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sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

LARANJEIRAS - LICEU FRANCO-BRASILEIRO

A foto de hoje mostra o colégio Liceu Franco Brasileiro nos anos 60. Parte deste portão sobrevive até hoje.

A história deste colégio começa em 1915 com a construção do Lycée Français na Rua do Catete, num esforço conjugado de franceses e brasileiros, com a finalidade de instituir um estabelecimento escolar que cultivasse a aproximação entre os dois países, França e Brasil. 

Em 1918, constituiu-se como Sociedade Anônima Lycée Français. 

Em 1922, estabeleceu-se em prédio próprio, construído para esse fim, na Rua das Laranjeiras 13-15, num projeto do arquiteto francês Gabriel Marmorat. Até 1925, foi praticamente a única escola francesa laica no país. 

Em 1943, transformou-se em Liceu Franco-Brasileiro Sociedade Anônima. Havia uma total separação entre os brasileiros e os franceses, sendo que os últimos ficavam restritos a uma ala de um dos prédios. Brasileiros eram a imensa maioria.

Era um bom colégio, com alguns comentaristas do “Saudades do Rio” tendo estudado nele. Era um colégio tradicional, onde todas as sextas-feiras se cantava a Marseillaise e o Hino Nacional Brasileiro.

Em 1984 a turma de francês foi para o Lycée Molière, na Rua Pereira da Silva.

Em 1997 o Franco-Brasileirio foi vendido para o Centro Educacional da Lagoa (CEL), que pertence à família do deputado Júlio Lopes. Os novos donos decidiram manter a identidade do tradicional colégio.

 

42 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Hoje é dia de acompanhar os comentários.

    Mas com certeza a cidade era melhor quando tinha inspiração francesa, seja na arquitetura, na moda ou língua. Quando passou a imitar a cultura (sic) americana, deu no que deu... Caixotes de vidro e estátuas de gosto duvidoso.

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  2. Em tempo, os pipoqueiros eram onipresentes na frente das escolas. Pelo visto, o movimento era tão bom que dois ficavam sem brigas (ou eram do mesmo dono...).

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    1. Augusto só uma é de pipocas, a da direita é algodão doce.

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    2. Vendo com calma e ampliado, só um é pipoqueiro. O outro deve ser aquele vendedor de amendoim com cobertura doce e/ou outras guloseimas.

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    3. Tem razão o Mauro. Era daquele horroroso algodão doce.

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  3. Bom Dia! Bons tempos em que estudantes de 14/15 anos se contentavam com as pipocas e algodão doce que eram vendidas nas portas das escolas. FF. parece que a temporada de chuvas o dia todo terminaram. O Rio de Janeiro volta a ter cara de Rio de Janeiro.

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  4. Bom dia a todos Saudosistas. As escolas bi lingues no RJ estão cada vez mais caras atendendo a uma elite cada vez menor, em face do empobrecimento da população e da própria cidade. Concordo com o mestre Augusto, trocamos uma cultura francesa pela americana, deixamos de falar Francês e passamos a tentar falar Americano (Inglês mal falado), uma arquitetura rebuscada, por uma arquitetura encaixotada, na minha opinião uma troca para pior nestes seguimentos abordados, a melhor parte da cultura americana nós não absorvemos, o lado empreendedor, capitalista, guerreiro infelizmente não foi absorvido pela sociedade brasileira.

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  5. Anos passados, quando essa foto foi postada, lembro que comentei que lembranças da juventude me transportaram para uma época em que se poderia ir tomar um sundae nas Lojas Americanas e ouvir os sucessos da época. Então sugeri este vídeo com um grande sucesso do Tremendão, cantando na festa de comemoração dos 35 anos da TV Record. O ambiente escolhido foi o do programa A Família Trapo. Nota: Atenção para a identificação dos artistas presentes e até o Jô Soares mandando ver de garçon. https://www.youtube.com/watch?v=ftI6xi-B8JU

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  6. O Lino Coelho tem razão quando diz que "absorvemos o pior da cultura Norte-americana. A "têmpera Anglo-Saxônica" (leia-se DNA) é responsável pela "performance" do povo Anglo-Saxão durante os últimos 1600 anos e pelo papel desempenhado por ele na História mundial. Um país cuja extensão territorial sempre foi exígua e que teve a hegemonia militar, econômica, e naval durante séculos, não chegou à essa posição "por acaso". Os EUA são uma "consequência aperfeiçoada" disso. Apesar de que alguns indivíduos desprezam o "modus vivendo" Norte-americano por puro "ressentimento ideológico", volta e meia passaram temporadas na terra de Tio Sam e até reisidiriam por lá se fosse possível.

