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sexta-feira, 2 de junho de 2017

CENTRO


Foto garimpada pelo Mauricio Lobo mostrando trecho da Esplanada do Castelo. A foto é da edição de outubro de 1940 da revista Illustração Brasileira.
 
Podemos ver a Av. Presidente Wilson tendo à esquerda o Ministério do Trabalho e o Ministério da Educação (quase terminado). Por trás deles o imponente prédio do Ministério da Fazenda, ainda em construção.
 
Este pequeno prédio de 8 andares bem no centro da foto, ainda está lá, na esquina de Calógeras. E lá no final da avenida, meio escondido por este prediozinho, o antigo Pavilhão da Inglaterra.
 
À direita vemos o edifício Novo Mundo, em estilo "art-déco", no quarteirão da Presidente Wilson, Calógeras, Beira-Mar, Praça 4 de Julho.
 
Também aparece, mais adiante, o prédio de uns 5 andares na confluência da Santa Luzia, Antonio Carlos e Churchill. Bem ao fundo o antigo Ministério da Agricultura.
 
E finalmente, no canto inferior esquerdo, podemos ver um pedaço do telhado da antiga embaixada dos EUA.

18 comentários:

  1. E a Avenida Graça Aranha ainda não chegava na Calógeras.

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  2. Área do Docastelo. Vou ficar quieto no meu canto.

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  3. Bom dia. É isso aí, Plínio. Dessa área acho que conheço alguma coisa. Vamos lá.

    O prédio ao centro é o edifício residencial (até hoje) Embaixador Raul Fernandes, Av. Calógeras, 12. Boas lembranças de alguns moradores, em especial do atual professor da UFRJ e PHD em Química, Marco Antônio Chaer do Nascimento, hoje morando no Leme, e das divertidas aulas de dança que sua prima, Sônia Fadul, organizava em sua residência. Visto de frente, do lado direito, ainda não existia o futuro edifício Geni, Calógeras, 18, também residencial. Do outro lado o Pavilhão Francês, futura sede da ABL. A seguir as instalações do Pavilhão Inglês, mencionado na introdução da postagem.

    Do outro lado da Calógeras começavam a subir os prédios comerciais, inclusive o que abrigaria a Embaixada, depois Consulado, do Canadá, hoje situado na esquina de Av. Atlântica com Av. Princesa Isabel. Mencionada no prólogo, a pequena edificação no fundo da foto é o edifício nº 405 da rua Santa Luzia, o mais antigo da região. Foi residencial e local do escritório do tristemente famoso "Advogado do Diabo", Leopoldo Heitor. Esse prédio teve de tudo. De pensão a lupanares. A loja do térreo foi ocupada durante anos por uma filial das Casas da Banha, então mais parecendo um típico e antigo armazém. Dizia-se em certa época que seria uma espécie de castigo para funcionários recalcitrantes enviados para essa loja quando a rede de lojas já estava modernizada. E lá no fundo aparece um dos torreões do antigo Mercado Municipal.

    Apesar do trecho à esquerda da foto estar encoberto aparentemente ainda não havia a ligação da Av. Calógeras com a futura Av. Graça Aranha. O terraço à direita seria da Standard Oil?

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  4. O bate estaca dava início a mais um grande edifício na outra esquina da Calógeras.
    A Rua Santa Luzia ainda com algumas construções bem antigas, e a igreja ficou totalmente escondida atrás desse prédio de 8 andares.
    O fotógrafo subiu no terraço do edifício da Esso?

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  5. Docastelo deu uma aula sobre o local.

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  6. Esse trecho é a nossa "Manhattan".

    Fora de foco: Trump parece que quer, literalmente, ver o circo pegar fogo...

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    1. Wagner. Quem dera fosse uma Manhattan! Seria muito bom. Especialmente com o mercado financeiro de Wall Street no lado leste da Ilha, próximo a Battery Park.
      Confesso a você de que sempre tive essa "infantil" impressão com a Presidente Vargas, Rio Branco, Castelo, e Copacabana.
      Mas sejamos franco. Infelizmente não é.
      Sei de que talvez eu seja o único por aqui que concorda com o DO CONTRA, mas mesmo ele tem suas razões vez ou outra.

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  7. É interessante essa região central do Rio.Depois de demolirem o morro,a região virou um local estéril e sem árvores.Apesar de concentrar prédios públicos,nunca foi uma região agradável e residencial.É como um lugar arrasado e que nele foi lançado sal.

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    1. Cuide de sua pressão arterial, senhor Anônimo, pois o sal está em suas palavras. Este foi um local com doze prédios exclusivamente residenciais com alguns deles habitados por famosos artistas e intelectuais. Eu, por exemplo, tive a honra de ter alguns dos meus trabalhos escolares revisados ou corrigidos por ninguém menos que o poeta Manuel Bandeira, meu dileto vizinho. O senhor poderia dizer o mesmo? Quantos bairros contaram com um grande número de clubes esportivos e/ou sociais em suas vias e cercanias? Quanto à vegetação local foi substituída pelo frescor da brisa do mar que ainda nos dias atuais sopra todas as tardes. Em que local do Centro teria sentado para conversar com gente do naipe de um Vinicius de Moraes, Haroldo Barbosa, Fernando Lobo, e muitos outros frequentadores do Villarino? Ou no Pardelas, local de encontro de famosos intelectuais, juristas, jornalistas, inclusive correspondentes estrangeiros. Quanto a ser agradável ou não é uma questão de gosto. Geralmente de gente de gosto discutível.

