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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

O PAÇO - D.C.T.

Com fotos do AGCRJ vemos fotos do período em que o prédio do Paço, de estilo colonial, construído no século XVIII e que já tinha sido a Casa dos Governadores, Paço dos Vice-Reis, Paço Real e Paço Imperial, passou a ser a sede do Departamento de Correios e Telégrafos.

Durante os anos o edifício foi sendo totalmente deformado e passou a perder as características originais. Somente em 1938 houve o tombamento do prédio e em 1982 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional restaurou o Paço Imperial, usando como modelo a forma que tinha em 1818, quando era Paço Real.

Hoje ali funciona um Centro Cultural. 








 

24 comentários:

  1. Bom Dia! Esse prédio bem poderia abrigar um museu.

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    1. Ele abriga o Centro Cultural Paço Imperial, aonde um museu contando sobre a história do edifício. Recomendo.

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  2. Na foto 2, duas Ford F-100, podendo ser das nacionais, 57-58, ou americana , de 55. Na esquina, um Mopar dos anos 50.
    Na foto 3, depois do carro do carimbo, um Jeep Willys encobre parcialmente um Oldsmobile 51 (pode ser um Hudson Jet, mas fico com Oldsmobile). Do lado do bonde, um Fenemê deixa a correspodência.
    Na foto 4, vejo um Aero-Willys 60-61. O carro à esquerda não me agradou e ainda encobre um Cadillac 38, criminoso.
    Na foto 5, uma solitária Dodge 53 Suburban indica um provável sábado.
    Na foto 6, um Mopar 50-51 (parece ser o mesmo carro da foto 4) aponta para um F-100 americana de 57, com duas Ford Country Sedan também 57. Típicos de repartição, esses carros americanos vieram até 57, sempre pretos; depois escassearam. Na esquina, um Chevrolet Bel-Air 54. Bom dia a todos!

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  3. Dia do Fico, entrada de carruagens com piso original. Aposentos onde ocorria o beija mão do Imperador, vizinhança com o Chafariz. Muita história . Que esse corredor continue preservado , mas as construtoras.. como será o Centro com residências. Alguns escritórios ainda tem a denominação de apartamento , pois eram prédios mistos. Fundações do Paço visíveis em local isolado no interior.FF: recomendo a série Doutor Castor , na Globoplay.

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    1. A série Doutor Castor não retrata "tudo o que Castor foi", mas agora não posso me demorar aqui para explicar.

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    2. Embora muitos não saibam, Castor de Andrade era "uma dama" na acepção do termo: indivíduo culto, extremamente educado, e de gostos refinados. Apesar de apresentar "fragilidade", adminstrava seus negócios com habilidade e "mão de ferro" quando necessário. Era temido e sua palavra "era lei" em determinados setores de sociedade na época corrupta, ainda que infinitamente menos do que hoje. Era hábil em corromper, mas havia exceções: esse fato foi noticiado na época e me foi contado por um amigo que estava presente em audiência numa determinada Vara Criminal. Castor adentrou o recinto com seus indefectíveis óculos escuros que usava e não o retirou. A audiência era presidida por ninguém menos do que a juíza Denise Frossard, que imediatamente mandou que Castor retirasse os óculos escuros e ele não obedeceu a ordem de pronto. A juíza ameaçou dar-lhe voz de prisão pelo crime de desobediência, algo que inédito devido às circunstâncias. O fato é que Castor obedeceu e tirou os óculos. Denise Frossard aposentou-se anos mais tarde sem qualquer promoção, o que foi lamentável para uma magistrada "da melhor cepa", proba e incorruptível. "Doutor Castor" ganhou uma minissérie, merecida sem dúvida, mas personalidades cujas carreiras foram pontuadas pela probidade e pela retidão também não merecem?

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  4. Olá, Dr. D'.

    Não lembro da primeira vez que entrei no paço, mas deve ter no máximo entre dez e quinze anos. Até então, só passava por fora.

    Fui em algumas exposições e aproveitei para "explorar" o prédio. Algumas vezes também fui só na lojinha, mas era praticamente para passar o tempo. Tudo caro...

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  5. Deixar carros estacionados na rua nessa região era costume nos anos 50, algo impensável atualmente. Na semana passada estive nesse trecho e pude observar o vazio que se transformou. Pouquíssimas pessoas nas ruas. A foto 3 mostra um bonde sem a "capelinha". Como a foto é do final dos anos 50 e a "capelinha" foi adotada em 1941, seria uma "ilusão de ótica"? Com a palavra o Hélio...

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    1. Muito estranho esse bonde sem capelinha. Esta foi aprovada pelo órgão regulador em meados de 1943.

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  6. O "dia do fico" não foi bem como o que é descrito nos livros de História, mas isso é assunto para outra vez. O Paço, apesar das intervenções, ainda é das poucas edificações que restaram para a posteridade.

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  7. A primeira e a penúltima foto são da outra sede na 1º. de Março, esquina com Rua do Rosário.

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  8. Interessante que antes da reforma da volta ao estilo colonial o prédio ficou com cara de neo-colonial, se não me engano do jeito mais espanhol.

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  9. Bem que eu estava estranhando aquele relógio.

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  10. O Paço Imperial foi tombado em 1938 e restaurado em 1982 quando o antigo IPHAN era dividido em SPHAN (secretaria), órgão normativo, e a então Fundação Nacional Pro-Memória, fundação pública de direito privado que atuava como órgão executivo. No tempo da FNPM o Paço Imperial era uma de suas unidades. Uma curiosidade que é sentida por quem trabalha ou visita um dos andares superiores é o balanço (nem sempre sutil) do seu piso feito em madeira corrida. O efeito acontece pela combinação do antigo sistema de construção colonial com o normalmente intenso tráfego da região. Hoje um centro cultural o Paço Imperial é considerado como a mais importante edificação do período colonial do Rio de Janeiro.

