Como era simpática esta rua com seu canteiro central e com um trânsito quase inexistente. Podemos observar que ainda não existia o muro que hoje delimita as instalações do Jockey Club Brasileiro. O indivíduo de terno branco está em atitute suspeita, mas não posso crer que fosse um antepassado dos que hoje fazem xixi nas ruas. Os trilhos de bonde acompanhavam o canteiro central e, suponho, as pessoas tinham que descer no meio da rua.
Sendo esta foto dos anos 20, fazia pouco tempo que tinha desaparecido a árvore mais antiga do parque do Jardim Botânico, a única sobrevivente da mata que outrora cobria aqueles terrenos: era uma "Guareia", a que os índios chamavam "Itó", vulgarmente conhecida como "Carrapateira", nativa das florestas cariocas. Essa relíquia ficava junto ao portão principal, de par com um pé de lit-chi (citando C. Costa).
A belí ssima aléia das palmeiras tem sua origem na palmeira plantada pelo próprio D. João VI, a "Oreodoxa Oleracea", ou "Palma Mater.
À direita o Jockey Club devia estar por ser inaugurado, o que ocorreu em 1926, no dia 11 de Julho, quando foi disputado o GP Cruzeiro do Sul, com vitória do cavalo Questor, com D. Lopez.
Antes do Jockey funcionava ali o "Chalet Restaurante Campestre", todo circundado de frondosos arvoredos, muito frequentado por ser um lugar muito discreto, longe dos olhares bisbilhoteiros, como conta o historiador F.Rosa.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirFui uma única vez no Jardim Botânico, com minha mãe e irmãos. É um programa para mais de um dia, senão fica muito corrido. Sempre fica a sensação de que faltou ver alguma coisa.
Meu comentário foi a respeito do parque. Sobre o logradouro, somente de passagem. Sobre o JCB, até o começo da pandemia, minha irmã era frequentadora do Rio Open de tênis.
ResponderExcluirA foto 1 é clássica. Uma formidável alea de Palmeiras imperiais que para chegarem a altura que mostra já estariam com cerca de 50 anos de existente.
ResponderExcluirA terceira foto é do Século XIX, já que o bonde que aparece é de tração animal e não existem cabos de energia. A Rua Jardim Botânico atualmente é "várias braças mais larga". Como uma "braça" equivale a mais ou menos dois metros, não é difícil calcular. Pode parecer estranho esse meu comentário, mas é a "ressaca" do dia de ontem onde o tema era o povo judeu e a "braça" era uma unidade de medição utilizada naqueles tempos remotos, assim como o "côvado"...
ResponderExcluirJB é ótimo. O problema é que só recentemente passaram a aceitar cartão de crédito para pagar ingresso. Vi vários gringos voltarem para casa pois só aceitavam pagamento do ingresso em reais.Do site https://www.gov.br/jbrj/pt-br/assuntos/visitacao/ingressos:
ResponderExcluir" Pagamento na bilheteria apenas no dinheiro. Na bilheteria não é aceito pagamento via pix ou cartão de crédito.
Os ingressos podem ser comprados antecipadamente, via pix ou cartão de crédito, no site jbrj.eleventickets.com
Os visitantes podem também fazer a compra online no local, por meio do seu dispositivo móvel, via pix ou cartão de crédito, acessando o site jbrj.eleventickets.com"
Por isso o parque lage, que é gratuito, tem muito mais visitantes. A adm do parque lage pensa em colocar urnas para uma doação espontânea, mas a burrocracia... O PL é da União, cedido ao Estado, que não tece habilidade para administrar e transferiu para a associação de amigos da EAV. Tipo polêmica do Cristo.
Mas ainda assim é um pulmão do RJ.
Eu amo o verde, mas não tenho saco para andar no meio dele. Gosto de ver campos, florestas, relvados, mas como parte da paisagem. Por isso, visitar o Jardim Botânico não me agrada, embora tenha feito isso umas duas vezes na vida, para acompanhar outras pessoas.
