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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

BRENDA LEE NO RIO

Esta foto na Praia de Copacabana, na Av. Atlântica perto da Rua Paula Freitas, mostra a cantora Brenda Lee no Rio de Janeiro, em 1959. A foto é de autoria de Jean Solari, dos Diários Associados.

Ela tinha apenas 14 anos de idade e era chamada de “A garota explosiva”. Fez enorme sucesso cantando a música “Jambalaya”. Na ocasião, perguntaram à moça o que significava a palavra título da música. Ela não sabia. Trata-se de um prato típico de New Orleans, “Creole Jambalaya”, semelhante à paella espanhola, levando frango, linguiça calabresa e camarões.

Cantora da Decca Records, que era representada aqui pela Companhia Brasileira de Discos, teve seu disco lançado no Brasil em 1959 e houve uma história curiosa. Um crítico da “Última Hora” escreveu que havia lido no “The Metronome”, uma revista americana de música, que Brenda Lee não existia e que “Jambalaya” fora gravada por Louis Armstrong, com sua voz sendo alterada para parecer de uma jovem. Pois bem, em 01/09/1959 Brenda Lee desembarcou no Rio e foi recebida inclusive pelo Presidente Juscelino no Palácio do Catete. Brenda Lee chegou acompanhada por sua mãe, Grayce Tarpley e seu empresário Dub Allbritten. A versão do jornalista caiu por terra.

A estada no Rio, ao qual voltou em 1961, incluiu uma visita ao Zoológico para batizar o leão-marinho capturado no Estado do Rio e doado pelo governador Roberto Silveira. Participou do Programa César de Alencar na Rádio Nacional, cantou quatro músicas e se manifestou decepcionada com o veto do Juiz de Menores para cantar no Fred´s.

Brenda Lee ficou muito amiga da cantora Cely Campello e a convidou para cantar nos Estados Unidos. Cely não aceitou.

 


Este LP, que tinha na capa uma foto de Brenda Lee na Praia de Copacabana não foi gravado no Brasil. A Companhia Brasileira de Discos fez esta capa para as músicas de um outro disco chamado “Miss Brenda Lee", onde ela cantava com The Anita Kerr Singers.

 As músicas eram: 

LADO A - Some of these days / Pennies from Heaven / Baby face / A good man is hard to find / Just Because / Toot toot tootsie goodbye /

LADO B - Ballin~the Jack / Rock-a-bye yor baby with a dixie melody / Pretty baby / Side by side / Back in our own back yard St. Louis blues.


Como não podia deixar de acontecer Brenda Lee foi capa da revista Manchete.


Brenda Lee apresentou-se na TV Tupi no Rio e na TV Record em São Paulo. Na ocasião da apresentação no Rio o crítico da Revista do Rádio foi muito severo na apreciação. Disse que o cenário do programa na TV Tupi era paupérrimo, que a orquestra que acompanhou a jovem cantora era muito fraca e que tudo deixou a desejar. 

30 comentários:

  1. A Vespa da Brenda entre 3 Chevrolet habituais e um Peugeot 403, um verdadeiro estranho no ninho, talvez fosse o Rouen dando um rolê com um carro zero, como saber..?
    Brenda Lee está viva, sobreviveu ao Rio e à Vespa, não sei onde achei que a cantora de Jambalaya tinha subido. Melhor assim, tem 77 anos.

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  2. Jambalaya foi gravada por muitos artistas de renome como "The Carpenters" e "Credence Clearwater Revival", mas a gravação de Brenda Lee é única. A foto mostra algo bem raro atualmente: uma moto com placa!

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    1. Não há fiscalização. O que mais se vê são placas adulteradas.

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  3. Olá, Dr. D'.

    Sucessos e/ou cantores fabricados vêm de longe. Cada época tem o seu. Hoje temos sub celebridades a rodo. Ex isso, ex aquilo agora vira "influenciador". Para não falar em jogadores e seus respectivos "staffs" ou "parças"...

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  4. Bom Dia! Lembro que a garotada, cantava esta musica com uma versão pornográfica. ( será que hoje vai?)

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  5. Em tempo: eu vejo motos com placas. Mas adulteradas ou com alguma coisa tampando parte dos números ou letras. Da mesma forma alguns carros usam o mesmo "expediente", geralmente do lado de fora de oficinas mecânicas.

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    1. De acordo com o CNT, trafegar com veículo automotor sem placa é infração gravíssima e gera apreensão do veículo. O caso é que por trás dessa conduta podem estar escondidos crimes mais graves como a recepção, artigo 180 do C.Penal. Além do mais 99% dos condutores de motos sem placa apresentam "aparência característica e óbvia" e a possibilidade de serem criminosos é alta. Já adulterar "sinal automotor de veículo" também é segundo o CNT uma infração gravíssima e que gera apreensão do veículo. Além do mais essa conduta é prevista no artigo 311 do CP com pena de até seis meses de reclusão. Nos dois casos são criminosos. O fato é que em 1959 a possibilidade de um carro ou moto circularem sem placa era mínima e se isso acontecesse a punição era imediata. Já em 2021 isso é quase uma regra.## Brenda Lee era uma adolescente e como tal foi tratada pelo "Juiz de Menores": "proibiu e pronto!"Já em 2021 não há mais um "Juiz de Menores" e sim um "Juizado da infância e do adolescente". A não ser pela estrutura faraônica e pelos salários dignos do Rei Midas", não sei se valeu a pena essa evolução. Menores assaltam, estupram, matam, e traficam drogas", "não podem ser presos", e aos 14 anos conhecem mais de sexo, lascívia, e saliências, do que todos aqui "neste sítio". Portanto ainda prefiro 1959...

