Abaixo a transcrição de um comentário do Helio:
Havia muitos bairros onde circulavam bataclãs. Porém este reboque da foto, o 2402, era da Seção Méier, o que restringe um pouco as opções. E bondes com carro-motor e reboque bataclãs, como o da foto, na Seção Méier estavam restritos às linhas 77 - Piedade e 78 - Cascadura. O Mauro cita a linha 79 - Licínio Cardoso, porém não me lembro de bondes assim nesta linha. Os que vi eram carros-motores médios, às vezes puxando reboque pequeno. De qualquer forma, o trajeto do 79 era muito parecido com o do 78.
Com isso, dá para citar as ruas mais suspeitas:
a) linha 77 - Mariz e Barros, São Francisco Xavier, 24 de Maio, Dias da Cruz, Adolfo Bergamini, Amaro Cavalcanti, Clarimundo de Melo e Assis Carneiro.
b) linha 78 (durante certo período) - Francisco Bicalho - Francisco Eugênio - Figueira de Melo - S. Luís Gonzaga - Major Suckow - Dr. Garnier - Conselheiro Mayrink - Lino Teixeira - 2 de Maio- Souza Barros - Arquias Cordeiro - Dr. Padilha - Oficinas - Abolição - Suburbana - Carolina Machado - Carvalho de Souza.
c) linha 78 (durante outro período - apenas o que ainda não foi citado nos itens anteriores)
Devido a dificuldades operacionais as edições desta semana não terão a qualidade habitual.
ResponderExcluirEsse local parece ser no Rocha, o bonde é o 78, e rua parece ser a Lino Teixeira. A região mudou (para pior) e as diferenças para os dias atuais são o asfalto na via e os prédios um tanto depauperados. A 24 de Maio é totalmente diferente, principalmente pela proximidade da via férrea. Quanto ao comentário do Hélio sobre o 79 Licínio Cardoso, pode-se ver uma imagem dele subindo a Arquias Cordeiro em 1964 no filme A Falecida. Não era um Bataclan e sim um Narraganset.
ResponderExcluirQuanto à citação do Mauro Xará sobre a linha 79 - Licínio Cardoso também operar bataclãs, eu nunca havia visto, porém posteriormente àquele meu comentário eu obtive uma foto de um bataclã com reboque fazendo a linha. No caso, era o carro-motor 2007. O número do reboque estava fora do campo da foto.
ResponderExcluirParece que o item "c" foi truncado. Vou esclarecer: até o ano de 1940 e depois de 1956, o trajeto parcial da linha 78 - Cascadura era o citado no item "b". Entre 1940 e 1956, em virtude da eletrificação da linha férrea que o bonde cruzava na rua Prefeito Olímpio de Melo, o trajeto na altura da estação da Leopoldina foi alterado para Boulevard São Cristóvão, rua Mariz e Barros, rua São Francisco Xavier, rua 24 de Maio, rua Silva Freire e daí em diante retomando o trajeto antigo a partir da rua Arquias Cordeiro até Madureira.
ResponderExcluirOlhando a foto com calma, parece que a rua possui um aclive no sentido em que se desloca o bonde. Tendo em vista esse detalhe, eu arriscaria que é um bonde da linha 77 - Piedade circulando pela rua Clarimundo de Melo, em direção à Assis Carneiro.
ResponderExcluirHélio, se fosse a Clarismundo de Melo apareceriam no fundo da foto os morros por trás da Torres de Oliveira e de Quintino.
ExcluirJoel, eu também estranhei a falta dos morros. Mas não me lembro de haver aclive na Lino Teixeira.
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirAs ruas da zona norte e subúrbios eram muito parecidas. Fora algum ponto de referência específico (igrejas ou lojas, por exemplo) ou o relato de algum morador, a identificação era muito complicada.
Em alguns lugares a existência de morros ao fundo também ajudava na identificação.
