagem deste problema das drogas não mudar a tragédia vai continuar.
    Seja pelas mortes por overdose, seja pelas organizações criminosas, seja pela corrupção.
    O Canadá tem uma rede de proteção aos usuários bem interessante com muitos centros de acolhida.
    A repressão que ocorre hoje está provado que não resolve. Só cego não vê.

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  25. Há praticamente cem anos a cocaína era prescrita para uso médico. Outros opioides também.

    Há comprovação científica do uso benéfico do canabidiol, bem diferente do THC.

    No começo, o "barato" era a maconha, mas para alguns passou a não ser suficiente, chegando a drogas mais pesadas, disponíveis em festinhas do "high society".

    Para ver que aqui, diferentemente de outros lugares, o próprio "movimento" evitou o quanto pode a entrada do "crack". Hoje essa é a principal praga, levando hordas de zumbis a se arrastar pelas ruas.

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  26. As drogas estão aí para ficar, desgraçadamente.
    Com o volume de dinheiro que movimentam, compram sua permanência com facilidade em qualquer lugar do mundo.
    A solução é "enxugar gelo", combinando repressão, punição dura para os traficantes eventualmente presos, redes de proteção aos usuários, de tudo um pouco.
    Para a maioria dos países é inviável a abordagem "enérgica" da Indonésia, que no fundo não deixa de ser uma verão mais radical de enxugamento de gelo, mas que traz algum resultado.

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    1. Tem outros países que também são radicais tanto no tráfico quanto no consumo, Mário. Tenta entrar com drogas em Cuba ou na China! A giripoca canta...

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    2. Imagino como o tráfico gostaria de um mercado consumidor do tamanho da China ...
      (O que sempre me chamou a atenção é que todo mundo sabe aonde acontece a produção de drogas naturais como maconha e ópio e da matéria prima para as drogas sintéticas como heroína, cocaína, crack, morfina.
      Nenhum segredo, desde sempre.
      E nenhuma ação séria, desde sempre.
      Sabe quando vai acabar? Pois é.)

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  27. A cocaína era vendida livremente em farmácias no tempo da "República Velha". Meu avô contava que volta e meia minha bisavó o mandava à farmácia para comprar "duzentos réis de cocaína para aliviar uma dor de dente". Atualmente o Brasil é o segundo país do mundo por onde mais se trafica o pó branco. As razões para isso são muitas, mas a principal é a corrupção que tomou conta do Estado Brasileiro nos seus três níveis. Não é novidade que o crime organizado só tomou a atual proporção em razão de estar fortemente associado a mandatos legislativos, tribunais superiores, e outras instituições de Estado, sem contar o "forte apelo ideológico e o fascínio" que o mundo glamouroso das drogas exerce sobre as Defensorias, OAB, e ONGS, as quais são regiamente "afagadas". As Polícias foram durante anos "o boi de piranha" , pois enquanto ficou no foco da corrupção, as instituições públicas eram aparelhadas, mandatos políticos foram (e continuam sendo) financiados, e consciências políticas e jurídicas foram compradas. Enquanto uma população cada vez mais idiotizada se ocupava com temas e pautas idiotas como ideologia de gênero, banheiro misto, hormonização infantil, se o negro pode ser chamado de preto, liberação da maconha, "direitos igualitários" para viados, travestis, sapatões, e outros tipos de desvios, o narco-estado estado brasileiro estava fincando gradativamente suas sólidas e nocivas bases na sociedade brasileira. Hoje em dia decisões judiciais libertando traficantes e devolvendo-lhes as drogas e os bens apreendidos "são corriqueiras, sob as mais pífias e absurdas justificativas", mas o fundamento dessa torpe realidade "está lá atrás". Como se pode ver, a reversão desse estado de coisas será difícil, e caso ocorra, não será de forma pacífica.

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  28. Boa noite Saudosistas. Depois de ler todos os comentários que abordaram diversos temas desde as festinhas de aniversários, consumo e venda de drogas, não sei o que comentar.
    Gostei muito da história do biscoito molhado da quebra das vidraças da janela, me lembrou uma das minhas artes da infância, a quebra das vidraças da casa da Dona X (não consigo me lembrar o nome dela agora) que sempre reclamava da garotada jogar bola em frente a sua casa.

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  29. A afirmação feita pelo Augusto às 15:43 hr de que o próprio "movimento" evitou o quanto pode a entrada do crack é absolutamente correta, mas não se tratava de algum arroubo de humanidade, acontece que o crack ao mesmo tempo que cria a dependência mais rápida que a cocaina também leva ao óbito de maneira mais rápida e a preferência é que o dependente permanecesse assim por mais tempo.

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    1. Sim, longe de ser humanitário, era negócio mesmo. A cocaína é mais cara e dá menos problema de overdose do que o crack. Mas a repressão aumentou em determinada época de tal jeito que deixaram o crack entrar, coisa que já acontecia há bem mais tempo no estado vizinho, com sua facção criminosa dominante. Ou melhor, monopolista...

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