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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

ESVAZIANDO O ARQUIVO (30)

A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". 


FOTO 1: Esta cena é de 1966 e já não se repete. À esquerda, um homem de aparência humilde, com chapéu e casaco. O marinheiro, dos muitos que se viam por Copacabana, desapareceu. O engraxate, nesta época de uso de tênis e sandálias, perdeu a clientela.


FOTO 2: Lá no final do Leme, em 1971, a recém-inaugurada duplicação da Av. Atlântica, tinha estacionamento junto à calçada da praia. E havia "corrida de submarino" por lá. Muitos se apertavam em fuscas enquanto uns poucos tinham bastante espaço para namorar.


FOTO 3: Estes soldados, com uma metralhadora na calçada do centro da cidade, estavam prontos para enfrentar os estudantes que apareceriam mais tarde para uma passeata em 1968.


FOTO 4: A casa ficava na esquina da Av. Atlântica com Rua Xavier da Silveira. Foi demolida para a construção do Rio Othon Palace, inaugurado em 1976.


FOTO 5: Largo da Carioca. Lojas da Galeria Silvestre, Bamerindus e Rio Nikon. 


FOTO 6: Achei muito simpático este reboque 1313 aberto de ambos os lados. Em ruas de mão-dupla alguns deveriam descer pelo lado "errado" e se expor a altos riscos.


FOTO 7: O temporal de 1971 causou alguns problemas na Rua das Laranjeiras.


FOTO 8: Acontecerá uma colisão no pacato bairro de Vila Isabel?


FOTO 9: Que automóvel é este que cruza a ponte sobre o rio Faria-Timbó, na Rua Capitão Bragança, em Higienópolis?


FOTO 10: Cruzamento da Rua Rivadávia Correa com Av. Rodrigues Alves.


35 comentários:

  1. Bom dia! Como será o Day After? Falta uma operação mãos limpas aqui.
    Das fotos a da mansão da Atlantica com Xavier da Silveira me toca. Ia á praia ali e após a demolição vi a construção do Othon, por trás dos tapumes, com as retroescavadeiras retirando a terra com a água dos lençóis subterrâneos.
    Marinheiros não mais aparecem, acho que o uniforme perdeu o glamour.
    No centro um ou outro engraxate, que também desparece, como os sapateiros.

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  2. Na foto 5, antes que perguntem, o carro atrás da Variant de 4 farois é o Karmann-Ghia TC, que bem poderia não ter existido.
    O carro do Pato Donald tinha placa 3-13, em um tempo em que 13 dava em azar e não em catástrofe. Por trás do reboque 1313, o primeiro cupê Chevrolet Bel-Air, de 1950.
    Na foto 8, o Furgão Chevrolet Advanced Design, de 1948.
    Na foto 9, um vistoso Pontiac 1941, completo com todos os frisos e sobre-aros, atravessa a ponte enquanto um Grande Sedan DKW (era este o nome do Belcar antes de 1961) garante a data da foto como, no mínimo, 1958.
    Na foto 10, vemos... da esquerda para a direita, um DKW-Candango, Kombi, Morris Oxford, preto, Rural-Willys, Ford Cupê 1946, caminhão Studebaker 1941 e um táxi Chevrolet 1936.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Vinte e cinco anos depois a situação da foto 7 se repetiu em outros pontos da cidade.

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  4. Diante do caos ocorrido no Rio de Janeiro no dia de ontem, a cidade está quase deserta. Apesar de as estatísticas oficiais apontarem 64 mortos, vários corpos foram encontrados na mata durante a noite, e estima-se que os números oficiais ultrapasse 100 mortos. Na mesma região durante a intervenção de 2018, uma operação executada por uma tropa de selva do EB levou a óbito 250 criminosos. As inúmeras imagens divulgadas ontem mostram um grande envolvimento de moradores da favelas associados com o crime organizado, desmontado a máxima de que 99% dos moradores de favelas é composto de "pessoas de bem". A situação mostra uma evidente leniência (ou algo pior) do governo federal com o crime organizado, mas ainda há pessoas que não acreditam nisso...

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  5. Na foto 5, nessa parte térrea lateral do Edifício Av. Central, quase todas as lojas estão fechadas atualmente. Discordo do Biscoito, em minha humilde opinião, o Karmann-Ghia TC era bonito, uma imitação barata do Porsche Carrera. Feio era o TL. Na foto 7, sendo a Rua das Laranjeiras, acho que do outro lado da rua era a antiga Distac Volkswagen antes da ampliação. A corrida de submarino no Arpoador era mais concorrida por conta da menor intensidade da iluminação pública.