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    1. Não gosto do "american way of life". Reconheço muitos méritos dos americanos, mas há muia coisa que não gosto de lá. Até porque há vários Estados Unidos, com conceitos bem diferentes entre as várias regiões. Nunca fui lá.

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    2. Uma qualidade que eu aprecio nos Norte-americanos é o seu sentimento de ufanismo, e diga-se de passagem totalmente justificável, ainda que para muitos pareça arrogância. Já para o cidadão brasileiro instruído, normal, e coerente, o Ufanismo é um sentimento incabível. Não há (no momento) espaço para tal...

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  7. Boa memória. Foi publicada em 08/11/2010.

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  8. Também sou saudosista da influência francesa.
    Acho que o Júlio Lopes agora é ex-deputado. É um dos muitos políticos que tem muito o que explicar, principalmente sobre seu período como secretário dos transportes.
    Sobre a meteorologia, na minha estatística meio chutada, digo que 7 em cada 10 janeiros têm muita chuva na primeira quinzena. Só que ultimamente dezembro já "entrega" um volume de água maior e no novo ano São Pedro abriu ainda mais a torneira.

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    1. Julio Lopes era um "agente da Fetranspor" nos governos Sérgio Cabral e Pezão. Tem ligações "tão fortes" que nem o MP conseguiu processá-lo ou incrimina-lo por suas "vilanias". (Afinal o foro privilegiado foi criado para isso)

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  9. Minha Avó paterna ao chegar de Portugal 1920 foi matriculada no "Asyllo Izabel" na Rua Mariz e Barros. Em regime de internato para meninas, era uma escola bilíngue onde o idioma francês era obrigatório. Além disso as meninas aprendiam todos os misteres necessários às "moças casadoiras" naquela época. Não tenho ideia de quanto meu bisavô dispendeu nesse período, mas certamente foram alguns "Contos de Réis"...

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  10. Um amigo tem me mandado o jornal Le Monde.Problemas políticos e de vacina lá, problemas políticos e de vacina cá. Mas agrada ver que o obelisco da Place de La Concorde será restaurado (apesar de ser produto de e surrupio do Egito) e vai se comemorar o bicentenário da decifração dos hieroglifos. Em paralelo o governo francês quervender o prédio da Maison de France , onde há biblioteca maravilhosa no último andar. O declínio da influência européia é ruim, pois penso que ela chegava sem aniquilar hábitos tropicais. Já a americana é um napalm cultural. Fui ontem ao Rio Innovation Week; desorganizado, apesar de no stand da Prefeitura ter visto planos de controle de iluminação e tráfego da cidade surpreendentes. Ainda tenho esperanças, mas esse ano eleitoral complicado.

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  11. Não tenho comentado nada aqui há alguns dias. Hoje resolvi encher o saco de vocês e vou fazer vários comentários, que provavelmente não interessarão a ninguém. Mesmo assim, fá-los-ei, para conservar minha fama de chato de galocha.

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    1. A mim me interessaram os comentários. Talvez por ser outro chato de galocha.

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  12. Com relação à foto de hoje, na minha opinião o idioma francês é o mais sonoro dos que conheço. Infelizmente o inglês dominou o mundo e jogou o francês para escanteio. Junto com o inglês veio a moda norte-americana, que acho muito brega, e os costumes, excessivamente calcados em individualismo. Não gosto do american way of life. Sou europeu dos pés à cabeça.

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    1. Sou europeu dos pés à cabeça, isto digo de mim. Já fui dezenas de vezes à Europa, mas nunca aos Estados Unidos, embora reconheça que há alguns lugares que merecem uma visita.

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    2. Já fui algumas vezes aos EUA, mas exceto à Disneyworld e à Disneylândia, em que fui para me divertir, as outras o foram a serviço (New Jersey e Nova Iorque) ou em trânsito para outros países (Los Angeles, duas vezes). Nunca em tempo algum pensei em fazer turismo lá. Meu caso é Europa, especialmente os países germânicos. Mas minha paixão mesmo é a Nova Zelândia, onde estive em 1983.