Bom Dia! Meu NB esteve no conserto, chegou agora. Realmente na ocasião citei a linha 79. Mas, uns dias depois,por acaso em um engarrafamento na linha amarela identifiquei a rua e o local exato onde está o bonde. Para quem quiser conferir,ainda dá. Na direção do segundo poste mais lá na frente, uma Igreja Protestante ( ela ainda está lá do mesmo jeito da foto). A foto foi batida na direção Piedade Eng.de Dentro. Pela linha amarela veremos esta Igreja à uns 100 mts a direita, e para quem conhece o local,logo vai identificar que o bonde está na linha 77 Piedade e está trocando de linha em frente a rua Paraná.
ResponderExcluirAssisti agora o filme A Falecida mencionado pelo Joel. Suas imagens do Rio dariam um Onde é. A vila sem portões seria impensável nos dias atuais. Algumas estações de trem de hoje tem o mesmo aspecto de 1965. Demonstrando o pouco investimento que o poder público investiu no sistema.
ResponderExcluirO filme foi lançado em 1965 mas as filmagens são anteriores. A cena da personagem tomando o bonde no Estácio é uma prova disso. Os bondes deixaram de circular na região em 1964. O bonde 79 circulando na Arquias Cordeiro idem. No "morro" que aparece na São Francisco Xavier é atualmente a descida do fluxo de veículos vindos da Marechal Rondon para o Maracanã. Existe ali um grande condomínio cuja "paisagem" é de estarrecer. A vila onde mora a personagem Aida deve existir.
ExcluirLá atrás tem uma torre de igreja que lembra o campanário da igreja de São José, que fica na Amaro Cavalcanti entre a Monsenhor Jerônimo e a Adolfo Bergamini. Mas a posição da foto teria que ser invertida para fazer sentido porque aqui no canto direito da imagem seria a linha férrea.
ResponderExcluirCom o profundo conhecimento de bondes e principalmente da ZN está obvio. A foto se refere à linha 78. Não há como discutir. O casarão á esquerda pertencia aos Pinho de Albuquerque. Seguindo o teto do bonde vemos o Palácio do Catete, antes de ser desmontado e reconstruído na Rua do Catete. Fácil!!!
ResponderExcluirBom dia a todos. No comentário da outra postagem acreditava que fosse a R. Licínio Cardoso, porém hoje analisando bem a foto não acho que seja ela, mas com certeza não é a Lino Teixeira essa eu conheci bem desde os anos 80. É uma rua de mão dupla com linhas de bonde em ambos os sentidos.
ResponderExcluirAquela igreja ao fundo fala muita coisa. Digamos então: Rua do cemitério do Catumbi.
ResponderExcluirPrezado Conde di Lido: o casarão não é do Pinho de Albuquerque. Estou em dúvida se é o do famoso obstetra Jacinto Filho Aquino Rego ou do milagroso urologista H. Romeu Pinto C. Bento.
ResponderExcluirBrincadeiras à parte, estou curioso com esse filme "A Falecida". Vou tentar localizar e ver.
Hélio. O filme tem no youtube. Aparece algumas estações de trem que não consegui identificar. Nem a vila maravilhosa sem portão.
ExcluirAcredito que existe a possibilidade de ser a Clarimundo de Melo, nesse caso o bonde estaria indo em direção ao Encantado e a torre seria da Igreja Evangelica Congregacional do Encantado, sendo assim os morros estariam atrás do fotógrafo, na direção de Cascadura.
ResponderExcluirPercorri pelo Street View as ruas 24 de Maio (do Rocha até o Sampaio), a Dr. Garnier, Lino Teixeira, Dois de Maio, Souza Barros e Clarimundo de Melo. Não encontrei nenhuma torre de igreja parecida com a da foto (supondo que seja uma igreja). A versão do Mauro Xará, a meu ver, é a mais viável, porém a torre da foto é muito mais alta e bem diferente daquela da igreja citada por ele. Vou continuar tentando.