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  6. FOTO 1 ==> antigamente viam-se militares fardados pelas ruas, desde marinheiros e recos até garbosos oficiais da Marinha e Aeronáutica. Atualmente eles são proibidos de andar fardados por medo da bandidagem. Quando num país as FA temem criminosos, algo está muito errado.

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  7. FOTO 2 ==> uma noite, em princípios de 1974, fui com uma noiva com a qual estava tendo um caso (só me metia em confusão) no fuscão dela, azul, placa de Niterói, até o Arpoador, já sabem para quê. Não havia vaga defronte à praia, por isso ela estacionou no lado oposto, de cara para aquela pequena elevação. Mas tinha um soldado de sentinela lá em cima. Fizemos o trabalho sem saber se ele presenciou tudo através do parabrisa do carro.

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  8. FOTO 3 ==> no chão há uma metralhadora ao que parece .30". Para quê? Iriam dispará-la contra os manifestantes?

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  9. FOTO 5 ==> Nikon é uma fabricante famoso de máquinas fotográficas. Na época em que comprei minha Olympus OM-1, a profissional era a Hasselblad. Depois vinha a Nikon. Seguiam-se nível abaixo a Nikormat, Olympus, Pentax, Canon, Yashica. Da Alemanha Oriental vinha a Miranda, não sei o nível de sofisticação dela.

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    1. Mestre Hélio você esqueceu da Leica ainda é a melhor máquina fotográfica do mercado, já as máquinas Hasselblad na época só eram fabricadas em médio formato.

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  10. FOTO 6 ==> o reboque 1313 era uma adaptação dos carros-motor antigos da JB, com aquele tejadilho plano onde originalmente ficava a lança (trolley) de captação da energia da rede. A JB usou inicialmente o sistema Westinghouse de captação, esse das lanças. Aí a Vila Isabel encomendou os horríveis bondes alemães, que usavam o sistema de arco da Siemens, que acabou virando o padrão de todos os bondes dali em diante, com breve experiência do sistema de pantógrafo, que não foi aprovado. Só lembro de ter visto isso no sossega-leão 2501, o cara-de-gato, e no bataclã 611 (numeração antiga).

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  11. FOTO 8 ==> Vila Isabel? Onde? A caminhonete lembra as usadas tanto pelas ambulâncias quanto pelas RP (rádio-patrulhas), pintura saia preta e blusa branca.

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  12. FOTO 10 ==> o indefectível Morris Oxford, figura fácil na época e nas fotos aqui no SDR. Só faltaram o Standard Vanguard, o Ford 1949/51, o Citroën da Gestapo e os Chevrolet 1941/51. Ao fundo, um bonde da linha 58 - São Luís Durão, longeva, extinta em 17 de agosto de 1955.

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  13. Sequência simples de fotos, mas interessante.
    Exceto as fotos 3 e 7, as demais mostram momentos de vida pacata.
    Na foto 2 tem uma "banheira americana", freios acionados, modelo já do tempo de importações quase impossíveis de veículos.
    Apesar do trânsito ao contrário que é hoje, imagino que na foto 3 a esquina é com a Graça Aranha.

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  14. O outdoor na foto 8 anuncia o Nicotiléss. Para quem queria parar de fumar? Acho difícil na época.
    Se a figura de boca aberta ao lado tem a ver, mostra que pode ser para aliviar dor de dente, tipo do remedinho bem comum naqueles tempos.
    Até o cidadão, com direito a reflexo nas águas do Faria-Timbó, parece estar em dúvida sobre o reclame, coçando a cabeça.

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  15. Bom dia Saudosistas. Mais uma sequência de fotos de tempos passados da cidade em que se podia andar relativamente em segurança.
    Depois do sacode a roseira de ontem, aqui na Tijuca até os moradores de rua, que dormiam nas portas de lojas comerciais durante o dia desapareceram.
    Um sacode Iaiá desses duas vezes por semana, irá melhora muito a vida dos Cariocas. Governador apoio a sua ação, vá em frente.
    Recomendo que na próxima ação sejam eliminados pelo menos 400 bandidos, para homenagear os 4 policiais que morreram em combate.

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    1. Concordo plenamente. Não votei no Cláudio Castro mas apoio integralmente a ação dele e das polícias. Morte às vítimas.