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  8. Bom dia a todos.
    Essa foto da região do Castelo ainda não tinha visto. Bela foto como sempre da região central o qual gosto muito.
    Por falar no MEC, parece de que está em reformas o antigo edifício.
    O citado edifício na Rua Santa Luzia Nº 405, certa ocasião, na agora distante anos 90, estive nele uma vez e confesso de que achei um horror. O elevador pequeno, de portas sanfonadas, mal cuidado e com o piso em seu interior tendo um buraco. Imagina você ter que ficar de pernas abertas, esticadas uma para cada lado porque simplesmente no meio havia um buraco no piso. Confesso de que subi com medo e na hora de descer, também tive medo.
    Nunca antes aconteceu isso na minha vida.

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  9. Boa tarde a todos.

    Aula do Docastelo sobre a região. Algumas fotos da Brasiliana postadas no finado fotoblog mostram esta região algum tempo depois, em obras de abertura de ruas e construção de prédios na parte dos escombros do Morro do Castelo que ainda resistiam.

    Era uma região em constante mutação.

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  10. Boa tarde. Conheço o local mas não sou um especialista. Como todo local aterrado e em razão disso, não possui tubulações subterrâneas muito antigas, ao contrário de outros locais no centro. Morar no Castelo tem a vantagem de não gastar dinheiro com transporte se trabalhar no centro, mas à noite e nos finais de semana, o isolamento é de doer. Não moraria lá.

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    1. Tem toda a razão, Joel. Até certa época não sentia as dificuldades mencionadas. Com o passar do tempo os edifícios foram se tornando mistos e o número de moradores foi diminuindo. Uma das características de um bairro onde há residências é a interação entre seus moradores. O comércio típico como padarias, açougues, pequenos mercados, farmácias e outros foi desaparecendo (antes havia de tudo). Muitos amigos e contemporâneos mudaram para outros bairros e as referências se tornaram mínimas. Os comerciantes locais (donos de bar, jornaleiros etc.) foram testemunhas do crescimento de uma ou duas gerações de jovens, das quais fizeram parte seus próprios filhos. Da minha fui o último a me mudar pela praticidade de morar e trabalhar no Centro. A noite ficou perigosa e as visitas noturnas escassearam. O que antes era um atrativo diferenciado com o tempo se tornou um desconforto. Os dias eram agitados e as noites solitárias. Como tudo na vida, inclusive a própria, um dia acaba. Afinal foram 48 anos na região. E o tombamento do edifício São Miguel, Av. Beira Mar, 406, foi o tiro de misericórdia no principal quarteirão. Mas o curioso é que ainda há muitos moradores no local. Pelo menos cinco edifícios são exclusivamente residenciais, sem contar os mistos.

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  11. O Joel parece ter razão.Da ultima vez que estive no Rio,passei pela região numa sexta e depois num sábado.Ambientes muito diferentes,sendo que no sábado a frequência era pequena e com maior sinal de insegurança.Este cenário parece ocorrer em todos os centros de cidades das capitais brasileiras.O que se observa é que as residências foram diminuindo e ficando restrita a antigos moradores que por um motivo ou outro não migraram para novos bairros;.Parece que a falta de uma política no sentido de revitalização destes locais é outro problema e a tendência é a piora,especialmente com falta de conservação e segurança.

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  12. Depois que fizeram o Parque do Flamengo o Castelo passou a ter muita área de lazer próxima. Antes disso até acredito que era mais complicado, porém tinha mais moradores e, quem sabe, organizavam umas "peladinhas" e outras atividades pelas ruas quase desertas dos domingos na época da foto e até a primeira metade da década de 60.

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    1. Paulo Roberto, a propósito da ditas peladas, considerando o livro lançado pelo IPHAN sobre o Morro do Castelo, a mais antiga registrada em fotografia era a que rolava no famoso morro. Aqui mesmo no SDR apareceram fotos mostrando um jogo com bola em um dos trechos da colina. Com o arrasamento do morro a principal referência nesse sentido era o campo do "Fura Rede", que era o nome do time de futebol dos trabalhadores do antigo mercado municipal. Esse campinho ficava no local onde é hoje a Praça dos Expedicionários, hoje estacionamento de carros oficiais e antigo "bunker" construído por ocasião da 2ª Grande Guerra. Os antigos moradores contavam que peladas e linhas de passes eram praticadas nos fins de semana e feriados nas avenidas locais e nos pátios internos dos prédios. O início do aterramento para o Congresso Eucarístico de 1955 proporcionou outros locais para a prática do popular "esporte bretão", como se dizia na época. Mas a verdadeira herdeira das antigas peladas era a que se realizava na Pr. Virgílio de Melo Franco, local da tradicional Bolsa de Automóveis. Depois foi para o espaço gramado junto aos clubes náuticos, perto do SDU. O motivo de considerar essas peladas como herdeiras é que em cada fase havia um descendente da pelada mais antiga. Eu terminei como uma espécie de "último dos moicanos" dos peladeiros.

      Quanto ao lazer dos moradores é preciso lembrar que as águas da Baía batiam nos costados da Av. Beira Mar e a prática de esportes náuticos era comum nessa região. A Praia do Calabouço, de Santa Luzia e das Virtudes estavam à disposição de todos e vários moradores tinham embarcações como pequenos veleiros e barcos a remo (os de competição ficavam nos clubes). Como curiosidade o Clube Del Lavoro, instalado onde é hoje o Consulado da Itália, tinha no seu térreo uma garagem de barcos de competição e lazer, com saída por uma das rampas da Av. Beira Mar. Por sinal essa instituição vale um capítulo à parte pela sua origem histórica.

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    2. Muito boas as histórias em detalhes. O Clube Del Lavoro ainda não tinha ouvido falar.

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