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quinta-feira, 27 de abril de 2017

AUTOESTRADA LAGOA-BARRA



As duas fotos de hoje referem-se à construção da Autoestrada Lagoa-Barra. São do início da década de 80.
 
Um módulo do Conjunto Habitacional São Vicente (Minhocão) foi demolido para passagem das pistas. Alguns advogam que não houve prejuízos para os moradores daquela ala, pois foram transferidos para três novos blocos de apartamentos, construídos nos fundos do Conjunto São Vicente, com vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas e toda a orla marítima do Leblon e Ipanema, sendo inclusive os imóveis acrescidos de mais um quarto.
 
O prezado Andre Decourt fez um extenso "post" sobre este assunto, que reproduzo parcialmente aqui.
 
"A PUC, certamente ajudada pela igreja Católica e vários de seus ex-alunos que ocupavam altos postos em nossa sociedade, fez forte "lobby" para o traçado da via se desviar do campus. Ficaram então as duas alternativas, a de número 2 seria a melhor, mas a mais cara e demorada. Resolveu-se, então, fazer a de número 1, a que temos hoje, verdadeiro absurdo, primeiro pela forte rampa, pois a diferença entre as cotas da Gávea e a boca do túnel Zuzu Angel é enorme. Esta rampa, no sentido Lagoa-Barra, provoca lentidão, pois veículos pesados ou de pouca potência têm grande dificuldade de galgá-la, fazendo-o em baixa velocidade e atravancando o trânsito. Já no sentido oposto a grande inclinação dá aos veículos forte aceleração, sendo a causa de tantos acidentes, muitos com mortes naquele trecho.
 
Para a construção o então Governo do Estado do Rio de Janeiro fez uma permuta com a PUC onde 41 mil metros quadrados de encosta não edificantes, foram trocados por uma área plana de 21 mil metros quadrados, juntinho da Marques de São Vicente, área esta da já renomeada CEHAB, terra esta do antigo Departamento de Habitação do Distrito Federal e destinado a parte do conjunto do Parque Proletário da Gávea. Foi imposta a condição de construção de salas de aula, mas o que vimos por muitos anos foi um grande estacionamento.
 
Mas o pior de tudo foi cortar um prédio residencial com uma das vias mais movimentadas de nossa cidade: 48 apartamentos deveriam ser demolidos, ou seja, um bloco inteiro do prédio. Mas a boa estrutura e a criatividade dos engenheiros do DER-RJ, grande parte oriunda da equipe de elite feita na época da Guanabara, descobriram um meio de demolir as lajes dos pavimentos inferiores sem derrubar o resto do “módulo”, sendo então perdidos “apenas” 21 apartamentos.
 
 Para se evitar o barulho deveriam ser construídos 2 túneis acústicos, mas só um deles foi executado, protegendo a PUC. Já os moradores do edifício ficaram expostos ao barulho, o que foi um dos maiores absurdos urbanos de nossa cidade."

32 comentários:

  1. A poderosíssima igreja católica mandava e desmandava naquela época. Imaginem se ela iria deixar a estrada passar por dentro da PUC. Mexeram os pauzinhos e acabaram se beneficiando. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

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  2. Quando passo aí,imagino o barulho que sobra para os moradores .Ou não?
    Apesar das controvérsias,considero que foi uma "tacada" e tanto.
    FF:Alguma coisa anda errada no Flamengo.Com o plantel que possui,não consegue "encaixar" .Duas derrotas na Libertadores.E deve passar agonia contra a garotada do Fluminense...

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  3. Bom dia ! Para ser franco, não vejo diferença alguma entre as fotos 1 e 2, a não ser os ângulos de onde foi tirada.
    Acho que não passar por dentro do campus da PUC foi uma boa solução, pois iria, praticamente acabar com a universidade. Por outro lado, sou de opinião que a solução encontrada não foi a ideal. Vocês já imaginaram que, além do barulho, há a tremenda poluição do ar no local, provocada pelos veículos que por ali trafegam ? A grande vantagem da solução encontrada foi o desafogo do trânsito na rua Marquês de São Vicente que havia ficado insuportável...

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  4. Bom dia a todos.

    A igreja católica, mais cedo ou mais tarde, iria cobrar o apoio ao golpe de 64.

    Pastor, o rubro-negro venceu ontem. Quem perdeu foi o time de branco...

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  5. O projeto é controverso e tendencioso, e obviamente priorizou os interesses de uma elite e da igreja católica.### Augusto, sua observação é coerente e foi uma realidade, mas neste blog o assunto é vedado e é um tabu, sendo o comentário um forte candidato à "tesoura".

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  6. Boa tarde a todos.
    Fotos sensacionais tiradas do alto. Ficou bem bacana.
    Em ambas se vê do imenso cortiço apelidado de "minhocão".
    Sou da opinião que esses Conjuntos habitacionais populares no Brasil não dera certo.
    Parafraseando o JBAN: "Não adianta retirar do indivíduo da favela se não se consegue retirar da favela de dentro do indivíduo".

