Em 1976 chegou ao Rio o primeiro voo do Concorde, da companhia Air
France. Veio de Paris, com escala em Dakar, no Senegal. Era uma grande
novidade, completando o percurso em torno de 6 horas, em vez das 10 horas habituais.
O desenho moderno do avião, a sua rapidez, tudo chamava a atenção e
muitos cariocas iam vê-lo no Galeão a cada viagem.
Nesta foto vemos o Concorde já no Galeão. Chama a atenção o entorno da
igreja da Penha, ainda sem o grande complexo de favelas que ali existe agora.
A escalada do preço dos combustíveis começou a minar sua viabilidade
econômica, até que, pouco mais de 24 anos após o primeiro pouso no Galeão, em
25 de julho de 2000 a fatídica queda
do Concorde de matrícula F-BTSC em Paris, com 104 passageiros,
selou de vez o final da trajetória do modelo. Como resultado, em 2003 o modelo
deu seu adeus definitivo.
Vemos o Concorde sobrevoando Copacabana.
Vemos uma tripulação do Concorde no pátio do Galeão.
Para quem teve oportunidade de entrar no Concorde, o comentário
era que embora fosse fabuloso por fora, por dentro parece um ônibus de tão
apertado.
Será que valia a pena pagar muito mais para viajar apertado e economizar
cerca de 4 horas?
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirMal o sumido JBAN retorna, já leva facada. Ensanguentado ele pergunta "Aqui é o Voando para o Rio?".
Tenho uma Manchete de 1982 mostrando o último voo do Concorde no Rio. A decolagem e aterrissagem eram programas que atraíam as pessoas ao aeroporto, que nessa época ganhou o "sobrenome" supersônico.
Sobre pagar mais por uma economia de quatro horas de viagem, depende de quão grande era a saudade... Ou se não fizesse falta.
Acho que depois de 1982 só voos esporádicos.
O Concorde teve um similar fabricado pela fábrica soviética Tupolev. O detalhe mencionado na segunda foto mostra a uma faceta da evolução da maior tragédia do Rio de Janeiro: a favelização. FF 1: Em operação ainda em andamento em Rio das Pedras, Muzema, e "adjacências", a Polícia Civil prendeu 13 integrantes da milícia da região, inclusive os donos da construtora que atua na região e foi responsável pelo desabamento em que 24 pessoas foram a óbito em 2019. FF 2: ainda em relação aos comentários de ontem sobre os "mercadores da fé", recebi um vídeo mostrando um culto evangélico onde aparece a "ressurreição de um defunto" onde o mesmo levanta do caixão e sai andando...
ResponderExcluirO Concorde foi projetado para os vôos no Hemisfério Norte. Entre Nova Iorque e Paris, ou Londres, a redução do tempo de viagem era de 50%, pois não havia escalas. Em outras palavras, voando no sentido Europa-América, você decolava às 8 da manhã e desembarcava em Nova Iorque às 8 da manhã. Aproximadamente.
ResponderExcluirTão logo foi anunciado pela Air France que o Concorde passaria a integrar a linha Rio-Paris, contando com um vôo semanal, meu pai se empolgou com a novidade e comprou passagens para ele e minha mãe. Eles só viajavam ao exterior de 1a. classe e na volta relatou a aventura e meio que decepcionado, contou exatamente como diz o texto acima, que era mais apertado do que os tradicionais aviões da Boeing. Mas como o velho era vanguardista, contava a todos sua experiência de ter viajado no Concorde.
ResponderExcluirA tragédia do Concorde em Paris está muito bem explicada num episódio da série "Mayday - Desastres Aéreos", encontrável no You Tube.
ResponderExcluirA propósito, o pedido internacional de ajuda na aviação, "mayday", dizem ser uma corruptela do francês "m'aidez", que se pronuncia "medê" e significa "ajudem-me".
E o pedido de ajuda naval SOS, que alguns pretendem ser abreviação de "save our souls" (salvem nossas almas) ou "save our ship" (salvem nosso navio), parece não ser nada disso. É simplesmente um grupo de letras facilmente teclado nos manipuladores de telégrafo Morse, constituído de três toques curtos, três longos e três curtos.
Lembro ter visto uma reportagem (ou documentário) na TV mostrando o interior do Concorde. Era mesmo apertado. Acho que era até sobre o primeiro voo.
ResponderExcluirComo só o Galeão recebia voos do Concorde, quem tinha por destino outras cidades provavelmente preferia chegar quatro horas mais cedo para fazer as conexões. Chute meu.
Além do preço do querosene de aviação, contribui também para inviabilizar a operação comercial a restrição imposta por diversos países de não romper a barreira do som sobre terra firme e sim somente sobre o oceano para minimizar o efeito do "estrondo sônico", o que aumentava o tempo de viagem e inviabilizava certas rotas e ainda não transportar carga - o que o que transferia todo o custo do voo aos passageiros.
ResponderExcluirAvião belíssimo, o mais perto que já passei de um foi taxiando para decolar no aeroporto de Heathrow, aonde existe em exposição no pátio um Concorde remanescente da British Airways.
