Vemos o início das obras de construção do Estádio de Remo da Lagoa. As
regatas passaram a ser oficialmente disputadas a partir de 1851,
transformando-se, depoisem ponto de encontro da população carioca a partir do início do século
XX.
Inicialmente disputadas na Praia do Flamengo, no início do século XX foram transferidas para a Praia de Botafogo com a construção do Pavilhão de Regatas pelo Prefeito Pereira Passos. Este pavilhão foi inaugurado em 24 de setembro de 1905, sendo o C.R. Vasco da Gama o seu primeiro campeão. O Pavilhão de Regatas foi demolido em 1931. Na foto acima mais um aspecto da construção de Estádio de Remo da Lagoa.
O projeto
original do estádio, de 1954, previa 14 garagens de remo, que nunca foram
construídas na sua totalidade. Após 20 anos sem garagem alguma, em 1974, foram
construídas as 8 garagens existentes, que há anos se mostram insuficientes para
comportar a expansão do remo no local. Da data da inauguração até os anos 70 as
regatas tinham grande público e eram um acontecimento esportivo importante,
tanto quanto ocorria na época das regatas defronte da Avenida Beira-Mar.
Por fim vemos o "oito" do Flamengo, também em 1957. A guarnição era composta por Antenor (patrão, agora chamado de timoneiro) José Carvalho (que virou conhecido técnico e teve dois filhos campeões de remo), André Richer (que foi presidente do Flamengo e do COB), Lon Menezes (que dirigiu o remo do Flamengo por anos) , Carlito, José Chaves, João Neiva, Ronaldo Arantes e Buck (lendário treinador do remo do Flamengo e da Seleção Brasileira. O Flamengo homenageou o Buck com uma estátua em bronze em frente à sua garagem de barcos na Lagoa).
Bom Dia! A unica vez que pratiquei remo foi num barquinho da Quinta da Boa Vista.Fui presenteado com algumas bolhas nas mãos. Faltam 68 dias.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirAlgumas fotos (as do AGCRJ) já conhecia, mas é sempre melhor com uma aula sobre o assunto. No início do século XX a popularidade das regatas poderia ser comparada à do futebol atualmente. Clubes de futebol tradicionais têm a expressão "regatas" no seu nome não a toa. Nasceram na beira do mar (ou da lagoa) e depois criaram seus departamentos de "football".
O remo era uma modalidade esportiva amada pelo carioca. Em meados dos anos 70 para cá, entrou em declínio absurdo de público, sem motivo aparente.
ResponderExcluirLembro quando criança, nos anos 60 aos domingos pela manhã, meu pai me levando a pé do Leblon até o Estádio, para assistirmos as regatas e torcer pela equipe do Botafogo. Era uma multidão semelhante a do entorno do Maracanã em dia de jogos, caminhando pela rua da hoje Estrada Lagoa Barra, bem ao lado da sede do Flamengo. Tinha que chegar cedo para pegar um bom lugar no estádio.
Complementando, estive pela última vez no Estádio de Remo, em 2017, assistindo o final última regata, que deu o pentacampeonato carioca de remo ao BFR e a arquibancada estava vazia. Hoje em dia, somente os familiares dos remadores e os dirigentes dos clubes comparecem as regatas. Neste dia, o Vasco venceu a prova do oito e lá estava presente o falecido e polêmico Presidente Eurico Miranda, que foi convidado a entregar a medalha a seus remadores. E é claro que puxou o famoso casaca! casaca! a turma é boa! é mesmo da fuzarca! Vasco, Vasco, Vasco! acho muito legal. É o único clube do Rio que entoa um "grito de guerra".
ResponderExcluirBom dia!
ResponderExcluirFotos sensacionais... mesmo sabendo que o futebol e demais esportes tem como suas raízes os clubes de remo, não era nascido nessa época e só ouvi histórias dos meus pais e avós sobre a popularidade do esporte.
A foto 5 mostra a paixão dos torcedores pelo esporte.
Como flamenguista gostaria de ter aquela camisa do Flamengo da foto 7.
Ainda se vê na lagoa a prática do remo diariamente, além de ser um exercício ótimo os praticantes mantém viva a alma do esporte que é patrimônio do Rio.
O remo brasileiro está invicto na história dos Jogos Olímpicos. Jamais conquistamos uma medalha sequer.