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  7. Embora aqui seja para mim espaço de puro lazer e cultura, gostaria de fornecer informação complementar segura. Era a época do crescimento do Rio para a Barra e as construtoras precisavam de atrativos no mundo pós São Conrado. O projeto era: a estrada Lagoa Barra passa pelo meio da PUC (o que inviabilizaria o funcionamento dos sensíveis aparelhos de engenharia e todo o campus) e a PUC se muda para a Barra, onde já havia terreno prontinho para a nova edificação. Seria um pitel para atrair os empreendimentos/alunos, divulgação, movimento, etc. A luta foi em grande parte para evitar o fim do maravilhoso campus da PUC, da qual sou orgulhoso ex-aluno, e a mudança para a Barra, avidamente desejada pelas Gomes de Almeida e Sergio Dourados da época. Lembrem-se de Ipanema com triângulos laranjas nos topos das construções iluminados à noite, na sua fase de Copacabanização. As construtoras tinham também enorme poder no Rio. Época do Prefeito Marcos Tamoio e de muitas polêmicas.

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    1. Mas que beleza! Bom vê-lo envolvido com cultura geral que é o seu forte. Como se costuma falar É isso aí, gente!

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  8. Não sou católico e nem religioso, mas, no caso presente, acho que a Universidade estava com a razão, pois ali se encontra desde a década de 40. O intruso, portanto, foi o estado (ou prefeitura, sei lá). Além do mais, o ensino no Brasil sempre foi relegado ao segundo plano (quando deveria ter, sempre, sido o contrário). É por essas e por outras que o Brasil se encontra na atual situação, por falta total de apoio ao ensino de uma maneira geral.

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    1. Walter, nos anos 50 minha mãe se formou professora no antigo Instituto de Educação e ao "escolher escola", foi lotada em uma área longínqua de Campo Grande que era classificada como "difícil acesso" e recebia como remuneração um vencimento em torno de Dez salários mínimos. Atualmente uma professora recém formada recebe algo em torno de Mil e Quinhentos Reais. Isso dispensa maiores comentários e corrobora o seu. Mas vamos abordar amenidades do tipo "qual a cor da batina do padre", "se ele usava cuecas", "se a massa da hóstia preparada por ele era de boa qualidade", ou algo parecido, se não a "tesoura age"...

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    2. Observador de Comentários27 de abril de 2017 às 16:52

      O Luiz faz a pesquisa, busca informações para compartir, tenta fazer o bar um local agradável e vem este comentarista acima debochar, dia após dia, sem nenhum sentido. Tem mais é que passar a tesoura mesmo. Por que o Joel não faz um blog e diariamente coloca lá seus textos? Vai ter uma audiência estratosférica.

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    3. Senhor(a) Observador(a) de Comentários uma sugestão: Não perca seu tempo com esse indivíduo. É uma característica desse blog atrair essa espécie de ser humano. Não é de hoje que sazonalmente eles aparecem e insistem em defender seus pontos de vista sem se importar se são ou não inconvenientes. No caso esse "comentarista" está devidamente identificado e pelo menos não usa de subterfúgios multiplicadores de apelidos. É apenas alguém que esquece de ligar o popular "simancol". Não passa de um inofensivo chato. Pior que ele são os que o apreciam.

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    4. O bar é agradável, e seria ainda mais se alguns de seus frequentadores tivessem o hábito frequenta-lo com o rosto descoberto...

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    5. Sr. Anônimo,
      Se o senhor ler com muita atenção o texto do Sr. Observador de Comentários facilmente chegará a uma conclusão: poderá ser dispensado o artigo (a).

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  9. Bem, pelo menos justiça foi feito. Eliminou de meu comentário, porém o comentário do idiota anterior também foi eliminado.
    obrigado.

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  10. É muito interessante esta turma daqui deste bolg.Se falam daquela imundície do Morro do Castelo logo aparecem os seus defensores inclusive falando a favor da igreja católica e seus templos que foram jogados ao chão,mas quando aparece uma obra espetacular da engenharia moderna e que levou desenvolvimento a outra região da cidade as críticas são feitas em cacho com ilações a várias instituições. É difícil entender estas viúvas .E depois só eu é que sou Do Contra.

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    1. Desculpe,
      Viúva católica? Expus vários motivos, inclusive o clima, para a derrubada do morro. Elogiei o Pereira Passos, recebi uma aula, por sinal ótima, o que me fez pesquisar M. Assis que o cita em Esaú e Jacó, crônica da época, ótima também. Por favor releia o tema. Um abraço.

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  11. Senhor Do Contra, é em função de obras "espetaculares" como essa, que o Rio deixou de ser maravilhosa há muito tempo. Obras como a extinta Perimetral, o Elevado Paulo de Frontin, o Elevado do Joá e outras porcarias mais, que só enfeiaram, e muito, a nossa cidade. Por que é que não fizeram logo um túnel (a exemplo do que fizeram agora com o metrô) no caso do elevado do Joá, aquela porcaria que volta-e-meia falam que pode desabar ? Esse tal de progresso (tirando o tecnológico) nada mais é do que um grande retrocesso, isto sim.