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    2. Joel,
      Vc é o nosso Contarato do fotolog. Admiro a capacidade que vcs têm de saber os Códigos assim, como parágrafos, alíneas e incisos. Eu sou um admirador dos advogados. Uma vocação perdida....

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    3. Conde di Lido, o fato de ser Policial Civil me obrigou a ter uma atualização permanente com os Diplomas Legais e Leis especiais. Quando me formei em Direito em 1983 eram em quantidade muito menor do que hoje em dia. Novos tipos Penais tem sido criados com uma velocidade impressionante. Agora depois de aposentado tenho advogado particularmente "em causa própria" apenas em Juizados Especiais.

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  6. Li que quando sua voz amadureceu e a carreira declinou no final dos anos 60, passou a interpretar músicas country, nas décadas de 70 e 80. Não me recordava desta cantora, pois quando aqui esteve eu era muito pequeno. A Manchete era a revista mais lida do Brasil, tendo a Fatos & Fotos como a grande concorrente.

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    1. Fatos & Fotos não era bem concorrente da Manchete porque ambas eram da Bloch. Talvez fossem para públicos diferentes. Tanto que havia a edição de F&F especial de carnaval, mais popular. A Manchete sempre foi mais cara.

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  7. Então, antes da Rita Lee e da calça Lee, tivemos a Brenda Lee, que não conheci.
    Ouvi agora e é sim uma música country.

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  8. me lembro da vinda dela em 1961, quando eu tinha por volta de 14 anos. era um ídolo da minha geração. A memória me falha, mas acho que ela se hospedou no Copa. Lembro que fizemos vigília na frente do hotel para vê-la. Não a vimos.... não me lembro se foi no Copa....

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  9. Quem entrevistou essa cantora na tv foi o professor de inglês Roberto Blum, pai da atriz Norma Blum. Ambos foram colocados sentados em grandes cubos, em um cenário um tanto infantilóide. Ele ficava balançando as pernas, fazendo piadinhas sem graça. Talvez seja essa uma das razões das críticas da Brenda.

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    1. (correção) ...das críticas à estrevista da Brenda.

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  10. Além de Jambalaya, ela gravou "I'm sorry" e "All alone am I", esta última de origem grega, do famoso compositor Manos Hadjidakis, com o nome "Min ton rotas urano" ("Não pergunte ao céu"). Acho esat música muito bonita.

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  11. Eu provei o jambalaya quando estive em Atlanta, no restaurante dr culinária cajun dentro de um shopping center cujo cozinheiro era um cearense casado com uma tailandesa. Também me amarrei num prato chamado Chicken Bourbon.

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    1. Helio, Já fui a New Orleans 5 vezes, não por mim, mas pela minha mulher que adora. Também adoro, mas não ao ponto de voltar outra vez.
      O Jambalaya não é um sanduiche. è um prato de frutos do mar.
      Os sanduiches mais famosos da Lousiania são o Po-boy, feito com uma baguette recheada de uma carne que pode ser de carne, frango ou camarão.
      O mais consumido é a Muffuletta, que é enorme e leva tudo que se pode imaginar.

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  12. Não sei porque a região do Bayou nos EUA exerce tanta atração nos músicos. Além de "Jambalaya" (cujo subtítulo é "On the Bayou"), também existem "Born ou the Bayou", do Credence Clearwater Revival, e "Blue Bayou", do Roy Orbison.

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    1. As músicas do Credence Clearwater Revival eram "quase uma ode" ao patriotismo Norte-americano no período da Guerra do Vietnã, quase tanto como o repertório de protesto de "Hair" ou "Jesus Cristo Superstar". ### Miriam Makeba, "pegou pesado"! Pata pata tocava até em "velório de padre" e ela tinha um "swing de primeira". O período 1967/1971 teve a música em seu período mais pródigo. To Sir with love, Love is all, Ler It Be, A time for us, Samarina, e muito mais, são imortais. Os FICs no Maracanãzinho e os Festivais da Record Paulista (apesar insuportável e pernóstico Blota Júnior), marcaram essa época.

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    2. Joel,
      morava em Paris quando estourou o Pata-pata. Foi um sucesso estrondoso, apesar que metade das pessoas não sacou a mensagem política que a letra trazia. Somente queriam dançar....

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  13. E falando em versões, "Jambalaya" tem uma versão em francês crioulo, que fez até mais sucesso que aquela em inglês. E "Blue Bayou" também foi cantada pela Nana Mouskouri, uma excelente intérprete grega radicada na Alemanha.

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    1. Sou fã da Mouskouri. Tenho um CD há anos. Canta em vários idiomas.

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    2. Nana Mouskouri canta em grego, alemão, francês, espanhol, inglês e até em português.

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  14. Quanto ao comentário do Mauro Xará das 08:13h, a letra pornô era "Jambalaya, levanta a saia de veludo / Quero ver o seu bicho cabeludo".

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  15. Aquele estrondoso sucesso da cantora sul-africana Miriam Makeba, de nome "Pata pata", também tinha estrofes gozadoras. Havia até duas versões: uma era "Tá com pulga na cueca / Tira pra lavar"; a outra era "Tá com pulga ou tá com chato / Neocid é que é o barato".

    E "Breaking up is hard to do", do Neil Sedaka, também tinha a introdução musical com versão pornô, a saber "Toma, toma, toma um piru grandão".

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  16. FF: o clima está esquisito no CSI...

    https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/pais-de-alunos-do-santo-inacio-estao-preocupados-com-o-feminismo-e-doutrinacao-politica-na-escola.html

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