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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

EXPOSIÇÃO ÁTOMOS DA PAZ

 

FOTO 1: O prezado colaborador Eustáquio G. Nardini mandou as duas primeiras imagens de hoje sobre a Exposição “Átomos da Paz”, realizada em 1960 na Av. Chile.

A ideia era mostrar um pouco de cada setor nuclear do mundo trabalhando para a paz universal. Além de ver como funciona um Reator Atômico, quais os radioisótopos em uso, produção e distribuição na agricultura e outros campos, havia painéis sobre fertilizantes, outros sobre radiações diretas, alimentação nos animais, controle de insetos, combustíveis atômicos, reações nucleares em cadeia.

Um dos destaques da exposição foi o urânio puro obtido em São Paulo por cientistas brasileiros. A exposição era dividida em duas partes, a brasileira e a americana. Nesta foram apresentados maquetes, esquemas e miniaturas de reatores atômicos, instrumentos de precisão, usinas geradoras, submarinos e navios atômicos, métodos de pesquisa e obtenção de minerais atômicos.

No ano seguinte, em 1961, houve outra exposição como esta, que foi mostrada em:

https://saudadesdoriodoluizd.blogspot.com/2023/07/atomos-em-acao.html

FOTO 2: A Comissão Nacional de Energia Nuclear, em colaboração direta com a Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos, realizou a Exposição de Energia Nuclear em um galpão de 50m x 20m, armado na Av. Chile, aberta em 1959.

Acho que vai ser difícil a identificação dos automóveis dada a resolução da foto.


FOTO 3: Aspecto das obras da abertura da Av. Chile no final dos anos 1950.


FOTO 4: A foto é de 1958 e mostra o desmonte do Morro de Santo Antonio. Em primeiro plano vemos a Rua da Relação e a favelinha que existia na Rua do Lavradio.


FOTO 5: As obras para fazer a instalação de luz, gás e esgoto da nova Av. Chile.



FOTO 6: Outra foto das obras de desmonte do Morro de Santo Antonio em 1958.


FOTO 7 :Sofriam os cariocas ao atravessar a ainda incompleta Av. Chile em 1959.


FOTO 8 :A Avenida Chile tomando forma para receber o asfalto.


FOTO 9:A Av. Chile logo após ser liberada para o tráfego no início dos anos 1960.


53 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    A foto do galpão tinha sido postada e tinha curiosidade sobre o evento, finalmente sanada.

    O Brasil tem enorme potencial para pesquisa e desenvolvimento científico, mas desperdiçado há muito tempo. As verbas vêm minguando.

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  2. Não há dúvida dos benefícios da utilização dos átomos para a paz. Mas como o ser humano é o que é os átomos também são utilizados para o mal.
    Acabei de ver os quatro capítulos de “Churchill” no Netflix. Muitas cenas reais, colorizadas, da 2ª Grande Guerra.
    Como morreu gente. Os campos de concentração. Hiroshima e Nagasaki.
    E o mundo continua se matando por vários continentes. Tudo sem sentido.

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  3. Os edifícios que aparecem ao fundo, mais claramente na FOTO 5 e na FOTO 9 podem ser identificados ?
    Ed. da Caixa Econômica , Ed. Av. Central por exemplo, aparentemente ainda em construção?

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  4. Trabalhos forçados para um só biscoito. Na foto 2, na pista em direção à Zona Norte, vemos um Ford 1951 saia e blusa, ao lado de um Citroën 11 Légère e um Ford Prefect 1948. Na calçada, repousa um Jeep. A seguir, um Oldsmobile branco, um Mopar 51 e um Skoda Octavia. Um Austin A-40, um Ford Anglia, um Peugeot 203, Rural-Willys, outro 203 e um Jaguar Mk VII branco. Termino em um Fusca cinza.
    Na pista em direção ao Largo da Carioca, um Chevrolet 1953, um furgão Ford F-100 escuro, um Cadillac 1941 metálico, a seu lado um sedã inglês negro que não identifico. Atrás do Cadillac, um Mopar 50-51, e um Peugeot 203, com pisca-pisca de fusca no paralamas. Mais pra trás, um Chevrolet Bel-Air 1957, com estepe no parachoques, um Plymouth 57 e, fora a Kombi, mais nada que eu consiga dizer.
    Na foto 9, na pista da direta, um Pontiac 1950, outro Jaguar Mk VII, escuro, ambos na calçada. Na pista mesmo, um Chevrolet 1941 taxi, um Skoda Octavia e um Fusca.
    Na pista da esquerda, Mercury 50, Buick Roadmaster (4 bolotas!) de 1951, um DKW duas cores 1937, um Citroën 11 Normale, Dodge 49, Ford Prefect 1948 e Hudson 1951; finalizo no Fusca branco.
    No estacionamento à direita tem uma Rural e uma Konbi, o resto seria chute. Não , do lado da Kombi tem um DKW-Belcar...teto branco.