ResponderExcluirBom dia a todos. Gosto de ir ao JB, ia com muita frequência quando meu filho era pequeno, agora tenho ido novamente com os netos, que adoram brincar no parquinho e se sujarem bastante na terra. O JCB já foi meu programa de sábados e domingos à tarde, muitas vezes as segundas-feiras à noite quando era jovem, faz tanto tempo que a dupla exata estava nascendo na época e as demais apostas de hoje ainda não haviam nascido. Bons tempos de um Rio de Janeiro, bem mais agradável do que nos dias de hoje.
ResponderExcluirQuando a gente para pensar lembra que já passou muito tempo algo que fizemos.
ResponderExcluirLá se passaram 30 anos a última vez dentro do Jardim Botânico.
Acho que os bondes de tração animal duraram até um pouco antes de 1910, um tempo em paralelo com o elétrico, mas não sei dizer quais as últimas linhas que foram eletrificadas.
Que o titular deste espaço não se zangue comigo, mas tenho que fazer alguns comentários sobre os comentários de ontem, principalmente ao meu querido Helio Ribeiro.
ResponderExcluirHélio, os judeus não foram perseguidos após a Idade Mádia. Isso ocorre desde priscas eras. Se consolidou a partir do século 0.
Como um povo perseguido, fugiam sempre do local que estavam e a única coisa que podiam levar consigo eram comodities como ouro, pedras preciosas e outros bens que poderiam lançar mão em caso de necessidade.
Isso fez com que os judeus passassem a dominar a parte econômica do planeta. Dificilmente vc vai deixar de encontrar judeus no comendo das principais entidades ligadas ao dinheiro.
Por isso, são odiados. Eles mantém nas mãos a economia do mundo e isso incomoda muita gente.
Há de se separar o judeu ortodoxo, que vive para a religião, dos outros judeus que dominam a economia do planeta.
Odeio o ortodoxismo , bem como qualquer posição radical que não admite o contraditório.
Admito que todos têm a liberdade de expressão. Não gostar de judeus é um direito seu, assim como não gostar de índios, pretos, asiáticos, homossexuais, etc.
É uma questão de opinião. Cada um tem a sua.
"É isso aí, Conde di Lido", tocou no ponto certo. Todos tem o direito de "gostar ou não gostar do que quer que seja" sem ser alvo de qualquer patrulhamento ideológico como alguns procedem. Você foi "cirúrgico"! O Hélio expressou o sua forma de pensar em relação aos judeus e isso não é nada de mais. Aqui mesmo "neste sítio" chegaram a afirmar que sou racista, o que não e verdade. Mas há um "patrulhamento vigente" no qual não se pode comentar qualquer coisa sobre negros e gays sob pena de uma "execração implacável". O fato é que pode-se criticar negros e gays sem ofende-los ou diminui-los. No segundo caso é possível que alguns autores desse "patrulhamento' não caibam em seus armários...
Excluirsobre o JB, acho uma maravilha, mas comparados aos JBs do mundo, é muito inferior.
ResponderExcluirAtualmente passear em locais ermos como Jardim Botânico, Floresta da Tijuca, Vista Chinesa, Sumaré, etc, é temerário e as razões são bem conhecidas. Em 1984 eu resolvi subir caminhando a Serra da Estrela pelo antigo leito da Leopoldina entre Vila Inhomirim e o Alto da Serra, no final da Rua Teresa. Fui no elétrico até Gramacho e daí tomei o trem à diesel até Vila Inhomirim. A vista é indescritível, a caminhada em grande parte era "no meio do mato", e o único problema foi o cansaço. Atualmente não faço esse passeio outra vez "nem f...". A região oferece os mesmos perigos do que a Cidade do Rio de Janeiro. Quando eu morava em Botafogo fui algumas vezes ao Jardim Botânico, Parque da Cidade, e Parque Lage, mas lembro de poucos detalhes.
