Vemos hoje duas fotos da
Av. Atlântica na década de 50, época em que a conheci e passei a admirar. A
primeira é do Acervo de Marina Hermanny Freire e a segundA é do Acervo Geral da
Cidade do Rio de Janeiro. Em ambas estamos no trecho do antigo Posto 5, nas
vizinhanças do Hotel Miramar.
A Avenida Atlântica foi
projetada no Governo Pereira Passos e construída entre 1906 e 1908. Em 1912, o
Prefeito General Bento Ribeiro Carneiro Monteiro, considerando que a
"Avenida Atlântica, pelos atrativos naturais que a cercam, deve constituir
logradouro especialmente destinado a passeio, proibia o tráfego de veículos de
cargas ou mercadorias e, bem assim, o de carros fúnebres, salvo aqueles que se
destinarem a pontos nela situados".
Em 1913 foi alargada e,
em 1918, foi destruída, em grande parte, pelas ressacas, sendo reparada pelo
Prefeito Amaro Cavalcanti - esta reconstrução foi assinalada pelo lançamento de
um marco de pedra em 1919.
Em 1921 foi melhorada em
grande trecho pelo Prefeito Carlos Sampaio.
Em 1970 a avenida foi
alargada e a praia foi ampliada por Negrão de Lima, desaparecendo a pista única
de mão e contramão.
Bom Dia! Os fatos citados acima ,já os conhecia. Mas por certo alguns novos virão nos comentários.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirPassei inúmeras vezes pela avenida e algumas (poucas) vezes andei por ela, mais pelo Posto 3. Fora as idas ao forte.
Como a avenida foi aberta depois das ruas internas, as casas tinham seus "fundos" virados para o mar. Isso foi resolvido nas décadas seguintes. São famosas as fotos de ressacas na avenida ao longo do século XX.
Ainda bem que a Zona Sul, pelo menos, não entrou na onda das mudanças de nomes consagrados promovidas por vereadores que não têm coisas mais importantes pra fazer. Suburbana virou Dom Helder Câmara, Automóvel Clube virou Martin Luther King Jr, Alvorada virou Airton Sena e até a Sernambetiba virou Lúcio Costa. Já pensou perder-se nomes de logradouros como Atlântica? Já haviam alterado Montenegro para Vinícius de Moraes, mas não conseguuram alterar o nome Vieira Souto para Tom Jobim; ainda bem...
ResponderExcluirConcordo plenamente. Acho que nome de rua também é patrimônio cultural, e nunca deveria ser alterado. Quer homenagear alguém? Aguarde a abertura de nova rua e faça-o. Se esses vereadores tivessem mais o que fazer, não teríamos perdido vários nomes de ruas, como Cadeia Velha, Piolho (nada a ver com o bicho), Imperatriz, Direita, Cano, Sacramento, Violas, Pescadores, Ourives, Nova da Prainha, Larga de São Joaquim, Areal, Mata-Cavalos, Mata-Porcos, Nova do Imperador, etc.
ExcluirBenfica,CCPL, Jacarezinho,Vieira Fazenda,Higienopolis,Maria da Graça,Del Castilho,Cachambi,Norte Shopping,Trajano, Pilares, Abolição,Padre Nóbrega,Piedade,Quintino e Cascadura. Uma avenida que passa por todos esses bairros tem a obrigação de se chamar Suburbana.Alguém querendo homenagear D. Helder, deveria faze-lo lá na Cruzada S. Sebastião ou Imediações.
ExcluirAinda hoje chamo algumas pelo nome de origem, como a Sernambetiba (até porque tenho minhas implicâncias com o Sr. Lúcio Costa). O nome das ruas é patrimônio e história viva, apagá-los é impedir aos novos acesso à nossa história.
ExcluirNa foto do posto Texaco vemos um Skoda 1948-51 (ali tinha um mecânico de Skoda e outras esquisitices) e na calçada um resplandecente Chevrolet 56, provavelmente Bel-Air e, com a minha imaginação alimentada por estes fortes dias de verão, sem coluna, para a janela da frente ter continuidade atrás e refrescar um pouco mais.
