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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

O CASSINO DO POSTO 6

Hoje vamos dar uma olhada no “Casino Balneario Atlantico” (utilizaremos no texto a grafia atual de “Cassino Balneário Atlântico”).

A vida noturna em Copacabana iniciou-se lá pela primeira década do século XX, quando o jornalista Edmundo Bittencourt, proprietário do Correio da Manhã e morador de Copacabana, alugou um prédio de sua propriedade, à francesa Mme. Louise Chabas, que instalou um restaurante no local. A casa começou a funcionar em 1907, com o objetivo de ser um "café-dançante", no estilo dos cabarés parisienses. Após Mme, Chabas ter vendido seu estabelecimento em 1910, o Mère Louise sobreviveu algum tempo, mas a casa se transformou num hotel suspeitoso, sendo fechado pela polícia em 1931. Em 1934, neste local se construiu o Cassino Atlântico

Com traços modernos e arrojados, imponente, a construção seguia os padrões dos balneários de Palm Beach e Miami.


FOTO 1: Posto 6, no ano de 1935. Vê-se, à esquerda, o cais onde atracavam as lanchas dos salva-vidas. Destaque para o prédio do Cassino Atlântico, o Clube Marimbás (bem à esquerda), as ruas Francisco Otaviano e Joaquim Nabuco, e ao fundo o histórico Castelinho, construído na praia de Ipanema em 1904. Ao lado do Cassino Atlântico, a casa onde funcionou por muitos anos a Cultura Inglesa, em Copacabana. Observar, também, os barcos da colônia de pescadores que até hoje se localiza neste ponto. 


FOTO 2: Uma foto noturna, do acervo do Correio da Manhã. Em lugar do Mère Louise, foi inaugurado, em 20 de março de 1935, o “Casino Balneario Atlantico”, belo prédio em estilo “art-decó”. Anunciado como o “Palácio encantado do Posto 6”. Sonho maravilhoso dos contos de Sherehazade, viria a preencher uma lacuna existente na mais bela praia do mundo: Copacabana. Foi construído pela Comp. Melhoramentos e Construcções e seu proprietário era Alberto Quatrini Bianchi. Tinha escritório na Av. Rio Branco nº 62 – 2º andar.

FOTO 3: No prédio do Cassino Atlântico funcionou o Cine-Varieté, tornando-se um dos mais chiques e elegantes locais da Avenida Atlântica. Apresentava produções internacionais e nacionais e realizava “matinées” infantis. Aos domingos eram distribuídos brinquedos para as crianças.

FOTO 4: Anúncio das “matinées” dançantes do Cassino Atlântico.


FOTO 5: Final da década de 1930, com o Cassino Atlântico ao fundo. As quatro moças eram amigas e colegas do Colégio Sacré-Coeur de Jésus. Uma delas é minha mãe, a única ainda viva.

FOTO 6: Vemos parte do menu preparado para o carnaval de 1938 no Cassino Atlântico. Entre os champagnes Mumm, Ceuve Clicquot, Crystal, Pommery, Jockey Club. No menu temos Rissoles Feuilletés aux Crevettes (rissoles de camarão com massa folhada), Jambon à la Gelée (presunto com gelatina), Coupe Suchard (sorvete de creme com molho de chocolate), Petits Fours (doces).

FOTO 7: Garimpada pelo Decourt no arquivo da LIFE, vemos o carnaval de 1939 no Cassino Atlântico. Os homens em grande maioria estão de “summer”.

Segundo a revista Fon-Fon, antes da inauguração oficial, foi realizado no cassino um baile de carnaval, em 23 de fevereiro de 1935, assim descrito pela revista:

“O baile inaugural do Casino Balneario Atlantico foi a nota carnavalesca de sabbado passado. Todo o Rio elegante compareceu, por assim dizer, á festa sumptuosa que mobilizou os círculos sociaes da metrópole para o primeiro grande baile do Carnaval de 1935. Luxo. Alegria. Deslumbramento. Delírio. Nos salões do novo centro da elegância, em Copacabana, decorados pelos 96 artistas Gilberto Trompowisky e Luiz de Barros, movimentaram-se as figuras mais expressivas do nosso mundanismo. O Casino Balneario Atlantico, annuncia para os quatro dias de Carnaval outros bailes igualmente sumptuosos.”

 

FOTO 8: Mais uma foto da LIFE mostrando um carnaval tranquilo, num dos ambientes mais chiques do Rio.

Os espetáculos na década de 1930 eram variados: Noite de Santo Antonio, Noite de São João, aos domingos as “matinées” dançantes, desfile das “girls” de “Broadway Scandals” e “Jimmy Shure Parade”, comemorações no Natal e no “Réveillon”, carnaval, artistas nacionais e estrangeiros, aniversários natalícios,

Este “show das girls” foi anunciado no “O Cruzeiro” como “Girl´s Forbidden Show”. Em 1939, Jean Sablon foi um dos artistas mais conhecidos que cantaram no Cassino Atlântico.