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  13. Lembro-me de que na década de 1960 as rádios transmitiam dezenas de canções francesas e italianas, além de algumas em espanhol (não necessariamente da Espanha). Hoje em dia, só se ouve inglês nas rádios. Como uma recordação daquelas músicas, há algum tempo gravei dois CD's com 43 canções francesas e quatro CD's com 88 canções italianas, todas com respectivas letras e no caso das italianas com a tradução delas.

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    1. Hoje o Spotify resolveu meu problema. Faço playlists com músicas do mundo inteiro. Adoro as francesas e italianas. Em castelahano gosto de muitas. Sou fã da Maria Dolores Pradera, uma grande cantora espanhola. Os boleros, há muitos que gosto.

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    2. Eu gosto muito de músicas em espanhol (não necessariamente da Espanha), com destaque para tangos, mambos, rumbas, boleros, músicas andinas típicas, calipsos e músicas de mariachis mexicanos. Também gravei dois CD's só com músicas em espanhol, porém tenho muitas espalhadas em outros CD's e em LP's e fitas cassette.

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  14. Tenho muito interesse por idiomas, restrito entretanto aos ocidentais. Quanto aos orientais, só me atraem os alfabetos usados por eles, como o coreano, mongol, hebraico, georgiano, tailandês, birmanês, árabe. Dos africanos, apenas o alfabeto amárico. Mas acho muito bonita a escrita devanagári. Quanto à música, nenhuma me atrai.

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  15. Ainda quanto a músicas, gravei três CD's contendo canções de TODOS os idiomas europeus, com exceção do basco. Isso incluiu o islandês, finlandês, letão, lituano, estoniano, albanês, búlgaro, irlandês, romeno, etc. Eu já possuía certa intimidade com alguns deles, como o alemão, grego, russo, irlandês, polonês e tcheco. E imprimi a letra de todas as músicas.

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  16. O que me deixou impressionado foi a facilidade de acompanhar a letra de alguns desses idiomas, enquanto a música era cantada. Isso se aplica ao finlandês, lituano, letão, estoniano, albanês. O romeno é mais difícil de acompanhar. O russo, grego e búlgaro são fáceis, desde que você conheça o alfabeto e as regras de pronúncia deles, mesmo que não entenda o que é falado. Impossível mesmo de acompanhar são o irlandês e o húngaro: o primeiro, porque a pronúncia é totalmente diferente do que está escrito; o segundo, porque as palavras são muito extensas.

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    1. Na Hungria é um problema. Não se entende nada e muito poucos falam inglês.

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    2. O húngaro é uma das poucas línguas europeias que não é do tronco Indoeuropeu, por isso é tão diferente das demais. As outras são o finlandês, o estoniano e o basco. No caso do finlandês, mesmo palavras que são quase iguais nos idiomas indoeuropeus diferem totalmente. Por exemplo: telefone é PUHELIN; estação ferroviária é RAUTATIEASEMA; centro da cidade é KESKUS TÁ.

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  17. Algo que me surpreendeu foi a grande dificuldade de entender o romeno. Sendo um idioma neolatino, achei que daria para compreender muita coisa, como acontece com o francês, italiano e espanhol. Ilusão minha.

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    1. Curioso. Tinha a ideia que o romeno seria mais fácil. O que me impressiona mesmo é a facilidade com que os egressos da antiga Iugoslávia aprendem as línguas latinas.

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    2. Neste site no qual estou inscrito e que citei no meu comentário das 11:41h, li que o romeno sofreu muita influência de línguas eslavas, porque a Romênia é totalmente cercada por países eslavos, como Bulgária ao sul, a antiga Iugoslávia a oeste e a Ucrânia ao norte, restando uma fronteira com a Hungria, sendo que várias regiões romenas já pertenceram ao Império Austro-Húngaro. Essa influência eslava sobre o idioma romeno tornou-o difícil de compreender por nós.

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    3. Ainda naquele site que citei às 11:41h, li que é porque os sons eslavos são parecidos com os do português (pelo menos). O problema é que a Eslovênia e a Croácia usam o alfabeto latino, mas a Sérvia, Macedônia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro usam o alfabeto cirílico, parecido mas não idêntico ao russo.

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    4. Luiz, só para você ter ideia do romeno, segue um trecho da letra da música SPRE MARE:

      "Emotii, fluturi in stomac cu nerabdare
      Astept sa adorm pe tine acum sa ne trezim la mare
      Sa zambesc, sa traiesc, sa fugim iar impreuna
      Ca doi copii indragostiti de valuri si de luna."