Dois registros sobre o Concorde. As escalas dessa aeronave no Rio de Janeiro de início não constavam dos planos da Air France. Consta que o doublê de piloto (grande ás da França na 2ª Guerra) e político Pierre Closterman, nascido no Brasil, onde aprendeu a pilotar (aeródromo de Maguinhos), foi responsável por sugerir à referida empresa incluir o RJ em suas rotas.
ResponderExcluirEntre as denúncias que envolveram a Agropecuária CAPEMI no escândalo administrativo/financeiro nas operações de comercialização da madeira oriunda do futuro vale do Tucuruí, no início dos anos '80, foram mencionadas as inúmeras viagens à França, por meio do Concorde, pelos militares denunciados. Nesse tempo, na condição de advogado de agente comercial da Air France, visando a recuperação dos créditos referentes aos bilhetes de passagens emitidos, acompanhei de perto as referidas denúncias e as tentativas de calote por determinado coronel responsável pelas contratações das sucessivas viagens.
Vi, e ouvi, algumas vezes passando relativamente perto, antes de pousar no Galeão. Naqueles anos 70 imaginava-se que os supersônicos da aviação comercial tomariam conta do céu na década seguinte.
ResponderExcluirSem dúvidas era, depois que deixou de ser novidade, só para quem tempo é muito dinheiro.
Bom dia a todos. Achava o design do Concorde uma obra de arte, embora suas acomodações fossem espartanas. Algumas curiosidades impressionantes sobre o Concorde.
ResponderExcluirEm 1985 , Concorde realizou um feito memorável: um Concorde e um Boeing 747 (Jumbo) da Air France decolaram ao mesmo tempo, o Concorde partiu de Boston e o Boeing 747 de Paris. O Concorde chegou a Paris, ficou uma hora no solo e retornou a Boston, pousando 11 minutos antes do Boeing 747.
Devido a grande altitude alcançada, as turbulências eram raras durante um voo no Concorde.
Quando atingia a altitude máxima de 60mil pés, ou 18 quilômetros, era possível ver a curvatura da Terra.
O Concorde consumia uma tonelada de combustível por passageiro para atravessar o Atlântico, o que fazia o seu custo operacional ser extremamente alto.
Voava mais rápido que o movimento de rotação da Terra, que é aproximadamente 1670km/h.
Talvez no futuro com o desenvolvimento de motores elétricos, possa ser desenvolvido um novo avião que desenvolva a velocidade do Concorde ou superior e seja viável economicamente.
Pelo menos para quem morava na região da Leopoldina, nessa época a Favela do Alemão não era chamada de "complexo", mas ninguém de fora arriscava a entrar sem ter um conhecido por lá e a Vila Cruzeiro já tinha deixado de ser uma simples vila de casas há muito tempo.
ResponderExcluirO Concorde proporcionou que um fato histórico, que foi a passagem do milênio, fosse comemorado duas vezes por 100 pessoas, a primeira em Paris e a segunda em Nova York.
ResponderExcluirNão sei se alguém aqui teve a oportunidade de entrar no Concorde. Eu tive essa chance na feira aeronáutica de Le Bourget em 1969, onde ele estava em exposição. Fiquei impressionado com o desconforto do avião, que só tinha uma classe. O teto era tão baixo que pessoas mais altas quase tinham que curvar a cabeça para andar pelo avião. As poltronas eram piores do que as poltronas da Azul na ponte aérea. Quem ia na janela, se fosse alto, acho que deveria inclinar a cabeça para não bater no teto. Com um preço de passagem astronômico em comparação à primeira classe dos voos normais, era uma relação custo/benefício altamente negativa. Ganhar 50% no tempo de voo não justificava, ao meu juízo, o investimento. Daí o fim da carreira do avião. Só servia para demostrar poderio econômico de quem nele voava.
ResponderExcluirTem um que está como Museo ao lado de um porta aviões em NY, realmente corredor muito estreito e poltronas apertadas.
ExcluirSobre aviões de todo tipo entres no YouTube no canal "aviões e música".
Talvez se essas viagens fossem subsidiadas uma porção maior de trabalhadores pudesse usufruir dessa comodidade.Depois de 2002 as passagens de avião baratearam muito e o trabalhador pode enfim viajar de avião com frequência.
ResponderExcluirDeixa o Paulo Guedes saber dessa sua sugestão... Ele vai ficar fulo de raiva. Lugar de trabalhador é na favela e transporte dele é trem.
ExcluirO Concorde em voo era muito bonito. No chão, nem tanto. Com sua fuselagem muito acima do solo, parecia uma garça.
ResponderExcluirEm termos de beleza, eu prefiro o Comet, o Caravelle, o DC-10 e seu sucessor MD-11, e o Boeing 757.
Hoje os comentários estão pródigos.
ResponderExcluirEscândalo financeiro no início dos anos 80 e curvatura da Terra...
Boa noite!
ResponderExcluirArrematando: em 1971 o Concorde esteve aqui. Estudava no Fundão e fomos ver a decolagem no Galeão velho. Depois, em 74 ou 75, no momento em que eu passei de carro. Deu para ver até o "foguinho" das turbinas.