ResponderExcluirNa avenida, sentido Leme, um Jaguar Mark V, de 49 a 51, segue esquentado (sempre) apesar de ser prateado; quase cruzando com o Jaguar, um conversível GM, torrando no sol do meio-dia.
Na foto 2 - que apareceu encurtada outro dia - tive o prazer de identificar o carro atrás do Oldsmobile 51; é um Austin A-70 Hampshire, de 48 a 50. Eu o considero como o mais elegante Austin já fabricado. Não é grande, mas é bem proporcionado, chique.
Perguntavam ao Fred Astaire sobre o seu par preferido, entre as dezenas de atrizes-dançarinas com quem contracenou. Sempre elegante como um Austin Hampshire, Fred dizia: Gene Kelly! Assim, ele não deixava de responder e não desagradava a todas menos uma das colegas.
Como eu não tenho tantos escrúpulos, eu apontaria o Hampshire como um dos meus carros favoritos. Havia um na rua da feira, cor de manteiga, imaculado, que fazia a minha alegria de menino. Toda sexta-feira seu dono o estacionava na minha rua, para não interferir com a montagem das barracas...
Vou dar uma de obiscoitomolhado estagiário, como enxerido: na primeira foto, vemos pela traseira um Skoda 1101, um Chevrolet Bel-Air 1956, atrás dele outro Chevrolet na faixa dos 1949/50 e indo de traseira parece um Jaguar Mark V.
ResponderExcluirQuanto ao conversível que vem vindo, eu me lembro deles rodando aqui no Rio, mas não recordo a marca.
Na segunda foto, o carro mais em destaque, parado junto ao meio-fio, parece um Oldsmobile 1950. Atrás dele, um modelo que eu me lembro circulando no Rio, porém me falha a memória quanto à marca. Acho que não era muito comum.
ResponderExcluirAssim que me separei da minha primeira esposa, morei durante quatro meses num kitchenette da rua Miguel Lemos, número 8, esquina com avenida Atlântica. Bons tempos, apesar do tumulto emocional. Acordava cedo, caminhava (nunca fui de correr) até a Princesa Isabel, ia até o posto seis e voltava para casa. Nos fins de semana, pegava uma bicicletinha aro 20" e pedalava até o Santos Dumont. Raramente ia à praia, para não me aborrecer vendo os ratos de praia patrulhando a área e escolhendo suas vitimas.
ResponderExcluirUma vez, como o pneu da bicicleta furou, peguei a da minha filha, uma aro 20" cor-de-rosa, com cestinha na frente, e lá fui eu, ouvindo de vez em quando zombarias a respeito da minha masculinidade.
Quanto à praia em si, só frequentei quando criança, na altura da Princesa Isabel, sob a proteção do meu tio, que me levava (e ao meu irmão) para mergulhar, seguros pelas mãos.
ResponderExcluirComo adulto, sempre temi o mar de Copacabana, pois não sei nadar. Preferia Arpoador e Ipanema, altura da Farme de Amoedo. Isso nos primeiros anos da década de 1970.
Pra completar na última foto a pontinha de um Chevrolet 57...
ResponderExcluirNa primeira foto,o conversível que vem de encontro ao jaguar,quase com certeza um Buick roadmaster 53,atrás dele com certeza vem um buick
ResponderExcluirEssa fotos icônicas trazem lembranças agradáveis de um tempo que se foi. 1) A primeira ida a essa praia para um banho de mar e assistir a uma exibição de aeromodelismo VCC (Voo Circular Controlado), comemorando a então Semana da Asa; 2) Batendo uma linha de passe próximo à pista de rolamento e ouvindo uma voz vindo de um dos prédios da orla avisando a um dos jogadores que o almoço estava servido; 3) O barulho típico que a areia fina produzia quando se caminhava firme, além da "fauna" que ela continha (tatuís etc.); 4) O futebol de areia em memoráveis amistosos contra os times locais. Depois das obras de ampliação tudo mudou.
ResponderExcluir.. e para pior, sem dúvida. Não se trata de saudosismo, e sim de simples constatação.
ExcluirO nome do prefeito General Bento Carneiro virou nome do personagem vampiro de Chico Anysio, talvez apenas coincidência. Já o bairro, da Zona Norte, foi em sua homenagem mesmo.
