Capela
de São Conrado, na então Praia da Gávea. Foi construída a partir da primeira
década do século XX pelo Sr. Conrado Jacob Niemeyer. São Conrado viveu na Itália e morreu em 1351, sendo canonizado
em 12 de setembro de 1625 pelo papa Urbano VIII. Entretanto há vários
autores que citam personagem e data diferentes, como por exemplo ter vivido no
século X e ter sido canonizado pelo Papa Calixto em 1123.
O bairro, na primeira década do século XX, tinha um ar rural, com
muito verde e rua de terra. Durante séculos, São Conrado pertenceu à família de
Salvador Corrêa de Sá e Benevides. As primeiras referências à exploração da
propriedade só apareceriam no século XVII, quando herdeiros de Corrêa de Sá
passaram a cultivar cana-de-açúcar no Morgadio do Asseca, cuja sede foi
preservada e hoje abriga o Centro Cultural Vila Riso.
Nos
anos 50 este era o aspecto da igreja de São Conrado. Consta que a primeira missa ali realizada só aconteceu em 29/06/1916,
dia de São Pedro. Os aterros sucessivos deixaram-na distante da orla. Com a
morte dos descendentes de Conrado Niemeyer, a igreja e seu patrimônio foram
doados para a Arquidiocese do Rio de Janeiro. O então arcebispo Dom Jaime de
Barros Câmara, em 2 de julho de 1969, elevou a capela à condição de paróquia. Da
construção original ainda restam a pia batismal em mármore italiano, o sino,
alguns vidros belgas e o relógio francês.
O
autor do projeto desta igreja foi Alvaro Niemeyer (embora, outra vez, há
versões diferentes, atribuindo o projeto a um arquiteto dinamarquês) e seu
interior é extremamente sóbrio e pobre. Tem estilo francamente eclético, embora
tenha-se tentado produzir, sem sucesso, um estilo neo-gótico. Durante algum
tempo a festa de São Conrado foi digna rival da festa da Penha mas isto não
mais acontece.
Foto dos anos 60 publicada pelo Decourt, enviada pelo Wilson Spinoza. Mostra o adro da capelinha de São Conrado, tendo em primeiro plano o pequeno repuxo nos jardins da igreja, mas é a vista que se descortina o ponto alto da foto. Vemos um bairro de São Conrado completamente diferente dos dias de hoje. A Estrada da Gávea ainda é uma singela estradinha, cercada de casas simples, com um que de veraneio praiano dos anos 40, a farta vegetação domina o bairro e o mar lá atrás se descortina de todo. A casa ali ao fundo era da Dona Monique, uma francesa que durante muito tempo não cedeu à pressão das empresas imobiliárias para vender a casa. Jacques Augustowski
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirSão Conrado sempre foi bairro de passagem para mim, nas minhas idas e vindas da zona sul. Mas sempre que podia olhava para a capela.
Hoje é o dia do pendura. Por causa do dia do advogado, do estudante e do garçom...
Eu fui ao casamento de uma prima celebrado nessa capela em Outubro de 1972. O que chamou a atenção na época foi a música executada "Concerto para uma só voz"-Saint Preux", algo que fugia aos padrões da época. Um São Conrado bem diferente e com pouco movimento na ainda recente Auto Estrada Lagoa-Barra. A construção de templos católicos ocorreu de forma frenética durante quase 400 anos mas se reduziu substancial e proporcionalmente à fé católica. A partir da segunda metade do Século XX pouquíssimos templos católicos foram construídos e no Século XXI quase nenhum. Por outro lado as Igrejas Neopentecostais se multiplicaram "geometricamente" sem construir nenhum prédio e ocupando antigos cinemas e velhos prédios. Esse "fenômeno" tem muitas causas cuja discussão "não cabe neste blog"...
ResponderExcluirBom dia a todos. Nunca entrei nesta Capela, já vi inúmeras fotos da sua fachada, porém nunca vi fotos do seu interior.
ResponderExcluirBom Dia! Já estive bem próximo a esta Capela mas não tive a curiosidade de entrar,mesmo se tivesse não ia dar, estava fechada.
ResponderExcluirA Lagoa-Barra não foi inaugurada (incompleta) no começo dos anos 80? Na época Gávea-Barra por causa da falta da atual rua Mário Ribeiro?
ResponderExcluirA Auto-estrada Lagoa Barra foi inaugurada parcialmente no início de 1972. Em verdade foi o trecho Gávea-São Conrado. Para se chegar ao Largo de São Conrado era preciso subir pro dela Marquês de São Vicente até quase até o final, entrar à esquerda em uma agulha para então virar à direita para entrar na galeria do túnel. Mas entre o túnel e a Visconde de Albuquerque a novela iria demorar anos, já que para concluir esse trecho e construir o "Minhocão" muitos imóveis foram desapropriados.
ExcluirPela
ExcluirTípica obra inaugurada diversas vezes... Pelo menos três.
ExcluirCom relação ao comentário das 08:06,o tal "Dia do pendura" atualmente é uma "alegoria", já que apesar de se tratar de um crime contra o patrimônio (artigo 176 do CP) ele tem a peculiaridade de que "o Estado só atua mediante representação da vítima. Mas a realidade é bem menos poética, pois atualmente "quase todos os crimes contra o patrimônio são afiançáveis "em sede policial", o que significa que ninguém fica preso. É um incentivo para a prática de crimes, já que "não dá em nada". O "Pendura" perdeu a graça...
ResponderExcluirFui a um casamento nesta capela, por volta de 1980. Não me lembro de nada.
ResponderExcluirQuanto ao bairro de São Conrado, fui varias vezes ao apartamento da madrinha de minha esposa, no 24o. andar de um prédio, com vista maravilhosa para o mar. Por sinal acho muito bonita a praia de São Conrado, com aquele marzão besta. Pena que seja poluída.
Meu Bisavo, Angelo Schiappacassa, foi o Pedreiro Construtor da Igreja de Sao Conrado.
ResponderExcluirFrequentei a casa do amigo Jacques Augustowski, em frente a Igreja de Sao Conrado, na decada de 70. Hoje la esta construido um enorme predio.
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