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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

GARIMPAGENS DO NICKOLAS - LARGO DA CARIOCA



 

A volta das férias é em grande estilo, com mais uma estupenda fotografia garimpada pelo Nickolas Nogueira. Trata-se de um “slide” colorido dos anos 50 mostrando o Largo da Carioca.

Podemos ver à esquerda o Hotel Avenida, onde hoje está o edifício Avenida Central. No térreo do hotel, voltado para o Largo, vemos o anúncio da BOLS e o Bar Nacional (que tinha como endereço Rua Béthencourt Silva nº 12).

A seguir vemos o prédio onde funcionou a redação do jornal O Globo (inaugurada em 1925 e transferida em 1954 para a Rua Irineu Marinho), com a Livraria Freitas Bastos (inaugurada em 1917). À direita está o Liceu de Artes e Ofícios. Neste local atualmente está o prédio-sede da Caixa Econômica Federal.

Ao fundo vemos o Edifício Marquês do Herval em construção. Em primeiro plano vemos um senhor carregando um pacote embrulhado com barbante, coisa típica da época.

O Liceu foi fundado em 1856 pelo arquiteto Joaquim Béthencourt da Silva que queria construir uma sociedade do trabalho através da ação do ensino do desenho.
Era uma escola noturna, gratuita e filantrópica, que quis trabalhadores para a construção civil, assim como operários em geral. Ela era mantida pela Sociedade das Bellas Artes, que pretendia transformar a cidade em uma obra de arte. O primeiro curso profissionalizante de ensino comercial com duração de 4 anos, começou em 26 de junho de 1882. Com a demolição do edifício o Liceu mudou-se para a Rua Frederico Silva nº 86, na Praça Onze.

Ao lado do Liceu Literário Português ficava a Hobbylandia, do Sr. Morimoto, na Av. Almte. Barroso nº 2 (depois mudou para o Edifício Avenida Central), muito frequentada por vários comentaristas como o Rouen, o Docastelo e o obiscoitomolhado, em ambos os endereços.



Nesta outra foto, acho que do acervo do Correio da Manhã, vemos, em destaque, o prédio onde funcionou a redação de O Globo e a Livraria Freitas Bastos.

15 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    O gerente retornou das férias em grande estilo. A série do Nickolas é espetacular.

    Repito o que comentei no grupo. São raríssimas as fotos coloridas mostrando o Hotel Avenida. Eu, particularmente, não lembro de ter visto outras.

    Pessoas carregando embrulhos amarrados com barbante tem até hoje, em alguns lugares. Lembro de eu mesmo carregar compras do Mercadão nos anos 80 e do sebo que havia no Avenida Central. Outros sebos também usavam embrulhos. Pelo menos um perto do Real Gabinete de Leitura e outro em Botafogo.

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  2. Em tempo, meu irmão foi algumas vezes na Hobbylândia do Avenida Central comigo comprar miniaturas prontas ou kits para montagem, com cola e tintas. Eu devo ter comprado alguma coisa também. Acabei herdando tudo dele.

    Não peguei essa Freitas Bastos específica mas comprei muito material escolar (livros) na de Madureira, nos anos 70 e 80.

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  3. Não conheci a Galeria Cruzeiro mas lembro do Largo da Carioca ainda no "formato antigo", tendo ainda os prédios da "Ordem Terceira" e da "Seda Moderna". Já o prédio onde funcionou a redação do jornal "O Globo" tem é de "estilo Bizantino" e é uma pena que tenha sido demolido. Não sei se havia alguma relação com a Livraria Freitas Bastos com o Jornal O Globo, mas lembro que em 1965 essa livraria era frequentemente anunciada na programação da TV Globo inaugurada naquele ano, principalmente no programa infantil "Capitão Furacão". Cabe acrescentar que o Jornal "O Globo" teve um papel importante na vida cotidiana brasileira prestando informações jornalísticas de qualidade, mas há anos tem perdido a credibilidade como veículo de informação por diversos motivos, principalmente de ordem moral, financeira, política, e ideológica. Suas informações são sempre tendenciosas e praticam um claro ativismo político e moral que tem o objetivo de "reescrever a História" ou no mínimo ocultar e não divulgar notícias e fatos cujo interesse jornalístico e histórico é fundamental mas contrariam seus ideais, ainda que sejam ilegítimos. Na era digital esse tipo de "orientação jornalística" é seguida em algumas redes sociais e alguns blogs de memória à moda das famosas "queimas de livros" praticadas por Mao Tsé Tung".