Outro grande sucesso foi Manuelita Arriola, “a mais bela voz da sedutora terra mexicana, impressionante figura de mulher, fascinante intérprete das envolventes melodias de Agustin Lara e tantos outros, pela primeira vez no Brasil e estreará no Casino Atlântico.” Em 1940 quem fez sucesso foi o cantor e ator americano John Boles.


FOTO 9: Anúncio para um baile de carnaval no Cassino Atlântico com as estrelas Adelina Garcia (mexicana-americana) e June Preisser (cantora e acrobata).


FOTO 10: O Cassino Atlântico, foi um dos principais cassinos da cidade durante a década de 1930. Ele oferecia uma variedade de jogos, incluindo bacará, campista, roleta, blackjack e carteado, atraindo tanto a sociedade carioca quanto visitantes de outras cidades e até mesmo do exterior.


FOTO 11: No entanto, tudo mudou em 30 de abril de 1946, quando o então presidente da República, Marechal Eurico Gaspar Dutra, assinou o Decreto-Lei nº 9.215, proibindo a prática de jogos de azar em todo o território nacional. Essa decisão foi influenciada pela esposa do presidente, Dona Santinha, que era contrária aos cassinos. Com a proibição, o Cassino Atlântico foi fechado, assim como outros cassinos no Brasil.


FOTO 12: Acervo do Museu Aeroespacial, década de 1940. Copacabana com poucos edifícios, o Cassino Atlântico na esquina da Francisco Otaviano com Avenida Atlântica. Ipanema e Leblon praticamente só com casas. As línguas-negras em Copacabana, a vegetação de praia em Ipanema, as favelas com poucos barracos, a então pequena ilha dos Caiçaras.


FOTO 13: Garimpada pelo Nickolas. O Cassino tinha salões amplos, arejados e moderníssimos. O “grill-room”, obedecia às linhas elegantes e mais em voga no momento, oferecendo com suas luzes multicores e em profusão, um espetáculo soberbo.

A firma “Ceibrasil Representações Ltda.”, foi a responsável pelas instalações de condicionamento de ar, ventilação e refrigeração. Os ventiladores eram os fabricados pela Buffalo Forge Company. Na construção do “grill-room” foi prevista a futura instalação completa de condicionamento de ar.

Os serviços de luz, força, gás, água quente e fria, com caldeira, ficou a cargo da firma F.R. Moreira. A carga total da instalação de luz atingia a 240 kw.

Os salões de jogos, danças, cinema, possuem iluminação especial e dispunham de gerador. Os três elevadores eram da marca “Atlas”, de fabricação de Pirie, Villares e Cia.


FOTO 14: Uma rara imagem, garimpada pelo Tumminelli, de um periodo de glamour nas noites cariocas: os shows do Cassino Atlântico no Posto 6, em Copacabana.


FOTO 15: De uma das varandas do Cassino Atlântico a visão da Praia de Copacabana. Ainda poucos edifícios altos na orla.


FOTO 16: Imagem do “grill-room”. As “soirées” elegantes do Cassino Atlântico marcavam momentos imperecíveis na vida mundana do Rio. Conforto, luxo e bom gosto distinguiam este grande centro de diversões que honrava os nossos foros de cidade avançada. Seus salões reuniam o que havia de mais “rafiné” na Cidade Maravilhosa.

FOTO 17: Foram poucas as imagens das instalações internas do Cassino que consegui. Esta é a decoração do "grill-room" para a festa “Noites de Shangai”.

FOTO 18: O aspecto de um bar interno. O Cassino Atlântico, com suas grandes atrações, era o refúgio da nossa “haute gomme”. Diplomatas, cientistas, escritores, homens da mais alta representação social ali passavam seus melhores instantes. As noites eram de sonho, um sonho real com estrelas autênticas ao alcance da mão. A sociedade carioca fazia dessa casa de diversões o seu ponto predileto. O conforto e o luxo, a distinção e a beleza ali exceliam e cativavam.


FOTO 19: Vemos o “salão de conversa”, espaço que antecedia o salão de jogos.

Depois que o Cassino Atlântico foi fechado, houve algumas ocupações até meados da década de 1950, quando ali se instalou a TV Rio.

O jornal “Beira-Mar”, em edição de 1955, comentava: “Há uns vinte anos atrás Copacabana teve sua estação de rádio – a Rádio Copacabana, cujos estúdios estavam instalados num prédio da Av. Atlântica. Posteriormente, e com a construção do palácio do Cassino Atlântico, lá instalou-se a Rádio Ipanema. Nesse mesmo prédio estão sendo montados, agora, os diversos estúdios da nova estação de televisão do Rio de Janeiro – a TV Rio, Canal 13.

A TV Rio fará transmissões simultâneas entre o Rio e São Paulo, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos e Europa. Para isso será montada uma rede de torres de transmissões entre as duas capitais, com as suas intermediárias, sendo que a primeira já foi erguida no alto do Sumaré.

Sucessivamente serão erguidas as torres restantes em Mendes, Barra Mansa, Itatiaia, Cachoeira Paulista, Moreira Cesar, São José dos Campos, Mogi das Cruzes e São Paulo.”