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  5. Fotos e fatos inéditos pra mim. Excelente.

    O Biscoito hoje merece o troféu Piraquê de Ouro.

    Tenho um palpite, que já comentei aqui, que a Av Chile foi construída a toque de caixa, aproveitando a onda das grandes obras que vinham sendo realizadas na cidade, para "fincar" as grandes estatais BNH, BNDS (depois BNDES) e Petrobrás, antes da inauguração de Brasília. Certamente muitos altos funcionários dessas empresas participaram ativamente nessa empreitada.

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  6. Após estes "trabalhos forçados" acho que obiscoitomolhado só volta em 2025...
    Incrível.

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  7. Parabéns, Biscoito! mais uma aula, não sabia que a Av. Chile tinha sido inaugurada em 1959 e eu com 2 anos.

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    1. A Avenida República do Chile foi inaugurada em 31 de Janeiro de 1959.

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  8. É um pedaço de Brasília no Rio.
    Imagino o sofrimento para atravessar esse Saara, assim como deve ter sido a Esplanada logo após o desmonte do Morro do Castelo.
    Se não me engano no meio desse deserto de terra tinha uma parada do bonde de Sta. Teresa.
    E muitos de terno.
    Não sei quando começou a obra do edifício da Caixa, ele aparece em construção sim, mas a conclusão foi bem mais tarde, não?

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  9. Uso da energia nuclear sempre será motivo de polêmica.
    Ainda mais no momento atual de guerras que motivadas pelos muitos interesses das potências envolvidas direta ou indiretamente. Conflitos que alguns já chamam de pré-3ª. Guerra Mundial.
    Não sei dizer se o sumido Euzebius já se manifestou a respeito.

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    1. No caso de utilização de armas nucleares em uma próxima grande guerra, a frase atribuída a Albert Einstein “Não sei como será a terceira guerra mundial, mas poderei vos dizer como será a quarta: com paus e pedras.” permite vislumbrar as consequências.

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    2. Na geração de energia, a reação nuclear induzida é utilizada somente para gerar o calor necessário à obtenção de vapor d'água ... que maravilha se fosse só isso.

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    3. Prezado Mário, acho muito improvável que isso ocorra. As grandes potências anseiam por poder e dinheiro. Uma guerra nuclear traria para o vencedor um mundo arrasado. Seria uma vitória de Pirro.

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  10. Na última foto, no muro bem à esquerda, um letreiro no muro mostra que ali tinha um teatro. Uma luminária escondeu a outra palavra.
    Possivelmente a frente era pela Rua do Senado.

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  11. Bom dia Saudosistas. Vi tudo isso acontecer a partir de 1961/62 até 1973.
    Na foto 4 do lado esquerdo parte de baixo, vemos o prédio da escola de belas artes, esquina de Relação c/ Lavradio, o galpão preto do outro lado é os fundos do Teatro Recreio, cuja frente era na R. Pedro I,
    Foto 5 - Já se vê o Ed. Central, o esqueleto da Caixa Econômica, Ed. Santos vale, o Prédio Branco, foi construído para a Exposição de Portugal em 1965/66. depois foi usado pela Faculdade de Letras de UFRJ, ainda não havia começado as obras dos prédios do BNH, Petrobras e BNDS. Bem do ladinho direito podemos ver que a Catedral já havia começado suas obras.
    Na parte de baixo do lado direito do meio para baixo, é o prédio da Maçonaria

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  12. O canteiro central era largo e tinha árvores.

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  13. Lembro que no início do plano da construção de Angra I no governo Geisel o Brasil lançou um acordo com a Alemanha, o que logo levantou a orelha dos EUA. Queriam se certificar que o tal acordo seria para o uso nuclear para fins pacíficos. Inclusive o presidente da época, Gerald Ford, esteve aqui...

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  14. Gostaria de saber quantos milhões de dólares foram enterrados no projeto do submarino nuclear que se arrasta há mais de vinte anos em São Paulo. O chefão lá também foi preso na Lava-Jato se não me engano.