ResponderExcluirDesisto: percorri também as ruas das Oficinas, Abolição, Doutor Padilha e verifiquei se havia alguma igreja desse tipo na avenida Suburbana. Não encontrei nada.
ResponderExcluirNão estou muito convencido na hipótese da Clarimundo de Melo no sentido do Encantado, porque a foto mostra um aclive e se fosse a hipótese aventada seria um declive. Além disso, o formato e altura da torre da foto não combinam com as da igreja do Encantado.
O mistério permanece.
Com relação ao comentário das 10:34, a vila ainda deve existir, mas o difícil é localizá-la. A região é a do Sampaio e ali existem vilas semelhantes. Mas pode ser que tenha sido demolida por ocasião da abertura da Marechal Rondon, inaugurada em 1965. Como se sabe a Marechal Rondon é o resultado de uma obra que cortou inúmeras vias que tem início na 24 de Maio e terminam no morro. O "corte" começa na Barão do Bom Retiro termina na altura da Rua Nazário.
ResponderExcluirHélio na ocasião, eu estava na pista de subida da linha amarela. Quando voltei de onde fui desci e fui na Clarimundo de Melo para conferir. Com toda certeza o local e esse mesmo.
ResponderExcluirRua 24 de Maio e o fotógrafo encostou no muro do sobrado no número 271. Pelo que podemos ver no Street View, do outro lado da rua o sobrado está modificado, mas ainda tem alguns detalhes do tempo da foto.
ResponderExcluirA igreja é a de N.S. da Luz na Ana Néri.
Quanto às cenas do filme A Falecida, identifiquei vários locais. Segue a relação dos mesmos, precedidos pela marcação de tempo do filme.
ResponderExcluir08:49 ==> passa um trem de aço, provavelmente o Santa Cruz ou o Vera Cruz.
10:14 ==> vila ainda existente na rua 24 de Maio, número 673, bairro do Sampaio. Vide Street View, foto tomada em fevereiro de 2010.
23:49 ==> em frente das escadarias do Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio.
24:26 e seguintes ==> Praça Afonso Pena.
25:21 ==> o prédio ao fundo parece ser o de número 102 da rua Campos Sales.
25:27 ==> o prédio ao fundo parece ser o de número 57 da rua Martins Pena.
36:09 ==> rua Salvador de Sá, o muro branco à direita é o da atual quadra da Escola de Samba Estácio de Sá, mas na época do filme era de uma instalação da DLU (atual Comlurb). Logo a seguir, aparecem duas casas com arcos num provável porão. São as de número 210 e 212 da Salvador de Sá. Ainda hoje dá para ver os arcos, agora tampados.
36:21 ==> a atriz embarca num bonde bataclã, certamente da linha 66 - Tijuca. Havia realmente um ponto de bonde naquele local da rua.
42:08 ==> o viaduto ao fundo é o que cruza a linha férrea em Todos os Santos, dando acesso à rua Piauí.
O 66 Tijuca era o único Bataclan que circulava na rua Salvador de Sá e deixou de circular em 09 de Setembro de 1964. Mas eu tenho quase certeza de que o bonde em que a Fernanda Montenegro embarcou no Estácio não era um Bataclan mas vou dar uma conferida. Aliás a partir de 09 de Setembro de 1964 nenhuma linha de bonde circulou mais nas ruas Salvador de Sá, Estácio de Sá, e Haddock Lobo. Diante de todas as evidências que aparecem no filme e foram enumeradas por você, acredito que as filmagens tenham acontecido em 1963 e 1964. Ainda que parte da Radial Oeste tenha sido inaugurada em 1962 a São Francisco Xavier aparece com pouquíssimo trânsito e a saída da Marechal Rondon que existe atualmente e foi aberta no morro que aparece no início do filme, só foi inaugurada em 1972. Eu tenho uma foto daquele trecho da São Francisco Xavier que foi batida por ocasião das filmagens.
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