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sábado, 2 de maio de 2020

TÚNEL NOVO





 
Vemos hoje várias fotos do "mata-paulista" existente no Túnel Novo.
 
Após a conclusão das obras de construção da atual galeria Botafogo-Copacabana no final dos anos 40, o tráfego de bondes de Copacabana para Botafogo deveria voltar para a galeria mais antiga. Mas por uma série de motivos isto não foi feito, permanecendo esta perigosa situação de carros entrando no túnel e dando de cara com um bonde.
 
É importante observar que havia várias ruas da cidade com mão-dupla na época. Na Zona sul, por exemplo, a Visconde de Pirajá, a Ataulfo de Paiva, a Voluntários da Pátria, a General Polidoro e a São Clemente, entre outras eram assim.
 
Logo após a retirada dos bondes de circulação o problema continuou com os ônibus elétricos em algumas vias, como na Visconde de Pirajá e Ataulfo de Paiva.
 
 

14 comentários:

  1. As ruas citadas na postagem eram em mão dupla, mas o Túnel Novo era em mão dupla APENAS para os bondes. Havia um tempo em que parte da N.S.de Copacabana era em mão única para carros e mão dupla para bondes, mas "não é da minha época". No centro da cidade também devia haver ruas com "mata-paulista" mas também não me lembro. Aliás a região de Botafogo e Humaitá foi palco de situações atípicas envolvendo a "circulação de bondes e ônibus elétricos", um assunto cujas fotos estou pesquisando. O Mauro xará vai me dar uma posição sobre isso hoje.

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    1. Bom Dia! Falei com o Prazs,mas até o momento não me deu retorno.

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  2. Bom dia, Dr. D'

    Há alguma estatística sobre os acidentes que porventura pudessem ter acontecido?

    Não sei se seria viável na época uma segregação da faixa do bonde com uma sinalização melhor do que uma placa pequena na boca do túnel.

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  3. Acho que na época os motoristas estavam cientes dos bondes na contramão e assim se precaviam. Havia acidentes é claro. Muitas vezes acontecia de caminhões e lotações se entalarem nos bondes querendo forçar passagem. Agora a plaquinha indicativa na entrada do túnel era ridícula. Devia ter uma sinalização melhor.

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  4. A escultura do Ramos Pinto continua lá, abandonada, como em quase tudo nesta cidade. Testemunha silenciosa de administrações desastrosas.

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  5. Ótimas fotos.O Biscoito já pode sair do pacote.Deveria ser um espanto essa condição do trânsito e faz sentido o questionamento do Augusto quanto a acidentes.
    FF : A pandemia está mostrando sua verdadeira face,mas as autoridades da saúde alertaram de forma objetiva.Muita gente não acreditou ou ainda duvida.

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  6. Outro dia vi uma fotografia de uma muretinha na pista de um túnel, separando as pistas. Alguém lembra qual túnel e qual época?
    Foto 1 - um "gostosão", apelido do ônibus GM de motor traseiro. Não sou busólogo, mas acho que é ele. O bonde sem reboque com pouca letra devia ser o 05 - LEME.
    Foto 2 - O 05-LEME em todo o seu esplendor. Um Packard 1951 e um táxi Chevrolet, provavelmente 47-48.
    Foto 3 - Perua Dodge Kingsway, de 1951. Muito valorizada na época, acho que foi ela que popularizou o uso de camionetes por aqui.
    Foto 4 - O "frango assado" Henry J, à esquerda e o Skoda 1102, no canto certo. Diz o meu amigo Henri que foi o pior carro que o pai teve, ainda no Egito. Não sei, meu pai teve um igual aqui no Rio e funcionava muito bem. Lógico que disputamos elogios e ofensas ao Skodinha. O bonde é um Bataclã 13, ou não?
    Foto 5 - O caminhão da Light impede acidentes com paulistas hoje. À direita, um Jeep, um Fusca e um Hudson Commodore 1952.

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    1. A muretinha era no Túnel do Pasmado no final dos anos 50.

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    2. Quando garoto ,um vizinho tinha um auto Skoda.Lembro que todos na rua eram unânimes em afirmar que era uma verdadeira "bomba".Os moleques para classificar o carro o chamavam Fubica Furiosa...

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    3. Esses bondes grandes da série 2500 parece que tinham o apelido de "sossega leão", em referência à música de mesmo nome lançada em 1937. Esse modelo de bonde começou a circular em 24/12/1936. Já os bataclãs eram um modelo mais antigo, colocados em uso em 06/03/1924. Sua numeração era inicialmente em parte da série 600, mas por volta de 1940 mudou para a série 2000.

      Ambos os modelos (série 2000 e 2500) eram muito parecidos, distinguindo-se por alguns detalhes, sendo o principal a quantidade de parabrisas: nos 2000, eram três; nos 2500, eram cinco. A curvatura do teto também era diferente, mais acentuada nos 2000.

      Quanto à lotação, era a mesma: 13 bancos com 5 passageiros em cada. Aliás, a mesma dos carros motores de tamanho médio, mostrados nas demais fotos de hoje.

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  7. Bom dia a todos. Belas fotos, o mata paulista, nos dias de hoje mataria paulistas, cariocas, mineiros e demais brasileiros. A quantidade e qualidade das fotos desta série são espetaculares. Um espanto devia ser os passageiros que viajavam nos estribos dos bondes quando passavam por estas vias de mão dupla.

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  8. Eu adoro este par de túneis. Em minha avaliação, os mais bonitos da cidade. Quando os tetos são limpos, ficam brilhantes por conta do revestimento.

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  9. Quando extinguiram o tráfego de bondes no Túnel Novo para a implantação dos ônibus elétricos em Setembro de 1962, os novos Trolley-buses que retornavam do terminal provisório da Rua Inhangá faziam o trajeto pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana, Avenida Princesa Isabel, e entravam no Túnel Novo pela pista de descida normalmente, já que os cabos de sustentação de energia foram instalados normalmente. Mas por outro lado o trajeto dos bondes que foram desviados para o Túnel Velho entravam na Nossa senhora de Copacabana pela Siqueira Campos. Dessa forma e durante alguns meses a principal rua de Copacabana comportou os dois modais. Entre a Praça Serzedelo Correa e a Rua Inhangá só circulavam lotações que descendo do posto Seis, não tiveram seus itinerários modificados. Após o mês de Março de 1963 com o fim da circulação de bondes na Visconde de Pirajá e na Nossa Senhora de Copacabana, os ônibus elétricos passaram a utilizar tanto o Túnel Novo como o Túnel Velho.

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  10. O bonde da primeira foto é o 1737, fazendo a linha 21 - Circular. O ônibus é da Viação Nacional, provavelmente fazendo a linha 109 - Malvino Reis x Ipanema. Foto do dia 17/03/1954, publicada no jornal Última Hora.

    No dia 28/04/1952 esse mesmo bonde chocou-se dentro do túnel com um lotação na contra-mão, resultando na morte de três pessoas e ferimentos em dez. Imprudência do motorista do lotação mas indiretamente consequência do mata-paulista.

    O 1737, e alguns outros bondes da Zona Sul, tinha em cada truque duplo (dois eixos, quatro rodas) um eixo com as duas rodas menores que as outras duas. Diz a lenda que isso tornava mais macio o rodar do bonde, por isso os que tinham essa roda eram chamados de "pés de anjo".

    Na foto original dá para notar as rodas pequenas, mas na foto publicada não há zoom que permita ver isso.

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