ResponderExcluirRespondendo ao prezado Paulo Roberto, comentário das 10:45h ==> na Zona Sul, área da Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico, o último trecho eletrificado foi o do Largo dos Leões até a Gávea, em 04/09/1904.
ResponderExcluirNa área da Light, a eletrificação terminou em 26/03/1910.
Porém, por incrível que pareça, em 28/09/1911 foi inaugurada uma nova linha puxada a burro, entre a estação ferroviária de Magno e Irajá, por uma nova companhia, a Linha Circular Suburbana de Tramways. A Light adquiriu essa companhia em 28/03/1928 e em 12 de outubro do mesmo ano eletrificou esse ramal.
Fim dos bondes puxados a burro na cidade.
Essa foto, estimando por baixo, tem 90 anos. Cadê o Cristo lá no alto?
ResponderExcluirAlgumas fotos são de 1920
ExcluirRespondendo ao prezado Conde do Lido, 11:34h ==> em momento algum eu disse que não gosto de judeus. Meu questionamento era tentar saber o por quê da discriminação que sofrem. Mera curiosidade. Segunda Guerra Mundial é meu tema favorito e já li várias dezenas de livros sobre o assunto. O sofrimento dos judeus e de outras vítimas do nazismo sempre me revoltou. Cansei de ler em livros e ver em filmes e escutar depoimentos das barbaridades que judeus sofreram. Mas nunca, em fonte alguma, eu vi, li ou ouvi o motivo daquele ódio. Que não se restringia nem se restringe até hoje à Alemanha. Você deu uma explicação convincente para essa rejeição. Talvez seja a verdadeira.
ResponderExcluirMas repito: não tenho raiva de judeus. Nem os amo. São pessoas como todas as outras e comungam das mesmas qualidades e defeitos: há bons e maus, honestos e desonestos, inteligentes e nem tanto, radicais e tolerantes, etc, etc.
Hélio, a História da Europa entre 1918 e 1945 é bastante complexa e explica muitos acontecimentos que culminaram com a Segunda Guerra Mundial. A divisão política anterior a 1918 é de difícil compreensão e entendendo-a verá que o Tratado de Versailles em 1919 gerou ódios e ressentimentos de origem étnica que só poderiam terminar tragicamente. Hitler soube aproveitar o caos reinante para tecer sua rede de intrigas que o levaram ao poder. Stálin era tão pernicioso quanto Hitler e até pior, e as barbaridades praticadas pelos soviéticos foram "atenuadas" por razões óbvias e se Hitler tivesse vencido a guerra certamente o nazismo não seria mundialmente execrado, e a "bola da vez " seria o comunismo. E já que gosta de filmes sobre a Segunda Guerra Mundial assista "Cruz de Ferro", com James Coburn. É ambientado na frente oriental e mostra a crueza de uma guerra "sem regras". A direção de Sam Peckinpah dispensa adjetivos.
ExcluirValeu, Hélio.
ResponderExcluirÉ triste vermos relativização e normalização de racismo de qualquer espécie ainda nos nossos dias. Por essas e por outras que faz-se necessária, sim, a criminalização. Não podemos voltar décadas e séculos.
ResponderExcluirQuem não gosta de x ou y e que não consegue desenvolver a empatia, guarde para si; bem lá no fundinho do âmago das suas convicções.
Para o bem da boa convivência humana...
Wagner, foi estarrecedor ler aqui, nesse espeço de cunho tão nobre, argumentos que validam teorias de superioridade de uma raça sobre a outra...ideais vencidos na primeira metade do Século XX, mas que infelizmente perduram até os dias de hoje e não apenas nas sombras. Triste demais.
ExcluirNetflix: Hitler’s Circle of Evil. Documentário que aborda dos anos 20 aos anos 40.
ResponderExcluirLivro: As Benevolentes, de Jonathan Lidell.
Jonathan Littell
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