Vemos hoje fotos do bonde 10-Gávea, cujo trajeto, segundo o Helio Ribeiro, era:
Tabuleiro da Baiana – Senador Dantas - Luís de Vasconcelos - Augusto Severo - Largo.
da Glória - Russel – Praia do Flamengo - Machado de Assis - Catete – Marquês de
Abrantes – Praia de Botafogo – São Clemente - Humaitá - Jardim Botânico -
Marquês de São Vicente nº 438.
Segundo Dunlop, esta linha levou quinze anos para ser construída: o primeiro trecho, da Rua Gonçalves Dias (esquina de Rua do Ouvidor) ao Largo do Machado, foi inaugurado em 9 de outubro de 1868. O segundo trecho, até ao fim da Rua Marquês de Abrantes, ficou pronto em 21 de novembro e o terceiro trecho, até o começo da Rua de São Joaquim (atual Voluntários da Pátria), ficou pronto em 19 de dezembro de 1868. Por não estar ainda aberta e concluída esta rua, somente em janeiro de 1871 pôde ser ultimado o trecho até ao portão do Jardim Botânico. Pouco depois a linha atingia o Largo das Três Vendas, no começo da Rua Marquês de Sâo Vicente, e, em 17 de janeiro de 1874, chegava à estação da Olaria, no número 224 desta rua. E somente em 1883 a linha Gávea chegou a seu final, na Ponte da Rainha, no final da Marquês de São Vicente.
Na última década do século XIX experimentou-se nessa linha o "Expresso da Gávea", que nada mais era que um bonde comum que saía da cidade às 16 horas e "à toda velocidade" se dirigia para a Ponte de Táboas, parando somente no Largo do Machado e na estação do Largo dos Leões para uma rápida mudança na parelha de muares. Levava uma hora e meia para ir do Centro da Cidade até a Ponte de Táboas. Daí em diante virava "subúrbio" e ia parando à vontade dos passageiros.
Onde estaria este bonde 10-Gávea? Seria nas vizinhanças do Passeio Público ou estaríamos perto do Largo da Glória?
Bonde 10 Gávea nº 1897. E, como diz o JBAN, lá vai o VLT nº 10, matrícula 1897, com a propaganda do cigarro Lirio, passando pelo Passeio Público. Colorização do Nickolas Nogueira
Foto de Malta, do acervo do IMS, mostrando um bonde Gávea na Praia de Botafogo no início do século XX. Além de apreciar a beleza do foto fiquei curioso com o que teria acontecido com o homem de terno branco e gorro. Todos olham para ele: será que tinha pisado num cocô de cachorro? O puxador do burro-sem-rabo, ao lado do condutor e do fiscal, parecem tentar ajudar a "vítima". O local exato seria : Praia de Botafogo na altura da Rua Marquês de Abrantes, em 1910. O bonde é modelo "standard", de 10 bancos, com reboque de segunda classe, segundo o Helio.
Bonde Gávea em frente à Gaiola
de Ouro. Segundo obiscoitomolhado o táxi é um Mercury Eight, 47-48 e o carro branco é um Vauxhall, de 54
em diante. Comprovar o Vauxhall foi difícil porque a literatura é escassa, mas
aquele corte sob a porta dianteira, só os Vauxhall têm. Deve ser para botar o
macaco. Quanto ao ano, apenas em 54 saíram aquelas calotas e o friso contínuo.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirEsse bonde, pela numeração da rua, fazia ponto final perto do atual IMS. O antigo 174 (depois renumerado para 158) fazia um itinerário parecido, mas (acho) sem passar pelo Catete. Depois das "racionalizações" do Dudu a linha foi incorporada por outra "troncal", que não sei se ainda roda.
Ontem morreu o ator, entre outros ofícios, Paulo José, aos 84 anos. Vários papéis de destaque, entre eles a parceria com Flavio Migliaccio, de Shazam & Xerife.
Hoje é dia do disco de vinil, algo já considerado ultrapassado mas que ganhou novos fãs nos últimos tempos.
Você está certo quanto ao itinerário do malfadado 174, que era "via Praia do Flamengo" e não passava no Catete.