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    1. Anônimo, de depender da Lava-Jato vai ser difícil.
      Na realidade em que vivemos, a Lava-Jato nunca existiu, nada aconteceu, ninguém roubou ou desviou um centavo.
      Foi tudo uma criação da "matrix", uma realidade paralela falsa implantada provavelmente pela CIA e MI6.

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    2. Anônimo recentemente vi no Discovery um programa que mostrava sobre o projeto e fabricação de embarcações navais dos USA, as estimativas de custos visto que os valores reais não podem ser divulgados, o custo de fabricação de um submarino nuclear pronto todo equipado, ultrapassava a casa dos 300 bi US$ e o último porta aviões lançado recentemente ao mar USS Gerald Ford, totalmente equipado, ultrapassava a quantia de 1,5 Tri US$.
      Não é brincadeira para criança pobre.

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    3. Como é que um cara gosta de ser chamado de Anônimo aqui, vai entender...o cara não tem identidade nem CPF, ou teria mandado de prisão em aberto?....rsrsrs

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    4. Lino, os EUA possuem o maior PIB do planeta e podem desenvolver projetos dessa monta, que além de necessários em razão do interesse da segurança nacional, contam com o apoio de grande parte da nação, e em regra não há desvio de recursos por parte de políticos, pois lá essas ações são consideradas crimes de "alta traição" cuja pena capital é certa. Bem diferente daquelas nações africanas onde os governos vendem refinarias de petróleo por bagatelas e as recompra por valores vinte vezes maiores, ou projeta "trens bala" por 50 bilhões de reais em trajetos utópicos onde nem trens de subúrbio circulam, ou que é comum políticos circularem com milhões nas "partes pudendas" sem qualquer problema, ou onde o "Estado" se confunde com o crime organizado, ou que é comum o poder judiciário negociar decisões, ou onde é comum indivíduos condenados por um rosário de crimes sejam eleitos para os cargos mais elevados nas hierarquias políticas daquelas tristes nações. Ainda bem que esses fatos ocorrem em países subsaarianos onde o QI dos eleitores é semelhante ao de chimpanzés, e não no Brasil. Aínda bem...

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  15. FF : dez minutos de chuva forte, com direito a granizo por alguns minutos. Parecia noite...

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    1. Aqui também rápida e forte, mas sem granizo.
      Com o calor que estava fazendo ....

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    2. Agora tem até sol de novo. Mas parte do céu continua carregado.

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  16. Aqui na Tijuca parecia noite, caiu uma chuvarada com muito vendo, agora um sol de verão, um calor vindo do chão, a rua e os telhados do prédios vizinhos já estão secos.

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  17. O prédio da Caixa me faz lembrar que no início da loteria esportiva os ganhadores recebiam o prêmio só naquele local e um sortudo de Goiás resolveu fretar um avião para o Rio antes mesmo de saber a quantia que iria receber.
    O resultado é que ficou endividado pois o número de ganhadores foi bem maior que o normal.

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    1. Lembro que durante um bom tempo os grandes prêmios eram pagos no Andaraí, mas o endereço exato me foge no momento. Hoje, dependendo do valor, é pago na própria lotérica ou em qualquer agência da Caixa.

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    2. Não lembro o motivo, mas em um ano tive que ir receber a restituição do IR na sede da Caixa.

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  18. O Lino cravou o nome e a rua exata do teatro cujo fundo aparece nas fotos 4, 5 e 9. Mas era quase esquina com Rua do Senado.
    A Rua Pedro I já foi a Rua Espírito Santo. Tem site chamando de atual 21 de Abril, mas não há confirmação de que um dia ela recebeu esse nome entre uma e outra mudança.
    Pelo que li no Foi Um Rio que Passou do Andre Decourt, a Av. Chile conviveu com os fundos do Teatro Recreio até 1º. de abril de 1968.

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    1. Bom dia Saudosistas. Esse trecho da R. Pedro Primeiro tinha no máximo uns 50 metros de extensão, na esquina da Senado c/ Pedro I, havia um bar, depois dois sobrados, uma loja de reparo de bicicletas e transversal a rua e paralelo a R. do Senado ficava o Teatro Recreio. o lado esquerdo neste trecho era um terreno baldio, que dava acesso ao morro de Santo Antônio.

