Vemos a Rua Teixeira de Melo,
em Ipanema, por volta de 1930. Quando foi aberta chamava-se Rua Quatro de Dezembro. A foto mostra a quadra entre a Rua Visconde de
Pirajá e o morro. Podemos ver os trilhos por onde passava o bonde de nº 14, o
"General Osório", no trecho imediatamente antes de atravessar a Rua
Barão da Torre para fazer a volta no sopé do morro (é curioso observar na foto
que no trecho final o trilho era único, com o bonde fazendo o "rodo" junto ao morro).
Durante muito tempo o final da rua ficou com este aspecto. Hoje em dia neste local existe o Complexo Rubem Braga, local onde está o Rio Poupa Tempo, uma das raras coisas que funciona bem na cidade (ali, com facilidade e organização, se pode tirar a CHN, carteira de identidade, CP, além de vários outros serviços como os da Fundação Leão XIII). Aí também está a estação do metrô. À esquerda, no lugar da casa, foi construído um edifício garagem. O local está bastante degradado, pois é ponto de encontro de "burros sem rabo" e velhas kombis de frete.
As duas últimas fotos são de Piotr Ilowiecki, de meados dos anos 70, quando os barracos ainda eram mais simples.
Em 1970 e 71 muitas vezes caminhei pela Barão da Torre quando voltava do Colégio Brasileiro de Almeida, e pelo que me lembro era bem degradada nesse trecho. Quanto ao fato do local ser bastante degradado atualmente apesar dos inúmeros melhoramentos, inclusive com instalações urbanas de primeiro mundo, a conclusão mais óbvia é que tais melhoramentos foram um gasto desnecessário, um "dinheiro jogado fora" já que os moradores daquela "comunidade", os principais beneficiados, ainda não portam condições para usufrui-los...
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirÁrea fora da minha jurisdição. Vou acompanhar os comentários.
O tempo ontem estava tão ruim que deu até furacão... Aliás, noite para se esquecer.
Em tempo, lá fora também foi dia (e noite) de resultados estranhos. O Bayern de Munique dançou da Copa da Alemanha com uma traulitada de 5X0.
A primeira fotografia, cheia de poças, me recorda um trecho do filme "A Dama e o Vagabundo", em que há uma perseguição à carrocinha que levava capturado o Vagabundo e o desenhista escolheu as ruas encharcadas para fazer a sequência. É para mim uma das cenas mais bonitas do cinema, acho isso desde que a vi, com 6 ou 7 anos; talvez explique porque gosto de chuva.
ResponderExcluirLuiz, tem certeza quanto ao rodo do bonde General Osório? A rua não parece ter largura suficiente para um rodo. E ao que me consta essa linha fazia o retorno na praça General Osório e não na Teixeira de Melo.
ResponderExcluirCerteza absoluta. Após a Barão da Torre havia um recuo onde está a lixeira na segunda foto. O bonde fazia a volta ali. Eu mesmo fiz isso. Muito anteriormente o retorno era pela General Osório pois o ponto final era na praça.
ExcluirApesar de não me lembrar do bonde na Teixeira de Melo eu me lembro do "rodo", cujo trilho ficou descoberto durante muito tempo, assim como o "rodo" em frente ao "Bar 20". Aliás eu tenho uma foto do Bonde Ipanema Túnel Novo ainda sem a "capelinha" circundando a Praça Geral Osório. Na época ele saía da Vieira Souto, descia Teixeira de Melo, e voltava pela Visconde de Pirajá. Vou enviar para você.
ExcluirEnviei-lhe foto do rodo no final da Teixeira de Melo. A foto que vc menciona já foi publicada no SDR. De toda forma, obrigado.
ExcluirBom Dia! Como disse o Augusto, "área fora da minha jurisdição" Nem no meu tempo de taxista lembro de ter passado ali.
ResponderExcluirO que era esse escorrega de concreto?
ResponderExcluirPor onde descia o lixo.
ResponderExcluirNessa época final dos 70, remover essas favelas para um lugar descente era plausivel e viável economicamente. Agora não dá, milhões moram nesses lugares e o problema só aumenta. Lamentável sem o mínimo de planejamento urbanístico não há lugar para melhorias.