ExcluirMantenho uma coleção de disco de vinil de estilos bem variados. Além dos meus, alguns eram do meu pai, outros do meu irmão que não tem mais um toca-discos. Tem de quase tudo, de MPB do Noel Rosa até os bons tempos de Milton Nascimento e Chico Buarque, alguma coisa de Jazz, Beatles, Pink Floyd, um de rock mais pesado, samba, Românticos de Cuba e músicas clássicas.
ExcluirOuço pouco porque o aparelho já está quase precisando adaptar uma manivela para funcionar, tenho que dar um impulso para pegar no tranco.
Sugiro converte-los para MP3. É um processo fácil de se fazer em casa. O programa GoldWave é fácil de ser baixado, podendo converter para diversos formatos. Além disso funciona como um programa de remasterização, tal como um estúdio de gravação profissional. Em razão de tal facilidade, eu tenho um acervo de mais de vinte mil músicas.
Excluirela é similar a atual troncal 5
ExcluirBom Dia! Viajei pelo menos uma vez em cada uma das 101 linhas Cariocas e mais as da Ilha,Campo Grande e Niterói. Cada maluco com sua mania.
ResponderExcluirO bonde na foto está saindo do Passeio Público e virando à direita na direção da Cinelândia. Não custa lembrar que desde o início dos anos 40 não havia mas tráfego de bondes na Rua do Passeio. Sobre o bonde em frente à Gaiola de Ouro, naquele trecho foi praticada uma das maiores "fraudes cinematográficas" de que se tem notícia. No filme "Orfeu Negro" de 1959 o protagonista, um motorneiro da Cia. Jardim Botânico, aparece no controle de um bonde lotado de foliões em um dia de carnaval circulando na Cinelândia. Após terminar o serviço ele aparece na garagem de bondes do sistema de Santa Teresa, que funcionava em um "resto" do Morro de Santo Antônio na altura da Senador Dantas. O erro é grosseiro, já que os bondes eram muito diferentes.
ResponderExcluirEssa cena era realmente ridicula. O ator vinha como motorneiro do sossega-leão 2562, linha fictícia 49 - Babilônia, e na sequência estava em Santa Teresa. Putzgrila!!!
ExcluirBom dia a todos. Falando nos bondes, me vem a memória a música do Altemar Dutra.
ResponderExcluirSonhei que eu era um dia trovador dos velhos bondes que não voltam mais.
Cantava assim a toda hora, as mais velhas marchinhas do meu Rio de outrora.
Boa sequência de fotos,
ResponderExcluirSe viajei em bondes das linhas da Zona Sul não lembro, ainda não tinha completado 5 anos quando acabaram, mas consigo lembrar alguma coisa dos bondes da região da Leopoldina, inclusive de ficar admirando o motorneiro "dirigindo" a "coisa" que não tinha volante. Eu e meu irmão disputávamos os lugares mais próximos.
Todos os bondes mostrados são de 13 bancos com 5 passageiros por banco. Os bondes de 10 bancos eram os carros-motores pequenos, que nunca circularam na Zona Sul.
ResponderExcluirA meu ver, a primeira foto é no Passeio Público.
ResponderExcluirQuanto aos bondes-expresso, uma das linhas que os tinha era a 66-Tijuca, durante algum tempo, iniciando em 1944. Ele saía da Praça Tiradentes e a primeira parada era na esquina das ruas Conde de Bonfim com Uruguai. Daí em diante era parador.
ResponderExcluirSei de uma acontecimento muito interessante sobre esse expresso, mas a narrativa é longa para digitar aqui.
FF: ontem, Paulo José. Hoje, Tarcísio Meira. O primeiro dirigiu o segundo na série "O Tempo e o Vento" e contracenaram há vinte anos, na novela "Um Anjo Caiu do Céu".
ResponderExcluirTarcísio Meira foi há quase cinquenta anos o Dom Pedro no filme ufanista sobre a independência.
Sobre os discos de vinil, a coleção que era do meu pai ainda está aqui em casa, reforçada por alguns outros meus. O gosto dele era bem eclético. Tinha também uns 78rpm resgatados de um terreno.
Meu irmão tinha um compacto do Peter Frampton, que perdeu a capa... Meu pai monopolizava o toca-discos.
Creio que o bonde 92 passa pela Praia de Botafogo em frente a casa do Dr. Oswaldo Cruz, com fotos e projeto no site da FIOCRUZ
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