Li, também, que o Botafogo Futebol e Regatas inaugurou onde havia funcionado o Casino Balneario Atlantico, seu Departamento do Posto 6, em 25 de janeiro de 1947. Funcionava também no antigo cassino uma boate e salões do “Dinner Club”. Meu amigo e colega Odone, morador do Posto 6, me disse que durante algum tempo havia também uma seção do clube AABB instalada no prédio.


FOTO 20: A foto do JB mostra a demolição do prédio em 1972. Em meados dos anos 50 o prédio foi ocupado pela TV Rio até o início dos anos 1970, voltando o prédio para a posse de seus antigos proprietários, a família Bittencourt.

Em 1971, na maior transação imobiliária do Rio até então, a área do Cassino foi vendida à firma H.C. Cordeiro Guerra. Em 1972 o prédio foi demolido e, em 1974, lançado o Shopping Cassino Atlântico e o hotel Rio-Palace. Depois virou Hotel Sofitel e agora é Hotel Fairmont.

 FONTES: A. Decourt, R. Tumminelli, J. O´Donell, M. Zierer, Nickolas,  Saudades do Rio, Correio da Manhã, Jornal do Brasil, Fon-Fon, Beira-Mar, O Cruzeiro.

87 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Mais uma aula sobre um local que não tive a oportunidade de conhecer.

    Vou acompanhar os comentários.

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  2. Na foto 5, um Chevrolet 1937 (não é preto, não é táxi) estacionado na calçada, atrás dele um elegante automóvel, com estepes nos paralamas.
    Na foto 13, um carro do começo dos anos 30 e na foto 20, um tradicional "choque" da Secretaria de Segurança Pública garante o bem estar dos demolidores. Quantos policiais terão se acidentado em transportes como esse?

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  3. A impressão que tenho é que o ambiente do cassino era só para a elite. Homens de terno e mulheres com belos vestidos. Será que a entrada era muito cara para o povão?
    Em outros lugares do mundo atualmente entra qualquer um.
    Mais uma excelente aula.
    Essa dona Santinha mandava muito para acabar com a indústria dos cassinos. E o Dutra era bem mandado.
    Outro que quis acabar com o jogo foi o Jânio Quadros.

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    1. Com certeza o povão que frequentava os cassinos era o trabalhador: garçons, porteiros, pessoal de serviços, por aí.
      O Jânio tornou ilegal as rinhas de galo e obrigatório um saiote na parte inferior dos maiôs nos desfiles de miss ...

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    2. Você está enganado. Os Cassinos não eram voltados para o "povão", e a nata da sociedade da época era "habituée" dessas casas de jogo. Políticos, fazendeiros "estaduanos", e artistas, eram figurinhas fáceis nos cassinos, nos quais grandes nomes se apresentavam em shows.

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    3. Joel, eu quis dizer que as pessoas do povão que "frequentavam" os cassinos eram os garçons, porteiros, pessoal de serviços, etç que trabalhavam neles.
      Os frequentadores pagantes eram da chamada "nata" da sociedade da época.

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    4. Agora entendi. O jogo proporcionava emprego para muita gente que acabou desempregada. O mesmo não aconteceu quando fecharam os bingos, pois todas a expertise adquirida pelas pessoas que trabalhavam nas "casas legais" passou a ser utilizada na rede clandestina que passou a funcionar. Hoje em dia os bingos clandestinos possuem "promoters", serviço de motoristas, restaurante, serviços de salão de beleza, buffet, e uma rede de whatsapp onde folders artisticamente produzidos divulgam as atrações do dia.

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  4. Bom dia.
    Fotos excelentes de uma Copacabana quase inimaginável.

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  5. FF: morreu de madrugada o ator Nei Latorraca, aos 80 anos.

    O Leblon não é mais o mesmo. Janelas de dois apartamentos se soltaram e caíram no chão. Um homem foi picado por uma jararaca e está internado...

    Hoje é dia da Lembrança (em inglês, "Boxing Day")

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    1. O que achei a respeito do Boxing Day.
      Comemorado todos os anos em 26 de dezembro, um dia após o Natal, é um feriado que teve origem na Reino Unido durante a era vitoriana, de acordo com a enciclopédia Britannica.
      Na época da Rainha Vitória, servos, comerciantes e pessoas mais pobres recebiam presentes de seus empregadores. Como os servos trabalhavam no Natal, eles tinham o dia seguinte de folga para visitar suas famílias.
      Além disso, de acordo com o Old Farmer’s Almanac, as famílias da classe alta costumavam reunir sobras de comida, bens ou dinheiro, colocando-os em caixas — daí o nome Boxing — para doá-los aos mais necessitados.
      O dia também é conhecido como Dia de Santo Estêvão, em homenagem ao primeiro mártir cristão, conhecido por ajudar os pobres.
      Atualmente o Boxing Day é um feriado bancário e religioso celebrado no Reino Unido e em outros territórios da Commonwealth (Comunidade das Nações Britânicas) desde o fim do século XIX.
      Com o passar do tempo, o Boxing Day se tornou uma ocasião de liquidações para as lojas, que buscavam esvaziar o estoque de produtos e atrair consumidores para trocar presentes indesejados ou vale-compras.
      Assim, 26 de dezembro se transformou em um dos dias mais movimentados do comércio nos países onde o feriado é comemorado.