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  19. Rua Pedro I, antiga Rua do Espírito Santo e Rua Luís Gama. A antiga Rua do Espírito Santo recebeu esta denominação em 1801. Pelo Dec. 309 de julho de 1896, após a proposta apresentada pelo intendente municipal Júlio do Carmo em 22/05/1896, passou a se chamr Rua Luís Gama. Com a revisão da nomenclatura dos logradouros públicos, pelo Dec. 1165 de 31/10/1917, restabeleceu-se a antiga nominação de Rua do Espírito Santo. Finalmente, o Dec. 1599 de 06/09/1921, alterou o nome do logradouro para Rua Pedro Primeiro, sendo relegado o nome Luís Gama para uma pequena travessa entre a Rua General Canabarro e a Av. Paula e Sousa, no Engenho Velho (assim escreveu Paulo Berger).

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  20. Salvo engano houve uma exposição semelhante no Aterro em foto já publicada aqui - que localizei nos arquivos de JFK, com legenda de Bolívia - mostrando um "iglu" entre o MAM e o Monumento aos Pracinhas.
    Que cirurgia urbana! Não necessariamente plástica, nem bem sucedida.

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    1. Alguém não viu o link no texto do Dr. D´

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    2. Anônimo, mas vigilante. Grato. Dia cheio, só entro agora e é muita info para digerir de uma só vez..

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    3. Liga, não, GMA.
      Há Anônimo chato, Anônimo por artes do Blogger, Anônimo com informações interessantes, Anônimo que se esconde, Anônimo sem querer, etc,

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  21. Na primeira foto, no canto inferior esquerdo, uma pequena parte da fachada do Liceu Português, que ainda está lá. Debaixo dessa avenida há um túnel do metrô numa extensão da linha 2 que ligaria a estação Estácio à estação Carioca. Para variar, ficou no meio do caminho, com a avenida interditada durante anos, até que o BNDES revolver recuperar a avenida com dinheiro próprio.

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  22. Nosso caro Hélio, o grande contador de casos, sumiu.....

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  23. É fato, Hélio anda sumido.
    A última participação dele aconteceu em 08 de dezembro.

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  24. Acredito que o Hélio não esteja sumido, mas diante do intenso "patrulhamento" de alguns comentaristas, a maioria anônimos, alegando que muitos comentários são fora de foco, "fugiam do tema, e não eram do interesse deles", imagino que o Hélio, como homem sensível que é, tenha preferido se abster de comentar quando os temas não fossem de seu interesse, no que ele sob meu ponto de vista ele está corretíssimo. A diversificação e a discordância de opiniões são fundamentais para um amplo debate sobre qualquer assunto. Eu mesmo pouco comento, já que concordo com ele em muitos pontos. Por outro lado a ausência de comentários diversificados fez com que o número de comentários decaísse substancialmente, já que parte daqueles que reclamam, anônimos ou não, se limitam a silenciar ou comentar sobre efemérides, futebol, ou tecer críticas a comentários alheios, visto que lhes falta entre outras coisas "esfofo cultural e vivencial".

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  25. E complementando o comentário, eu lembro que Maquiavel sempre citava que "o homem é um animal político". As relações humanas se baseiam fundamentalmente na política. Sempre e possível lembrar de Voltaire quando afirmou: "Discordo frontalmente do que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de dizê-lo".

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  26. Concordo que as histórias do Helio fazem muita falta.

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  27. Interessante notar a evolução da construção do edifício Avenida Central entre as fotos 4 e 5. Estão datadas em 1958, mas ainda estavam no esqueleto e devem ter ficado um bom tempo assim, pois o prédio foi inaugurado em 1961.

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    1. Não consegui identificar o esqueleto na foto 4. Vi na foto 9, já com divisões internas, sem os vidros da fachada.
      Identificar as edificações mais conhecidas, como alguns já fizeram, é um trabalho interessante, nessa sequência de fotos.

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    2. Devo ter feito confusão com o prédio da CEF...kkk

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    3. Acho que ainda não é o da CEF e sim o Marquês de Herval "Tem Nego Bebo Aí" na foto 4.
      Só depois de 1958 ele some lá atrás.

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  28. Acredito que é o quartel da Polícia Especial que aparece no alto do que restava do morro nas fotos 4, 7 e 8, visto pelos fundos, como também a antiga sede do jornal O Globo. Na foto 4 tem também a lateral do Hotel Avenida Central, justamente o lado da Rua Bitencourt Silva, atualmente só de pedestres e esquecida pelo Google Maps.
    A bela cúpula do antigo Ministério da Agricultura aparece nas fotos 5 e 9.

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  29. Um fato que me chama a atenção é o "gap" de tempo entre a construção da avenida e a construção do prédio da Petrobrás em 1969. Provavelmente já deixaram o terreno reservado...

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