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    1. Ué, não era esse comentarista (WHM) que tanta apreciava, achava graça e incentivava os comentários dessa figura ridícula que se auto intitula "Do Contra", um típico poluidor de espaços de memória? Nada como um dia após o outro...

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    2. Estou dirigindo esse comentário ao gerente e digo não é de hoje que esse comentarista que de anônimo não tem nada me ataca sistematicamente da mesma forma como no passado fez com diversos comentaristas, que acabaram não mais retornando. A tática é a mesma e obviamente é de seu conhecimento a verdadeira identidade do "anônimo". Sei que é um homem de sensibilidade para perceber essa obvia agressão. Sou perfeitamente consciente de meus atos para não me intimidar com esse tipo de conduta e em nenhum momento tive a intenção debochar ou tumultuar esse blog, que uma das poucas iniciativas que valem a pena na internet. Destarte, e dirigindo-me agora ao "anônimo", ou ao "observador de alguma coisa", ou "R.Dickson, ou algo do gênero, digo que se não é do seu agrado a minha presença, não se sinta incomodado: Mude-se!

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  12. Boa noite a todos. A foto do local vista de cima é com certeza muito melhor do que a vista do entorno deste local no plano. Quanto a importância da obra, transferiu o volume de tráfico da Marques de São Vicente para este novo local, sem melhoria do tráfego. Quanto ao melhor traçado, independentemente de poder da igreja ou não, é muito mais importante preservar uma universidade do que uma construção de moradia, sendo ela um conjunto habitacional ou não.

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  13. Ao contrário do tal do "Anônimo", que não tem coragem de mostrar a cara, não estou, absolutamente, chateado com o senhor Do Contra, que, continuo achando um pândego e que, por isso mesmo, não o levo a sério e o acho até engraçado. Só expus foi o meu ponto de vista sôbre o que disse.
    Por outro lado, acho que tem gente aqui, cheia de vaidades e que não tem a coragem de se identificar, que se revoltam se os comentários dos demais não seguem o seu pensamento e que, por isso, vivem se melidrando e ofendendo os outros.

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    1. Infelizmente esse comentarista não suporta quem discorda de suas idéias e seus pontos de vista, nem tampouco de alguma forma ainda que remota, possa ofuscar "seu imenso cabedal de conhecimentos" e sua "incomparável cultura", e isso é fato. Mas faz parte da vida...

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    2. Sr. Walter,
      Em tempos de antanho nossos pensamentos não se coadunavam mas nem por isto deixamos de nos respeitar.
      A palavra pândego fez parte do vocabulário da avó do meu marido, grande amiga minha. Além de trazê-las à lembrança (avó e palavra) o senhor definiu com perfeição o Sr. Do Contra. Por tudo isso até comentários desairosos acabam acrescentando. Muito grata.

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  14. Joel este anônimo é o mesmo de sempre e interessante é que vive a criticar quem usa apelidos para comentar quando ele mesmo passou a optar pelo anonimato. O seu comentário e o do WHM em relação ao mesmo foram perfeitos e o elemento não aprende estando sempre a ficar preocupado com o comentário dos outros,pois quer ser o centro das atenções.Continue com os seus comentários e mande este anônimo de araque catar coquinho.

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  15. É curioso observar que o bando de palpiteiros e reclamões também são sempre os mesmos e não por acaso os mais medíocres dos comentaristas. A própria comentarista que se identifica como Elvira nos seus primeiros comentários quando retornou ao blog constatou e relacionou a presença dos que chamou de "a nata dos comentaristas". E nenhum dos que agora reclamam dos comentários do "Anônimo" estão nessa relação. Mediocridade é isso.

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  16. Continuam sendo a nata dos comentaristas.
    Mediocridade tb significa mediano, o que é melhor do que ruim.
    Texto mal redigido pq uma coisa nada tem a ver com a outra.
    Da seguinte forma: serem a nata dos comentaristas não tem relação alguma com apreciarem ou não o Anônimo, o Do Contra, e até você, meu querido Fã do Anônimo.
    Pensamento precipitado, codinome confuso, sarcasmo não determinante e muito menos explícito. Deixa isso para M. de Assis que é mestre.
    Organize seus pensamentos e o texto fluirá.
    Costumo dormir cedo pois trabalho bastante. Uma ótima noite.
    Em tempo: a aula de interpretação de texto é grátis.

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    1. Elvira, creio que você também percebeu que esse "Anônimo" e também o "Fã do Anônimo" são a mesma pessoa. Também você percebeu de quem se trata. Mas vamos fingir que ele continua "Anônimo", pois isso vai fazer bem ao seu imenso ego...

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    2. A senhora se equivocou. Não estava na relação dos citados medíocres. Com seu despropositado comentário passou a fazer parte. Seja bem-vinda. Parabéns.

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  17. Ai..Ai..De que adianta foto e texto? Parece não haver a menor diferença o que é postado.

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  18. ...bom até em olhar coisas antigas. E que ao menos TENHAM FUNCIONADO!
    Morei perto e também estudei na região. Sou do tempo do PARKE DAVIS (uau). E depois das edificações que fizeram no lugar.

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