ResponderExcluirPereira Passos virou nome de ruas em Sepetiba e em Duique de Caxias.
O prefeito Amaro Cavalcanti virou avenida no Méier.
Uma rua do Centro se chama Carlos Sampaio, não sei se em homenagem ao prefeito, mas existe um Livro: A Vitrine e o Espelho, O Rio de Janeiro de Carlos Sampaio. Escrito por Carlos Kessel, em 2001, pela Prefeitura do RJ, na gestão do prefeito Cesar Maia. segue o link para PDF:
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4204430/4101436/a_vitrine_e_o_espelho.pdf
Já o Negrão Lima, entre outras coisas, virou nome do Viaduto de Madureira.
Ansioso pelo 1º Milhão de visualizações do blog. Falta pouco!!!
Corrigindo meu comentário: atrás do Bel Air 1956 não está um Chevrolet 1949/50. Talvez seja outro 1956, mas não tenho certeza.
ResponderExcluirÉ um cadillac 54 a 56,caro amigo Hélio..
ExcluirEram bons tempos aqueles em que morei na Avenida Atlântica 4066, entre os anos de 1969 e 1971. Fui testemunha da obra de duplicação, a qual acompanhei da janela de meu quarto diariamente. Acordava às 07:00, estudava até às 10:00, depois meia hora de praia, em seguida ia caminhando para o Colégio Brasileiro de Almeida em Ipanema onde ficava até às 16:30, voltava com pressa para dar um mergulho antes de escurecer, e às 20:30 já estava dormindo. Só essa narrativa me deixou "com a língua de fora". Mas "os tempos eram outros"...
ResponderExcluirMeus amigos, com o calor que está fazendo, só um mergulho na Praia de Copacabana para aliviar um pouco; mas, na praia antiga, antes do aterro, com faixa de areia bem menor e sem COVID ...voltando no tempo, quando até o calor parecia mais suportável.
ResponderExcluirHoje em dia, para não me aporrinhar com ratos de praia nem com arrastões, prefiro tomar banho de sol na minha praia particular, a Terrace Beach. Embora perto de favela, uma fileira de edifícios se interpõe entre minha praia e a favela, dominuindo os riscos de eu ser presenteado com uma bala perdida.
ResponderExcluirSons de disparos eventualmente são ouvidos, mas isso é comum nessa cidade que tantos amam. Me incluam fora disso.
Essa "Terrace Bach" fica próxima à clínica veterinária onde costumo tratar o meu Pinscher e da Pizzaria que faz pizza de alho que "tudo de bom". Já experimentou?
ExcluirSe a veterinária é a MyVet e a pizzaria é a Rei das Pizzas, sim.
ExcluirExistem promoções ótimas. Pizza grande de vários sabores sai por 27 Reais se for buscar.
ExcluirNão abro mão de Montenegro, Sernambetiba, Suburbana. Nem das regiões dos velhos postos de salvamento de Copacabana, Ipanema e Leblon, o que causa muita confusão com os mais jovens, pois alguns mudaram de lugar e outros nem existem mais. E o que dizer de que nos encontramos na Esplanada ou no Bar 20, perto do Astória? Ou em frente ao Rian?
ResponderExcluirMuitos comentaristas de memória e olfato aguçados, para não dizer da visão microscópica, fizeram complementos. Como foram vários, não respondi a cada um e sim aqui. Na foto 1, o carro atrás do Chevrolet 56 é um Cadillac 54.
ResponderExcluirO conversível que cruza com o Jaguar é um GM com certeza; não garanto ser Buick, mas se o Erick jura, tá jurado e parece mesmo. Vale para o carro atrás.
A pontinha de Chevrolet 57 pode ser muita coisa, mas o faro está em boa direção, é um GM.
Ninguém falou, mas o sedan em primeiro plano na foto 2 é um Ford 1949.
Voltei...
ResponderExcluirLonge da querer controvérsia, mas "avenida suburbana" já foi uma mudança de nome. O nome original era Real Estrada de Santa Cruz, com vários trechos rebatizados ao longo do tempo. Um trecho até hoje ainda leva o nome, adaptado, de Avenida Santa Cruz. O resto, tudo rebatizado...