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  18. Estou inscrito num site no qual se discutem vários assuntos totalmente diferentes entre si. Cadastrei-me como interessado em idiomas e por isso recebo questões ligadas a isso. E já li várias vezes, escrito por pessoas que não conhecem o idioma português, que o som deste parece muito com línguas eslavas, principalmente russo e polonês. Para mim foi total surpresa saber disso.

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    1. Há vídeos no YouTube discutindo a semelhança sonora entre russo e português, mas no caso o português de Portugal mesmo, não o(s) sotaque(s) brasileiro(s).

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  19. Eu me correspondi muito com o infelizmente finado Allen Morrison. A princípio trocando emails apenas a respeito de bondes, aos poucos fomos entrando em assuntos pessoais. Ele ficou impressionado com a variedade de conhecimentos que o ensino antigo brasileiro me proporcionou. Ele confessou que nos EUA o ensino é muito precário em termos de abrangência mundial. Eles se concentram muito em si mesmos. Ele falava fluentemente francês, espanhol e entendia português. Mas desistiu de aprender o russo, após dois anos e meio de tentativas infrutíferas. Realmente, o russo é considerado o terceiro mais difícil idioma de ser aprendido, perdendo apenas para o mandarim e o árabe.

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  20. Quanto ao tipo de ensino ministrado nos EUA, eu li num livro alguns casos que são completamente incríveis de se acreditar. Relato alguns:
    1) um sujeito foi designado para embaixador na Coreia do Sul. Ao ser sabatinado pelo Congresso, foi dito algo a ele que provocou-lhe a seguinte perguna assombrada: "O senhor está me dizendo que há duas Coreias?".
    2) um outro político, falando sobre o Equador, saiu-se com essa: "Equatorianos, eu não sei o que são. Só sei que não são latinos."
    3) durante uma conferência ou algo parecido, na qual o orador propunha a criação de uma língua mundial destinada especificamente ao intercâmbio comercial entre nações, um dos políticos da plateia, contrário à criação da tal língua, falou essa barbaridade: "Se o inglês foi bom para Jesus Cristo, está bom para mim".

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  21. em SP o Museu da Lingua Portuguesa tem um painel com a evolução dos troncos linguísticos do mundo. Um corredor enorme. Uma beleza

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  22. Isso justifica a "visão Ptolomaica" sob ponto de vista do Norte-Americano, na qual se imagina o centro do universo, ou a mesma imaginada por Luís XIV: "L'Etat C'est moi". O que não lhes falta é brio e amor próprio, ao contrário do brasileiro, que abre mão desses valores desde que "a propina seja vantajosa"...

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  23. Meu primeiro voo foi num DC-8 da PANAIR, saindo do velho Galeão. Deveria decolar a meia-noite, atrasou 2h. Eu e meus irmãos esperamos dormindo naqueles bancos de madeira. Me lembro dos detalhes da poltrona e do interior do avião até hoje. Para mim era outro mundo.

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  24. Gosto musical não se discute. Mas se você tiver curiosidade e/ou estiver de saco cheio de só ouvir nas rádios funks e música sertaneja, proponho que você ouça as músicas cujo link posto abaixo. Gravei 65 canções de 31 países europeus diferentes.Gosto de todas, mas fiz uma seleção de sete (número mágico), indicando o país, o nome original, a tradução e o link do You Tube para você ouvir e assistir o clip associado a elas. Espero que você também goste. Tem desde canções românticas até a agitadinhas.

    1) CROÁCIA - Zora je (Amanhece) - link https://www.youtube.com/watch?v=8tHCKUbOW1Y

    2) LETÔNIA - Pasaka (Num conto de fadas) - link https://www.youtube.com/watch?v=_61Uba_sOaM

    3) FINLÂNDIA - Ota minut tällaisena kuin oon (Aceite-me como eu sou) - link https://www.youtube.com/watch?v=A9XI1-ltitQ

    4) NORUEGA - Sanne som oss (Assim como nós) - link https://www.youtube.com/watch?v=a72eFsqsGjE

    5) ESLOVÊNIA - Zbogom moji stari jarani (Adeus meu velhos companheiros) - link https://www.youtube.com/watch?v=syXpf3Gp6jE

    6) ISLÂNDIA - Dansadu vindur (Dança do vento) - link https://www.youtube.com/watch?v=UiskRG7hiVk

    7) SUÉCIA - Jag trodde änglarna fanns bara i himmelen (Eu pensei que existissem anjos no céu) - https://www.youtube.com/watch?v=H9L1w3hwLOU


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