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quarta-feira, 21 de junho de 2017

INSTITUTO DE HEMATOLOGIA


Foto do acervo do Hemorio mostrando a primeira sede do Instituto de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti. Foi inaugurada em 25/11/1944, em um prédio de estilo neoclássico, à Rua Teixeira de Freitas, na Lapa, na administração do Prefeito Henrique Dodsworth. Desde sua fundação e por muitos anos foi dirigido pelo Dr. Arthur de Siqueira Cavalcanti.
 
Foi um dos pioneiros bancos de sangue no país e, desde aquela época, apresentava características de hemocentro devido à distribuição de hemoderivados aos hospitais de emergência. Realizava campanhas sistemáticas de doações voluntárias de sangue para os nosocômios municipais, com a única finalidade de se manter sempre em estoque reservas de sangue para casos de emergência.

Em 1956, a partir de debates iniciados na gestão do Prefeito João Carlos Vital em 1952, o Banco de Sangue foi transformado no Instituto de Hematologia. Três anos depois, após cessão de área obtida pelo Hospital Pedro Ernesto, foi instalado o Serviço de Hematologia com internação hospitalar.
Em 1969, foi concluída a obra do novo prédio em um terreno desapropriado ao lado do Hospital Souza Aguiar e o hospital passou a se chamar Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (HEMORIO). Sete prédios da Rua Frei Caneca foram desapropriados para a construção do novo edifício que teria um subsolo e onze pavimentos, seis dos quais destinados à parte industrial para a preparação do plasma sanguíneo. Um andar para hospitalização com 36 leitos, uma parte completa para o doador de sangue, serviços de radiologia e radioterapia, parte cultural composta de biblioteca, salas de aulas e auditório, apartamentos para médicos e, no último andar, um biotério de animais para testes de laboratório. O projeto ficou a cargo do arquiteto Flavio G. Barbosa e do engenheiro Rui de Sousa Leão.
As novas instalações permitiram passar de 30 para 50 toneladas de sangue disponibilizadas anualmente para os hospitais. A grande vantagem do novo Instituto de Hematologia é que com ele a Secretaria de Saúde entrou na linha propriamente industrial que permitirá a auto-suficiência do fornecimento de todas as substâncias isoladas de sangue, o que o Estado ainda não havia conseguido, inclusive a gamaglobulina, o fibrinogênio e a albumina.

11 comentários:

  1. Peralta, o implicante21 de junho de 2017 às 08:23

    Com Tia Nalu é sangue azul.

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  2. Estamos aprendendo muito nessas últimas postagens.
    O que tem no local hoje?

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  3. Bom dia. Essa postagem é de fazer chorar, tendo em vista que o Rio possuía um serviço público com ótima qualidade e que se não existem mais hospitais públicos de qualidade, isso se deve à pura ganância. No passado o Estado brasileiro possuía muito menos recursos e entretanto prestava um bom serviço de saúde pública. Existem "Upas", hospitais públicos estaduais, federais, e municipais, mas misteriosamente os recursos são desviados e quem não pode pagar um plano de saúde, certamente morrerá. As tais "OS", organizações que particulares "terceirizadas" pelo Estado, pertencem à grupos políticos e desviam grande parte do dinheiro público destinado à saúde. O resultado disso todos conhecem. Acrescenta-se também que existem grandes empresas administradoras de planos de saúde que são ligadas à políticos e mantém um grande lobby no Congresso Nacional. Para complementar, a Agencia Nacional de Saúde, órgão regulador do funcionamento desses planos de saúde, possui cunho político e seus dirigentes, nomeados pelo governo, possuem estreitas ligações com os "planos de saúde", em sua maioria "coletivos por adesão", e que reajustam suas mensalidades na faixa de 40% ao ano "autorizados" pela ANS. Como se vê, os tempos desse Hospital de Hematologia deixam saudades...

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  4. Bom dia a todos. Mais uma foto inédita do SDR, não conheci este hemocentro da Lapa, acredito que no seu local foi construído um dos edifícios que hoje existe nesta rua.
    Já os prédios desapropriados da R. Frei Caneca, me lembro bem, pois num destes prédios havia uma loja que vendia fogões, e me lembro de meus pais terem comprado um fogão lá, ainda na época que os fogões eram esmaltados. Parece que nos dias de hoje acabaram com a farra dos vampiros, locais que faziam venda de sangue para hospitais. Acho que foi a única coisa decente feita na área de saúde no País, nas últimas décadas.

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    1. Observador de fogões.21 de junho de 2017 às 14:55

      Seu Adelino,seria esse fogão à lenha?

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  5. FF: Segundo o Decourt o prédio do Hospicio São João Baptista da Lagoa ficava no encontro da Passagem, com a Álvaro Ramos e Gal. Goes.Monteiro.

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    1. Então é um prédio de construção mais recente, agora da Escola de Gastronomia da FAETEC. No Street View, em foto de dezembro 2016, estava em reforma para receber essa instituição, conforme placa da obra colocada no lado da Goes Monteiro.

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  6. Boa tarde a todos.
    Essa para mim é foto inédita. Nunca havia visto antes.
    Qual torre significaria aquela? Torre de vigilância?

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  7. Entrei aqui agora e estou pasmo com a quantidade de comentários!Nunca vi o S.D.R com tão pouca frequência!O que aconteceu?

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    1. Sendo o SDR um bar frequentado na sua maioria por banhistas, a chuva dos últimos dias afugentou os seus frequentadores. Mas tão logo o sol volte a brilhar em nossa cidade, os frequentadores estarão de volta.

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  8. Minha avó foi foi contratada pouco antes da fusão e trabalhou nesse prédio por pouco tempo. Ela foi para o prédio da Frei Caneca e o Instituto de Hematologia ficou sob a administração do governo do estado, para desespero de todos os funcionários.

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