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  11. FF: Nunca, na história da Humanidade, um evento serviu para mostrar a verdadeira cara de um povo como essa pandemia, em relação ao Brasil. Eis o que ela está mostrando:

    1) a atitude criminosa de aplicadores de vacina que fingem imunizar velhinhos. Com que finalidade? Certamente não é por pura maldade. Há interesses inconfessáveis por trás disso. Esses bandidos ou estão reservando as doses para familiares ou amigos, ou estão sendo orientados para ao fim e ao cabo venderem as doses não aplicadas para outrem.

    2) a furação de fila desenfreada, ocorrendo em todo o país: políticos, parentes, veterinários, dentistas, psicólogos, esteticistas, tomando o lugar dos legítimos profissionais de saúde que deveriam estar sendo vacinados.

    3) festas de arromba em todos os quadrantes do país, com gente aglomerada e sem máscara, desobedecendo ao distanciamento indicado. Se morressem de COVID, seria bem feito. Mas provavelmente vão apenas transmitir a doença para seus pais e avós, que correrão sério risco de morte. Mas, e daí? Se morrerem, é porque já estava na hora. Como disse o grande filósofo Bolsonaro.

    4) a PM e a Guarda Municipal, ao invés de coibir e impedir essas festas, na maioria das vezes leva uma grana do patrocinador e fica tudo por isso mesmo. Também, pudera: se criarem caso, certamente um dos festeiros vai chegar e dizer a frase clássica: "Sabe com quem está falando?". Então, melhor fechar os olhos e faturar uma graninha. Não é? Agrada a gregos e troianos.

    Resumindo: a pandemia revelou que o brasileiro é venal, trapaceiro, desrespeitador das leis, interesseiro, egoísta, irresponsável, sem espírito de coletividade, e que na hora da farinha pouca, meu pirão primeiro. Dane-se o resto.

    E ainda querem que eu seja patriota. Nunca serei!!

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    1. Hélio, não há o que acrescentar ao seu comentário. A afasia do povo brasileiro, seja por convicção ou mesmo ignorância, é o pior dos males. É sabido que esse "status quo" é o corolário de um longo processo que começou há décadas, agravado "à décima potência" graças ao "método Paulo Freire", que conseguiu produzir os atores dessa "festa dos horrores". Na questão da "simulação da aplicação de vacina", são vários crimes aparentes aos quais as autoridades sanitárias fazem "vista grossa". No caso das aglomerações saltou aos olhos o baile em um CIEP da favela da Maré animado pelo cantor Belo, agravado desfaçatez do cantor que alegou que "cumpriu as normas sanitárias". Na verdade faltou atuação do MP que não teve "c...." para processar o cantor com base na Lei 9613/98, que versa sobre "lavagem de dinheiro". Infelizmente tem muita gente ganhando dinheiro com a ignorância, a inconsequência, e por que não dizer a falta de moral de grande parte da população brasileira."A ignorância é a mais lúgubre das enxovias".

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    2. Com a devida licença faço minhas as suas palavras. Tenho idênticos sentimentos com relação às dramáticas consequências dessa pandemia no caráter desta nação, hoje "capitaneada" por um canalha desqualificado. Difícil pensar em patriotismo nesse momento. Na condição de ex Procurador Federal quando ainda poderia ser oficialmente efetivo na defesa da aplicação da Lei hoje me sinto como um velho lobo uivando seu lamento inútil.

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  12. Boas palavras, Hélio, você resumiu muito bem como é a índole da maioria dos brasileiros. Patriota? também nunca serei!

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    1. E o mais nojento é que esses festeiros, que se revoltam quando lhes pedem para usar máscaras e não se aglomerar, são uns autênticos cagões passivos quando o governo (qualquer um) lhes cobra impostos escorchantes, nega-lhes segurança e saúde, rouba-lhes através de corrupção e negociatas. Nessa hora, abaixam a cabeça e oferecem o rabo, na posição de quatro, para facilitar o serviço. Cada país tem o povo que merece. E o destino idem.

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  13. No fim, tudo se resume a uma palavra: impunidade. Que algum político deveria propor ser classificada como "patrimônio cultural imaterial" do Brasil. Se o funk e a altinha já são considerados assim, apesar de estarem mais restritos ao Rio, por que não homenagearem também a impunidade, que grassa desde Brasília aos mais recônditos rincões dessa terra que tantos amam (me incluam fora disso).

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  14. Boa tarde a todos. Lembro perfeitamente da reforma do Paço, bem como da sua inauguração como Centro Cultural, nesta época costumava a levar meu filho para conhecer os centros culturais da cidade recém inaugurados, os museus como o da marinha e as igrejas do local. Quanto a personalidade do brasileiro de ser da forma que o Hélio retratou, acredito que deva ser praga rogada por D. Pedro II quando estava no exílio.

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  15. Quanto ao tema de hoje, estive uma ou duas vezes visitando o Paço, na década de 1990 e mais recentemente.

    Também assisti a um ou dois filmes na superminúscula sala de exibição ali existente. Já quanto a consumir algo na loja de lanches, negativo. Tudo a preços escorchantes.

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  16. Helio, hoje mesmo estive pensando nisso, logo depois que vi a reportagem no RJ. Perfeito o texto, só evitarei o Ctrl+C Ctrl+V para não incorrer numa outra marca do nosso povo: a apropriação indébita...

    Porém, como incorrigível otimista acho que um dia a gente acerta. Por hora, também sigo na turma dos não patriotas...

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