      A Record está mostrando que aquelas vítimas só de short ou cuecas chegaram ali totalmente vestidos, inclusive com aquelas roupas camufladas. Até colete à prova de bala existia num deles. Aí a população cúmplice ou integrantes do CV se dedicaram a tirar as roupas de combate das vítimas para deixá-las somente de vestes menores, dando a impressão de pobres inocentes massacrados pela polícia.

      Choveram integrantes canalhas defensores dos direitos dos manos criticando a ação da polícia. Nunca vi nenhum desses patifes aparecer quando morrem policiais ou inocentes nas mãos das vítimas. É revoltante ver essa canalha defensora de bandidos criticar a ação policial. Dá vontade de vomitar.

      E a mídia se concentra em divulgar a quantidade de mortos mas não divulga a quantidade de fuzis apreendidos. Nem critica o fato de chefões em presídios continuarem a comandar suas vítimas tranquilamente.

      É tanta podridão que realmente dá para entender o motivo de o país estar sendo dominado totalmente pelo crime. Cumplicidade dos três poderes e em especial das esquerdas, para quem traficante é vítima e ladrão de celular quer apenas tomar uma cervejinha. De um bando de canalhas desse no governo, esperar o quê a não ser apoio às vítimas, que todos sabemos são seus eleitores de carteirinha. Milhões de eleitores, se considerarmos as vítimas, seus parentes, amigos, afins e companheiros. A esquerda não pode prescindir desses votos, por isso não tem como ir contra seus eleitores.

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    2. Eu não vi nenhuma entrevista de ativistas dos H.R. , fazer pronunciamento sobre os policiais mortos, nem procurarem as famílias destes policiais para saberem das dificuldades que irão enfrentar com a morte do policial.

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    3. Ouvi a fala do Secretário de Segurança do RJ, Victor César dos Santos. Merece entrar para os anais das melhores e mais verdadeiras falas. Deu para notar na sua voz a revolta com essa canalha de defensores de vítimas, o que inclui boa parte da mídia, além dos falsos entendidos em segurança, como ele disse, que nunca fizeram nenhuma investigação nem entraram numa comunidade para ver como as coisas funcionam lá.

      Disse bem o Victor: na operação de ontem só houve quatro vítimas - os policiais. Mas para a cambada de canalhas defensores de bandidos, as vítimas foram os meliantes.

      E aí disse o Lularápio que ficou estarrecido com a quantidade de mortos. Deveria ficar estarrecido é com o fato de a situação no Rio ter chegado ao que chegou, com a anuência e cumplicidade das esquerdas.

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  16. Sobre a pergunta no texto da foto 9: é difícil responder, a região mudou demais, mas ponte ali naquela época eu diria ser quase impossível. O interessante que um dos lados seria a Rua Uranos, segundo o Google Maps. vou ver se eu acho meu guia mais antigo para confirmar.
    O homenageado Capitão Bragança foi um dos mortos durante a Intentona Comunista, o Benedito Lopes Bragança.
    E na última foto o Rivadávia Correa, escritor e político, foi prefeito do Rio de 1914 a 1916, quando substituiu o assassinado senador Pinheiro Machado no Senado, mas também morreu no cargo, porém de morte natural, aparentemente.

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    1. Paulo Roberto esta ponte sobre o Rio Faria Timbó, ficava na Estrada do Timbó.

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  17. Lino, 11:57h ==> realmente, esqueci as Leica.

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  18. Há anos eu venho comentando que "vivemos um status de guerra civil e que as favelas são currais narco-eleitorais", mas como sempre fui taxado de fascista, homofóbico, preconceituoso, e "otras cositas más". Moradores de favelas e traficantes são farinha do mesmo saco: os corpos encontrados na mata por esses moradores na última madrugada foram despidos, jogados em praça pública, e fotografados, para que dessem a impressão de que foram vítimas de uma chacina. Só que a Polícia tem as fotos desses corpos ainda vestidos e sendo despidos por esses moradores. O Secretário Felipe Curi determinou a identificação dos autores desse fato e que os mesmos sejam processados por fraude processual.

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    1. Isso mesmo. Que processem os fraudadores, talvez também membros do CV. E que os "especialistas em segurança" e os defensores dos direitos dos manos tomem vergonha na cara e vejam a realidade crua imposta por essas vítimas. Aliás, seria bom que tivessem a coragem de se mudar anonimamente para uma comunidade dominada pelas vítimas e morassem ali durante seis meses. Teriam de comprar gás com eles, bebidas idem, usar gatonet, passar todo dia pelas barricadas, ver vítimas armadas desfilarem diante de suas portas e de seus filhos, se tiverem uma filha bonita assistirem quando ela for obrigada a namorar ou transar com uma dessas vítimas, sentir o cheiro de maconha no ar, ouvirem bailes funk a madrugada toda, com direito a tiros no final, de vez em quando uma saraivada de tiros quando a comunidade for invadida por vítimas de outros locais, e assim por diante. Depois desse estágio, vamos ver o que eles pensariam dessas vítimas.

