A postagem de hoje tem origem no saudoso “Arqueologia do Rio”, de nosso amigo Rouen. A foto inicial é do Constellation PP-PCF e foi tirada pelo próprio Roeun em 1959, em uma rápida ida do Rio de Janeiro para Brasília com retorno no mesmo dia.
Como a mãe dele
era funcionária da Panair, Rouen foi com ela acompanhar uma turma de
embaixadores que foram ver os futuros locais onde iriam ser construídos os
prédios de suas representações em Brasília.
Conta ele que
em cada terreno havia uma tabuleta indicando o país que irá ocupar aquela
determinada área.
Em contato
com amigos fanáticos por aeronáutica, soube que o "Connie" (como é
chamado este belo avião na intimidade) sofria de problemas de confiabilidade
nos motores e não era raro terminar uma viagem com só 3 deles operacionais, sem
que nenhum passageiro percebesse.
A segunda
foto mostra um quadro que decora a sala da mansão Rouen, pintado pelo velho
amigo L.F.Kubrusly. É é o PP-PCF “Bandeirante Manoel da Borba Gato” sobrevoando
a Cidade Maravilhosa.
Por fim, uma
última foto deste belo avião na Baía da Guanabara.
Bom Dia! Cheguei a ver esses aviões voando, não sei se ainda o fazem.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirInfelizmente não é do meu tempo. Um dos maiores crimes da década de 60, que se estende até hoje. É imperativo assistir ao documentário, que eu tenho em DVD e que passa às vezes na TV, geralmente no Canal Brasil.
O sumido JBAN perguntaria se aqui é o "Voando para o Rio"...
A terceira é muito bonita.Que pena o Rio não ser mais assim.A criação de Brasília foi o que de pior poderia acontecer ao Rio e o presente momento é apenas consequência dessa mudança.Seu principal responsávelt o fim merecido.
ResponderExcluirResidente na Ilha do Governador, observei por várias vezes os Constellations passarem sobre a minha residência em voos de teste, com dois motores "embandeirados".
ResponderExcluirMorar ou trabalhar perto de aeroporto é para os de coração forte.
ExcluirNunca esqueci a muito assustada recepcionista recém contratada de uma empresa que visitei a trabalho nos arredores do aeroporto de Congonhas, SP, lá para os lados onde caiu o Fokker 100 da TAM, em 1996, quase 10 anos antes da minha visita.
A terceira fotografia desperta emoções... da Ilha Fiscal para a frente, vemos uma Cantareira, daquelas sem losango em cima, certamente tem hélices e não roda de pás.
ResponderExcluirDepois o hidroavião - com muito pouca segurança, suspeito ser um Short S-25 Sundrigham da companhia argentina Dodero, depois FAMA, estatal, depois Aerolineas. Voaram para o Brasil desde 1946 até o fim dos anos 50.
Eu achei que, pela proximidade, fosse um hidroavião da Panair, mas esta operava hidroaviões com leme diferente. Aguardo humilde a confirmação de especialistas; ou o desterro...
Depois do S-25, um Constellation da Panair do Brasil, disparado o avião a hélice mais bonito que já vi voando. Perde para o Spitfire (este não vi voando) e para o Gloster Meteor - mas este é a jato.
O Supermarine Spitfire e o Gloster Meteor eram aviões de caça. Não há como comparar com esse aviões comerciais. Não entendi.
ExcluirQuem não entendeu foi eu. O obiscoitomolhado ressaltou que o connie é disparado, para ele, o avião a hélice mais bonito...Perde para o Spitfire e o Gloster Meteor - mas este é a jato. Ou seja, separou os caças do connie.
ExcluirApesar de haver tantos adoradores do Constellation, nunca o achei muito bonito. Sou mais fã do Comet, do Caravelle e do DC-10. Mas cheguei a voar num Connie, exatamente no dia 03/10/1966, num vôo Recife x Rio. Foi minha primeira experiência com aviões. Não achei nada de especial.
ResponderExcluirRelembrando comentário antigo no SDR (não lembro o autor): Um dos casos mais polêmicos do direito empresarial foi o do fechamento da PANAIR DO BRASIL, companhia aérea que dominou o setor de aviação nacional entre as décadas de 1940 e 1960 e teve a licença de operar retirada pelo regime militar sem aviso prévio, sendo, em seguida, liquidada judicialmente.