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    2. E dia de muito futebol na Inglaterra.

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  6. Que confusão é essa de casas entre a Francisco Otaviano e Joaquim Nabuco?

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  7. Com relação ao comentário das 07:36 do César, o jogo foi proibido em 1946 pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra, certamente instado por sua esposa, D. Santinha, tida como "carola". Jânio Quadros nada teve a ver com isso. Ele apenas conseguiu proibir as rinhas de galo e o uso do "lança-perfume.

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    1. E as corridas de cavalo também foram afetadas por decreto do Jânio.

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  8. Este prédio foi emblemático na cidade do Rio de Janeiro e jamais poderia ter sido demolido. Cidade sem menor respeito arquitetônico.

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  9. Na foto 8 é citado o compositor Agustin Lara. Dentre suas dezenas de canções, cito "Maria Bonita", "Solamente una vez" e "Noche de ronda".

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  10. Na foto 10 é citada a roleta campista. Isso me lembra a letra da música "Vermelho 27", cantada pelo Nelson Gonçalves. A letra começa assim"

    "Esse homem que hoje passa maltrapilho
    Fracassado no seu traje furta cor
    Um dia já foi homem, teve amigos
    Teve amores mas nunca teve amor
    Soberano da roleta campista
    Foi sua majestade, o jogador"

    Grande jogador, dava banquetes e jogava os ossos para os cães. Sua ruina foi um dia apostar tudo no vermelho 27.

    A letra finda com:

    "Deu preto 17
    Nem um cão entre os amigos encontrou".

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  11. Sou frontalmente contra os cassinos. Já externei amplamente meus motivos em postagens anteriores. Não vou repeti-las.

    Entrei em cassinos ou casas de jogos em Atlantic City, em Copenhague e em Novi Pazar. Deprimente. Ja relatei também isso antes.

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  12. Janio proibiu corridas de cavalo durante a semana, proibiu rinhas de galo, restringiu a participação de menores de 18 anos em programas de rádio e televisão, proibiu o lança-perfume, censurou o uso de traje de banho nos concursos de beleza e criou o “slack”, um tipo de uniforme para o funcionalismo mais adequado ao nosso clima tropical.

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  13. Jânio Quadros era um ingênuo, mas tudo indica que era honesto. Preferiu não entrar em confronto com as "forças ocultas" e renunciou. Tudo em um "clima britânico" cujos acontecimentos transcorreram pacificamente e sem "narrativas estapafúrdias, "conluios midiáticos, políticos, e principalmente jurídicos, nem tampouco "retaliações covardes".

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  14. "Acontecimentos transcorreram pacificamente" é uma "narrativa" e tanto. Jânio tentou um "auto-golpe", pretendendo voltar ao governo com mais poder. Os militares, sempre eles, vetaram a posse do vice-presidente João Goulart. Quase houve uma guerra civil. Afinal, conseguiram que Jango aceitasse o parlamentarismo. Durou pouco, houve um plebiscito e voltou o presidencialismo. Que terminou em muito pouco tempo devido ao golpe militar de 1964.
    Dr. Luiz pode apagar meu comentário para não desvirtuar o blog mas não pude deixar de responder o comentário acima.

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    1. Dizer que não houve 'maiores consequências não é uma "narrativa e tanto". Tentou voltar ao poder "dentro das quatro linhas" e não houve qualquer ruptura". Os militares não gostavam de João Goulart, mas ele não era comunista como muitos afirmam. Era um rico estancieiro que não precisava da política para viver. Seu grande erro foi ser influenciado por seu cunhado Itagiba de Moura, este sim, um indivíduo deletério da pior espécie, como o Rio de Janeiro viria a saber 20 anos depois. Um dos retratos maís correntes de João Goulart está no livro 'Lacerda, o demolidor de Presidentes" de Marina Gusmão de Mendonça.

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  15. Na foto 1 tem um ônibus da Viação Excelsior no canto esquerdo inferior. Essa empresa deu um excelente upgrade no nível de serviço do transporte público no Rio. O mesmo aconteceu com a CTC, décadas depois. Ambas desapareceram, a CTC de modo inglório.

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  16. Postagem maravilhosa! Riquíssima em detalhes.

    Foto 10: Muitas pessoas na cobertura do prédio. Parece que estava acontecendo alguma coisa.

    Foto 15: Que vista linda!

    Concordo com o Mauro. Um prédio emblemático como esse não poderia ter sido demolido. A foto 20 lembra a destruição do Monroe. Triste.

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  17. Ótima postagem. Conheci o prédio pois estudei na Cultura Inglesa, aquela casa ao lado. Na época não nos dávamos conta que ao lado estavam ícones, como o prédio do Cassino. Outro ícone da Atlântica, a Casa do Vaticano. Um delírio ficar sentado na areia e ali um palácio a beira mar, com as palmeiras inclinadas. Nunca tinha visto o cassino por dentro, belas fotos ; imagino o que já aconteceu por ali. Será que existem filmes? Já cogitei muito da reconstrução do Posto 6, o legítimo, no local dele. seria um monumento vivo...
    Em paralelo, a casa que pertencia ao jurista Pontes de Miranda, na Prudente de Morais em Ipanema, sendo demolida , só vai ficar a fachada, como parte da mozakização do Rio.
    Totalmente FF: assisti ontem o filme "A Felicidade não se Compra" (1946). Emocionante!

