Seguindo com as garimpagens do Nickolas, série iniciada ontem, hoje vemos o nosso velho conhecido Palácio Monroe no tempo em que ali funcionava o Senado Federal.
O Governo do Brasil,
atendendo ao convite do Governo dos EUA para participar, em 1904, da Exposição
Internacional de Saint Louis, incumbiu o engenheiro Souza Aguiar de conceber o
pavilhão que representaria nosso país.
A ideia do ministro Lauro
Muller era, após a exposição, remontá-lo na Avenida Central, razão pela qual
foi projetado em estrutura metálica. Terminada a exposição, o Palácio Monroe
foi reerguido e inaugurado em 23 de julho de 1906, para a realização da III Conferência
Pan-Americana.
Além de Centro de Convenções,
no palácio funcionaram o Ministério da Viação, a Câmara dos Deputados, a
Comissão Executiva do Centenário da Independência do Brasil e, a partir de
1925, o Senado Federal até sua mudança para Brasília em 1960.
O nome do palácio foi
dado em honra ao presidente americano James Monroe, formulador da famosa
doutrina Monroe, de 1823, que apoiava a autodeterminação dos países
latino-americanos: a América para os americanos.
Muitas histórias sobre a
demolição do Monroe já foram contadas por aqui. A sentença de morte veio com o
aviso nº 964, de 09/10/1975, onde o General Golbery despachou: "Presentes
as alternativas de utilização de que dá notícia o processo, cumpre-me
transmitir a V.Exa. recomendações do Excmo. Senhor Presidente da República no
sentido de demolição do prédio e consequente transformação da área em
logradouro público".
Bom Dia! Ontem comi mosca. será que alguém vai falar dos leões?
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirContinua a série de slides garimpados pelo Nickolas, com alguns reforços.
O Monroe, ao contrário do Hotel Avenida, foi bem retratado em fotos coloridas. Mas a sua demolição sempre foi e será polêmica pela falta de motivos sólidos. Revanchismo puro.
Em tempo, senti falta do biscoito identificando os veículos de ontem.
ResponderExcluirAugusto, obiscoitomolhado comentou ontem à noite. Veja lá.
ResponderExcluirOK. Não tinha aparecido na última vez que passei por lá. Só acho que na segunda foto de ontem o prédio atrás do Liceu é o Marquês de Herval, em um estágio mais avançado na construção. Mas posso estar errado.
ExcluirVoltei. Comparando as duas fotos de hoje, parece que a primeira é menos antiga, após alguma reforma que incluiu alguns penduricalhos na estrutura do prédio.
ResponderExcluirQuem conheceu a região no passado percebe que o vazio existente no local é injustificável. O jardim que existe atualmente é utilizado para o lazer e o ócio de desocupados e usuários de drogas. ## Com relação ao comentário das 20:49 publicado ontem, ou seu autor demonstra total alienação quanto às consequências da liberação das drogas no Brasil, ou desconhece as abissais diferenças entre o país que afirma ser morador e "Terra Brasilis", ou é um alienado. O Brasil não possui um sistema de saúde que assegure qualquer tipo de atendimento para seus cidadãos e exemplos disso não faltam. Um dos maiores absurdos é a "proibição da internação compulsória de usuários de drogas", uma medida que visa a expansão do consumo e que é de "interesse político" por motivos óbvios. O resultado disso pode ser visto nas ruas, calçadas, e espaços públicos e privados. Além disso a realidade brasileira é diametralmente oposta: os "donos do negócio mais rentável do planeta" estão incrustados nas várias instâncias do "Poder Público" aqui no Brasil, principalmente nos poderes Legislativo e Judiciário, e que jamais permitirão qualquer prejuízo em seu rentável negócio, sem contar que "associado" ao negócio das drogas está o tráfico de armas. A origem do comentário se deveu aos "interesses atuais e objetivos das organizações Globo", e as "atrações ora em alta na sua programação" visam solapar as bases morais e familiares da sociedade brasileira.
ResponderExcluirBom dia a todos. O velho Monroe conhecido de todos está de volta ao SDR em colorizações fantásticas do mestre Nickolas. Tudo já se disse sobre a demolição deste palácio, porém uma alternativa nunca vi ser abordada nas discussões, porque não se discutiu a desmontagem do prédio e remontagem em outro local, visto que já havia sido feito isso uma vez.
ResponderExcluirLino, não são colorizações, são slides coloridos garimpados na internet.
ExcluirObrigado mestre Augusto, não sabia que eram slides coloridos, quando se fala do mestre Nickolas penso logo em colorização.
ExcluirTenho dormido... no ponto. Na primeira fotografia, um ford Prefect na sombra'mas, no pátio dos privilegiados, dois Plymouth, um verde 51 e um saia e blusa 57.
ResponderExcluirNa foto 2, um Buicão Super, de 1953, preto e um Morris Oxford, de 1949-51. Ao fundo, um Mopar verde, de 51-52.
Eu adorava passar pelo Monroe a caminho do IBEU, a volta era maior, mas sempre tinha colírio para os olhos automobilísticos.
Creio que o desmonte do Monroe foi um marco para a cidade se preocupar com sua herança arquitetônica. Temos que ver isso como um avanço.
ResponderExcluirSobre a destruição em si, não há nada a se fazer. Uma campanha de muitos inclusive do jornal Oglobo, alguns arquitetos e para finalizar a ditadura que não aceitava nenhum diálogo. Pior foi culpar o metrô que até mudou o traçado para não prejudicar o prédio.
Poderia ter sido desmontado e montado em outro lugar, talvez o portal ou algo assim.
Lembre-se que faz dois anos picotaram um DC 3 no Galeão da Varig que era histórico e foi vendido como sucata.
É possível ver que na 1ª. foto o telhado tinha recebido um "puxadão" que agrediu a arquitetura do palácio. Assim como as horrorosas esquadrias nas varandas norte e sul.
ResponderExcluirNão aprovaria a demolição e a retirada dos acréscimos teria que ser executada.
Mas, se foi ordem do "Velho General" e de sua eminência parda, naqueles meados dos anos 70 só restou obedecer.
Se o Rio ainda fosse a capital, fico imaginando os ilustres senadores saindo deste palácio nos dias de hoje após alguma votação polêmica. Seria um festival de ovos, tomates e outras substâncias menos nobres...
ResponderExcluirMestre Wagner para alguns casos e alguns senadores, com certeza uns bons tapas levariam.
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