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domingo, 12 de fevereiro de 2017

CENTRO


Neste domingo de sol duas fotos para lembrar do Centro na década de 70.

Na primeira, destaque para o famoso Edifício Standard com seu anúncio da Esso no topo. E, logo atrás, o anúncio da Iberia, do qual não me lembrava.

Na segunda, o Palácio Monroe que fazia tempo que não aparecia por aqui.

30 comentários:

  1. Bom dia. Ambas as fotos representam o local onde mais tempo morei e frequentei, justificando meu "nickname". O anúncio da Iberia estava instalado sobre o edf. Pan América (Av. Calógeras, nº6). E junto com o da Esso, o anúncio ovalado da Cyanamid/Formica/Blemco, empresa onde trabalhei, formava à noite um atraente mosaico de neón, anunciando a chegada ao Centro aos que vinham da zona sul. Havia outro anúncio, em neón vermelho, sobre o prédio da Mesbla mas não lembro de que empresa. Quanto às demais edificações, ou outros detalhes do trecho, na medida da memória, posso fornecer outras informações, caso haja algum interesse.

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  2. Pois é, logo que vi as fotos pensei no tempo que o Monroe não aparecia. Destaque também para o obelisco, que ficou famoso em 1930 como ponto de encontro dos gaúchos. Época de ônibus CTC. Mais algum tempinho e as obras do metrô começariam nesse trecho.

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  3. Caro Docastelo: Nessa época eu trabalhava na Avenida Churchil.mas eu pergunto: Os trolleys já haviam acabado.Você sentiu muito a diferença do seu tempo como morador e hoje.Realmente a cidade e o centro eram muito mais bonitos e civilizados.

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  4. Bem à esquerda o prédio da Justiça, que hoje consta como sendo um Centro Cultural. Docastelo, era do Supremo? Ao lado (era esquina?) uma outra construção, que não existe mais, e em seguida já subia mais um espigão (esse termo combina com a época da foto, eu acho que é do início dos anos 70).

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  5. Bom dia. Em frente ao Obelisco, temos agora o ponto em que o V.L.T faz a curva para a esquerda. Uma pena o Monroe ter sido demolido, pois iria compor um belo conjunto urbano. O V.L.T é único, não adianta o energúmeno eslavo dizer que em Niterói tem um melhor...

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  6. Na primeira foto, quase ao centro o prédio da Faculdade Nacional de Filosofia. Uma das salas do Curso de Física ficava voltada para aquele varandão, ao lado do Hotel Aeroporto.
    Jaime Moraes

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  7. Boa, Joel! Respondendo à pergunta de mayc diria que depois de morar quase meio século na região da Esplanada do Castelo fica até difícil resumir os sentimentos que ainda estão à flor da pele. Ainda um adolescente recém saído do subúrbio o estranhamento de morar nessa região foi completo, apesar do belo panorama que se descortinava da residência. Mas um jovem logo se adapta e naquele tempo haviam doze edifícios somente residenciais, além dos mistos, com jovens moradores que ajudaram nessa integração. Os clubes de regatas próximos foram decisivos para uma nova forma de lazer que parecia tão distante para o menino suburbano. Mergulhos nas pedras de enrocamento, natação, remo e o indefectível futebol. Festas nos finais de semana nos clubes próximos (Aeronáutica, Clube Militar, Ginástico Português, Casa do Estudante etc.) e em outros bairros onde a neutralidade de morar no Centro era garantia de não sofrer hostilidades.

    No local ainda havia açougue, padaria, farmácias, e toda a sorte de comércio comum a uma coletividade. E a vizinhança era ilustre, plena de intelectuais que por conveniência ali moravam. O maior exemplo era o poeta Manoel Bandeira com o qual tive a oportunidade de me relacionar ainda jovem estudante secundarista. Afinal de contas essa região fora um dia a Esplanada dos Ministérios.

    Vieram depois os tempos turvos do regime discricionário e novamente a região foi palco de escaramuças nas quais fui envolvido ou assisti de camarote. Isso rendeu depoimentos em periódicos e até em um livro. Mas a região também foi brindada por dois anos de inesquecíveis desfiles das escolas de samba. Nesse tempo não faltaram os "amigos" que queriam assistir ao desfile com todo o conforto.

    Depois veio a fase profissional, facilitada pela proximidade geográfica dos trabalhos, inclusive nas últimas atividades como Procurador Federal. O local se anunciava com problemas pela mudança das características dos antigos prédios residenciais que se tornavam mistos ou comerciais. O tombamento do edif. São Miguel na Av. Beira Mar, 406, sob alegação de lá ter morado o poeta Manoel Bandeira e o pintor Cândido Portinari, acelerou o processo de degradação do quarteirão.