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  18. Eu observei uma vez que de trinta em trinta anos aparece um debilóide "salvador" na política brasileira: 1930 tínhamos o Plínio Salgado, em 1960 o Jânio, em 1990 o Collor, e em 2020.......

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    1. A sua conta de 30 em 30 anos não fecha. Plínio Salgado se candidatou pelo Partido Integralista em 1937 e em 1938 tentou derrubar o governo de Getúlio. Mas nada do que você mostrou na sua publicação pode ser comparado à praga que surgiu em 2002 e vem sistematicamente destruindo o Brasil, pois até 2032 não haverá mais Brasil.

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    2. Acredito que 2032 e uma data muito otimista..kkkkk. gafanhotos não demoram tanto para destruir lavoura

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  19. Lendo o comentário do WB e a resposta do Anônimo acima, eu lembraria ao WB um velho ditado: "Quem fala o que quer ouve o que não quer".

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    1. Comentarista do Observador Político26 de dezembro de 2024 às 17:38

      Se formos listar todas as pragas que já assolaram o país ao longo dessa fase de república de fancaria, não haveria espaço aqui no SDR. Destaque para Adhemar de Barros, Sarney, Brizola, Collor, Lula, Dilma, Bolsonaro e dezenas de outros, em todos os níveis da desadministração pública.

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  20. Anônimos e observadores, trinta anos é uma "ordem de grandeza", é a onipresença da tal figura em torno das datas. Quanto às figuras que já assolaram o país realmente tivemos muitos, contudo a síndrome dos trinta anos refere-se àqueles mais insanos. Bem, é a minha opinião.

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  21. Será que vai chover amanhã?

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    1. A previsão é de mais de 100mm acumulados até domingo, com índices de 10mm para segunda e terça. Sujeito a atualizações no decorrer do período. O estranho estado está em alerta.

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  22. Concordando com os comentários da Ana:
    - a vista da Praia de Copacabana a partir do Posto 6 é mesmo - e até hoje - uma beleza.
    - na foto 10 muita gente na cobertura e também na calçada, algo de fato acontecia.
    - a foto 20 é muito triste.

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  23. Fora de foco:
    A lista a seguir não é uma brincadeira, foi tirada de um artigo da seção de economia do UOL com o título:
    “ CEO, CFO, CTO e outros: o que significam as siglas do mundo executivo”.
    Quem o escreveu diz:
    - A adoção de termos em inglês para cargos de alta liderança é comum no mercado de trabalho. É o caso de CEO, CFO, CIO e outras dezenas de abreviações. Muita gente não sabe exatamente seu significado. O UOL reuniu as PRINCIPAIS siglas e explica cada uma delas a seguir.

    Na verdade o título do artigo poderia ser “É muito cacique para pouco índio” ou “Perderam a noção” ou talvez “Um cargo de chefia para todos”

    São 21 só os “principais”.
    CEO Chief Executive Officer
    COO Chief Operating Officer
    CFO Chief Financial Officer
    CIO Chief Information Officer
    CTO Chief Technology Officer
    CPO Chief Product Officer
    CMO Chief Marketing Officer
    CHRO Chief Human Resources Officer
    CLO Chief Legal Officer
    CCO Chief Communications Officer
    CKO Chief Knowledge Officer
    CBO Chief Brand Officer
    CGO Chief Governance Officer
    CHO Chief Happiness Officer
    CJO Chief Journey Officer
    CSO Chief Science Officer
    CVO Chief Visionary Officer
    CAO Chief Accounting Officer
    CDO Chief Data Officer
    CPIO Chief Process and Innovation Officer
    CRO Chief Risky Officer
    CXO Chief Experience Officer
    Arre égua ...

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    1. Ainda tem vaga para CNO, CQO, CUO, CWO, CYO e CZO...

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    2. Chief Happiness Officer??? Essa é boa!!!rsrs

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    3. Faltou COCO. Tem vários candidatos a esse título. Sabem onde procurar, né? Briga de foice no escuro.

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    4. Encomtram-se aos montes no.planalto.ventral. em especial no STJ,PALACIO. URITI,IRAMARATY, CONGRESSO NACIONAL E SEU LIDER NO PALÁCIO DO PLANALTO

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  24. É muito comum a mania dos “souvenirs” que estão nos hotéis para serem levados pelos hóspedes, com a marca do estabelecimento.

    Entretanto, em 1939, segundo o jornal “A NOITE”, o gerente do Cassino Atlântico foi surpreendido com a carta de uma hóspede americana:

    “Nova York, 21/11/1939 – Caro Senhor,
    É possível que esta carta lhe pareça esquisita. Confesso, porém, que não tenho preferência pelos adjetivos que me dizem respeito e por isso dispenso-me de maiores explicações.