      Mas é sonho de verão: esses canalhas vivem comodamente em residências de luxo, com ganhos de dezenas de milhares de reais por mês, trabalhando (de vez em quando, que ninguém é de ferro) numa sala confortável com ar condicionado, tomando uísque importado, comendo caviar ou camarão da Tailândia, e se metendo a dar palpite de merda quando a polícia mata as vítimas.

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  19. Eu acho que periodicamente a população deveria poder avaliar os serviços prestados por alguns órgãos públicos, dentre os quais esses defensores de direito dos manos. Se a avaliação fosse negativa, deveria ser tomada uma das seguintes medidas pelo governo em relação a tal órgão:

    1) mudar todos os seus integrantes.
    2) mudar o seu modo de agir.
    3) extingui-lo de pronto.

    Afinal, não é o povo que manda numa democracia? Se um órgão não está fazendo o que se espera dele, que seja tomada uma das ações acima descritas. Estou errado?

    Com isso, certamente haveria um enorme enxugamento na máquina pública do país inteiro. Com economia de divisas.

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  20. Aí vem o imbecil do Levandouísque e diz que a Força Nacional está à disposição do governo do RJ e já foi enviada várias vezes aqui. Sim. E como bem disse o Secretário de Segurança, Victor dos Santos, toda vez que a Força Nacional entrou numa comunidade teve de ser resgatada pela polícia civil ou militar. Uma ajuda dessas é totalmente dispensável. Mas o Levandouísque não sabe disso. Aliás, não sabe de nada. Está há dois anos como Ministro da Justiça e não fez nada que preste. Só bosteja.

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  21. Também, esperar o quê de um sujeito que se orgulha de ter implantado as famigeradas audiências de custódia, que anualmente devolvem às ruas milhares de bandidos. E faz parte de um governo que acha e sempre achou e sempre achará que bandido é vítima. Como bem deixou claro o Lularápio, há dias. E aquele ladrão de celular, que te rouba e limpa sua conta corrente, faz empréstimos no seu nome, engana seus contatos para lhes arrancar dinheiro, e se bobear te dá um tiro na cara, para o Lularápio ele apenas quer beber uma cervejinha.

    Estamos muito mal servidos de presidente e ministro da justicinha.

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  22. Ao prezado Gilberto, que outro dia me fez um grande elogio, lamento mostrar minha outra face: a de não tolerar canalhice nem mentira. E disso não podemos dizer que estamos em falta atualmente.

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  23. Infelizmente muitos insistem em achar que vivem no "circuito Elizabeth Arden" e a alguns passos do Jardim do Éden, algo totalmente desproposital na realidade atual. Parece que para esses "a ficha ainda não caiu".

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  24. Helio, o que você escreve é a pura expressão da ira dos justos. Tem origem no esgotamento de quem já viu muito o mal crescer diante da indiferença. É um “basta”, quando silenciar é se tornar cúmplice, quando a paciência é omissão. Quando os justos se calam a injustiça se perpetua.

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  25. Concordo que o país está moralmente falido. Com um presidente que diz que traficantes são vítimas e se revolta com a "perseguição" aos ladrões de celular, não poderia ser diferente. Tem no Youtube uma entrevista do Rodrigo Pimentel que explica o ocorreu: não tem a ver com segurança pública, é classificado pela ONU e OTAN como um conflito armado não internacional - CANI.

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  26. Aí vem uma cambada de sujeitos que nunca fizeram nada para combater efetivamente a escalada do tráfico e resolvem criticar a operação. Deveriam criticar quem deixou a situação chegar a esse patamar. Mas aí seria tiro no pé, pois eles mesmos têm culpa no cartório, por ação ou omissão. De suas casas confortáveis, longe dos tiros, das guerras entre quadrilhas, das barricadas nas ruas, sem precisar comprar gás e bebidas das vítimas, nem ter de engolir gatonet, essa camarilha asquerosa resolve botar a culpa no mordomo, já que estão mais sujos do que pau de galinheiro. É uma corja só, mamando nosso dinheiro sem fazer absolutamente nada que preste.

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