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    1. Um ponto a favor da Globo é que tanto o Lula quanto o Bozo sempre desejaram fechá-la. Nunca conseguirão, mas isso demonstra que ela não é extremista.

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    2. Pois é! Fica difícil entender qual a ideologia da Rede Globo. Os de esquerda a chamam de golpista e direitista. Os de direita a chamam de lixo e comunista. Isenta mesmo, é a Record TV, que só passa notícias de outras religiões para falar mal e esconde os podres dos seus políticos de estimação. Ou o SBT, que como falou o dono, semana retrasada vai ser sempre a favor do Governo, seja ele de direita, esquerda ou do alto. Ainda afirmou que acha um absurdo os canais de TV, que são concessionárias do Governo,falaram mal do patrão, no caso, o próprio Governo.

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    3. O comentário das 13:43 é coerente quando afirma que tanto afirma que tanto Bolsonaro como o "Luladrão" a acham nociva. O que a Globo pretende é destruir a instituição "família e as tradições "Judaico-Cristãs" e duvido muito que apesar de convicções políticas opostas os comentaristas deste Blog concordem com os ideais da Globo. Não se trata de ser contra gays ou lésbicas e sim contra o uso político dessa condição e seu consequente ativismo. Também duvido que neste Blog sejam partidários da liberação das drogas cujas trágicas consequências são bem conhecidas por todos. Afinal todos aqui tem famílias bem constituídas...

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    4. Moro no Canadá e aqui a maconha é liberada. Quem vende é uma estatal do governo provincial. Sinceramente não entendo essas proibições vc compra droga no Rio em qualquer esquina. Não temos nenhum controle quem gosta disso é polícia, justiça e tudo o resto. Não vejo problema se o cidadão for maior de idade e quer se matar o estado não deve se meter. Quer morrer de overdose a vida e tua.
      Geral consome álcool e ninguém fala nada. Só pq é liberado não obriga ninguém.

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  4. Fotos estupendas e raras! Quando montava miniaturas, basicamente da Revell, não tinha tanta autonomia (ou era comodismo, não sei). Comprava na loja da galeria do Bruni Copacabana, na Barata Ribeiro, onde depois reinou a Modern Sound. Devo ter ido pouquíssimas vezes na Hobbylândia da Avenida Central.

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    1. A Modern Sound foi a melhor loja de música que conheci na minha vida. Foi lá que comprei o caríssimo disco importado The Dark Side of Moon do Pink Floyd de presente pra minha namorada, hoje esposa a 38 anos.

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  5. Imagem inédita pra mim; o ângulo da foto é interessante. Ainda utilizei a livraria Freitas Bastos para adquirir literaturas técnicas sobre eletrônica no final dos anos setenta.

    Quanto a Globo, é a unica TV aberta que presta há muito tempo. O resto é um amontoado de programações membembes pra vender carnês, placebos e igrejas...

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  6. Boa noite a todos. Volta de férias em grande estilo, estas fotos garimpadas pelo mestre Nickolas são de extrema beleza, principalmente a que foi colorizada, ficou um espetáculo. Um detalhe que me vem a lembrança, porém não sei se realmente era o mesmo local, no local onde funcionava a livraria Freitas Bastos, não se tornou a agência do O Globo para a colocação de anúncios?

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  7. Ansioso pela abertura do bar.
    Fotos lindas,Gostaria de ter vivido nesse tempo.

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  8. FF: anunciado no RJ2 o falecimento da dona da livraria Leonardo da Vinci, localizada do edifício Marquês de Herval.

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  9. Biscoito bem molhado e tardio, murchaço, mas que adorou as fotos de hoje.
    Na primeira, estão à vista um belo Buick 47, um Austin A-70 Hampshire atrás e uma perua Dodge entrando na Béthencourt Silva.
    Mas quem data a foto não é nem o parabrisa único e curvo do carro em primeiro plano, que parece ser de 52 em diante e sim o prédio Marquês do Herval, que foi entregue em 56. A fotografia deve ser de 1955.
    A outra foto me parece posterior, pois o Liceu já mostra claridade nas janelas, indicando demolição. Não aparece o Marquês do Herval, mas a foto parece recortada. E do outro lado aparece um prédio bem moderno, que está lá até hoje, mas que não sei o nome. Chutaria 1957...

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  10. Impressionante como as pessoas, vendo fotos do Rio Antigo, ao invés de falarem sobre suas lembranças dessa época, aproveitam pra destilar veneno com ingredientes políticos.

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