    Sou americana e passei seis meses no Brasil. Não me lembro de ter vivido dias mais belos e mais agradáveis. Muitas noites me diverti completamente no seu lindo cassino. Esta é a razão porque desejo que aceite a missão que lhe vou confiar.

    Durante minha temporada no Rio tive ocasião de fazer excelentes relações com encantadoras senhoras de sua brilhante sociedade. Fui distinguida com inúmeros convites para esplêndidas festas e tenho a pretensão de dizer-lhe que consegui fazer boas amizades em seus país.
    (...)
    Depois de muito pensar numa forma de agradecimento, resolvi destacar três joias de minha coleção de raridades artísticas para oferecer a algumas de suas lindas patrícias. Não me é possível, e creio que nem ao senhor, escolher entre tantas tão bonitas, tão inteligentes e tão agradáveis, apenas três.

    Desta forma enviarei três cofres, com sua chave própria. São pequeninas. Peço que a cada semana, em dia não determinado, o senhor fará ocultar uma dessas chaves em uma flor, que será colocada entre muitas outras, que serão oferecidas às moças e senhoras que se encontrarem à meia-noite, no “grill-room”. A que encontrar a chave ganhará a joia daquele dia.

    Espero que a sociedade carioca compreenda o que isso representa de minha simpatia por suas admiráveis figuras.

    Não preciso dizer-lhe que me conservarei, para sempre, no mais pitoresco e absoluto anonimato.

    Agradecimentos antecipados.”

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    1. Muito original e surpreendente. Quem terão sido as felizardas?

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  25. Inicialmente nunca concordei que assuntos estranhos à linha de temas inerentes ao Saudades do Rio fossem aqui debatidas. Mas com o passar do tempo cheguei à conclusão que quando isso acontece o blog fica maís dinâmico e o número de comentários cresce substancialmente.

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  26. Lendo o comentário sobre as torres de retransmissão da TV Rio me lembrei da dificuldade que existia nas transmissões Rio-São Paulo, naquela época.
    Certa vez, o famoso Oduvaldo Cozzi, locutor o escalado do dia, teve que ficar falando muito tempo sem imagens, pois uma das torres apresentou problemas.
    Cozzi era "das antigas" e usava rebuscadas figuras de linguagem e divagava aguardando a volta da conexão.
    Depois de muito tempo foi indo, foi indo e soltou esta "pérola":
    "E por que chora a Mantiqueira?"
    Referia-se certamente à lenda que envolve a Lua, o Sol e uma índia, e que levou esta serra, a ser conhecida como a serra que chora, devido à grande quantidade de nascentes que brotam de suas encostas.
    Cozzi, então, responde à própria pergunta: "A Mantiqueira chora por não vir o mar a lhe beijar os pés."

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    1. Aí o Chico Buarque ouviu a transmissão e compôs Januária...

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  27. O Cassino Atlântico era o templo da alta sociedade carioca, onde o “povão” não tinha a menor chance.

    A revista/jornal “Beira-Mar”, representante do que se chamava de “CIL – Copacabana, Ipanema e Leme”, em muitos artigos assim descrevia o Cassino Atlântico:

    “Ninguém pode dizer que conhece a face bela da existência sem ter frequentado esse ambiente de tanta distinção. O Atlântico é o Cassino das elites. Ali a frase – sonhar de olhos abertos – não é uma figura apenas, porque é apenas a realidade.

    Humberto de Campos disse bem: “O homem que sonha pode ter até o ouro das arcas de Sardanápalo e as mil mulheres de Mulei Hame. E no Cassino Atlântico tudo isso se tem sem precisar possuir a fortuna de Creso.

    Uma hora nos seus resplendentes salões cura a tristeza, fazendo dos seus frequentadores pessoas de bom humor, para quem o encanto de viver não é palavra vã.

    Por isso ir ao Cassino Atlântico é buscar novas energias para a vida, esquecendo as horas más, diante da magia de esplêndidos artistas e da unção espiritual da música mais selecionada que possuímos. O vulgar e o tosco vivem longe desse ambiente aristocrático, que é o índice de nossa elegância e bom gosto.”

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    1. Perfeita essa colocação da Revista! Não dá para misturar "alhos com bugalhos". A atualidade já demonstrou que a ideia de que todos os níveis de ambientes sociais convivam "juntos e misturados como num conto de fadas" é utópica e só prospera em mentes desequilibradas ou então servem de pautas para propaganda de partidos de esquerda, e toda e qualquer tentativa para que isso se estabeleça resultou em um retumbante fracasso. Esse tipo de hierarquia não existe nem no Céu da fé católica, nem no plano espiritual, nem tampouco no inferno, onde até os demônios obedecem à uma severa hierarquia. Dante Alighieri documentou isso perfeitamente em "A Divina Comédia".

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  28. Bom dia.
    Complementando com as siglas lembradas pelo Augusto ontem:
    CNO Chief Networking Officer
    CQO Chief Quality Officer
    CUO Chief Underwriting Officer
    CWO Chief Web Officer, Chief Workforce Officer, Chief Wellness Officer, and Chief Warrant Officer
    CYO Chief Young Officer
    CZO Chief Zoological Officer, Chief Zoom Officer

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  29. A respeito do comentário da Ana sobre o " Chief Happiness Officer":
    (na verdade é muito comum encontrar o Chief Hellness Officer, o Happiness é muito raro ...)
    "CHO é a sigla para Chief Happiness Officer, que significa "Diretor de Felicidade Corporativa". É um cargo relativamente novo no mundo corporativo, que tem como responsabilidade promover o bem-estar e a satisfação dos colaboradores."