    Como a própria vida tudo acaba e assim também acabaria o que de melhor havia na região. Agora moro onde é mais prático e mas sempre perto do mar. O resto são apenas boas lembranças.

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    1. A frase ficou truncada. O correto é ..."mais prático mas sempre perto do mar".

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  8. Acho que as estruturas amarelas na primeira foto bem no centro já eram de obras do metrô.
    Docastelo, como era o nome daquele restaurante de massas ali no final da Av. Rio Branco, perto das lojas de companhias aéreas? Almoçava com frequência lá. Papagallo? Paisano? Algo assim?

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  9. Bom dia a todos.

    As fotos são muito provavelmente do acervo do sr. G. Szendrodi. Sou a favor de algumas repostagens aproveitando a possibilidade de vermos as fotos numa resolução mais decente.

    Sobre o Monroe, todos sabem que foi vítima do revanchismo do ditador de plantão, com ajuda dos modernistas. Infelizmente nas redes sociais aparece de tudo, inclusive uma teoria esdrúxula de que o responsável pela demolição teria sido o governo estadual e não o federal...

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  10. Enquanto escrevia não li o comentário do Prof. Jaime que talvez se lembre de um episódio provocado pelos alunos do curso de Física na primeira metade dos anos '60.

    Estava eu na janela do meu quarto quando vi uma movimentação no terraço do prédio da então Faculdade Nacional de Filosofia, hoje Casa d'Itália. De repente começaram a soltar foguetes na cor branca, parecendo feitos de cartolina ou outro material semelhante. Esses artefatos emitiam um facho na cor azul e não eram precisos na trajetória. Logo pensei que isso não iria acabar bem. Não deu outra. Vários foram lançados e um deles veio exatamente na minha direção. Foi o tempo de fechar a janela e o "míssil" chocou-se contra ela. O constrangimento tomou conta dos "Von Brauns" tupiniquins que se mandaram. Faria o prezado professor Jaime parte dessa turma?

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  11. Plinio, era o Paisano, local de encontro de artistas (músicos e compositores) que frequentavam o local em razão da gravadora Odeon no edf. São Borja e da Phillips, depois Poligran, no edf. Brasília, além dos tradicionais frequentadores que trabalhavam na região.

    Uma atração desse restaurante era o painel pintado em uma de suas paredes cujo artista ficou famoso por adornar outros estabelecimentos semelhantes e por não ter a menor noção de perspectiva. O nome do pintor: Nilton Bravo.

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    1. Obrigado. Então minha memória não está tão ruim.

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  12. Bom dia a todos. Região do mestre DoCastelo, onde foi, é e será sempre a sua jurisdição, sendo desde delegado, prefeito, governador e presidente da região. Irá pleitear o seu reconhecimento junto ao poder público, como cidadão e bem imaterial DoCastelo. Deixando de brincadeira, ontem começou a maior e melhor festa popular do Brasil e do mundo, o Carnaval, e como em quase todos os anos passados, fui ao desfile do Nem Muda nem Sai de Cima. Este ano com um samba dos melhores deste bloco. Para deixar a galera com água na boca, vou transcrever os 2 refrãos do samba.
    "Nem Zona Sul, nem Suburbano,
    Eu me orgulho de ser Tijucano
    Se passo pela Praça, vou até o fim
    Prá desfilar na Conde de Bomfim."

    "Arrepiou, meu bloco vai passar
    Eu avisei que não ia mudar
    O meu prazer é desfilar em cada esquina
    Chegou Nem Muda, Nem Sai de Cima".

    Este ano vou diminuir a minha participação nos blocos, acho que a idade está ou já chegou, a cada ano o tempo de recuperação de um desfile para outro está aumentando absurdamente.

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    1. Sábia decisão. A esposa certamente agradece.

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  13. Em tempo: Sim, Paulo Roberto, a edificação onde hoje é o centro cultural da justiça federal foi o STF nos tempos da antiga Capital República. Quando o conheci abrigava as varas federais. Atuei como advogado nesse antigo prédio e assisti a uma audiência onde o ilustre Evandro Lins e Silva disse ao juiz da assentada que estar ali era uma grata lembrança de quando fora Ministro do STF, em Brasília. Dá para imaginar o constrangimento do magistrado.