ResponderExcluirA falência da PANAIR foi decretada em 15/02/1965 em decisão “sem precedentes do Forum do Rio”, segundo meios jurídicos, ao transformar o pedido de concordata preventiva em falência. Os jornais relatam que houve enorme pressão do Banco do Brasil e do BNDE sobre o juiz.
Em abril de 1969 parte do acervo da extinta PANAIR DO BRASIL - a primeira empresa latino-americana que voou para a Europa após a Segunda Guerra, foi a leilão para ser vendida ao correr do martelo: dois Constellations L-49, um Caravelle e um Douglas DC-7C.
A PANAIR, fundada em 29/10/1929, teve suas atividades cassadas pelo presidente Castelo Branco em 1965, alegando "sua irrecuperável situação financeira que iria refletir na segurança do material de voo, pela impossibilidade de aquisição de peças sobressalentes necessária à manutenção das aeronaves".
Quando foi fechada a PANAIR tinha 10 Caravelles, 4 Constellations, 3 DC-8, 3 DC-7, 7 PBJ, Catalinas, que faziam a rota da Amazônia, pousando na água. Materiais no valor de 80 milhões de dólares ficaram abandonados até 1969 e nesse tempo os funcionários passaram privações.
Farta documentação, inclusive na FGV, mostra os pedidos de políticos gaúchos para ajuda do governo, que culminou na compra de alguns aviões a ela repassada (talvez não tenham nunca sido pagos). Ela se tornou a "queridinha" do Gegê, por ser gaúcha e no famoso troca-troca foi, com o tempo, tendo de criar e manter rotas deficitárias para honrar pedidos do governo militar, afinal devia muitos favores. Uma constatação curiosa é que, pelo que sei, apenas a Varig tinha o privilégio de ter selos emitidos em sua homenagem pela EBCT (não me refiro aos primeiros selos que eram emitidos pelas cias aéreas), o que é mais uma forte prova da "amizade" entre as partes. Não há só o caso da Panair, mas também o da Cruzeiro do Sul, dentre outros. Desnecessário dizer que a administração da massa falida da Panair acabou virando um belo cabide de emprego, com alguns militares da ativa também recebendo salários, bons salários, atuando nessa intervenção. Aliás, cabide de emprego é outra qualidade nossa, um bom exemplo foi a "nacionalização" da Condor, onde trabalhavam alguns apareceu vaga para muitos na Cruzeiro..."
isso foi um dos absurdos ocorridos com a aviação nacional. O outro foi da Varig, mas certamente, um dia o Luiz postará algo a respeito, ou já postou...
ExcluirA Panair teve sua falência decretada pouco mais de 1 mês depois da posse do Eduardo Gomes no Ministério da Aeronáutica.
ExcluirEsse design é inesquecível, mas não lembro dele passando pelo céu do Rio, acho que é só lembrança de fotos de jornais e revistas antigas da coleção que meu pai tinha.
ResponderExcluirPor sinal tem foto de um avião da Panair (não é um Costellation), em propaganda na edição especial da Revista Manchete, comemorando o quarto-centenário do Rio. Deve ter sido um dos últimos reclames dessa empresa de aviação.
sei que o Luiz não gosta de comentários de experiências pessoais, mas eu vou contar: na véspera da inauguração de Brasília eu e minha mãe, que era amante de um deputado federal, pegamos, as custas do Estado, claro, um voo no Connie da Panair do Rio para Brasília. Ao chegar, a coisa era tão precária , que existia uma puta árvore quase na cabeceira da pista. Resultado: o avião deu uma porrada na copa da tal árvore e quase fomos para o c..... deu tudo certo, mas o susto foi grande.
ResponderExcluiroutra coisa: meu pai biológico era o presidente do Clube dos Cafajestes em SAMPA e como irmão do Edu,que era comandante do Connie da Panair e membro do Clube, Morreu num acidente no Rio Grande do Sul. Há vasta literatura sobra esse acidente no Google. Já foi tema de inúmeras conversas minhas com o Rouen.
ResponderExcluir"Zum, zum, zum, está faltando um"
ExcluirAqui é o Voando para o Rio??
ResponderExcluir