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  30. E o curioso é a constatação do destino inexorável quando todos os níveis sociais se encontram no São João Batista, no Caju, na Cacuia e outros ambientes bem democráticos...kkk

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  31. Este comentário foi removido pelo autor.

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  32. Anônimo de ontem, 18:58h ==> essa questão não está pacificada. O SDR perdeu muitos comentaristas e uma das razões são os textos de cunho político ou de viés discriminatório ou preconceituoso. Quando fiquei sabendo disso coloquei minha carapuça e resolvi doravante não me afastar do tema do dia. Pode ser que ainda dê umas escorregadas, já que o uso do cachimbo deixa a boca torta. Mas estou me policiando. Por isso tenho estado bem ausente. Se não posso nada de útil acrescentar ao tema, recolho-me à minha insignificância.

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    1. Helio, não deixe de compartilhar suas histórias. São uma atração e tanto no "Saudades do Rio".

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    2. Obrigado pelas gentis palavras. Levá-las-ei em conta, mas os temas têm sido muito centrados em Zona Sul, fora da minha jurisdição e vivência.

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    3. Helio, embora temas centrados na Zona Sul estejam fora de sua jurisdição você pode pegá-los como "gancho" para outras vivências.

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  33. Como se diz atualmente, os textos de antigamente estavam "em outro patamar":
    Vejam um de “O Cruzeiro” em 1944:
    “Na praia de curva sensual açoitada pelos primeiros ventos frios do amável inverno carioca, o Cassino Atlântico é como um refúgio encantado para as alegres “causeries” deste começo de estação elegante. Ali, no aconchego amigo e discreto da boate remodelada, os elementos mais significativos do “set” social se dão “rendez-vous”, entregando-se aos prazeres da dança e apreciando a arte emotiva de Hugo del Carril, cuja voz é como a mensagem sonora da alma argentina à sensibilidade brasileira.”

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  34. Isso não significa que tenha mudado de opinião. Apenas não mais a externarei. Conhecem aquela piada pré-histórica do motorista de caminhão de um lugarejo tradicionalista, que pintou no para-choque a frase "Eu quero é rosetar"?

    As carolas do lugar foram se queixar ao delegado sobre aquela indecência. O motorista foi chamado na chincha e obrigado a apagar a frase. No dia seguinte lá veio ele com seu caminhão, ostentando no para-choque os dizeres "Continuo querendo".

    Mutatis mutandis, o mesmo se aplica a mim e a minhas opiniões.

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  35. O proprietário do Cassino Atlântico era o Joaquim Rolla, o mesmo que ganhou parte do Cassino da Urca em um jogo de cartas?

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  36. WB, 10:39
    Neste caso, o que importa é a viagem e não o destino (comum) final .....

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    1. Concordo plenamente. Melhor viajar num Cadillac Eldorado que num Romi Isetta. Ainda que ambos tenham o mesmo destino.

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  37. Hélio, se buscarmos bem na memória tiveram muito poucos posts aos quais todos os comentários se prenderam exclusivamente ao assunto principal. Inclusive as tais "cadeiras voadoras" surgiam justamente devido aos "bate bocas". Quem se lembra do Renato (Nanato), Docastelo, Eduardo, e outros que povoaram o bar e que, de alguma forma, enriqueceram os debates? Quanto a comentários discriminatórios e racistas esses realmente são abomináveis...

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  38. Mário e Augusto, faltou a sigla COCO, significando Criminal Organization Chief Officer. Tem centenas de milhares de ocupantes dela aqui no Brasil.

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  39. Qual seria o custo da entrada no Cassino Atlântico? Quanto custaria uma noitada lá? O cassino subsidiava o show ou algo mais? Havia porteiro que barrasse a entrada dos que não eram endinheirados? Qual era a idade mínima para entrar? 18 ou 21 anos? Era possível entrar desacompanhado? Era possível entrar só para jogar, sem jantar ou assistir o show?
    Achei a postagem bastante incompleta.

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  40. Entrada + jantar: Cr$ 4.500,00
    Não.
    Não.
    21 anos.
    Sim.
    Sim

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  41. Boa, Mário. O Anônimo ficará satisfeito.

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  42. Mário, qual seria então o valor hoje de Cr$4500?

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  43. O máximo que se consegue na conversão é utilizando-se a cotação do dólar americano da época. Pelo site ipeadata em 1940 o dólar valia 6,3 cruzeiros, muito semelhante ao de hoje. Desta forma, basta fazer um cálculo simples de multiplicação, obtendo-se o resultado em torno de R$ 28.000 reais.

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    1. WB, este valor não pode ser o custo de Entrada+Jantar...

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    2. WB, veja abaixo na resposta ao Helio, cheguei a um número parecido, uns 24 mil reais.