ResponderExcluirPois é. Acho inacreditável.
ExcluirPelo menos na canoagem o baiano Isaquias Queiroz ganhou 3 medalhas Olímpicas nessa mesma Lagoa de Freitas. E várias em Mundiais e Pan-americanos.
ExcluirMeu padrasto era remador do Vasco, se não me engano num iole de 8. A equipe estava prestes a competir numa regata, e todos resolveram ir a uma festa num barco ou navio ancorado na baía. Era verão, um dos remadores foi para o ar livre, tirou a camisa suada e pegou a fresca da noite.
ResponderExcluirPegou também uma pneumonia galopante e morreu em alguns dias. A equipe se dissolveu. Babau pra regatam
Como dizem os jovens, sinistro!
ExcluirCasa de Espetáculos Miranda o AC foi by Calango. Não foi fácil pelo declive do teto que é piso da arquibancada.
ResponderExcluirMinha experiência com essa modalidade esportiva foi registrada em pretérita postagem, merecendo então um comentário do sumido JBAN, salvo engano um ex remador esportivo. Na ocasião relatei que a proximidade da minha residência com as sedes dos clubes de regatas mais antigos (Clube Internacional de Regatas, Boqueirão do Passeio e Vasco da Gama), todos eles então com antigas instalações na R. Santa Luzia e Ponta do Calabouço, favoreceu a frequência nessas agremiações e a consequente prática de esportes náuticos, em especial o remo. Acordar às quatro horas da manhã, sem o desjejum, seguir para o Clube Internacional, retirar o barco e os remos da garagem e preparar a embarcação para a prática não era exatamente uma coisa agradável. Mas quando se é jovem vale tudo. Ou quase, pois o barco era um iole a quatro, modelo tradicional com forquilha (quem remou sabe o que significa), que tinha o simpático apelido de "barco pra cavalo" devido ao modelo arcaico da construção que o tornava pesado. E eu era o voga. Traduzindo: o que faz força. Além de ser aquele que fica na frente do esporro do patrão (timoneiro).
ResponderExcluirBarco na água, remos ao alto, últimas instruções do patrão (Um tal de Tito, um policial da Polícia de Vigilância (PV) criada no tempo do Lacerda) e lá vamos nós em direção à bela Baía da Guanabara. Bela certamente em um postal, ou a bordo de um veleiro, mas não remando com o risco de ser abalroado por um cargueiro no meio da baía. E depois ainda ter que ouvir o timoneiro gritar no retorno "Vamos virar, vamos virar!!"(Como virar?! O barco vai virar?). Era a ordem de remar com mais força... Algumas "enforcadas" (falhas nas remadas) e mais broncas do patrão, finalmente estamos chegando.
Na chegada com braços dormentes e pernas anestesiadas, ainda tirar o barco da água e, claro, lavar o bruto. Mais instruções e tentativas de correções dos erros e, finalmente, um café da manhã digno dos "heróis da Ilíada". Mas outras dessas nunca mais.
Isso era diversão ou castigo? rsrsrs
ExcluirSe chama disposição, determinação e amor ao esporte, coisa que falta em muito nessa atual geração.
ExcluirFui um vez a esse estádio, em 1970, e estava lotado.
ResponderExcluirO Vasco já tinha conquistado o campeonato carioca de remo daquele ano, mas o Fla venceu a maioria das regatas no domingo que lá estive. Como se dizia na época, colocou "água no chope do campeão".
Depois da queda de popularidade do remo o único esporte olímpico que aumentou bastante em público presente foi o vôlei.
ResponderExcluirHoje, o voleibol é o segundo esporte na preferência do brasileiro.
ExcluirAcho que os melhores remadores são os europeus e do leste europeu. Deve ser, provavelmente, uma situação cultural, e, claro, de incentivo, visto que um dos maiores confrontos ser o das universidades inglesas de Oxford e Cambridge.
ResponderExcluirO Estádio de Remo da Lagoa era uma linda construção de arquitetura modernista e foi simplesmente destruído e transformado num arremedo de shopping padrão Miami. Subtraíram uma área publica para fins desportivos e atividades ao ar livre para implementar salas de cinema na beira da Lagoa. E tudo ao arrepio da Lei, sem licitação. Até hoje o processo se arrasta no STF. Vergonha.
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