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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

BONDE 13 - IPANEMA


 
Recentemente discutimos no “Saudades do Rio” sobre o itinerário do “bonde 13 – Ipanema”.
Comentei que me lembrava do “13” sempre com reboque, indo e voltando pelo Túnel Novo. O Joel, depois corroborado pelo Helio Ribeiro, afirmou que nos últimos tempos dos bondes, por volta de 1963, esta linha passava pelo Túnel Velho. O Joel estava certo.
Aqui está a prova, na primeira fotografia. Vemos o “bonde 13 – Ipanema” saindo do Túnel Velho, em direção à Rua General Polidoro. Havia acabado de passar pelo Mercado de Flores que ficava ali atrás, onde estão aquelas pessoas no ponto de ônibus. Esta rua é a Dr. Sampaio Correia.
A segunda foto mostra o Túnel Velho, ainda do lado de Botafogo, com esta passarela que leva da Rua Real Grandeza à Rua Vila Rica.
Justo antes da passarela da segunda foto, na Rua Sampaio Correia, mais ou menos onde está o bonde, de ambos os lados havia paradas de bonde. Era aí que, quando íamos ou vínhamos do Colégio Santo Inácio no “bonde 14 – General Osório”, tínhamos que pagar outra passagem, pois se encerrava uma “seção”.

15 comentários:

  1. Esse trajeto passou a ser feito a partir de Setembro de 1962 até Março de 1963, quando então foram desativadas as linhas de bonde que serviam Copacabana Ipanema e Leblon. Linhas que atendiam a Gávea, Jardim Botânico, e o final do Leblon e que circulavam pela São Clemente e Voluntários da Pátria continuaram a circular por mais dois meses e em meados de Maio foram extintas. Eu gostaria de ver fotos da Praia de Botafogo nesse curto período onde bondes e Trolley-Bus compartilhavam {em pistas separadas} a via.

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  2. Bom Dia! Bondes sempre trazem lembranças à quem já está com o "telhado" branco.

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  3. O bonde parece aqueles jogadores meia/boca em final de carreira:meio sambado.Não vejo nem uma publicidade do Mistura Fina,carta marcada da época nestes veículos.O SDR dá mais uma contribuição para os estudiosos do assunto.Muito bom.

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  4. Bom dia a todos. Fiquei impressionado com a qualidade da foto do bonde, parece que foi revelada ontem. Enquanto isso no centro da cidade os novos VLT sem controle de cobrança de passagem está fazendo a festa de pessoas sem vergonha.

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  5. Por que não era um Bataclan? Parece que nos últimos tempos "valia tudo". Lacerda esta ansioso para acabar de vez com os bondes. E quatro anos depois não havia mais Trolley-Bus na zona sul. Foi uma jogada sórdida que prejudicou o Rio irremediavelmente. Fico lamentando a incompetência de Gregório Fortunato e a má pontaria de Climério. Corvo é sempre presságio de má sorte...

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    1. Joel.
      Esse seu comentário levou-me a refletir outra coisa e que muito tem haver com o período atual o qual vivemos.
      Foi a partir da época de Lacerda que começou do conluio entre as Empresas de ônibus e o Governo?

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    2. Há uma versão que o ferimento do Corvo foi pura encenação. Pelo estilo do então deputado, no jornal ou na Câmara, essa possibilidade não é assim tão absurda.

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    3. Wolfgang, é uma fortíssima probabilidade. Eu já comentei sobre isso aqui. O fato é que às vésperas do antigo D.F se tornar estado da Guanabara, o governo federal já havia disponibilizado um aporte financeiro para a modernização da antiga E.F Rio D´Ouro e o alargamento de sua bitola {isso só se materializou por completo em 1998}, mas Lacerda preferiu "investir" nos 199 ônibus elétricos que estavam no depósito havia três anos. Em 1960 findaria a concessão da Jardim Botânico e em 1963 a da Light. Preferiu Lacerda "operar" com a Jardim Botânico através de uma junta de administração provisória até 1963 {ano que circulou o último bonde na zona sul}, e fundar a C.T.C que começou a operar em 01.01.64 para administrar não só os bondes da finada Light, como também os ônibus elétricos. Depois do decreto que obrigou os lotações particulares a se fundirem em empresas em 1963, tratou de erradicar os ônibus elétricos na zona sul a partir de 1966. Já no governo Negrão de Lima, os ônibus elétricos foram mandados para alguns subúrbios. Já então os bondes da zona norte já não existiam mais. Com isso, o império dos Lavouras e dos Baratas já operava de vento em popa. Lacerda e Negrão tinham ódio de tudo o que rodasse sobre trilhos e a$ razõe$ eram forte$.

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  6. O carro solitário da foto de baixo parece um Cadillac 48.

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    1. Ou 49. A praxe é atribuir a data mais antiga, portanto, 48. E solitário mesmo, como só acontece às 4 da manhã.

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  7. Há controvérsias.Aqui mesmo neste fotoblog tem gente que morre de amores pelo Lacerda,assim como tem comentarista apaixonado pelo Lula.

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  8. Quando os últimos bondes circularam (exceto Sta. Teresa, claro), eu devia ter uns 5 ou 6 anos e, portanto lembro muito pouco do dia a dia do meio de transporte e foi nos fotologues do Rio Antigo e no site do Hélio Ribeiro que aprendi mais detalhes, inclusive sobre pagar outra passagem na troca de seção.

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  9. Desfeita a dúvida quanto ao saudoso bonde 13,acho que não há mais dúvida sobre o atentado da Rua Tonelero e a fortuna ganha pelo Lacerda segundo o que foi apurado na época dos donos de lotações que depois viraram ônibus, com a morte do melhor transporte para os cariocas que foi o bonde, que poderia ter sido modernizado ou atualizado mas nunca erradicado.

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  10. Boa noite !
    Apesar de ter sido fã do Carlos Lacerda e de ter votado nele, não concordei com a retirada dos bondes. Entretanto, do jeito que estava não daria para continuar. Os bondes só poderiam ser realmente úteis, caso o sistema fôsse todo modificado, pois que a saturação do trânsito era patente, e, os mesmos não podiam ficar convivendo com os demais veículos, numa mesma via. Para que o sistema funcionasse, teria sido necessário criar caminhos dedicados para os elétricos, onde somente eles pudessem trafegar, separados, portanto, dos demais veículos. Do jeito que as coisas estavam era o caos total. Dos ônibus elétricos, só gostava do silêncio no interior dos mesmos, pois aquele negócio de ficar saindo a alavanca do fio, nos mesmos moldes dos bondes de Santa Teresa, era um desastre. Da então fundada C.T.C. nem é preciso fazer comentários, pois a mesma significou a decadência de bondes e ônibus gerenciados por ela.

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  11. Boa noite a todos.

    Em termos de bondes, sou mais assíduo do Clouseau (aliás FF, acabou de passar um filme com ele no Telecine Cult...), mas vejo que o tema é "explosivo" até hoje. Da mesma forma que JK priorizou as rodovias em detrimento das ferrovias, o Lacerda detonou os bondes em favor dos ônibus.

    Sobre o comentário do Lino de mais cedo, sou obrigado a discordar. Os levantamentos feitos no VLT indicam que o índice de inadimplência (pessoas que não validam o cartão) está na média esperada, inclusive em níveis internacionais. Acompanho o tema em fóruns da própria internet.

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