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  44. O valor de Cr$4.500,00 do Mário foi chute. Não é sério. Durante a maior parte da existência do cassino a moeda era o réis.

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    1. Não foi chute, foi brincadeira ...
      Não tinha (e ainda não tenho) a menor ideia das respostas ...
      Regra de três simples:
      - de acordo com o Correio da Manhã, edição 15.593 de 02 de setembro de 1945:
      1 dolar - 19,50 cruzeiros
      x dólares - 4.500,00 cruzeiros
      então:
      x = (1 x 4.500)/19,50 = 230 dólares de 1945
      Hoje, com o dólar a ~ 6 reais, teríamos o equivalente a R$ 1.380,00, mas ....
      230 dólares era uma fortuna na época, obviamente não poderia ser esse o valor, mesmo com show e tudo incluído.
      Considerando a inflação em dólar, $1 em 1945 representam $17 em 2024, então 230 dólares seriam equivalentes a quase 4.000 dólares atuais.
      Chutei muito mal ...

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    2. Talvez um valor razoável para entrada, jantar e show fossem atuais R$ 900,00, aproximadamente 150 dólares de 2024 /17 = 8,8 dólares de 1945, equivalentes a 8,8 x 19,50 = 172 cruzeiros em 1945.
      (45% do valor do salário mínimo na época, que era 380 cruzeiros)

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  45. A que ponto chegamos!
    O Mário, sempre sério e ponderado, dá um chute desses.
    É o fim dos tempos. É a lama. É a lama. É o fim do caminho.
    O "doomsday clock" após esta publicação do Mário adiantou os ponteiros em quase 30 segundos.
    O catastrófico Apocalipse está próximo. As primeiras três trombetas já tocaram.
    Tudo culpa do Mário, quem diria!

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  46. 1 E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê.
    2 E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.
    3 E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem, e vê.
    4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
    5 E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer o terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança em sua mão.
    6 E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.
    7 E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê.
    8 E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.

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  47. Vi quando tinha uns 13/14 anos o filme "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse", (dirigido por Vincente Minnelli, com Glenn Ford, Charles Boyer, Ingrid Thulin, Lee J. Cobb, Yvette Mimieux) e que se passa durante a segunda guerra mundial.
    A cena final do filme, imediatamente antes do "The End", com os quatro cavaleiros galopando, me causou uma fortíssima impressão, lembro dela nitidamente até hoje.

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  48. O padrão Cruzeiro foi adotado em 1942, substituindo o Mil Réis. Mil cruzeiros equivalia a um conto de réis. Foi por muito tempo a nota de maior valor, com a efígie do Cabral. Não sei dizer quando entraram em circulação as notas de 5 mil e 10 mil.

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  49. Aliás, um filme do início da década de 80 que se passa em várias épocas do século XX e tem também a segunda guerra mundial, os anos que a antecedem e seus efeitos posteriores como pano de fundo de boa parte do enredo, Les uns et les autres (título no Brasil: Retratos da Vida), com argumento e realização de Claude Lelouch, tem também uma impactante e longa cena final, com o bailarino Jorge Donn dançando ao som do Bolero de Ravel em pleno Trocadéro parisiense.

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    1. Eu assisti "Retratos da vida" no Cinema Comodoro. A coreografia de Jorge Don é fantástica. São mais de três horas de exibição.

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    2. Filmaço, justifica a duração e não cansa.
      E realmente a coreografia é muito boa.
      Não sei se antes ou depois do filme, mas houve uma apresentação do Jorge Donn com a mesma música/coreografia em Veneza à noite, dividida em algumas partes em palcos ao longo do Grande Canal.
      Vi um documentário a respeito.
      Fantástico.

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  50. Boa tarde Saudosistas. Final de ano com a visita dos netos, não tenho muito tempo para fazer outras coisas do que dar atenção a eles. Esta postagem com diversas fotos do Cassino Atlântico foi sem duvidas uma das melhores do SDR.
    Os comentários acabaram se tornando hilários, com a postagem muito bem colocada pelo Mario.
    PS Falando em Cassino, um apostador que ganhe a Mega Sena da Virada cerca de 600 Milhões, irá se sentir um milionário, porém jamais saberá o que é ser um verdadeiro bilionário.
    Se alguém ganhar sozinho para igualar com a fortuna do Elon Musk, precisará ganhar mais 4.200 vezes mais este mesmo valor para igualar com a fortuna dele.

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    1. Seiscentos milhões de reais (cem milhões de dólares !) é dinheiro prá chuchu ...
      Quando vejo um prêmio dessa ordem de grandeza sempre torço para que sejam por exemplo no mínimo 30 ganhadores, cada um (de preferência eu incluído) leva 20 milhões de reais, amarra o burro na sombra e facilita a vida dos filhos.
      Estou no páreo, tenho 50% de chance nessa.
      Sim, 50% : ou ganho ou perco.
      Meio a meio.

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    2. Para ser bilionário tem que entrar nesses sites que apareceram recentemente com possibilidade de apostas em loterias americanas com prêmio convertido em reais na casa dos bilhões. Eles só não explicam que o prêmio não é pago de uma só vez.

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