ResponderExcluirImaginei....mas está tão limpa,que fiquei na dúvida....
ResponderExcluirBoa tarde a todos. Passei muito neste trecho entre 78 e 83, período que namorava minha atual esposa. Ela tinha duas amigas que eram irmãs e moravam na Barão da Torre, no trecho entre a Teixeira de Melo e a Farme de Amoedo, amigas desde a época do Instituto de Educação até hoje, e nos reuníamos na praia na Teixeira de Melo, bem em frente a casa Laura Alvim, eu só chegava na praia depois das 13:00 pois tinha sempre jogo pela manhã no Aterro. Nesta época ainda havia a rampa de lixo, mas o local já era bastante sujo e desarrumado com alguns camelos na subida do morro. Já não passo por ali a muitos anos, mesmo quando ia de Metro, saltava na estação já na Praça Gen. Osório.
ResponderExcluirQuanto a locais onde existe favela, o entorno normalmente é destruído, os imóveis se desvalorizam, o comércio legal fecham as portas, os imóveis da redondeza são todos pichados. Certa vez um deputado acho que era do PDT, disse que favelas não eram problemas, eram soluções, somente uma pessoa muito ignorante ou conivente com a desordem pode ter um pensamento desses. As favelas são a razão da destruição da economia da cidade do Rio de Janeiro, basta ver como estão os bairros onde elas mais cresceram, o que aconteceu com a economia desses bairros.
Concordo plenamente com você. Quanto ao político que afirmou que "favela é a solução" ele nada tem de ignorante, e a degradação e o estado terminal em que se encontra o Brasil é a prova disso. A favela e a miséria são alimento vital dos políticos. São o seu "ganha pão", o seu "meio de vida", e a a ascensão social, moral, e educacional dos moradores dessas comunidades, serão o "coup de grace" da classe política, e eles tem consciência disso. Destarte, eles farão de tudo para que isso nunca aconteça. O elo fraco dessa corrente é o morador da favela, já que por ignorância ou interesse acaba sendo "bucha" e é o que mais sofre, seja economicamente, moralmente, fisicamente, e o destino da maioria é melancólico ou trágico.
Excluirserá
ExcluirUm amigo do meu irmão tinha uma chácara na periferia de Baependi, perto de Caxambu. Um local agradabilíssimo: uma aleia de altos eucaliptos conduzia do portão de entrada até a casinha simples, verde claro. Tinha uma horta, uma plantação de arroz, umas galinhas, uma vaca, e muita área verde. Estive lá por duas vezes, na década de 1970.
ResponderExcluirUm belo dia, o governo resolveu construir um conjunto habitacional bem ao lado da chácara. Foi a sua desdita: os moradores invadiam a chácara, roubavam ovos, romperam a cerca, e outras sacanagens mais. Quando voltei lá em 2004, quase chorei de tristeza. Mesmo posta à venda, não apareciam compradores. Ninguém queria ter como vizinho um conjunto habitacional.
Por essas e outras, ter uma favela ou esse tipo de moradia próximo a uma propriedade sua é uma desgraça. A mística do favelado trabalhador e honesto é tão falsa como a do bom selvagem. Ou a do político interessado no povo. Ou a tantas outras que seria longo citar. Ladrões, canalhas e trapaceiros existem em todas as classes sociais, em todas as raças, em todos os sexos (reais ou inventados), em todas as idades. O que varia é o percentual deles em relação à população do país. Quanto a isso, o Brasil não tem o de que se queixar. Estamos no primeiro pelotão, junto com alguns hermanos latino-americanos. Sem desmerecer algumas outras estrelas internacionais nesse quesito.
O comentário do Hélio é perfeito e eu ainda acrescento: a quantidade de bandidos de todos os matizes no Brasil é colossal e a fragilidade das leis aumenta essa quantidade em progressão geométrica. As pessoas perceberam que cometer crimes no Brasil compensa, o sistema de justiça é corrompido, e quem poderia mudar essa realidade, os Legisladores, jamais moverão um dedo para isso, pois são os maiores criminosos.
ResponderExcluir