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  14. Um dos skylines mais bonitos do Brasil. Lembro que o melhor ângulo para contemplar essa parte do Centro era no iniciozinho do Aterro, pelo lado de Botafogo, de onde se via a linha dos prédios, os letreiros da Mesbla e da Esso, tinha até um prédio com letreiro bem colorido de uma marca de copiadoras, mas nem lembro o nome direito. Essa parte do Centro é muito bacana. Parabéns pelo post, Luiz D'!!

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  15. Duas belas fotos de locais que eram referências no Rio.Infelizmente hoje e um local onde a beleza que restou fica escondida pela insegurança e abandono.Lamentável que em quase todas as capitais,centro de cidade tenha se resumido a um passado de bons tempos.Aqui em Vix é também assim.Morei no centro da cidade por mais de trinta anos ,mas hoje considero inviável esta aposta.Falta de estrutura em quase todos os sentidos.Falam muito em revitalização,mas ação efetiva nenhuma.

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  16. Boa tarde a todos.
    Sim. Faço das palavras do Luiz Antônio as minhas.
    Realmente essa parte do Centro é uma das mais bonitas se não for a mais bonita.

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  17. As fotos são muito boas! E mais não digo porque não tenho o que dizer.

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  18. Grato pelo relato Docastelo.
    Sem dúvida você no centro e eu na Tijuca na época em que a cidade era realmente maravilhosa.
    Uma grata recordação.

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  19. Também acho bem interessante essa tomada retratada na postagem de hoje! O Ed. Brasília é um dos meus preferidos, ele é suave nos seus contornos, uma localização privilegiada, de cantoneira, a sereia em cima da portaria, aquele rendilhado na parte superior da construção, charmoso e leve na sua concepção! Quanta diferença para os prédios retilíneos de hoje, sem quaisquer charme e criatividade, e depois, como se fosse confeito de bolo, "tascam" pastilhas de espelhos em cima!!! É o ó do borogodó! E a moda não acaba, são mais e mais prédios com aquilo!!!Até quando?

    O São Borja também é interessante, com sua espécie de moldura fazendo um "quadro". Seu vizinho Lafond é tido como o primeiro alguma coisa do Rio, seria prédio residencial? Ou seria o ed. Santo Antonio, dos irmãos Roberto, na Lavradio? Terei que rever meus alfarrábios!

    E não é que hoje, ao fazer um rolé para conhecer a linha 2 do VLT, o que vejo? Um letreiro, loja fechadan naturalmente, por ser domingo, escrito o quê? "Galeria Silvestre"! Na Rua Sete de Setembro, número 188.

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    1. Para evitar equívocos: Na foto o prédio vizinho ao São Borja, esquina c/ r. Santa Luzia, não é o antigo edf. residencial Lafond. Em seu lugar ergueu-se o edif. comercial Rio Branco, nº 257 da avenida do mesmo nome.

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  20. Poxa, Anônimo, mesmo??? Gostava tanto!!!Your Song na interpretação dele, é imbatível, na minha opinião, ainda que na do Elton John e B. Paul mereçam destaque!

    Ontem ouvia uma coletânea de Barry White, para mim um dos maiores de todos!!! E assim vão indo... sem substituição...QUE PENA!

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  21. Alguém consegue identificar o que está escrito no topo do edifício da segunda foto? Parece algo como YiANAMIG...

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    1. Observador de Distraídos12 de fevereiro de 2017 às 21:13

      Isso é o que acontece quando não se lê os comentários.

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  22. Colaborador, você estaria, penso, falando do Ed. Rio Branco? O Lafond teria sido demolido em que ano? Para mim, ele sempre está ao lado do São Borja nas fotos!



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  23. Há quem goste de morar no centro da cidade por diversas razões, e a principal é a proximidade do trabalho.De fato as construções são antigas e sólidas,com prédios cujas construções datam dos tempos do arrasamento do morro do Castelo.Prédios sólidos mas com os encanamentos corroídos,instalações elétricas precárias e elevadores ainda com portas pantográficas.Abrigam tais imóveis moradores de credos e hábitos diversos e que comungam com a solidão de tais lonjuras à noite e onde vida humana vale muito pouco,como nos tempos das velhas hospedarias e casas de ópio que ali se erguiam.Os fantasmas de um tempo em que os perigos eram previsíveis e as doenças sexualmente transmissíveis matavam sem dó ainda espreitam as madrugadas frias à espera de algum incauto.Sinceramente tal ambiente sombrio não pode ser comparado com a salubridade e funcionalidade do centro de Niterói,onde prédios antigos bem conservados espreitam a paz de uma cidade modelar.Ruas largas,farta condução,Shoppings,bancas de jornais 24 horas são a marca de um centro onde se respira vida e modernidade.

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